Você está na página 1de 24

Raciocínio Lógico, Crítico e Analítico Para Tomada de

Decisão
Conjunto Vazio

O conjunto que não possui (não contém) elementos (objetos) é denominado conjunto vazio e denotado por Ø
(também podemos denotar por { }.

Exemplo:

X= {X∈Y| X ≠ X} = Ø (propriedade contraditória)

Conjunto Unitário

Chama-se conjunto unitário o conjunto que possui um único elemento.

Exemplo: X = {5}

Conjunto Universo

O conjunto que possuir todos os elementos será denominado conjunto universo e receberá a notação: U ou V.

O que você lembra sobre subconjuntos?

Vamos refrescar a sua memória!

Sejam X e Y dois conjuntos quaisquer. Se todo elemento de X também for elemento de Y, diz-se que X é um
subconjunto de Y, ou que X está contido em Y. e use-se e notação X ⊂ Y ou Y ⊃ X (lê-se: Y contém X).

Exemplo de subconjunto:

a) Y = {1,2,3,4,5,6,7} ⸧ X = {1,2,3,4,7}

b) X = {alunos da Universidade ABC} ⸧ Y = {alunos do curso de pedagogia da Universidade ABC}

Se X não é subconjunto de Y, é comum indicar-se X ⊄ Y. ((Lê-se: X não está contido em Y) ou Y ⊅ X (Lê-se:


Y não contém X).

Quando X e Y não têm elementos em comum, diz-se que x e y são disjuntos.

Exemplo:

X = {a, b, c} e Y= {10, 11, 12, 13} são disjuntos.

Há ainda uma pergunta que precisa ser respondida...

Qual é o significado de: X ⊄ Y?

Significa a negação de: X ⊂ Y


Ou seja, é a negação de “todo elemento de X é elemento de Y.” Assim, “nem todo elemento de X é elemento de
Y.”

Portanto, podemos perceber que uma simples notação matemática, que é usada com a única finalidade de criar
uma linguagem universal, pode representar contexto rico em significados.

Para esclarecer melhor o conceito de negação, veja os exemplos a seguir.

 Todos os jogadores de futebol são ricos, logo todos os jogadores de futebol do São Paulo são ricos.

Note que, jogador de futebol do São Paulo é um subconjunto de todos os jogadores de futebol. Sendo a classe de
jogadores de futebol considerada rica (ser rico é uma propriedade desta classe), então a classe de jogador de
futebol do São Paulo, herda esta propriedade por consequência.

 Todo aluno da universidade X é estudioso. Portanto, todo aluno do curso de Pedagogia da


Universidade X é estudioso.

Observe que os alunos do curso de Pedagogia estão inseridos no conjunto de alunos da Universidade X, portanto
o conjunto formado pelos alunos de Pedagogia está contido no conjunto de alunos da Universidade X, herdando
assim a característica principal do aluno da Universidade X que está sendo destacada (ser estudioso).

Podemos também observar que além de serem alunos da Universidade X, os alunos do curso de Pedagogia
também possuem como propriedade, serem alunos de um curso específico, ressaltando ainda mais a
predominância da propriedade dos elementos para a formação do conjunto desejado.

União e Interseção

Desses conceitos, você se lembra?


Dados dois conjuntos X e Y, define-se a união X ∪ Y e a interseção X ∩ Y de X e Y da seguinte maneira:

Note que o conjunto X ∪ Y é formado pelos elementos pertencentes a pelo menos um dos conjuntos envolvidos
na operação união.

Exemplo:

X= {1, 2, 3, 4, 9} e Y={3, 4, 5, 6, 7, 8)

Logo,

X ∪ Y = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}

O conjunto X ∩ Y é formado apenas pelos elementos que pertencem, simultaneamente, aos dois conjuntos
envolvidos na operação interseção.

Exemplo:

X = {1,2,3,4,9} e Y= {3, 4, 5, 6, 7, 8}
Logo,

X ∩ Y = {3,4}

Diferença entre conjuntos:


Sejam X e Y conjuntos.

Definimos como diferença X – Y, o conjunto formado pelos elementos de X que não são elementos de Y,

isto é, X – Y = {x | x ∈ X Ʌ x ∉ Y}.

Diagrama de Venn

Exemplos

(a) X = {7, 2, 3, 5} - Y = {7, 3, 5} = {2}

Complementariedade entre conjuntos:


Considere a situação a seguir.
Dados dois conjuntos X e Y, onde Y ⊂ X.
Exemplo

X = {1, 2, 3, 4, 7} e Y = {1, 2, 7} então,

Cx Y = X – Y = {1, 2, 3, 4, 7} - {1, 2, 7} = {3, 4}.

