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19/01/2024

VIGAS
PROFA. MARIA DE LOURDES
TEIXEIRA MOREIRA

Classificação das
armaduras

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19/01/2024

VIGAS
Definição:

NBR 6118/2023
Item 14.4.1.1:
Vigas são elementos lineares em que a flexão é
preponderante.

Classificação das Armaduras

Armaduras
Padronizadas

Armaduras de Armaduras Armaduras de


equilíbrio geral auxiliares equilíbrio local

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Classificação das Armaduras

Armaduras de
equilíbrio geral

Armaduras Armaduras
longitudinais transversais

Armadura
transversal
Armadura
longitudinal

Fonte: Structuralguide.com

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Classificação das Armaduras

Armaduras
auxiliares

Armaduras de Armaduras Armaduras de


montagem complementares pele

Armadura de
montagem

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Armaduras
complementares

Armadura de
pele

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7027687541482893312-d-Tw?trk=public_profile_like_view

11

Classificação das Armaduras

Armaduras de equilíbrio
local

Armaduras de
Armaduras Armaduras equilíbrio dos
Armaduras de Armaduras de
contra o contra desvios de
costura suspensão
fendilhamento flambagem esforços
longitudinais

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Armadura contra o fendilhamento

Manual de Boas
Práticas: montagem
das armaduras de
estruturas de
concreto armado

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http://icdas.dk/viewpage.php?page_id=410

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http://icdas.dk/viewpage.php?page_id=410

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Manual de Boas Práticas: montagem das armaduras de estruturas de concreto armado

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Manual de Boas
Práticas: montagem
das armaduras de
estruturas de
concreto armado

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https://suporte.altoqi.com.br/

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Prescrições da NBR 6118/2023

VIGAS

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1. Vãos efetivos (14.6.2.4)

O vão efetivo pode ser calculado


por:

ℓ =ℓ +𝑎 +𝑎

Com a1 igual ao menor valor entre


(t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor
valor entre (t2/2 e 0,3h) conforme
figura.

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2. Dimensão mínima para vigas ( 13.2.2 )


A menor dimensão das vigas deverá ser 12cm. Excepcionalmente
poderá ser aceito valor inferior a 12cm, mas igual ou superior a
10cm se forem respeitadas as seguintes condições:
a) Alojamento das armaduras e suas interferências com as
armaduras de outros elementos estruturais, respeitando os
espaçamentos e coberturas estabelecidos em Norma;
b) Condições adequadas de lançamento e vibração do concreto.

Para as vigas parede a largura mínima é de 15 cm.

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Vibradores
Tipos de vibradores:
a) Internos (de imersão);
b) Externos (mesa vibratória,
vibrador de parede de forma,
régua vibratória, rolo
compactador vibratório, etc.).

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Cintra et al. (2013)

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https://www.bspneumatica.com.br/mangote-
vibracao-concreto

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3. Valores limite para armações


3.1. Armaduras longitudinais
a) Valores mínimos para armadura de tração (17.3.5.2.1):
É aquela determinada pelo dimensionamento da seção a um momento
fletor mínimo dado por (respeitada a taxa mínima absoluta de 0,15%):

M d ,min  0,8  W0  f ctk ,sup


𝑊 é o módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto
relativo à fibra mais tracionada.
fctk,sup é a resistência característica superior do concreto à tração (𝑓 , =
1,3𝑓 ).

25

O dimensionamento para Md,min é considerado atendido se forem


respeitadas as taxas mínimas de armadura da tabela:

Forma Valores de min (%) para CA-50, c=1,4 e s=1,15


da
seção
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
Retangu
lar

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3. Valores limite para armações


b) Valores máximos para armadura de tração e compressão
(17.3.5.2.4):
A soma das armaduras de tração e compressão 𝐴 + 𝐴′ não pode
ter valor maior que 4% de Ac, calculados na região fora da zona de
emendas, garantidas as condições de dutilidade.

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3. Valores limite para armações


c) Valores mínimos para armadura de pele (17.3.5.2.3):
A mínima armadura lateral deve ser de 0,10% Ac,alma em cada face da alma
da viga e composta por barras de aço CA-50 ou CA-60 com espaçamento
não maior que 20cm, devidamente ancoradas nos apoios, não sendo
necessária uma armadura superior a 5cm2/m por face.
Vigas com altura igual ou inferior a 60cm a armadura de pele pode ser
dispensada.

