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CASO CLÍNICO DE TIGRE D’ÁGUA

Disciplina: Clínica de Animais Silvestres e Selvagens

Aluna: Luiza Helena Mummy Awa Costa Mane

Matrícula:uc19200743

BRASÍLIA

2023
1 . Introdução
As vitaminas não são utilizadas para fornecer energia ou aminoácidos para
deposição protéica. (SWENSON ; REECE; 1996)

A vitamina A é uma das quatros vitaminas solúveis em gordura, obtendo esta


sua característica física a partir de seu anel B-ionona e sua cadeia lateral
isoprênica polinsaturada. (HAYES, 1975)

Em animais jovens, as principais manifestações da deficiência são


relacionadas à compressão do cérebro e medula espinhal. Em animais adultos,
a síndrome caracteriza-se por cegueira noturna, queratinização corneal,
pitiríase, defeitos nos cascos, perda de peso e infertilidade. Alterações
congênitas são comuns nos descendentes de mães deficientes. A vitamina A
pode, também, proporcionar um efeito protetor contra várias doenças
infecciosas e estimular o sistema imunológico. (HAYES, 1975; PUGH, 2004;
RADOSTITS et al., 2010).

A classe dos répteis parece não absorver adequadamente o Betacaroteno, um


carotenoide encontrado em vegetais e considerado o mais importante
precursor da vitamina A. Uma fonte dietética de precursores de vitamina A é
necessária a todos os vertebrados, para suprimento dessa carência nutricional.
A confirmação do diagnóstico é feita através dos sinais clínicos, histórico
alimentar e responsividade ao tratamento com doses da Vitamina A (Mans and
Braun, 2014).
2. Desenvolvimento
Como em outros silvestres, a falta ou má realização do manejo prejudica a
qualidade de vida dos animais que tratamos, trazendo doenças, problemas
nutricionais e físicos.
Em muitos casos a forma de diagnóstico é o inicio do tratamento, em altas
doses de vitamina A, mesmo a blefarite sendo um diagnóstico diferencial. Mas
também se chega até o diagnóstico a partir dos sinais clínicos, entre eles estão
blefaroedema (pálpebras inchadas), pontos de radiopacidade em áreas
pulmonares, por conta da hiperqueratose dos epitélios respiratórios e ocular.
Por conta do caso grave o tratamento foi invasivo envolvendo anti-
inflamatórios, analgésicos, vitaminas e antibióticos. Nebulizações também são
recomendadas.
Mesmo com as tentativas incansáveis o animal acabou vindo a óbito, após 11
dias de tratamento.
3. Referências bibliográficas

HAYES, K. C. Vitamina A. Escola de Saúde Pública, Universidade de Harvard

: Massachusetts, Ralston Purina Co, 1975.

PUGH, D.G. Clínica de Ovinos e Caprinos – São Paulo: Roca, p.513, 2004.

RADOSTITS, O. M.; GAY, C. C.; BLOOD, D. C.; HINCHCLIFF, K. W. Clínica

Veterinária: Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos,

Caprinos e Eqüinos. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.1737, 2010.

Mans, C. & Braun, J. 2014. Update on common Nutritional disorders of captive reptiles.

Veterinary Clinics of North America: Exotic Animal Practice, 17, 369-395.

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