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Ciência de Materiais
Carlos Thiago Candido Cunha
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Corresponde a todos os fenômenos
associados a movimentação ou
transporte de elétrons, isto é, um
fluxo de carga elétrica.
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RESISTÊNCIA ELÉTRICA: basicamente dificulta a passagem
da corrente elétrica, gerando um obstáculo, que faz com que a
corrente elétrica tenha uma dificuldade em percorrer um
determinado condutor quando é submetida a uma determinada
tensão elétrica. A unidade de medida é o ohm (Ω).
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ª
Ao analisar características de materiais submetidos a
potenciais diferentes e as correntes originadas nesses,
George Ohm verificou que, para vários materiais, existia
uma proporcionalidade entre a DDP e a corrente elétrica.
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ª
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ª
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O CAMPO ELÉTRICO (E) pode ser
expresso pela relação Força por Unidade
de Carga, ou TENSÃO ELÉTRICA por
unidade de comprimento.
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A DENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA (J) resulta de um
processo de movimentação de portadores de carga elétrica
(condução elétrica) que ocorre no interior de certos materiais,
quando sob a ação de um campo elétrico externo E.
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Para um dado material, a magnitude de J em função de E
depende de uma grandeza denominada CONDUTIVIDADE
ELÉTRICA (s).
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A magnitude de σ corresponde à quantidade de carga que
atravessa uma área unitária do material por unidade de
tempo e por unidade de campo elétrico.
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Pode-se correlacionar as grandezas J, σ e E para uma gama
bastante abrangente de materiais sólidos, por meio da regra
empírica denominada LEI DE OHM. Para o caso de materiais
isotrópicos vale a relação: J = σ . E , esta expressão, é
chamada de versão microscópica da Lei de Ohm.
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Os materiais que possuem boa condutividade elétrica são chamados
de condutores elétricos e aqueles que possuem má condutividade
elétrica são chamados de isolantes elétricos.
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No interior da maioria do materiais sólidos uma corrente tem
origem a partir do escoamento dos elétrons, a qual é conhecida
como condução eletrônica.
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Para cada átomo individual existem níveis energéticos que podem ser
ocupados por elétrons e arranjados em camadas e subcamadas.
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Os sólidos podem ser visualizados como sendo N átomos que,
originalmente separados, passam a se ligar para formar o arranjo
ordenado que se encontra num arranjo cristalino, por exemplo.
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A extensão dessa divisão depende da proximidade interatômica e se
manifesta inicialmente com as camadas eletrônicas mais externas.
Ilustração para
12 Átomos
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Em cada banda de energia, os estados eletrônicos continua discreto,
mas a diferença entre estados adjacentes é demasiado pequena. No
espaçamento em condições de equilíbrio, a formação de bandas pode
não ocorrer para as subcamadas mais próximas ao núcleo.
Podem surgir
espaçamentos (gaps) de
energia entre bandas
adjacentes – tais estados
energéticos não estão, em
geral, disponíveis para
ocupação eletrônica.
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A energia de Fermi EF é a mais alta energia de um estado preenchido à
temperatura de zero kelvin.
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1 - Partially filled band: Banda de valência (BV) parcialmente
preenchida típica de metais que têm um único elétron no subnível s,
como o cobre
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2 – Overlapping bands: Banda de valência totalmente
preenchida e sobrepondo a banda de condução (BC), ocorre
quando há superposição de subníveis durante a formação de ligação
química, como no caso do magnésio;
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3 – Insulators: BV totalmente preenchida e uma banda larga de
energia proibida separando-a da BC, característica dos materiais
isolantes;
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4 – Semiconductors: BV totalmente preenchida e uma banda
estreita de energia proibida separando-a da BC, característica dos
semicondutores.
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Apenas elétrons com energia maior que EF podem participar do
processo de condução, ou seja, reagir portando carga na presença de
um campo elétrico. Esses elétrons “de condução” são chamados de
elétrons livres.
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Apesar da elevada condutividade elétrica dos metais, estes apresentam
alguns fatores que alteram as suas características elétricas. A
temperatura, a presença de impurezas e a deformação plástica são
exemplos destes fatores.