ℎ > 60𝑐𝑚 ≤ 20𝑐𝑚

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3. Valores limite para armações


3.2. Armaduras transversais
a)Dimensões dos estribos (18.3.3.2):

t 5mm

t bw/10

Se a armadura é constituída de barras lisas t 12mm.


Se os estribos são formados por telas soldadas, o diâmetro mínimo pode
ser reduzido para 4,2mm, desde que sejam tomadas precauções contra a
corrosão desta armação.

29

3. Valores limite para armações


3.2. Armaduras transversais

b) Taxa geométrica mínima (17.4.1.1.1):

𝐴 𝑓 ,
𝜌 = ≥ 0,2
𝑏 × 𝑠 × sin 𝛼 𝑓

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3. Valores limite para armações

3.2. Armaduras transversais


c) Espaçamentos máximos (18.3.3.2):
No sentido longitudinal:
Se Vd 0,67VRd2, smáx=0,6d300mm;
Se Vd 0,67VRd2, smáx=0,3d200mm.
No sentido transversal, entre ramos sucessivos da armadura
constituída por estribos:
Se Vd 0,20VRd2, st,máx= d  800mm
Se Vd0,20VRd2, st,máx=0,6 d  350mm
A armadura transversal pode ser constituída só de estribos; se
houver barras dobradas, a estas não poderá caber mais de 60% do
esforço total a absorver por armadura transversal (17.4.1.1.3).

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4. Detalhamento dos ferros longitudinais


4.1. Armadura de tração nas seções de apoio (18.3.2.4):
Os esforços de tração junto aos apoios de vigas simples ou contínuas
devem ser resistidos por armaduras longitudinais que satisfaçam à mais
severa das seguintes condições:
a) no caso de ocorrência de momentos positivos, as armaduras obtidas
através do dimensionamento da seção. Nesses casos, as ancoragens
devem obedecer aos critérios usuais de detalhamento.

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4. Detalhamento dos ferros longitudinais


4.1. Armadura de tração nas seções de apoio (18.3.2.4):
Os esforços de tração junto aos apoios de vigas simples ou contínuas
devem ser resistidos por armaduras longitudinais que satisfaçam à mais
severa das seguintes condições:
a) no caso de ocorrência de momentos positivos, as armaduras obtidas
através do dimensionamento da seção. Nesses casos, as ancoragens
devem obedecer aos critérios usuais de detalhamento.
b) em apoios extremos, para assegurar a ancoragem da diagonal de
compressão, armaduras capazes de resistir a uma força de tração
FSd=(Md/z)+(aℓ/d)  Vd + Nd, onde Vd é a força cortante no apoio
(considerada apenas se atuar aumentando a força de tração nas
barras) e Nd é a força de tração eventualmente existente; Md só deve
ser considerado se for positivo no apoio;

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c) em apoios extremos e intermediários, por prolongamento de uma parte


da armadura de tração do vão (As,vão), correspondente ao máximo
momento positivo do tramo (Mvão) de modo que:

As,apoio1/3 As,vão se Mapoio for nulo ou negativo e de valor absoluto  Mapoio


 0,5 Mvão;

As,apoio1/4 As,vão se Mapoio for negativo e de valor absoluto  Mapoio


 0,5 Mvão.

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4.2. Ancoragem da armadura de tração no apoio (18.3.2.4.1)


Para os casos (b) e (c), em apoios extremos, as barras devem ser
ancoradas a partir da face do apoio com comprimentos iguais ou
superiores ao maior dos seguintes valores:
Em apoios extremos:
• ℓb,nec
• ( r+ 5,5) em que r é o raio de curvatura interno do gancho;
• 60 mm
Quando houver cobrimento da barra no trecho do gancho, medido
normalmente ao plano do gancho, de pelo menos 70mm, e as ações
acidentais não ocorrerem com grande frequência com seu valor
máximo, o primeiro dos três valores pode ser desconsiderado,
prevalecendo as duas condições restantes.
Em apoios intermediários:
10, desde que não haja qualquer possibilidade da ocorrência de
momentos positivos nesta região, provocados por situações
imprevistas, como efeito do vento ou recalque.

