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11/11/2020

Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Centro de Tecnologia – CT
Departamento de Engenharia Civil – DEC

CIV0421 - ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO I
Notas de aula 15 – Dimensionamento ao cisalhamento:
Analogia de treliça de Mörsch.
Prof. Dr. Joel Araújo do Nascim ento Neto
Eng. Luiz Ricardo da Silva Linhares

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Prof. Joel Araújo,


CIV0421 – Estruturas de Concreto Armado I Eng. Luiz Ricardo

Conceitos Básicos: analogia de treliça de Mörsch


 Proposta por W. Ritter e E. Mörsch por volta de 1900;
 Inicialmente não foi bem aceito, mas com o avanço das técnicas de ensaio, constatou-se que
poderia ser empregado, desde que fossem feitas as correções adequadas;
 Teoria continua válida ainda hoje, sendo base para as principais normas do mundo;
1) Cálculo da armadura de cisalhamento necessária ao equilíbrio de uma viga de concreto armado;
2) Mecanismo resistente da viga fissurada (estádio II) pudesse ser associado ao de uma treliça;
3) Armaduras e o concreto equilibrando conjuntamente o esforço cortante; e
4) Após a fissuração o esforço cortante é equilibrado pela associação entre bielas comprimidas
de concreto e de diagonais tracionadas acompanhando a trajetória das tensões principais.

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Transição do comportamento de viga para o de treliça


 Treliça não existe desde o início do
carregamento
 Estágios iniciais do carregamento:
vigas de concreto armado semelhante a
vigas de alma cheia de material
homogêneo;
 Passagem do comportamento de viga
para o de treliça: desenvolvimento da
fissuração.

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Viga fletida na iminência de ruptura


 Elementos resistentes: Armaduras transversais (tirantes de ligação entre os banzos);

Concreto entre fissuras (Bielas comprimidas)

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Treliça análoga de Mörsch


1. Banzo superior comprimido

2. Banzo inferior tracionado

3. Montantes ou diagonais
tracionadas

4. Diagonais comprimidas

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Utilização de estribos em vigas de concreto armado


É possível então dimensionar vigas Estágios de intensa Comprometimento da
Limitação da
compressão nas bielas
sem estribos? fissuração integridade das bielas
no ELU

Sob o aspecto da segurança estrutural e


normativo: NÃO!!!
Sob uma abordagem conceitual: sim Garantia de ruptura
Garantia que o ELU de
solicitações tangenciais
(neste caso, ocorrerá a ruptura frágil dúctil e não frágil
não seja alcançado
(compressão da biela
sem aviso prévio!) antes do ELU de
de concreto)
solicitações normais

O que é feito para evitar a ruptura frágil? 1) limitação de compressão nas bielas no ELU
O que a NBR 6118:2014, assim como outros
códigos normativos recomendam? 2) Emprego da armadura transversal mínima

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Cálculo da armadura transversal


 Viga na iminência do colapso ≈ Treliça
 Para o cálculo das forças nas barras e da
armadura:
a) a treliça é isostática;
b) os banzos são paralelos;
c) a inclinação das fissuras, e portanto
das bielas comprimidas, é de 45°
d) a inclinação 𝛼 da armadura transversal
pode variar entre 45° e 90°

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Cálculo da armadura transversal


 𝑃1 e 𝑃2 – forças externas aplicadas aos nós
 𝑅𝑎 - reação de apoio
 𝐹𝑐 - resultante das tensões no concreto do
banzo comprimido
 𝐹𝑠𝑡 - resultante das tensões nas barras da
armadura transversal que cortam uma fissura
 𝐹𝑠 - resultante das tensões na armadura
longitudinal de tração

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Cálculo da armadura transversal


 Equilíbrio de forças verticais:
𝐹𝑠𝑡 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑅𝑎 − 𝑃1 − 𝑃2
 Força cortante solicitante na seção S:
𝑉𝑆 = 𝑅𝑎 − 𝑃1 − 𝑃2
 Combinando as Eqs. Anteriores:
𝑭𝒔𝒕 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 = 𝑽𝒔
 Na ruptura:
𝑭𝒔𝒕 = 𝒏 ⋅ 𝑨𝒔𝒘 ⋅ 𝒇𝒚𝒅

𝐴𝑠𝑤 - área da seção transversal de uma barra da armadura


de cisalhamento; 𝑛 - número de barras que cruzam uma
fissura; 𝑓𝑦𝑑 - resistência de cálculo do aço à tração.
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Cálculo da armadura transversal


