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Passo a passo para

terceirizar o BPO
Financeiro.
Sumário

Porque eu virei um consultor financeiro. 3


Porque você precisa virar um consultor? 6
Capítulo 0 - Preparação da sua jornada. 9
Capítulo 1 - Identifique Seus Clientes Potenciais. 14
Item A - Já tenho uma carteira de clientes. 14
Item B - Não tenho uma carteira de clientes. 15
Capítulo 2 - A Contratação 16
Capítulo 3 - Passos 1,2 e 3 18
• Passo 1: Entender o Funcionamento da Empresa 18
• Passo 2: Mapear o Processo de Contas a Receber 19
• Passo 3: Mapear o Processo de Contas a Pagar 20
Capítulo 4 - Passos 4,5 e 6 21
• Passo 4: Configurar o Sistema para Melhor Atender ao Empresário 21
• Passo 5: Estruturar os Processos de Input de Dados no Sistema 22
• Passo 6: Análise dos Dados 23
Capítulo 5 - Colocar a mão na massa 24
Porque eu virei um consultor
financeiro.

Para que você entenda um


pouco o motivo pelo qual você
deve se tornar um contador-
c o n s u l t o r, c o m o m u i t a s
empresas estão falando e até
mesmo TREINANDO contadores para esta função, eu vou te
contar uma breve história de como me tornei um consultor
financeiro e como, muito antes deste boom de terceirizar o BPO
financeiro, nós aqui na META CONTROLADORIA já estávamos
prestando este serviço.

Meu nome é Vinicius Neves e sou formado em economia. Fiz


pós graduação em Finanças no IBMEC-RJ e alguns cursos sobre
empreendedorismo. Assim como a grande maioria dos
estudantes, eu, quando saí da faculdade de economia fui buscar
um emprego em uma grande empresa. Aqui cabe uma pausa.
Nesta época, eu e uma grande amiga que também havia
terminado a faculdade, só que havia cursado direito, tínhamos
sempre uma discussão: eu dizia que trabalhar em uma grande
empresa era a melhor saída, pois a grande empresa trazia a
segurança necessária. Ela, por sua vez, dizia que queria entrar em
uma pequena empresa promissora e crescer junto com a
empresa. Tratamos de colocar nosso plano em ação, cada um a
seu jeito. Não muito tempo depois, vi que o pensamento dela era
melhor que o meu. Sem nenhum arrependimento, mas apenas
confirmando a tese dela por aqui.

Então, voltando à época que saí da faculdade, consegui


emprego em um grande banco comercial mas resolvi sair para
tentar algo melhor. Aquilo não era exatamente o que eu queria.
Fui trabalhar então em uma grande empresa de atacado e varejo
na cidade do Rio de Janeiro. Muita coisa informal, mas um
aprendizado que trago até hoje. Em 2004, ainda com o
pensamento da segurança da grande empresa, troquei de
emprego e fui para uma empresa multinacional Alemã. Lá fiquei
durante mais de 10 anos. Sempre na área de finanças. Custo fixo,
custo variável, orçamento, planejamento e por aí vai…

Em 2010, por conta de um trabalho junto com alguns


fornecedores chaves desta multinacional, pude perceber como o
mercado de pequenas e médias empresas é carente de análise
financeira. Eles não tinham informações estruturadas para que
fosse feita uma análise financeira coerente. Um planejamento
então, nem se fala. Neste momento, comecei a pensar em montar
uma empresa que pudesse terceirizar o financeiro de pequenas e
médias empresas. E, até 2012, esta idéia vai tomando forma.

Em 2012, após estes 10 anos, eu já não enxergava mais a


grande empresa como antes. Sonhava com algo melhor. Minha
própria empresa. E então, os muros da grande empresa que
antes eu achava que me protegiam, começaram a me sufocar e
prender minha criatividade. Você deve estar pensando onde
estava aquela amiga neste
momento… Bem, ela já
era sócia da empresa que
começou a trabalhar e a
mesma se preparava para
abrir capital. Demorei, mas
confesso que já aceitei há
tempos que ela estava
mais certa do que eu. Hahahaha.

Porque te contei a história acima? Por um único motivo:


mostrar que um economista, que montou uma empresa de
terceirização de controladoria, do zero, sem ter um único cliente,
conseguiu fazer a empresa crescer e se manter no mercado até
hoje. Se eu consegui, imagina você, contador, que já possui uma
gama de clientes na sua carteira? Ou, se você que está lendo este
ebook não tiver ainda seu escritório, melhor ainda, já pode iniciar
prestando mais de um serviço e, assim, encantar seu cliente. E, se
você não for contador mas for economista ou administrador,
pode, assim como eu, montar sua própria empresa. Ou seja, em
qualquer situação que você puder se encontrar agora, será
melhor do que a minha em 2012. Afinal, hoje temos uma gama
de informações que eu não tive acesso na época. Fico pensando
como teria sido mais fácil se tivesse tido um passo a passo como
este.

A diferença entre nós dois é que eu comecei antes, mas ao


contrário de mim, que bati cabeça para aprender como fazer, o
que dá certo e o que dá errado, você tem agora este e-book que
vai te ajudar, de forma prática, a virar um contador consultor ou
consultor financeiro, como queira.

Porque você precisa virar um


consultor?

