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Texto lírico
Texto lírico: aquele que se caracteriza pela linguagem
que utiliza, recursos estilísticos a que recorre e
musicalidade que transmite.
Poema: texto poético composto em versos.
Verso: linha de sentido completo ou que constitui uma
unidade rítmica dum poema.
Refrão ou estribilho: verso ou agrupamento de versos
que se repete ao final de cada estrofe.
Estrofe: conjunto de versos que formam unidade
gráfica e de sentido.
Rima: qualidade de sons no final ou no meio de cada verso.
Metro: quantidade de sílabas poéticas de um verso.
Escansão: divisão do verso em sílabas métricas.
Acento: tom de voz que se utiliza ao pronunciar as sílabas das palavras dos versos.
Ritmo: cadência que resulta da alternância harmónica entre sílabas acentuadas e átonas.
Entoação: modulação variada na voz de quem recita os versos ou fala.
Pausa: sinal que indica interrupção temporária no som ou na entoação.
Cesura: pausa depois das sílabas tónicas, no interior do verso, e que permite dividir grupos fónicos longos.
Versificação: conjunto de técnicas que regem a estrutura ou organização de um poema.
1
Estes “Apontamentos Mínimos de Língua Portuguesa” não substituem o Manual/Sebenta oficial da disciplina intitulado
“Caderno de Língua Portuguesa”. Os Apontamentos Mínimos são apenas um guia básico que pode facilitar durante as aulas na
sala de aula, evitando o desperdício de tempo com ditados e tornando a aula mais prática que teórica. Todavia, após a aula o aluno
pode aprofundar o tema estudado através de sua Sebenta, em casa, que possui mais detalhes sobre cada conteúdo apresentado
incluindo exemplos práticos. Dependendo das condições da turma e da disponibilidade do professor, pode-se coordenar a criação
de uma turma virtual, pelo WhatsApp ou equivalente, através do qual os alunos entre si e o professor, e vice-versa, podem interagir
de forma efectiva e produtiva. A Sebenta “Caderno de Língua Portuguesa” foi feita pensando somente nas suas aulas. Contacte
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DISTRITO URBANO DO BENFICA – TALATONA – LUANDA | APONTAMENTOS MÍNIMOS DE LÍNGUA PORTUGUESA | 11ª CLASSE
Subgéneros da poesia
Écloga: pequeno poema pastoril que apresenta, na maioria das vezes, a forma de um diálogo entre pastores ou de um
solilóquio.
Canção: poema que exprime admiração ou entusiasmo por algo ou alguém; composição poética destinada a ser
cantada ou acompanhada com instrumentos musicais. Quanto ao assunto, a canção pode ser de tipo amoroso,
filosófico, satírico ou amoroso.
Ode: poema escrito em estilo elevado apresentando como temas a exaltação de cidadãos ou acontecimentos da vida
pública, os prazeres da existência, os encantos da vida rústica e reflexões filosóficas ou morais.
Hino: poema composto em honra de uma divindade, de uma personalidade excepcional ou de um ideal cívico ou
patriótico.
Elegia: composição lírica inspirada por algum acontecimento triste, como uma morte ou uma despedida.
Epigrama: dito espirituoso, breve e incisivo, que pode ter forma poética.
Epitáfio: em geral, são versos escritos em túmulos para homenagear pessoas ali sepultadas.
Madrigal: como composição lírica, manifesta um sentimento subjectivo; pela espécie de sentimento, expressa um
galanteio dirigido à formosura da mulher; pelo tratamento, é gracioso e leve. Exprime um pensamento fino, terno ou
galante e que, em geral, se destina a ser musicada.
Acalanto: cantiga para embalar crianças.
Figuras de estilo
Figuras de estilo: desvios em relação ao uso corrente da língua com o objectivo de embelezar e conferir
expressividade ao que se diz e ou se escreve.
seja, diz por muitas palavras o que poderia ser dito por poucas.