 Na ruptura, a força cortante é 𝑉𝑆 = 𝑉𝑠𝑑 = 1,4𝑉𝑆 :
𝐹𝑠𝑡 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑉𝑠𝑑
 Assim:
𝑉𝑠𝑑
𝐹𝑠𝑡 =
𝑠𝑒𝑛𝛼
 Das Eqs. anteriores:
𝑽𝒔𝒅
𝐹𝑠𝑡 = 𝒏 ⋅ 𝑨𝒔𝒘 ⋅ 𝒇𝒚𝒅 =
𝒔𝒆𝒏𝜶
 O número 𝑛 de barras que cruzam uma fissura,
sendo 𝑠 seu espaçamento é:
𝒛 + 𝒛 ⋅ 𝒄𝒐𝒕 𝜶 𝒛 ⋅ (𝟏 + 𝒄𝒐𝒕 𝜶)
𝒏= =
𝒔 𝒔

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Cálculo da armadura transversal


 Substituindo 𝑛 na última Eq. e 𝐹𝑠𝑡 :  Sabendo que 𝑑 = 𝑙 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
𝑉𝑠𝑑 𝑙 ⋅ 𝐴𝑠𝑤 𝑙 ⋅ 𝐴𝑠𝑤
𝑛 ⋅ 𝐴𝑠𝑤 ⋅ 𝑓𝑦𝑑 = 𝜌𝑠𝑤,𝛼 = =
𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑏𝑤 ⋅ 𝑑 ⋅ 𝑠 𝑏𝑤 ⋅ 𝑠 ⋅ 𝑙 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
𝑧 ⋅ (1 + 𝑐𝑜𝑡 𝛼) 𝑉𝑠𝑑 𝑨𝒔𝒘
⋅ 𝐴𝑠𝑤 ⋅ 𝑓𝑦𝑑 = ∴ 𝝆𝒔𝒘,𝜶 =
𝑠 𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝒃𝒘 ⋅ 𝒔 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶
𝑨𝒔𝒘 𝑽𝒔𝒅 𝟏 (𝝆𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 ≡ 𝝆𝒈𝒆𝒐𝒎𝒆𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 )
∴ = ⋅
𝒔 𝒔𝒆𝒏𝜶 𝒇𝒚𝒅 ⋅ 𝒛 ⋅ (𝟏 + 𝒄𝒐𝒕 𝜶)

 Trabalhando agora com valores adimensionais,  Dividindo os membros da expressão de 𝐴𝑠𝑤 por
define-se a porcentagem volumétrica de
𝑏𝑤 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛼), obtém-se a correlação entre a área
armadura (𝜌𝑠𝑤,𝛼 ):
𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒆 𝒂ç𝒐 da armadura transversal e o esforço interno
𝝆𝒔𝒘,𝜶 =
𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒓𝒆𝒕𝒐 devido a força cortante de cálculo.

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Cálculo da armadura transversal


 Desse modo, teremos:
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑑 1
∴ = ⋅
𝑠 𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑓𝑦𝑑 ⋅ 𝑧 ⋅ (1 + 𝑐𝑜𝑡 𝛼)
𝑨𝒔𝒘 𝑽𝒔𝒅 𝟏
= ⋅
𝒔 ⋅ 𝒃𝒘 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜶 𝒃𝒘 ⋅ 𝒛 𝒇𝒚𝒅 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜶 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜶(𝟏 + 𝒄𝒐𝒕 𝜶)

 Supondo que o braço de alavanca seja aproximadamente


𝑧 = 𝑑/1,10, usando a expressão de 𝜌𝑠𝑤,𝛼 e verificando
que (1 + cot 𝛼) = (𝑠𝑒𝑛 𝛼 + cos 𝛼): 𝒛 = 𝒅 − 𝟎, 𝟒 ⋅ 𝒙𝟐𝟑
𝑽𝒔𝒅 𝟏 𝒛 = 𝒅 − 𝟎, 𝟒 ⋅ 𝟎, 𝟐𝟓𝟗 ⋅ 𝒅
𝝆𝒔𝒘,𝜶 = 𝟏, 𝟏𝟎 ⋅ ⋅ 𝒅
𝒃𝒘 ⋅ 𝒅 𝒇𝒚𝒅 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜶(𝒔𝒆𝒏 𝜶 + 𝒄𝒐𝒔 𝜶) ∴𝒛=
𝟏, 𝟏𝟏𝟔