Exemplo

X = {1, 5, 8, 9,13} e Y = {1, 2, 5, 7}

1 Razão de dois números e de duas grandezas


Razão de duas grandezas: quociente dos números que medem estas grandezas em uma mesma unidade.
Como a razão entre a construção de uma área 100m 2 e toda a área 400m2, por exemplo. Observação: a razão de
duas grandezas é um número fixo e independe das unidades com as quais essas grandezas foram mensuradas.
Razão de dois números: significa realizar o quociente do primeiro pelo segundo. Temos assim, o que
chamamos de numerador (antecedente) e o denominador (consequente).

- Imagine um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart com 2m de comprimento. Para compararmos
as medidas dos carros, basta dividir o comprimento de um deles pelo outro. Assim:

4/2= 2

Veja que o tamanho do carro de corrida é duas vezes o tamanho do kart.


Podemos afirmar também que o kart tem a metade (1/2) do comprimento do carro de corrida.
Proporção é a sentença matemática que indica a igualdade entre duas razões.
Propriedade Fundamental das Proporções: o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, ou seja, bc
= ad.

Recíproca das Propriedades Fundamentais das Proporções: se o produto não nulo de dois números for igual
ao produto de outros dois números, os quatro números formam uma proporção.

2 Propriedades

A soma ou a diferença dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim como cada antecedente está
para o seu consequente.

A soma ou diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro assim como a soma ou diferença dos
últimos está para o terceiro.

A soma ou diferença dos dois primeiros termos está para o segundo assim como a soma ou diferença dos
últimos está para o quarto.

O produto dos antecedentes está para o produto dos consequentes assim como o quadrado de qualquer
antecedente está para o quadrado de seu consequente.

Veja alguns conceitos sobre Médias e Grandezas Proporcionais


 Média aritmética: soma de todos os números dispostos, dividido pela quantidade de números.
 Média aritmética ponderada: soma dos produtos de cada número pelo seu peso, dividido pela soma dos
pesos.
 Divisão em partes proporcionais: dividir um número em partes proporcionais significa decompô-lo em
parcelas proporcionais a estes outros números.
 Grandezas diretamente proporcionais: variam na mesma razão, ou ainda, quando aumentando-se uma
delas, a outra aumenta na mesma razão.
 Grandezas inversamente proporcionais: variam segundo razões inversas, ou ainda, quando
aumentando-se uma delas, a outra diminui na mesma razão.

3 Regra de três simples


Regra de três simples Direta (Envolve duas grandezas diretamente proporcionais).

Suponha que o tomate atualmente tenha o custo de R$ 5,00 por 5 Kg. Quanto custariam 10 Kg desse alimento?

Assim, 10kg de tomates custam R$10,00.

Regra de três simples Inversa (Envolve duas grandezas inversamente proporcionais).

Um estudante da Estácio costuma ir assistir às suas aulas de bicicleta. Sabendo-se que com a velocidade de 05
Km/h, ele leva 30 min. Para chegar na Estácio, quanto tempo esse estudante levará para percorrer a mesma
distância com uma velocidade 03 Km/h.

Assim, o tempo gasto seria de 50 min.

Nesta aula, você irá aprender como resolver problemas que requerem a regra de três
composta, que pode ser facilmente entendida fazendo uso sequencial de regras de três
simples.

A regra de três composta é usada para solucionar problemas quando há mais de duas grandezas envolvidas.
Basicamente, um problema com regra de três composta é uma sucessão de dois ou mais problemas usando a
regra de três simples.
Para efetuar a resolução do problema, separe a regra de três composta em várias partes de regra de três simples,
pois isto irá facilitar a resolução.

Para entender melhor como funciona a regra de três composta, você verá exemplos com resoluções de
problemas.

Problema 1

Uma secretária realizou um trabalho de digitação durante 10 dias. Para isso, trabalhou 6 horas por dia, digitando
em média 60 letras por minuto. Caso outra secretária realize a mesma tarefa, trabalhando 4 horas por dia e
digitando 50 letras por minuto, quanto tempo levará para realizar a tarefa?

Veja o esquema na tabela abaixo.

Qual é a Incógnita?

A incógnita, ou seja, o dado que você quer descobrir, é o número de dias - representado por x.

Agora para solucionarmos este problema, iremos considerar inicialmente a variação no número de horas
trabalhadas por dia, isto é, vamos manter o número 60, correspondente ao número de letras digitadas por
minuto. Assim sendo, teremos uma nova tabela.