Personificação: atribuição de propriedades humanas a animais, coisas ou ideias.
Pleonasmo: consiste em reforçar uma ideia pela repetição de palavras com significado idêntico.
Sinédoque: consiste em tomar a parte pelo todo ou vice-versa, o singular pelo plural ou vice-versa.
Sinestesia: mistura de sensações que pertencem a sentidos diferentes.
Comunicação
Comunicação: acto de transmitir e receber mensagem pela utilização de sinais e de símbolos.
Objectivos da comunicação:
. exprimir sentimentos;
. aconselhar, persuadir, fazer um pedido, dar uma ordem;
. dar informações;
. estabelecer, manter ou cortar o contacto;
. criar uma impressão de beleza.
Comunicação unilateral: estabelecida de um emissor para um receptor sem reciprocidade.
Comunicação bilateral: estabelecida com a alternância de papéis entre o emissor e o receptor realizando-se assim,
um intercâmbio de mensagens.
Ruído: tudo aquilo que perturba a perfeita transmissão e recepção da mensagem.
Redundância: existência, numa mensagem, de um número de elementos maior do que o estritamente necessário à
transmissão de um conteúdo informativo.
Cacofonia: má sonância resultante da disposição das palavras.
Hiato: dissonância resultante do emprego de vogais sucessivas.
Eco: repetição seguida dos mesmos sons.
Colisão: sequência de consoantes ásperas.
Elementos da comunicação:
. emissor ou locutor;
. receptor ou interlocutor;
. mensagem;
. código;
. canal;
. contexto: situacional, referencial, verbal.
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Língua
Língua: sistema de signos convencionais usados pelos membros de uma mesma comunidade.
Vocabulário: conjunto de palavras que ocorre num determinado contexto ou numa área específica de saber, como
profissional, científica ou técnica.
Código oral e código escrito
CÓDIGO ORAL CÓDIGO ESCRITO
O emissor, que está presente fisicamente, utiliza
sobretudo frases curtas; são frequentes as O emissor normalmente está ausente.
1ª
repetições, hesitações e exclamações de palavras
e as formas contraídas.
As orações são comumente ligadas por As orações são comumente ligadas por
2ª
coordenação. subordinação.
3ª Entoação, pausas na voz, ritmo da fala, gestos. Sinais de pontuação, ritmo da escrita.
Menos rigor no cumprimento das regras Frases mais longas e aperfeiçoadas com
4ª
gramaticais. vocabulário escondido, maior rigor gramatical.
5ª Bordões de fala (digamos, justamente…) ---
Registos de Língua
Língua padrão ou norma ou registo corrente: base comum que se converte num código conhecido e partilhado
por todos os falantes de uma mesma comunidade linguística, permitindo a comunicação entre todos. Em relação à
norma ou registo corrente, cada um dos outros registos constitui um desvio, uma variação.
Registo familiar: emprega-se em situações informais (em família, com amigos…), não se afastando muito da língua
corrente. Faz uso de vocabulário e sintaxe simples e pouco variados.
Registo cuidado: emprega-se em situações mais formais (em discursos parlamentares, em conferências…). Usa um
vocabulário mais seleccionado e uma construção frásica mais elaborada.
Registo popular: este registo está geralmente associado a um baixo grau de instrução; faz uso de um vocabulário
muito próprio, afastando-se frequentemente das regras da gramática normativa. O registo popular pode recorrer a
regionalismos, gíria e calão.
Regionalismos: usos da língua característicos de determinada região, em nível do vocabulário, da construção frásica,
da pronúncia.
Gíria: código construído por determinados grupos sociais ou profissionais (por exemplo, a gíria futebolística e a gíria
académica), sendo dificilmente compreendido por quem não pertence ao grupo.
Calão: caracteriza-se pela utilização de termos considerados grosseiros ou obscenos.
Texto
Texto: conjunto de frases relacionadas entre si que formam um todo com sentido.