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Cálculo da armadura transversal


 Fazendo a substituição de 𝜌𝑠𝑤,𝛼 (taxa volumétrica de armadura):

𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑑 1
𝜌𝑠𝑤,𝛼 = 𝜌𝑠𝑤,𝛼 = 1,10 ⋅ ⋅
𝑏𝑤 ⋅ 𝑠 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑏𝑤 ⋅ 𝑑 𝑓𝑦𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼(𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝑐𝑜𝑠 𝛼)

 Isolando 𝑉𝑠𝑑 , obtém-se:

𝑨𝒔𝒘
𝑽𝒔𝒅 = ⋅ 𝟎, 𝟗 ⋅ 𝒅 ⋅ 𝒇𝒚𝒅 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜶 + 𝒄𝒐𝒔 𝜶
𝒔

NBR 6118:2014 - 𝑉𝑠𝑤 = parcela do esforço


cortante resistida pela armadura transversal

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Cálculo da armadura transversal


• Na linha neutra, as tensões principais 𝝈𝟏 (tração) e 𝝈𝟐 (compressão) estão inclinadas
45° em relação ao eixo ela viga e são iguais, em intensidade, às tensões tangenciais 𝝉,
principalmente próximo aos apoios, onde a força cortante é maior;

• As fissuras no concreto são perpendiculares à direção da tensão principal de tração;

• As tensões principais de tração 𝝈𝟏 devem ser resistidas por uma armadura de


cisalhamento que atravesse as fissuras, e cujo cálculo será visto na sequência; e

• As tensões principais de compressão 𝜎2 são resistidas pelo concreto comprimido localizado


entre as fissuras (bielas de concreto), cuja verificação também será vista a seguir.

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Verificação das bielas de concreto comprimidas


 Verificar se o concreto comprimido das
bielas não está sendo esmagado;
 Tensão atuante ≤ Tensão resistente
 Equilíbrio de forças atuantes em uma
seção que corta um conjunto de bielas;
 𝛼 – inclinação do plano de corte na
direção da armadura transversal
Relacionar Tensão normal
 𝛽 – ângulo de inclinação das bielas V na seção
de compressão
transversal
nas bielas

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Verificação das bielas de concreto comprimidas


 O comprimento do segmento 𝐴𝐵 é dado por:
𝐴𝐵 = 𝑧 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 ⋅ (cot 𝛼 + cot 𝛽)
 A força resultante interna de compressão nas
bielas (𝜎 ⋅ 𝐴):
𝐹𝑟 = 𝜎𝑐 ⋅ (𝐴𝐵 ⋅ 𝑏𝑤 )
 Na ruptura, a projeção vertical de 𝐹𝑟 é a
força cortante 𝑉𝑠𝑑 atuando na seção:
Relacionar Tensão normal
𝑉𝑠𝑑 = 𝐹𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 V na seção
de compressão
𝑉𝑠𝑑 = 𝜎𝑐 ⋅ 𝑏𝑤 ⋅ 𝐴𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 transversal
nas bielas

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Verificação das bielas de concreto comprimidas


 Conhecida a força cortante 𝑉𝑠𝑑 na seção:  Lembrando que na flexão 𝜏𝑚á𝑥 = 𝑉𝑠𝑑 Τ(𝑏𝑤 ⋅ 𝑧)

𝑉𝑠𝑑 𝜏𝑚á𝑥
𝜎𝑐 = 𝜎𝑐 =
𝑏𝑤 ⋅ 𝐴𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 𝑠𝑒𝑛2 𝛽 ⋅ (𝑐𝑜𝑡 𝛼 + 𝑐𝑜𝑡 𝛽)
 Substituindo a expressão de 𝐴𝐵, obtém-se:  Fazendo 𝑧 = 𝑑 Τ1,10 na Eq. (*), obtém-se:

𝑉𝑠𝑑 𝑉𝑠𝑑 1
𝜎𝑐 = 𝜎𝑐 = 1,10 ⋅ ⋅
𝑏𝑤 ⋅ 𝑧 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 ⋅ (cot 𝛼 + cot 𝛽) ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛽 𝑏𝑤 ⋅ 𝑑 𝑠𝑒𝑛2 𝛽 ⋅ (cot 𝛼 + cot 𝛽)

 Ou ainda:  Finalmente, lembrando que 𝜏𝑠𝑑 = 𝑉𝑠𝑑 Τ(𝑏𝑤 ⋅ 𝑑)