Observando a tabela abaixo, temos apenas a variação do número de horas trabalhadas por dia, que diminui de 6
para 4, tendo como consequência, a variação da quantidade de dias necessários para realizar a tarefa, que
mudará de 10 para y.

Supondo que diminuíssemos as horas trabalhadas por dia de 6 para 4, para igualar a quantidade de 4 para 4.

A consequência desta equivalência seria aumentar a quantidade de dias de trabalho. Para encontrar quanto será o
valor de dias de trabalho, usaremos o y para encontrar este valor.

Aqui também recaímos em um problema sobre regra de três simples e, como o número de dias de trabalho é
inversamente proporcional ao número de letras digitadas por minuto, temos então que:

60/50=x/15, logo x=18

Chegamos assim à resposta do problema: a outra secretária levará 18 dias para fazer a mesma tarefa.

Problema 2
Se 10 máquinas funcionando 6 horas por dia durante 60 dias produzem 90.000 peças, em quantos dias 12 dessas
mesmas máquinas, funcionando 8 horas por dia, produzirão 192.000 peças?

Veja o esquema na tabela abaixo.


Note que a partir do número de máquinas 12, os outros números sofreram variação.

Solução: Considerando inicialmente apenas a variação do número de máquinas, que passa de 10 para 12, e a
consequente variação do número de dias de funcionamento dessas máquinas, que passa de 60 para y, temos o
quadro acima.

Recaímos num problema de regra de três simples.

Para produzir a mesma quantidade de peças é preciso descobrir o número de dias.

Peças 90.000

Comece sabendo que o número de dias de funcionamento das máquinas é inversamente proporcional ao número
dessas máquinas. Pois quanto maior número de máquinas, será preciso menor número de dias para produzir,
assim inverte-se a posição dos números na coluna do nº de dias.

Novamente será usada a regra de três simples para encontrar como produzir a mesma quantidade de peças de
90.000.

Note que o número de dias de funcionamento das máquinas é inversamente proporcional ao número de horas
diárias de funcionamento das máquinas.

6/8 = z/50

z = 37,5.

Para saber a quantidade de peças produzidas, que passa de 90.000 para 192.000, é necessária a variação no
número de dias para produzi-las, que passa de z=37,5 para x. Logo a representação ficará como no seguinte
quadro.

Como a quantidade de peças produzidas é diretamente proporcional ao número de dias de funcionamento das
máquinas, temos que:

37,5/x=90.000/192.000.

Logo, x=80.

E assim, de variação em variação, chegamos à resposta do problema: para satisfazer as condições exigidas, as
máquinas deverão funcionar durante 80 dias.

Agora você verá algumas observações, acerca das variações usadas na resolução do problema anterior. Essas
variações o ajudarão a compreender melhor este conteúdo.
1 – Variação do número de máquinas de 10 para 12.

Levando em conta as proporções existentes, sabemos que esse novo número de dias é obtido multiplicando-se
60 por uma das seguintes frações: 10/12 ou 12/10.

A opção por uma dessas frações é imediata se atentarmos para o fato de que a produção das mesmas 90.000
peças com maior número de máquinas exige menor número de dias de funcionamento das máquinas. Então 60
deve ser multiplicado por 10/12, que é um número menor do que 1, ou seja, o número de dias de funcionamento
das máquinas passa a ser:

2 – Variação do número de horas diárias de funcionamento das máquinas de 6 para 8.

Para produzir as mesmas 90.000 peças, acarretará uma diminuição no número de dias de funcionamento das
máquinas. Então teremos uma multiplicação por 6/8 (e não por 8/6, que é maior do que 1), ou seja, o número de
dias de funcionamento das máquinas passa a ser:

3– Variação da quantidade de peças

A variação na quantidade de peças a serem produzidas, de 90.000 para 192.000, acarretará um aumento no
número de dias de funcionamento das máquinas. Então teremos uma multiplicação por 192.000/90.000, (e não
por 90.000/192.000, que é menor do que 1).

4 - Resposta

Efetuando os cálculos abaixo indicados chegamos à resposta do problema: 80 dias.

Como andam os juros e a inflação nos países emergentes


O gráfico abaixo, feito pela Gradual Investimentos, compara a inflação acumulada em 12 meses e as taxas de
juros em alguns países emergentes, como China, Índia, Turquia e Brasil."
Todo o tempo os jornais e revistas se utilizam de gráficos para ilustrar as noticias, representar e corroborar as
informações fornecidas.

Os gráficos produzem uma impressão mais rápida e viva do fenômeno em estudo, bem como causa melhor
impressão visual. Você já ouviu falar que "uma imagem vale mil palavras", não?

