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Você poderia perguntar: Mas, o zero é utilizado para contar? Como contar nada?

Historicamente o zero foi o último número a ser inventado e o seu uso matemático parece ter
sido criado pelos babilônios. Sabemos que o zero apareceu para representar no sistema
decimal/posicional a dezena, centena, milhar, ou seja, números cada vez maiores utilizando
um tipo de sistema mais adequado às necessidades do homem. Os documentos mais antigos
conhecidos onde aparece o número zero, não são anteriores ao século III a.C. Ao que se sabe,
os maias foram um dos poucos povos a adotar o algarismo zero, que tinha a forma oval ou de
um olho, seu sistema de numeração era posicional e usava a base 20. Um dos grandes
problemas matemáticos do homem começou a ser a representação de grandes quantidades. A
solução para isto foi instituir uma base para os sistemas de numeração. O sistema numérico
Indo-Árábico e a maioria dos outros sistemas de numeração usam a base dez, isto porque,
aparentemente, o princípio da contagem se deu em correspondência com os dedos da mão de
um indivíduo normal. Para este sistema de numeração torna-se habitual a contagem pelos
dedos, não é por menos que a palavra dígito vem do latim digitus que significa dedo. Na Base
10, cada dez unidades são representadas por uma dezena, que é formada pelo algarismo um e
pelo algarismo zero, ou simplesmente, 10. Este antigo símbolo hindu era comumente usado
em inscrições e manuscritos para assinalar um espaço não preenchido, que era chamado
sunya, significando “lacuna” ou “vazio”. Essa palavra entrou para o árabe como sifr, que
significa “vago”. Ela foi transliterada para o latim como zephirum ou zephyrum por volta do
ano 1200. Essas sucessivas mudanças, passaram também por zeuero, zepiro e cifre, levaram as
nossas palavras “cifra” ou “zero”. O significado duplo da palavra “cifra” hoje - tanto pode se
referir ao símbolo do zero como a qualquer dígito - não ocorria no original hindu que tinham o
sistema decimal com o zero, mas paravam nas unidades, não usando casas decimais. Para as
frações usavam notação com dois símbolos, semelhantes ao numerador e denominador. Para
os problemas matemáticos enfrentados pelos povos primitivos bastavam os números naturais.
Porém, através do desenvolvimento das civilizações surgiram novas necessidades, exigindo
uma investigação sobre a natureza e propriedade dos números. Destas necessidades, nasceu a
Teoria dos Números, por volta de 600 a.C., quando Pitágoras* e os seus discípulos começaram
a estudar as propriedades de outro conjunto numérico, atualmente classificado como
Números Inteiros ( ).

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