Um texto, para ser texto, deve ter, pelo menos, as seguintes propriedades:
Adequação: uso dos vários registos de linguagem mobilizados. Fala-se de adequação de um texto, quando quem
fala ou escreve produz um enunciado que está em sintonia com a sua cultura, com a cultura daquele a quem se dirige,
com as exigências do contexto em que se encontra etc.
Coerência: organização estruturada da informação que o texto contém. Diz-se que um texto é coerente quando
aquilo que ele transmite está de acordo com o conhecimento que cada falante tem do mundo e quando nele são
respeitados três princípios gerais: o princípio da não contradição, que assegura que, num texto, as situações
representadas não sejam logicamente incompatíveis; o princípio da não tautologia, que garante a ausência de
repetições de informação desnecessárias; o princípio da relevância, que obriga a que as situações representadas
estejam relacionadas entre si.
Coesão: eficiente uso de mecanismos linguísticos que ligam as várias ideias. Os fragmentos de um texto (coeso) estão
ligados entre si, isto é, estabelecem entre eles determinadas relações através de uma série de mecanismos,
fundamentalmente linguísticos.
Progressão temática: avanços na informação prestada pelo texto. Sem progressão temática, o texto torna-se
repetitivo, enfadonho, desinteressante, soporífero, sebáceo.
Prosa e poesia
Prosa: forma de discurso oral ou escrito que não obedece às normas da métrica e da rima; genericamente, trata-se da
forma de escrever em linhas contínuas.
Poesia: composição em que se exprimem emoções ou sentimentos segundo uma organização rítmica das palavras,
aliada a recursos estilísticos e imagéticos.
Fonética
Fonética: estuda a natureza física da produção, propagação e percepção dos sons da fala. Subdivide-se em fonética
articulatória, acústica e perceptiva.
Fonética articulatória: estuda os movimentos do aparelho fonador, aquando da produção dos sons, ou seja, da
emissão da mensagem.
Para que haja produção dos sons característicos da fala humana é necessário estarem reunidas três condições: corrente
de ar, obstáculo à corrente de ar e caixa de ressonância. Estas condição são reunida pelo aparelho fonador humano,
constituído pelas seguintes partes: pulmões, brônquios, traqueia; laringe; cavidades supralaríngeas (faringe, boca
e fossas nasais).
Fonética acústica: estuda a transmissão da mensagem, a sua natureza física, sendo o som estudado como um
fenómeno vibratório que possui certas características: amplitude, duração, frequência.
Fonética perceptiva: estuda a percepção dos sons, desde o aparelho auditivo à recepção da fala.
Fonologia
Fonologia: estuda o papel de cada som e o seu valor distintivo no interior de uma língua específica.
Sons linguísticos
Para a classificação dos sons é importante ter em consideração três aspectos:
1º, como são produzidos;
2º, como são transmitidos;
3º, como são entendidos.
Os sons linguísticos classificam-se em vogais, consoantes, semivogais e glides.
Vogal: som produzido pela vibração das cordas vocais e transformado pela forma das estruturas supralaríngeas, que
estão abertas ou entreabertas à passagem do ar na cavidade bucal.
Consoante: som produzido pela vibração das cordas vocais e transformado por um obstáculo à passagem do ar pelas
cavidades supralaríngeas.
Em relação à função silábica, especialmente para a Língua Portuguesa, as vogais são sempre centro de sílaba, enquanto
as consoantes são fonemas que só figuram na sílaba junto a uma vogal.
Semivogal: situa-se entre um som vocálico e um consonântico; trata-se do fonema /i/ e /u/ que quando junto a uma
vogal, forma uma sílaba.
Glide: (som) semivogal de transição ouvido durante a articulação que liga dois sons fonéticos vocálicos contíguos.
Ex: caiaque.
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Não arredondadas: quando há relaxamento dos lábios. Ex.: fita, tela, dedo, gato.
Quanto ao timbre ou grau de abertura
Aberta: pato.