A partir da imagem, precisamos interpretar o que está nesta imagem. Assim, uma das habilidades importantes
que devemos desenvolver é a leitura e a interpretação de informações provenientes de gráficos. O fato de
sabermos ler e interpretar as informações de gráficos nos permite resolver diversas questões, inclusive na
tomada de decisões, em diversos assuntos.

Na aula de hoje exercitaremos a leitura e interpretação de dados fornecidos pelos gráficos.

EXEMPLO:
Observe o gráfico abaixo que retrata a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI), segundo dados do SIAB para a
região metropolitana de Goiânia, e considere as afirmações:

(I) A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) para a região metropolitana de Goiânia-SIAB, em 2002 é maior do que
a Taxa de Mortalidade Infantil do Brasil.

(II) Entre os anos de 2000 e 2002 as estimativas para o Brasil mostraram pequena redução.

(III) A menor Taxa de Mortalidade Infantil, entre os anos de 2000 e 2002, foi a de Goiânia.

É correto afirmar que:


(a) Todas as afirmativas são verdadeiras.
(b) Somente (I) e (II) são verdadeiras.
(c) Somente (I) é verdadeira.
(d) Somente (II) é verdadeira.
(e) Somente (III) é verdadeira.

Todas estão corretas.

EXEMPLO:
De acordo com o IBGE. "A informática está longe de ser democratizada no Brasil, onde muitas pessoas não
sabem utilizar um computador e outras nunca estiveram diante de um. Porém, não se pode negar que o
surgimento dos computadores pessoais fez com que a informática se espalhasse pelo mundo de tal forma que o
Brasil não ficasse de fora. Hoje, 10,6 % da população brasileira têm microcomputadores." Esta conclusão foi
pautada no Censo Demográfico de 2000 e está retratada no gráfico abaixo. Observe as afirmativas abaixo com
relação aos bens de consumo pesquisados:

Podemos afirmar que:

(a) Somente (I) é verdadeira.


(b) Somente (II) é verdadeira.
(c) Somente (III) é verdadeira.
(d) Todas são verdadeiras.
(e) Nenhuma é verdadeira.

Note que as informações deste gráfico são dadas em porcentagem. Se nos fosse fornecido o total numérico da
população poderíamos determinar, por exemplo, quantos indivíduos utilizam a coleta de lixo.

EXEMPLO
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial cresceu em 12 dos
14 locais pesquisados na passagem de fevereiro para março de 2010. O gráfico abaixo mostra a variação da
produção industrial para o conjunto dos locais pesquisados. Ainda de acordo com o IBGE, a maior expansão foi
registrada no Paraná, de 18,6%.
Observando o gráfico podemos afirmar que:

(a) No conjunto das regiões, a maior variação foi de 2,2%, e ocorreu no mês de julho de 2009.
(b) No mês de junho de 2009 houve uma variação na produção de 1,3%.
(c) Houve uma queda na variação entre os meses de julho a outubro de 2009.
(d) A variação entre os meses de abril a julho de 2009 foi decrescendo.
(e) Houve uma queda na variação entre os meses de julho a setembro de 2009.

Letra E

• Identificar a aplicabilidade das matrizes, em situações do cotidiano, onde existem poucas ou


muitas variáveis, como forma de facilitar a obtenção de informações.
Nesta aula você entenderá as noções e conceitos básicos sobre matriz, bem como suas
aplicações no cotidiano e sua importância nos estudos de uma forma geral.
A origem do nome Matriz
Cauchy

Foi só há pouco mais de 150 anos que as matrizes tiveram sua importância detectada. Inicialmente, chamava-se
tableau (tabela), nome dado por Cauchy em 1826.

James Joseph Sylvester

O nome matriz só veio com James Joseph Sylvester, 1850. Seu amigo Cayley, com sua famosa Memoiron the
Theory of Matrices, 1858, divulgou esse nome e iniciou a demonstrar sua utilidade.

Aplicação de Matrizes na área de Educação


Podemos presenciar a aplicação de matrizes na área de educação. Um exemplo prático disso está relacionado à
organização da Escola, por meio de quadros comparativos de desempenho escolar, planilhas com aulas a serem
dadas por professores ao longo de uma semana etc.

As matrizes tornam-se ferramentas fundamentais para consulta e medição de desempenho de uma instituição
escolar.

Saiba mais: Com relação ao ensino propriamente de matrizes, o aluno é obrigado a desenvolver seu raciocínio
lógico e seu senso de organização, quando problemas que envolvem matrizes são apresentados.