𝑉𝑠𝑑 1 𝟏, 𝟏𝟎 ⋅ 𝝉𝒔𝒅
𝜎𝑐 = ⋅ (*) 𝝈𝒄 =
2
𝑏𝑤 ⋅ 𝑧 𝑠𝑒𝑛 𝛽 ⋅ (cot 𝛼 + cot 𝛽) 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜷 ⋅ (𝒄𝒐𝒕 𝜶 + 𝒄𝒐𝒕 𝜷)

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Verificação das bielas de concreto comprimidas


 Pode-se calcular as tensões 𝜎𝑐 de compressão no concreto quando:
a) Estribos: 𝛼 = 90°
b) Barras dobradas: 𝛼 = 45°
c) Inclinação das bielas: 𝛽 = 45° e 𝛽 = 30°

Armadura transversal 𝜶 𝜷 = 𝟒𝟓° 𝜷 = 𝟑𝟎°


Estribos 90° 𝜎𝑐 = 2 ⋅ 𝜏𝑚á𝑥 𝜎𝑐 = 2,31 ⋅ 𝜏𝑚á𝑥
Barras dobradas 45° 𝜎𝑐 = 𝜏𝑚á𝑥 𝜎𝑐 = 1,47 ⋅ 𝜏𝑚á𝑥

𝜏𝑚á𝑥 Não considera:


𝜎𝑐 =
𝑠𝑒𝑛2 𝛽 ⋅ (𝑐𝑜𝑡 𝛼 + 𝑐𝑜𝑡 𝛽) 𝑧 = 𝑑 Τ1,10

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Limitação das tensões de cisalhamento na viga


 Teoria clássica de treliça: 𝛼 = 45°
 𝜎𝑐 = 𝜎2 = 𝜏𝑚á𝑥
a) Tensões principais de compressão
b) Armadura de cisalhamento: 𝛼 = 45°
 Com estribos: tensão nas bielas é maior
 Fissuras ≤ 45°: tensões também maiores
 𝜎𝑐 não deve causar esmagamento do concreto

Limitação das tensões de


cisalhamento atuantes na viga

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Limitação das tensões de cisalhamento na viga


 Limites são fornecidos com base,  Sabendo que 𝜏𝑢 = 𝜏𝑚á𝑥 = 𝑉𝑠𝑑 Τ(𝑏𝑤 ⋅ 𝑧):
principalmente, em resultados experimentais; 𝑉𝑠𝑑
𝜏𝑢 = = 0,25 ⋅ 𝑓𝑐𝑑 → 𝑉𝑠𝑑 = 0,25 ⋅ 𝑏𝑤 ⋅ 𝑧 ⋅ 𝑓𝑐𝑑
 Procedimento mostrado serve para ter uma 𝑏𝑤 ⋅ 𝑧
ideia do que ocorre;  Ajustando para considerar a aproximação
 Para o caso de estribos com 𝛼 = 90° e 𝛽 = 𝑧 = 𝑑 Τ1,10:
45° , supondo um coeficiente de segurança
0,25
𝑉𝑠𝑑 = ⋅ 𝑓 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑑 → 𝑽𝒔𝒅 = 𝟎, 𝟐𝟑 ⋅ 𝒇𝒄𝒅 ⋅ 𝒃𝒘 ⋅ 𝒅
igual a 2: 1,10 𝑐𝑑 𝑤

𝑓𝑐𝑑
𝜎𝑐,𝑢 = = 2 ⋅ 𝜏𝑢 → 𝜏𝑢 = 0,25 ⋅ 𝑓𝑐𝑑
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Comentários Finais – Treliça Generalizada de Mörsch


Desenvolvimento e  Limitantes:
crescimento das pesquisas 1) A treliça é hiperestática;
experimentais 2) Nas regiões mais solicitadas por 𝑉: 𝜃 < 45°
3) Parte de 𝑉 é absorvido devido à flexão
4) Banzos não são paralelos (perfeitamente)
Verificou-se que a Treliça de 5) Taxa de 𝐴𝑠 longitudinal influi no esforço da armadura transversal
Mörsch conduz a armadura 6) As bielas estão parcialmente engastadas na ligação com o banzo
transversal exagerada 7) As bielas absorvem uma parcela maior de 𝑉 do que a
determinada pela treliça clássica

Tensão real atuante menor do


Dificuldades Modelos Modelo de Treliça +
que o modelo teórico de
matemáticas Simplificados Ensaios Exp.
treliça

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BOM DIA!

Até a próxima aula.


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