Semiaberta: café, nova, avó.
Semifechada: medo, câmara, flor.
Fechada: amigo, sete, tu.
Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal
Orais: quando o palato mole está elevado permitindo que a corrente expiratória se realize toda pela boca. Ex.: gato,
azul, eléctrico.
Nasais: quando o palato mole está abaixado permitindo que a corrente expiratória se realize, ao mesmo tempo, pela
boca e pelas fossas nasais. Ex.: nunca, irmã, ponto, crente, um, jardim.
Quanto à intensidade e acento
Tónica ou acentuada: quando há mais força expiratória e sobre ela recai o acento tónico. Ex.: ap ito, árvore, caça,
papel.
Átona (pretónica e postónica) ou não acentuada: quando há menos força expiratória e está em sílaba não acentuada.
Ex.: árvore, caça, apito.
Grupo consonântico: reunião de duas consoantes seguidas pertencentes à mesma sílaba. Os grupos mais
frequentes têm a consoante l ou r como segunda consoante. Ex.: ablativo, bravo, clima, creme, drama, flauta,
franca, glaciar, grupo, aplanar, pronto, atlas, outro, palavra, benigno, omnívoro, pneuma, psicologia, adepto,
algoritmo.
Estes grupos consonânticos, quando em início de palavras, são inseparáveis.
Sílaba
Sílaba: som ou conjunto de sons de uma palavra, cujo núcleo é formado por uma vogal ou um ditongo (ou tritongo)
e que se pronunciam numa só emissão de voz.
Classificação das sílabas
Quanto ao som final:
Sílaba aberta: quando termina em vogal ou semivogal. Ex.: a-pa-ga-do.
Sílaba fechada: quando termina em consoante. Ex.: trans-por-tar.
Quanto à acentuação:
Sílaba tónica: sílaba proferida com mais intensidade do que as outras. Esta possui o acento tónico.
Sílaba subtónica: quando a sílaba mantém aberta a pronúncia, mas é menos intensa do que a tónica e, geralmente,
não tem acento gráfico, embora o possa ter tido no passado.
Sílaba átona: todas as outras sílabas da palavra que não têm acentuação tónica.
Ex.: telhado, admiravelmente.
te lha do
SÍLABA ÁTONA SÍLABA TÓNICA SÍLABA ÁTONA
ad mi ra vel men te
S. ÁTONA S. ÁTON. SÍLABA SUBTÓNICA S. ÁTONA SÍL. TÓNICA S. ÁTONA
De acordo com a posição em relação à sílaba tónica, a sílaba átona pode ser…
Pretónica: antes da sílaba tónica. Ex.: telhado.
Postónica: depois da sílaba tónica. Ex.: telhado.
Contagem silábica
As palavras podem classificar-se quanto ao número de sílabas.
Monossílabo: possui 1 (uma) só sílaba: é, eu, há.
Dissílabo: possui 2 sílabas: fo-lha, te-la, a-í.
Trissílabo: possui 3 sílabas: mé-di-co, fun-da-ção, a-ba-no.
Polissílabo: possui mais de 3 sílabas: gra-má-ti-ca, a-pren-di-za-gem, so-bre-tu-do.
Posição da sílaba tónica
Conforme a posição da sílaba tónica, as palavras (tónicas) podem classificar-se em…
Esdrúxulas ou proparoxítonas: o acento tónico recai sobre a antepenúltima sílaba (3ª): médico, América, matemática.
Graves ou paroxítonas: o acento tónico recai sobre a penúltima sílaba (2ª): boneca, cadeira, linha.
Agudas ou oxítonas: o acento tónico recai sobre a última sílaba (1ª): café, coração, aconteceu, caminhar
Há palavras monossilábicas que não têm acento tónico (palavras átonas); pronunciam-se subordinando-se à palavra a
que se ligam e podem classificar-se em…
Proclíticas: as que se pronunciam subordinando-se ao acento tónico da palavra seguinte. Ex.: O livro. Que lindo.