Aplicação de matrizes na área de Estatística


Uma das áreas que mais trabalha com matrizes é a Estatística, pois boa parte de suas pesquisas são apresentadas
em forma de tabelas. Vejamos alguns exemplos clássicos.
Exemplo 1

Brasil – Média de óbitos ocorridos por dia entre 1998 e 2008 por natureza do óbito e sexo

Exemplo 2

Mortalidade infantil (Versão Preliminar)

Observando qualquer um dos exemplos, podemos através das matrizes apresentadas, tirar nossas próprias
conclusões sobre a situação de óbito ou de mortalidade no Brasil, sem necessitar de maiores estudos na área de
estatística ou de matemática. Portanto, o estudo básico de matrizes torna-se cada vez mais necessário para nossa
compreensão dos fatos do cotidiano.

Conceito matemático de Matriz


Dados dois números m e n naturais, não nulos, chamamos matriz m por n (indicado m x n) toda tabela T
formada por números reais distribuídos em m linhas e n colunas.

Convenciona-se que as linhas sejam enumeradas de cima para baixo (de 1 até m) e as colunas, da esquerda para
a direita (de 1 até n), uma matriz m x n é representada por:

Casos Especiais de Matrizes


Existem matrizes que, por apresentarem uma maior utilidade, recebem um nome especial:
Matriz linha

É toda matriz 1 x n, isto é, é uma matriz que tem uma única linha.

Matriz coluna

É toda matriz do tipo m x 1, isto é, uma matriz que tem uma única coluna.

Matriz nula

É toda matriz para a qual seus elementos são iguais a zero.

Matriz quadrada (de ordem n)

É toda matriz do tipo n x n, isto é, é uma matriz que tem igual número de linhas e colunas.

Matriz diagonal

É toda matriz quadrada em que os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.

Matriz unidade (ou matriz identidade)

Matriz de ordem n (indica-se In) é toda matriz diagonal em que os elementos da diagonal principal são iguais a
1.

Igualdade de Matrizes
Duas matrizes A e B são iguais quando são do mesmo tipo e apresentam todos os elementos correspondentes
iguais (elementos com índices iguais).

Exemplo:

Adição de duas matrizes


Dadas duas matrizes A = (a ij) mxn e B = (bij)mxn, chama-se soma A + B a matriz C = (c ij) mxn, tal que Cij = aij + bij,
para todo i e todo j. Isto significa que a soma de suas matrizes A e B do tipo mxn é uma matriz C do mesmo tipo
em que cada elemento é a soma dos elementos correspondentes em A e B.

Nesta aula, você irá aprender noções básicas de lógica matemática, como a conceituação de proposição, além de
conhecer a diferenciação entre proposições simples e compostas.

Você sabe o que é proposição?


Proposição é todo o conjunto de palavras e símbolos que representam um pensamento de sentido completo.

Que fazemos a respeito de determinados entes.


Podemos citar como exemplos de proposições.

A. Pedagogia é um curso da Universidade X.


B. O carro é azul.
C. Hoje vai fazer sol.

A lógica matemática acolhe como regras fundamentais, dois seguintes princípios:

Princípio da não contradição


Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.

Princípio do terceiro excluído

Toda a proposição ou é verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um destes casos e nunca um terceiro.

Valores Lógicos das Proposições.

Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade no caso dela ser verdadeira e a falsidade da proposição
no caso dela ser falsa.

Denotamos os valores lógicos verdade e falsidade de uma proposição, pelas letras V e F, respectivamente.

Portanto, os princípios da não contradição e do terceiro excluído.

Considere, as proposições como exemplo:

(a) Holanda foi campeã do mundo de 2010.


(b) O flamengo é o atual campeão brasileiro.

O valor lógico da proposição (a) é falso (F) e o valor lógico da proposição (b) é verdadeiro (V).

As proposições podem ser classificadas de duas formas: simples ou atômicas, compostas ou moleculares. Você
poderá observar que a proposição composta é formada por duas proposições simples. Veja abaixo exemplos de
proposições compostas e a definição de conectivo.

Chamamos proposição simples ou atômica, aquela que não possui nenhuma outra proposição como parte
integrante de si mesma.

Simples: As proposições simples são, de modo geral, designadas pelas letras minúsculas p, q, r, s, ..., chamadas
letras proposicionais.

Exemplo:

p: Claudio é engenheiro;
q: A Nestlé é uma marca de chocolate.

Compostas: Chamamos proposição composta ou molecular aquela constituída pela combinação de duas ou
mais proposições.