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4.3. Ancoragem por


aderência
(18.3.2.3.1)

O trecho da
extremidade da
barra de tração
considerado como de
ancoragem tem
início na seção
teórica onde sua
tensão σs começa a
diminuir (o esforço
da armadura começa
a ser transferido para
o concreto).

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Deve prolongar-se pelo menos 10 além do ponto teórico de


tensão s nula, não podendo em nenhum caso ser inferior ao
comprimento de ancoragem necessário.
Na armadura longitudinal de tração dos elementos estruturais
solicitados por flexão simples, o trecho de ancoragem da barra
deve ter início no ponto A do diagrama de forças RSd = Msd/z
decalado do comprimento aℓ. Se a barra não for dobrada, o trecho
de ancoragem deverá prolongar-se além de B, no mínimo 10. Se a
barra for dobrada, o início do dobramento pode coincidir com o
ponto B.
Nos pontos intermediários entre A e B, o diagrama resistente
linearizado deve cobrir o diagrama solicitante.

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Se o ponto A estiver na face do apoio ou além dela e a força Fsd


diminuir em direção ao centro do apoio, o trecho de ancoragem deve
ser medido a partir dessa face e deve ancorar a força:

𝑀 𝑎ℓ
𝐹 = + .𝑉 + 𝑁
𝑧 𝑑

Vd é a força cortante no apoio e Nd é a força de tração eventualmente


existente.
Md só deve ser considerado de for positivo no apoio.

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5. Condições de ductilidade (14.6.4.3)


Para proporcionar o adequado comportamento dúctil em vigas e lajes a
posição da linha neutra no ELU deve obedecer aos seguintes limites:
a) ≤ 0,45 para concretos de 𝑓 ≤ 50𝑀𝑃𝑎

b) a) ≤ 0,35 para concretos de 50𝑀𝑃𝑎 < 𝑓 ≤ 90𝑀𝑃𝑎

Esses limites podem ser alterados se forem utilizados detalhes especiais de


armadura como, por exemplo, os que produzem confinamento nessas
regiões.
Quando for feita redistribuição de momentos em uma determinada seção
transversal, estes valores devem ser alterados em conformidade com
14.6.4.3.

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6. Aproximações permitidas para vigas


contínuas (14.6.6.1):
Pode ser utilizado o modelo clássico de viga contínua, simplesmente
apoiada nos pilares, para o estudo das cargas verticais, observando-se a
necessidade das seguintes correções adicionais:
a) não podem ser considerados momentos positivos menores que os que
se obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios
internos;

5m 2m 4m

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4m 5m 2m

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6. Aproximações permitidas para vigas


contínuas (14.6.6.1):
Pode ser utilizado o modelo clássico de viga contínua, simplesmente
apoiada nos pilares, para o estudo das cargas verticais, observando-se a
necessidade das seguintes correções adicionais:
a) não podem ser considerados momentos positivos menores que os que
se obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios
internos;
b) quando a viga for solidária com o pilar intermediário e a largura do
apoio, medida na direção do eixo da viga, for maior que a quarta parte
da altura do pilar, não pode ser considerado momento negativo de valor
absoluto menor do que o do engastamento perfeito nesse apoio;

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ℓapoio>1/4hpilar

Viga

ℓapoio
hpilar

Pilar

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6. Aproximações permitidas para vigas


contínuas (14.6.6.1):
c) quando não se fizer o cálculo exato da influência da solidariedade dos
pilares com a viga, deve ser considerado, nos apoios externos, momento
fletor igual a:
𝑟 +𝑟
𝑀=𝑀
𝑟 +𝑟 +𝑟

Com 𝑟 =

Onde ri é a rigidez do elemento i no nó considerado, avaliada conforme


indicado na figura:

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7. Deslocamento do Diagrama de FSd


(17.4.2.2 c e 17.4.2.3)
A NBR 6118 estabelece que, quando a armadura longitudinal de tração
for determinada através do equilíbrio de esforços na seção normal ao
eixo do elemento estrutural, os efeitos provocados pela fissuração
oblíqua podem ser substituídos no cálculo pela decalagem do diagrama
de força no banzo tracionado, dadas pelas expressões:
Modelo I:
𝑉 ,
𝑎ℓ = 𝑑 1 + cot 𝛼 − cot 𝛼 ≤ 𝑑
2 𝑉 , −𝑉

𝑎ℓ = 𝑑 para 𝑉 , ≤ 𝑉

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7. Deslocamento do Diagrama de FSd


(17.4.2.2 c e 17.4.2.3)
Modelo II

𝑉 ,
𝑎ℓ = 0,5𝑑 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃 + 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 − 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 ≤ 𝑑
𝑉 , −𝑉

Em ambos os modelos devem ser respeitados os mínimos:


𝑎ℓ ≥ 0,5𝑑, no caso geral;
𝑎ℓ ≥ 0,2𝑑, para estribos inclinados a 45º.