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Quando aumentamos a temperatura de um material metálico, a ener-
gia térmica do mesmo é caracterizada por movimentos vibracionais dos
átomos.
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Porque a condutividade cai com a temperatura?
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A presença de impurezas no
material (tal como o carbono no
ferro, em ligas de aço) diminui a
condutividade e aumenta a
resistividade, visto que essas
impurezas acabam atuando
como centros de espalhamento
dos elétrons.
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A deformação plástica de um
metal promove a geração de
defeitos da estrutura cristalina:
as discordâncias.
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Em metais para um elétron se tornar livre é necessária muito
pouca energia para promover os elétrons para os estados vazios
mais baixos acima de Ef.
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Nos materiais isolantes, em função das características das ligações
iônicas e covalentes, os elétrons estão fortemente ligados a átomos
específicos.
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Com isso, o material é isolante para um determinado nível de tensão
aplicada, mas passa a apresentar certa condutividade para um nível
mais alto de tensão.
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Os materiais isolantes são muito úteis
quando se faz necessário isolar energia
elétrica, por exemplo, quando queremos
garantir que a energia elétrica que flui
através de um cabo metálico não seja
transmitida para a estrutura de uma rede
elétrica (por exemplo, elementos do poste
da rede elétrica).
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Os semicondutores que apresentam a propriedade
de semicondutividade em seu estado puro são
chamados de semicondutores intrínsecos. São
exemplos desse tipo de semicondutor o silício (Si)
e o germânio (Ge), bastante empregados em
transistores, que substituíram as antigas válvulas
eletrônicas.
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Dopagem tipo N: A impureza adicionada ao silício pode ser o
fósforo ou o arsênio. Esses elementos possuem cinco elétrons na
camada de valência. Os quatro elétrons do silício não estabelecem
ligações com todos os elementos da camada do elemento
acrescentado, desta maneira, sobra um elétron que se caracteriza
por possuir carga negativa, denominando a dopagem como tipo N.
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Metais de elevada pureza normalmente apresentam uma queda na
sua resistividade, proporcional à temperatura. Para temperaturas
próximas a 0K, a resistividade tende a um valor mínimo. Para alguns
materiais, essa resistividade cai a valores muito próximos a zero, de
forma abrupta, para temperaturas muito baixas (temperatura
crítica, Tc), sendo chamados de supercondutores.
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Propriedade térmica diz respeito a resposta de um
material à aplicação de calor.
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CAPACIDADE CALORÍFICA
EXPANSÃO TÉRMICA
CONDUTIVIDADE TÉRMICA
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Um material sólido, quando aquecido, experimenta um
aumento de temperatura, que reflete a ocorrência de
uma absorção de energia.
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QUANTO AS MEDIDAS
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A variação da contribuição vibracional para a capacidade
calorífica em função da temperatura (para volume
constante) é mostrada na figura a seguir.
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O valor de Cv é nulo a 0K, mas sobe rapidamente com o
aumento da temperatura.
ou
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Para cada classe de
materiais (metais,
cerâmicas e polímeros),
quanto maior for a energia
de ligação atômica, mais
profundo e estreito será o
poço, e, portanto, menor
será o valor de αl.
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• A condução térmica é o fenômeno pelo qual o calor
é levado de regiões de alta temperatura para
regiões de baixa temperatura de uma substância.
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ª
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O transporte de calor em sólidos se dá tanto pelas
ondas de vibração da rede cristalina (fônons) quanto
por meio de elétrons livres.
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Os metais são condutores de calor muito bons pois existe
um número relativamente grande de elétrons livres para
ajudar no processo de condução (mecanismo prioritário
em relação aos fônons).
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A lei de Wiedemann-Franz afirma que a
contribuição eletrônica para a condutividade
térmica k e condutividade elétrica ρ é
proporcional a temperatura.
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A adição de impurezas para formar ligas metálicas
tende a reduzir a condutividade térmica, pelo mesmo
motivo que tende a reduzir a condutividade elétrica
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CERÂMICAS ~ 2–50 W/m-K
• Porosidade = ↓ k (usados como
isolante térmico)
AR ~ 0,02 W/m-K
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Até a próxima aula!
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