As proposições compostas são indicadas pelas letras maiúsculas P, Q, R, S,..., também chamadas letras
proposicionais.
Exemplo:

P: Marcos é dentista ou Paula é estudante;

Q: Se o aluno estudar, então ele irá ser aprovado na disciplina.

Consideramos conectivos, em Lógica Matemática, as palavras que estão grifadas, isto é: “ e”, “ou”, “não”,
“se”... “então”, “...se e somente se...”.

Aqui você vai conhecer a definição de Tabela-Verdade, assim como suas características e um exemplo de
tabela-verdade.

Com base no Princípio do terceiro excluído, toda proposição simples p é verdadeira ou é falsa, isto é, tem valor
lógico V (verdade) ou F (falsidade).

Na prática, a determinação do valor lógico de uma proposição composta, recorre a um mecanismo denominado
tabela-verdade, que abrange todos os possíveis valores lógicos da proposição, que corresponde a todas as
possíveis atribuições de valores lógicos das proposições simples.

Assim, por exemplo, no caso de uma proposição composta cujas proposições simples são p e q, as únicas
possíveis atribuições de valores lógicos a p e a q são:

Notação de uma proposição simples:

O valor lógico de uma proposição simples p é denotada por V (p), isto é, podemos escrever V (p)=V ou V ou V
(p) =F.

Exemplo

p: O Sol é azul.
q: O carro tem rodas.
r: Um jacaré pode voar.

Temos então que,

V(p) = F, V(q) = V, V(r) = F

Negação (~)
Chamamos negação de uma proposição p e representamos por “não p”, a proposição cujo valor lógico é a
verdade (V) quando p é falsa, e a falsidade (F) quando p é verdadeira.
Portanto, podemos concluir que “não p” tem o valor lógico oposto ao valor de p.

Simbolicamente, a negação de uma proposição é, portanto, definida pela seguinte tabela-verdade :

Logo, ~V = F, ~F = V e V(~p) = ~V(p)

Exemplo:

p: Vestibular para Medicina é o mais concorrido. Então, ~p: Vestibular para Medicina não é o mais concorrido.

~p:

Na prática, para casos mais simples, a negação é efetuada antepondo-se o advérbio “não” ao verbo da
proposição dada. Assim, a negação da proposição “p: Brasil é um país da América Latina”

É ~p: Brasil não é um país da América Latina.

Podemos também escrever a negação antepondo à proposição dada, por meio de expressões como “não é
verdade que”, ou “é falso que”.

Exemplo:

q: Argentina é campeã do Mundo de Futebol de 2010. Logo, ~q: não é verdade que a Argentina seja campeã do
Mundo de Futebol de 2010. Ou, ~q: é falso que a Argentina seja campeã do Mundo de Futebol de 2010.

Perceba

De forma mais ampla, podemos observar que a negação de “Todos os alunos da Estácio são do curso de
Pedagogia” é “Nem todos os alunos da Estácio são do curso de Pedagogia” e a de “Nenhum aluno da Estácio é
do curso de Pedagogia” é “Algum aluno da Estácio é do curso de Pedagogia”.

Conjunção (^)
Chamamos de conjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p e q”, em que seu valor
lógico é a verdade (V) quando as proposições p e q são ambas verdadeiras e a falsidade (F) nos demais casos.

A conjunção de duas proposições p e q é indicada pela notação “p ^ q”, que se lê: “p e q”.

O valor lógico da conjunção de duas proposições é definido pela seguinte tabela-verdade:

Logo,

V ^ V = V, V ^ F = F, F ^ V = F, F^F=F

V(p ^ q) = V(p) ^ V(q)

Exemplo:
p: O avião é azul (V)
q: hoje vai chover (V)
p ^ q: O avião é azul e hoje vai chover. (V)

V(p ^ q) = V(p) ^ V(q) = V

Disjunção (v)
Chamamos disjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é a
verdade (V) quando pelo menos uma das proposições p e q é verdadeira, e a falsidade (F), quando as
proposições p e q são ambas falsas.

A disjunção de duas proposições p e q, será representada pela notação: “p v q”, que se lê “p ou q”.

O valor lógico da disjunção de duas proposições é, portanto, definido pela seguinte tabela-verdade:

Logo,

V v V = V, V v F = V, F v V = V, FvF=F

V(pvq) = V(p) v V(q)

Exemplo:

p: Dilma será presidente. (V)


q: José Serra será presidente. (F)

p v q: Dilma será presidente ou José Serra será presidente. (V)

V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V

Disjunção exclusiva (⊻)


Na linguagem comum a palavra “ou” tem dois sentidos.