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8. Armadura de suspensão(18.3.6)

Nas proximidades de cargas concentradas transmitidas à viga por outras


vigas ou elementos discretos que nela se apoiem ao longo ou em parte
de sua altura, ou fiquem nela pendurados, deve ser colocada armadura
de suspensão.
A armadura de suspensão deve ser somada à armadura de
cisalhamento devida à força cortante e/ou ao momento torçor.

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8. Armadura de suspensão(18.3.6)

No caso de vigas não penduradas, a armadura de suspensão pode ser


disposta na viga de apoio e na viga apoiada. Na viga de apoio, deve ser
posto um mínimo de 75 % da armadura calculada do tirante, em uma
extensão máxima equivalente a hviga apoio, considerada a metade desta
altura para cada um dos lados, a partir do ponto de cruzamento. Na viga
apoiada deve ser posto um máximo de 25 % da armadura calculada do
tirante, em uma extensão máxima equivalente a hviga apoiada,
considerada a metade para cada um dos lados, a partir do ponto de
cruzamento. Caso a viga apoio e/ou a viga apoiada não se estendam
além do ponto de cruzamento, toda a armadura deve ser posta na
extensão máxima correspondente a hviga / 2.

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Viga pendurada

50
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75%

25%

Distribuição da armadura de suspensão | Prof. Libânio Pinheiro


https://www.youtube.com/watch?v=V4d-hBbzow0

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8. Armadura de suspensão(18.3.6)

No caso de vigas não penduradas com faces superiores coincidentes,


pode ser aplicado um fator de redução da carga de suspensão dado por
(1 – hd / hviga apoio), onde hd é a diferença de nível medida entre as faces
inferiores das vigas, e hviga apoio é a altura da viga de apoio.
Define-se uma situação de viga pendurada quando a face inferior da
viga apoiada está abaixo da face inferior da viga de apoio.

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𝑍 = ×𝑅 ≤ 𝑅

Zd é a força a ser suspensa


Rd é a reação da viga apoiada sobre a viga de apoio
h é a altura da viga apoiada
ha é a altura da viga de apoio
https://eaulas.usp.br/portal/video.
action?idItem=9656

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Exemplo 1:
Detalhar a armação para a viga da figura, de seção 13x50 cm2. Admitir
fck=25MPa, aço CA-50 e CAA-II.

30 460 30

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Diagramas de esforços solicitantes

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Armação de flexão:
𝑀 = 75,03𝑘𝑁. 𝑚
𝑀
𝐾𝑀𝐷 =
𝑏𝑑 𝑓

1,4 × 7503
𝐾𝑀𝐷 = = 0,223
2,5
13 × 45
1,4

𝑘 = 0,3925
𝐾𝑀𝐷 = 0,225 →
𝑘 = 0,8430
𝑘 ≤ 0,45 → 𝑂𝐾!
𝑀
𝐴 =
𝑘 ×𝑑×𝑓

1,4 × 7503
𝐴 = = 6,37𝑐𝑚
50
0,843 × 45 ×
1,15

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𝐴 = 6,37𝑐𝑚 →4Φ16mm
Para esta quantidade de barras, teremos d=43,9cm.
Refazendo os cálculos vamos obter:

1,4 × 7503
𝐾𝑀𝐷 = = 0,235
2,5
13 × 43,9 1,4
𝑘 = 0,4142
𝐾𝑀𝐷 = 0,235 →
𝑘 = 0,8343
𝑘 ≤ 0,45 → 𝑂𝐾! 43,9 50
1,4 × 7503
𝐴 = = 6,60𝑐𝑚
50
0,8343 × 43,9 ×
1,15
13

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Comprimento de ancoragem :

