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século XIX, um período marcado pela ascensão do positivismo e pela expansão imperialista
europeia. Essa abordagem, influenciada pela crença na superioridade da ciência e da razão,
busca explicar fenômenos geográficos por meio de observações diretas e coleta de dados
empíricos. Os geógrafos tradicionais enfocam a objetividade, utilizando frequentemente
métodos quantitativos para analisar aspectos físicos da geografia, como características
naturais e padrões de distribuição.
Historicamente, o contexto em que emergiu essa corrente foi marcado por mudanças
políticas, sociais e econômicas significativas na Europa. A industrialização, urbanização e
colonização de terras distantes moldaram o pensamento geográfico tradicional, refletindo uma
visão de mundo muitas vezes eurocêntrica. O capitalismo consolidava-se como sistema
econômico dominante, intensificando a exploração de recursos naturais em áreas distantes.
A visão de mundo e sociedade promovida por essa corrente na geografia escolar visa
a conscientização crítica sobre desigualdades e questões sociais. Ao explorar estruturas de
poder, conflitos territoriais e resistências sociais relacionados ao espaço, os estudantes são
estimulados a desenvolver uma compreensão mais profunda e contextualizada das dinâmicas
geográficas e sociais.
A abordagem humanista na geografia surge como uma resposta ao contexto
dinâmico do século XX, permeado por mudanças culturais, movimentos contraculturais e uma
crescente ênfase na subjetividade. Essa corrente se destaca por seu enfoque no sujeito, com
um ensino centrado no aluno e uma ênfase nas relações interpessoais e no crescimento
resultante dessas interações.