Consideremos as duas seguintes proposições compostas:

P: João é médico ou professor

Q: Felipe é alagoano ou gaúcho

Na proposição P podemos indicar que pelo menos uma das proposições “João é médico” ou “João é
professor” é verdadeira, sendo, neste caso ambas verdadeiras: “João é médico e professor”. Mas, na proposição
Q, temos que, uma e somente uma das proposições “Felipe é alagoano” ou “Felipe é gaúcho” seja verdadeira,
pois, não é possível ocorrer o fato de Felipe ser alagoano e gaúcho simultaneamente.

Na proposição P diz-se que “ou” é inclusivo, enquanto que, na proposição Q, diz-se que “ou” é exclusivo.

Em Lógica Matemática usa-se habitualmente o símbolo “v” para “ou” inclusivo e o símbolo “⊻” para “ ou”
exclusivo.

Assim sendo, a proposição P é a disjunção inclusiva ou apenas disjunção das proposições simples “João é
médico”, “João é professor”. Isto é, P: João é médico v João é professor.
Ao passo que a proposição Q é a disjunção exclusiva das proposições simples “Felipe é alagoano”, “Felipe é
gaúcho”, isto é, Q: Felipe é alagoano ⊻ gaúcho.

De um modo geral, chamamos disjunção exclusiva de suas proposições p e q a proposição representada


simbolicamente por “p ⊻ q”, que se lê: “ou p ou q” ou “p ou q, mas não ambos”, cujo valor lógico é a verdade
(V) somente quando p é verdadeira ou q é verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras, e a
falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas.

Conheça a tabela-verdade da disjunção exclusiva de duas proposições

Tabela-verdade

O valor lógico da disjunção exclusiva de duas proposições é definido pela seguinte tabela-verdade:

Condicional —>
Chamamos proposição condicional, ou apenas condicional, uma proposição representada por “se p então q”
cujo valor lógico é a falsidade (F) no caso em que p é verdadeira e q é falsa, e a verdade nos demais casos.

Atenção

A condicional de duas proposições p e q é representada pela notação: “p → q”, que pode ser escrita de duas
formas:

p→q

Na condicional “p → q”, dizemos que p é o antecedente e q o consequente. O símbolo “→” é chamado símbolo
de implicação.

 q é condição necessária para p.


 p é condição suficiente para q;

O valor lógico da condicional de duas proposições é definido pela seguinte tabela-verdade:

Tabela-verdade

Logo,

V → V = V, V → F = F, F → V = V, F→F=V

V(p→q) = V(p) →V(q)

Portanto, uma condicional é verdadeira toda a vez em que o seu antecedente for uma proposição falsa.
Exemplo:

p: o samurai morreu em batalha (V)


q: 7,23 é um número real (V)
p → q: se o samurai morreu em batalha, então 7,23 é um número real (V)

V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V

Nota: Uma condicional p → q não afirma que o consequente q se deduz ou é consequência do antecedente p.
Hoje vai chover → São Paulo é uma cidade
Baleia é um mamífero → Lula é presidente

Bicondicional <—>
Chamamos proposição bicondicional (ou apenas bicondicional) uma proposição representada por “p se e
somente se q”, cujo valor lógico é a verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas, e a
falsidade (F) nos demais casos.

Atenção!

A bicondicional de duas proposições p e q será representada pela notação: p ↔ q, que pode ser escrita da
seguinte forma:

 p é condição necessária e suficiente para q;


 é condição necessária e suficiente para p.

O valor lógico da bicondicional de duas proposições é definido pela seguinte tabela-verdade:

Exemplo:

p: Holanda fica na Europa.


q: A água é transparente.
p ↔ q: Holanda fica na Europa se e somente se a água é transparente. (V)

V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V

Nota: Uma bicondicional é verdadeira so mente quando suas duas condicionais p→ q e p→ q são
verdadeiras.
Valor lógico de uma proposição composta
Considere uma proposição composta P(p, q, r,...). Podemos determinar seu valor lógico (V ou F) quando são
dados ou conhecidos os valores lógicos respectivos das proposições componentes p, q, r, ...
Percebeu como as proposições transmitem pensamentos, isto é, afirmam fatos ou exprimem juízo que formamos
a respeito de determinados assuntos?

Utilizando as tabelas-verdade construímos as operações lógicas necessárias ao desenvolvimento da lógica


operacional.

Construção de uma tabela-verdade


A tabela-verdade é um instrumento eficiente para a especificação de uma composição de proposições.

Aqui, vamos aprender a construir a tabela-verdade de uma proposição composta, conhecendo o número de
linhas que essa tabela deve possuir. Para tal, veremos alguns exemplos dessa construção.