Para 𝑓 = 25MPa → ℓ = 37,7∅


Para ancoragem reta teremos:
𝐴, 6,6
ℓ , = 37,7∅ = 37,7 × 1,6 × = 49,52cm
𝐴, 4 × 2,01
ℓ , ≅ 50cm
10𝑐𝑚 OK!
ℓ , ≥ 10∅ = 16𝑐𝑚
0,3ℓ = 0,3 × 37,7 × 1,6 = 18,1𝑐𝑚

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Dimensionamento ao cortante:

𝑉, = 61,25kN
𝑉 , = 1,4 × 61,25 = 85,75kN
Será feito o dimensionamento usando o Modelo I
a) Verificação do esmagamento das bielas:
𝑉 = 0,27𝛼 𝑓 𝑏 𝑑
𝑓 25
𝛼 =1− =1− = 0,9
250 250

2,5
𝑉 = 0,27 × 0,9 × × 13 × 43,9 = 247,64𝑘𝑁
1,4
𝑉 <𝑉

OK!

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b) Cálculo da armação
𝑉 ≤ 𝑉 =𝑉 +𝑉

𝑉 = 𝑉 = 0,6. 𝑓 .𝑏 .𝑑
, , , ⁄ ⁄
𝑓 = = = 0,3𝑓 = 0,15 𝑓
⁄ ⁄
𝑓 = 0,15 𝑓 = 0,15 × 25 = 1,28MPa

𝑉 = 0,6 × 0,128 × 13 × 43,9 = 43,83kN


Fazendo 𝑉 = 𝑉 podemos obter o valor necessário de Vsw:
𝑉 = 𝑉 − 𝑉 = 85,75 − 43,83 = 41,92kN

𝐴 𝑉
=
𝑠 0,9𝑑𝑓

61

𝐴 𝑉
=
𝑠 0,9𝑑𝑓
𝐴 41,92
= = 0,0244𝑐𝑚 /𝑐𝑚
𝑠 50
0,9 × 43,9 ×
1,15
= 2,44 𝑐𝑚 /𝑚

c) Armadura mínima
𝐴 𝑓
𝜌 = ≥ 0,2
𝑏 𝑠 sin 𝛼 𝑓
2,56
𝜌 , = 0,2 = 0,001024
500
𝐴 ,
= 0,001024 × 13 = 0,0133𝑐𝑚 /𝑐𝑚
𝑠
,
= 1,33 𝑐𝑚 /𝑚

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c) Espaçamentos das armações, para Φ5mm:


= 2,44 𝑐𝑚 /𝑚→Φ5 c. 15
,
= 1,33 𝑐𝑚 /𝑚→Φ5 c. 30
d) Verificação do espaçamento máximo permitido:
30𝑐𝑚
Se 𝑉 ≤ 𝑉 →𝑠 ≤
0,6𝑑
20𝑐𝑚
Se 𝑉 >𝑉 > 𝑉 →𝑠 ≤
0,3𝑑
𝑉 =85,75kN
𝑉 =247,64kN
30𝑐𝑚
Logo, 𝑉 ≤ 𝑉 e𝑠≤
0,6𝑑 = 0,6 × 43,9 = 26,34
O máximo espaçamento admitido será de 25cm.

63

d) Verificação de onde poderá ser usada a armação mínima permitida,


Φ5 c. 25:
Armação existente:
= × 2 × 0,196 = 1,568 𝑐𝑚 /𝑚
Para esta armação Vsw vale:
,
𝑉 = . 0,9. d. 𝑓 = . 0,9 × 43,9 × = 26,94kN
,
𝑉 = 𝑉 + 𝑉 = 43,83 + 26,94 = 70,77kN
Que corresponde a um valor de:
𝑉 70,77
𝑉 = = = 50,55kN
𝛾 1,4
Portanto, para valores de cortante menores que 50,55kN poderá ser
usada a armação de Φ5 c. 25.

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d) Verificação da posição do cortante igual a 50,55kN:


𝑉 𝑥 = 61,25 − 25𝑥
50,55 = 61,25 − 25𝑥
61,25 − 50,55
𝑥= = 0,428m
25
Portanto, a partir do eixo do apoio, ultrapassada esta distância, a
armação poderá ser a mínima.

65

30 460 30

Como a largura dos apoios é de 30cm, podemos adotar a armação de


Φ5 c. 25 a partir de:
𝐿 = 0,428 − 0,15 = 0,278𝑐𝑚
Para simplificar a distribuição de armação, adotaremos nos primeiros
30cm Φ5 c. 15, nos 400cm seguintes Φ5 c. 25 e nos 30cm finais
novamente Φ5 c. 15.

