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ATIVIDADES – FIGURAS DE PALAVRAS

1 - Identifique as figuras de palavra utilizadas nos enunciados a seguir.

a) A Cidade Maravilhosa é a minha terra natal.

b) Em viagens, adorava ler Machado de Assis.

c) Seus olhos são duas esmeraldas.

d) Trabalhou feito burro de carga para pagar as dívidas.

e) A perna da cadeira quebrou.

2 - Relacione as colunas de acordo com as figuras de palavra utilizadas


nas frases.

a) Seu pai é um touro.

b) Comprei um Ford.

c) A blusa não abotoava porque a casa do botão era pequena.

d) Havia um cheiro morno em sua pele.

e) Viajarei para a Veneza brasileira.

( ) Metonímia

( ) Metáfora

( ) Sinestesia

( ) Catacrese

( ) Antonomásia

3 - (Enem-Inep)

Metáfora
Gilberto Gil
Uma lata existe para conter algo,
Mas quando o poeta diz: “Lata”
Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo,


Mas quando o poeta diz: “Meta”
Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso não se meta a exigir do poeta


Que determine o conteúdo em sua lata

Na lata do poeta tudonada cabe,


Pois ao poeta cabe fazer

Com que na lata venha caber


O incabível

Deixe a meta do poeta, não discuta


Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora.
Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009.

A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação


subjetiva, pela semelhança ou analogia entre elementos. O texto de
Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida
figura. O trecho em que se identifica a metáfora é:

a) “Uma lata existe para conter algo”.

b) “Mas quando o poeta diz: ‘Lata'”.

c) “Uma meta existe para ser um alvo”.

d) “Por isso não se meta a exigir do poeta”.

e) “Que determine o conteúdo em sua lata”.

4 - (Fuvest- SP)

[José Dias] Teve um pequeno legado no testamento, uma apólice e quatro


palavras de louvor. Copiou as palavras, encaixilhou-as e pendurou-as no
quarto, por cima da cama. “Esta é a melhor apólice”, dizia ele muita vez.
Com o tempo, adquiriu certa autoridade na família, certa audiência, ao
menos; não abusava, e sabia opinar obedecendo. Ao cabo, era amigo, não
direi ótimo, mas nem tudo é ótimo neste mundo. E não lhe suponhas alma
subalterna; as cortesias que fizesse vinham antes do cálculo que da
índole. A roupa durava-lhe muito; ao contrário das pessoas que
enxovalham depressa o vestido novo, ele trazia o velho escovado e liso,
cerzido, abotoado, de uma elegância pobre e modesta. Era lido, posto que
de atropelo, o bastante para divertir ao serão e à sobremesa, ou explicar
algum fenômeno, falar dos efeitos do calor e do frio, dos polos e de
Robespierre. Contava muita vez uma viagem que fizera à Europa, e
confessava que a não sermos nós, já teria voltado para lá; tinha amigos
em Lisboa, mas a nossa família, dizia ele, abaixo de Deus, era tudo.
(Machado de Assis, Dom Casmurro.)

Considerado o contexto, qual das expressões sublinhadas foi empregada


em sentido metafórico?

a) “Teve um pequeno legado”.

b) “Esta é a melhor apólice”.

c) “certa audiência, ao menos”.

d) “ao cabo, era amigo”.

e) “o bastante para divertir”.

5 - (UFPA) No trecho “Basta chegar a Pequim para desnudar a farsa de


que a China é o chão de fábrica do planeta, mas não tem acesso aos bens
que produz.”, a expressão metafórica em destaque indica que os chineses

a) produzem muito.

b) não são consumistas.

c) produzem com pouca qualidade.

d) não precisam daquilo que produzem.

e) não produzem aquilo de que precisam.

6 - "(Enem)"

"Aquele bêbado

— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores.


Acrescentou: — Álcool.
O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom
Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins
de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.

— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.

Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu de etilismo
abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro
ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.

ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.

A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um


efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma:

A) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.

B) aproximação exagerada da estética abstracionista.

C) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.

D) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.

E) citação aleatória de nomes de diferentes artistas."

7 - Analise as frases a seguir e marque a alternativa que apresenta uma


metonímia.

A) O Pai da Aviação tirou a própria vida em 23 de julho de 1932.

B) O fazendeiro olhava, orgulhoso, para centenas de cabeças de gado.

C) Dos livros azuis saíam pequenas e agitadas fadinhas brilhantes.

D) A vida é um campo cheio de flores, buracos e armadilhas.

E) Quebrei a asa do bule e, depois, colei-a com cola-tudo."

8 - Assinale a alternativa que apresenta uma antonomásia.

A) Ouro negro = petróleo.


B) Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro.

C) Melhor amigo do homem = cão.

D) Príncipe dos Poetas = Olavo Bilac."

9 - Indique em quais alternativas foram usadas metáforas e em quais foram


usadas comparações.

a) Ele é simplesmente um deus grego.


b) Ele é bonito como um deus grego.
c) Suas palavras são doces da minha infância.
d) Age como um burro!
e) Aquele homem é um burro.

10 - (Fuvest) A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo


no burro bravo”, ocorre em:

a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.


b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e
sepultura.
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Amanheceu, a luz tem cheiro.

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