Enclíticas: as que se pronunciam subordinando-se ao acento tónico da palavra anterior. Ex.: Comeu-a. Deu-ma.
Mesoclíticas: as que dependem do acento tónico tanto da palavra que as precede como da que as sucede. Ex.: Amá-
lo-á.
A palavra
Palavra: unidade gráfica e fonológica, com significado ou função gramatical, que pertence a uma determinada classe.
Palavra simples: formada por um único radical, admite afixos derivacionais, sendo uma unidade de sentido
indivisível. Ex. dou / damos; lindo / linda; bomba / bombas; tempo / tempos.
Palavra complexa: divisível em unidades menores de sentido, sendo formada através dos processos de derivação ou
composição. Ex: dádiva, lindamente, bomba-relógio, contratempo.
Base: constituinte a partir do qual se formam novas palavras, podendo corresponder a um radical, a uma palavra
simples ou a uma palavra complexa. Ex: sol > solar, solar > solarengo.
Palavra variável: pode ser flexionada, por exemplo, em número ou género. Ex: bonit- > bonito, bonita, bonitos,
bonitas.
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Palavra invariável: não admite qualquer especificação de flexão. São palavras invariáveis as preposições e
conjunções.
Significado: característica da palavra em possuir um significado, ou seja, referenciar um aspecto do domínio da
experiência da realidade. Ex: gato > O significado da palavra remete para o referente da realidade: animal doméstico,
mamífero da família dos felídeos.
Significante: estrutura fonológica (pronúncia) e gráfica (escrita) da palavra. Ex: gato > A estrutura fonológica desta
palavra compreende quatro sons [g-a-t-u]; a estrutura gráfica compreende quatro letras, g-a-t-o.
Denotação: valor constante associado ao significado de uma palavra, remetendo para o aspecto da realidade imediata
que referencia. Ex: pé > A palavra apresentada corresponde, na realidade, à parte inferior do corpo que se articula
com a perna.
Conotação: corresponde aos sentidos que uma palavra pode assumir em contextos ou situações distintas entre si. Ex:
Preciso de usar pé de cabra para arrancar este prego [pé > ferramenta de carpintaria].
Monossemia: verifica-se quando uma palavra admite um único significado. Ex: ornitologia > estudo das aves.
Polissemia: verifica-se quando uma palavra adquiri vários significados, existindo entre eles traços de sentido comuns,
diz-se polissémica, ou seja, pode assumir vários significados. Ex: O meu leitor de CD’s está avariado [leitor >
electrodoméstico capas de identificar a informação digital de um Compact Disk]. / O Pedro é o leitor mais assíduo
desta biblioteca [leitor > pessoa que se dedica à acção de ler].
Composição
Composição: processo morfológico que consiste em formar uma nova palavra pela união de duas ou mais bases.
Podem ocorrer dois processos de composição: composição morfológica ou composição morfossintáctica.
Composição morfológica ou aglutinação: verifica-se quando existe a junção de um radical a outro radical ou a
uma ou mais palavras, passando a existir apenas uma sílaba predominante e modificando a forma gráfica. Ex:
aguardente > Junção das palavras água e ardente.
Composição morfossintáctica ou justaposição: reúne duas ou mais palavras com hífen ou sem hífen, mantendo a
sua forma fonética e gráfica. As palavras formadas por composição possuem um sentido único e autónomo. Ex:
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Sinonímia: relação de equivalência semântica entre duas ou mais unidades lexicais que reenviam para o mesmo
referente. Pode verificar-se diferentes relações entre sinónimos. Ex: cara / rosto; lindo / belo.
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TEXTO DE LEITURA - 1
CANTO INTERIOR DE UMA NOITE FANTÁSTICA
Sereno, mas resoluto
aqui estou – eu mesmo! – gritando desvairado
que há um fim por que luto
e me impede de passar ao outro lado.
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