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30 460 30
3Φ5.0 c.15 15Φ5.0 c.25 3Φ5.0 c.15
30 400 30

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Ancoragem das barras longitudinais:

a) Cálculo do valor da decalagem


Quando o dimensionamento ao cisalhamento é feito com o Modelo
I e estribos verticais aℓ vale:
𝑉 ,
𝑎ℓ = 𝑑 ≤𝑑
2 𝑉 , −𝑉

85,75
𝑎ℓ = 𝑑 = 1,02𝑑
2 85,75 − 43,83
𝑎ℓ = 𝑑 = 43,9 ≅ 44𝑐𝑚

68
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Diagrama da força de tração nas barras:

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Ancoragem das barras:

1
2
3
4

As barras 1 e 2 deverão ser levadas até o apoio. As barras 3 e 4


serão ancoradas quando não forem mais necessárias.

70
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212,2 1 212,2

173,25 2 173,25

122,5 3 122,5
4

Ancoragem da barra 4:
Comprimento para a esquerda:
L4e1= aℓ +ℓb=44+50=94
L4e2=122,5+aℓ+10Φ=122,5+44+16=182,5
L4e=182,5
Devido à simetria, L4=2x182,5=365
Este ferro estará a uma distância d4 da face do apoio esquerdo:
D4=(460-365)/2=47,5cm

71

212,2 1 212,2

173,25 2 173,25

122,5 3 122,5
4

Ancoragem da barra 3:
Comprimento para a esquerda:
L3e1= 122,5+aℓ +ℓb=122,5+44+50=216,5
L3e2=173,25+aℓ+10Φ=173,25+44+16=233,25
L3e=233,25
Devido à simetria, L3=2x233,25=466,5
Este ferro é mais longo que o vão livre, então ele será levado
até os apoios junto com os ferros 1 e 2:

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Ancoragem nos apoios:

a) Nos apoios precisamos ancorar uma força que vale:


𝑀 𝑎ℓ
𝐹 = + .𝑉 + 𝑁
𝑧 𝑑
Com a parcela só sendo considerada se o momento no apoio for positivo.

Como 𝑎ℓ =d, temos:


𝐹 = 𝑉 = 85,75kN
Para esta força precisamos de uma área de aço:
𝐹 85,75
𝐴 = = = 1,97𝑐𝑚
𝑓 50
1,15
Como estamos levando 3Φ16mm até o apoio, temos uma área de 6,03cm2, ou
seja:
𝐴, 1,97
ℓ , = 37,7∅ = 37,7 × 1,6 × = 19,7cm
𝐴, 6,03

73

10𝑐𝑚
ℓ , ≥ 10∅ = 16𝑐𝑚
0,3ℓ = 0,3 × 37,7 × 1,6 = 18,1𝑐𝑚
ℓ , ≅ 20cm
Este valor é inferior ao comprimento disponível (27cm),

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Comprimento reto do ferro:

𝐿 = 460 + 20 + 20 = 500

75

2Φ5.0-490

30 460 30

47,5
1Φ16.0-365(2ªcam).

10 3Φ16.0-500 (2Φ-1ª cam+1 Φ-2ª cam)

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Referências:
CARVALHO, R. C. & FIGUEIREDO Fo, J. R., Cálculo e detalhamento de estruturas
usuais de concreto armado. São Carlos: EdUFSCar, 2009.
CINTRA et al., Estudo de procedimentos de adensamento do concreto por vibradores
de imersão em obras na Grande Vitória – ES. Anais do 55º Congresso Brasileiro do
Concreto, 2013.
RÜSCH, H., Concreto Armado e Protendido. Rio de Janeiro: Campus, 1980.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de
concreto. Rio de Janeiro, 2023.
FUSCO, P. B., Estruturas de Concreto: Solicitações Tangenciais. São Paulo: Pini, 2008.
FUSCO, P. B., Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 2013.
LEONHARDT, F. & MÖNNIG, E., Construções de Concreto. Rio de Janeiro: Interciência,
1977.
SUSSEKIND, J. C., Curso de Concreto. Porto Alegre: Globo, 1980.

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FIM!

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