Vamos lá!

Tabela-verdade de uma proposição composta


Dadas várias proposições simples p, q, r (...), podemos combiná-las por meio dos conectivos lógicos ~, ^, v, →,
↔, realizando construções de proposições compostas.

Exemplo:

P(p, q): ~p v (p ^ q)

Q(p, q): (p ↔ ~q) ^ q

R(p, q, r): (p → ~q v r) ^ ~(q v (p ↔ ~r))

Portanto, fazendo uso das tabelas-verdade das operações lógicas fundamentais ~p, p ^ q, p v q, p → q, p
↔ p, é possível construirmos a tabela-verdade correspondente a qualquer proposição composta dada.

Atenção:

Esta tabela-verdade mostrará exatamente os casos em que a proposição composta será verdadeira (V) ou falsa
(F), admitindo que seu valor lógico depende apenas dos valores lógicos das proposições simples.
Entendendo a Tabela-Verdade
Número de linhas de uma tabela-verdade

A tabela-verdade de uma proposição composta com n proposições simples contém 2n linhas, assim:

(i) se a proposição P é composta pelas proposições p, q e r então sua tabela verdade possui 23 ou 8 linhas;

(ii) se a proposição Q é composta pelas proposições p, q, r, s e t então sua tabela verdade possui 25 ou 32
linhas.

Para facilitar seu entendimento, veja exemplos de construção de tabela-verdade.

Exemplo 1

Vejamos a construção da tabela-verdade da proposição:

Exemplo 2

Construção da tabela-verdade da proposição:

Uso de parêntesis
Existe grande necessidade de usar parêntesis na simbolização das proposições, para evitar qualquer tipo de
ambiguidade.

Exemplo 1
A expressão Q(p, q, r): p ^ q v r, colocando parêntesis, pode gerar duas proposições diferentes: (i) (p ^ q) v r e
(ii) p ^ (q v r)

Terá significados completamente diferentes, pois, em (i), o conectivo principal é “v”, e em (ii) o conectivo
principal é “^”, isto é, (i) é uma disjunção e (ii) é uma conjunção.

Exemplo 2
A expressão R(p, q, r, s): (p ^ q) g(r v s) dá lugar, colocando parêntesis, às seguintes proposições:

(i) ((p ^ q) →r v) s

(ii) p ^ ((q → r) v s)

(iii) (p ^ (q → r)) v s
(iv) p ^ (q → (r v s))

(v) (p ^ q) → (r v s)

Observação: sendo que nenhuma delas tem o mesmo significado.

Atenção
A supressão de parêntesis nas proposições simbolizadas se faz mediante algumas convenções, das quais são
particularmente importantes as duas apresentadas a seguir.

A “ordem de precedência” para os conetivos é:

(i) ~;

(ii) ^ e v;

(iii)→;

(iv) ↔.

Então:
O conectivo mais “fraco” é “~” e o conectivo mais “forte” é “↔”.

Assim, por exemplo, a proposição p → q ↔ s ^ r é uma bicondicional, e nunca uma condicional ou uma
conjunção. Para convertê-la numa condicional temos que usar parêntesis: p → (q ↔ s ^ r). Analogamente, para
convertê-la numa conjunção: (p → q ↔ s) ^ r.

O consequente da condicional é uma bicondicional.

Desejando-se converter este consequente numa conjunção, cumpre escrever: p → ((q ↔ s) ^ r).

Também são bicondicionais as três seguintes proposições:

(i)p ^ q ↔ r v s

(ii)p → q ↔ r ^ s

(iii)p v q ↔ ~r → s

Quando um mesmo conectivo aparece sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis, fazendo-se a


associação a partir da esquerda.

Assim:
Segundo estas duas convenções, as quatro seguintes proposições:

(i) ((~(~(p ^ q))) v (~p)) (ii) ((p v (~q)) ^ (r ^ (~p)))

(iii) (((p v (~p)) ^ r) ^ (~p)) (iv) ((~p) → (q → (~(p v r))))

Escrevem-se mais simplesmente assim:

(i) ~~(p ^ q) v ~p (ii) (p v ~q) ^ (r ^ ~p)

(iii) (p v ~p) ^ r ^ ~p (iv) ~p → (q → ~(p v r))

Outros Símbolos para Conectivos


Para finalizar esta aula, é importante ressaltar que nos livros de Lógica são usados diferentes
símbolos para os conectivos.
Veja abaixo alguns símbolos frequentemente usados.
Clique para abrir a imagem no tamanho original

Você também pode gostar