Outro dia, assistia a um


vídeo no youtube mostrando
as mudanças tecnológicas que
aconteceram de 2010 até hoje
(2019) e que mudaram a forma
de atuar em alguns mercados. O Spotify quase que faliu as
gravadoras, o Netflix faliu as locadoras, o booking.com complica
cada vez mais a vida das agencias de turismo, o WhatsApp deixa
as empresas de telefonia com as barbas de molho, o Youtube,
Facebook, Instagram e demais mídias alteram a forma de
comunicação, o OLX acabou com os classificados.. e por aí vai…

O mercado de contabilidade não está de fora desta evolução.


Você já deve ter visto empresas de contabilidade online que
prometem fazer o básico por um preço irrisório. Qual a saída para
os contadores? Utilizar o que a tecnologia ainda não foi capaz de
repetir: a sua experiência, expertize.

Para que você entenda um pouco o motivo pelo qual você


deve se tornar um contador-consultor, eu vou te contar uma
breve história de como me tornei um consultor financeiro e
como, muito antes de se falar de BPO financeiro, nós aqui na
META CONTROLADORIA já estávamos prestando este serviço.

Como você já sabe, eu trabalhava em uma multinacional


alemã e, como você deve imaginar, cheia de processos e
controles bem definidos. Sim. Mas acontece que na empresa
onde eu trabalhava, uma montadora, haviam outras 7 grandes
empresas que prestavam serviços para a multinacional. Em um
determinado momento, fui designado para fazer o cálculo de
custos destas empresas que prestavam serviço. Foi aí que reparei
que grandes empresas, que prestavam serviço para uma
multinacional, não tinham o controle de orçamentos, custos,
contas a pagar e, pasmem, nem o contas a receber era bem
administrado. E eles só prestavam serviço para UMA ÚNICA
EMPRESA.

Foi neste momento, olhando este cenário, que pensei que, se


empresas importantes e até mesmo grandes, não tinham o
controle ideal, imagina uma média empresa onde o empresário é
o sócio diretor, o financeiro, o comercial, o boy e por ai vai….

E assim nasceu a idéia de prestar o serviço de terceirização da


controladoria, também chamado hoje de BPO Financeiro ou
simplesmente a CONSULTORIA FINANCEIRA.

Como você já deve saber, quase 2.000 empresas fecham as


portas todos os dias no Brasil. O número é alarmante. Mas nós,
contadores, economistas e administradores precisamos olhar
para este número de outra forma. Uma boa parte dessas 2.000
empresas são clientes em potencial para um escritório de
terceirização da controladoria.

Você pode fazer a diferença na


vida desses empresários.

Já é sabido por todos nós que o


empresário (ainda mais nos dias
atuais) não consegue dar conta de
todos afazeres que a vida lhe
impõe. Dessa forma, terceirizar os
controles, que é uma área da
empresa que demanda técnica e
tempo, torna-se de grande valia.

Portanto, estes são os motivos pelos quais você precisa se


tornar um contador consultor: existe uma onda tecnológica que
já está passando, só não vê quem não quer; existe um mercado
consumidor ávido por informações que o ajude a sobreviver e
prosperar; e é muito prazeiroso quando conseguimos atuar junto
com o empresário e traçar e cumprir as metas desenhadas para a
empresa.

Então, vamos ao que interessa e entrar no passo a passo para


que você possa, assim que terminar de ler este ebook, iniciar o
processo de BPO Financeiro em seus clientes.
Agora que você já sabe como eu me tornei um consultor e já
entendeu por que você precisa se tornar um, vamos à prática. o
restante deste livro vai ser sobre como meus anos de experiência
neste serviço pode ajudar você a se tornar um consultor.

Capítulo 0 - Preparação da
sua jornada.

Em primeiro lugar, vamos


definir, para que fique muito
claro, a diferença entre a
terceirização do BPO
Financeiro e uma Consultoria
Financeira e como isso muda
a sua postura perante a empresa.

A terceirização do BPO Financeiro, que nada mais é do que


terceirizar o departamento financeiro das empresas e tem, por
premissa, que a sua empresa vai atuar diretamente nas ações,
processos e procedimentos do dia a dia do cliente. Por outro
lado, a Consultoria Financeira pode ser mais pontual, atuando
apenas na parte analítica dos resultados, processos e
procedimentos do cliente. Conseguiu entender? A terceirização
do BPO Financeiro requer uma ação operacional que a
consultoria não exige.

Então, já temos dois serviços que podemos prestar ao cliente.


Podemos prestar uma consultoria financeira e analisar os
resultados do cliente ou terceirizar a área financeira do cliente e
ser o responsável por estes resultados, apresentando índices,
gráficos, comparações.

Percebeu que nos dois casos temos uma interação final mais
próxima ao cliente? E é isso que torna este serviço tão prazeiroso.

Mas você vai precisar de algumas habilidades básicas para


vender, oferecer e entregar este serviço:

1 - Habilidades Técnicas:

A base do serviço de BPO Financeiro e da consultoria é o


conhecimento técnico, a competência. Precisamos ter
conhecimento sobre o serviço que estamos prestando e sobre a
entrega que prometemos quando vendemos ao cliente.

2 - Habilidades Interpessoais:

Lembre-se que vamos lidar com pessoas. E cada uma delas é


única, com seus medos, vantagens, desvantagens e outras tantas
características. Então, precisamos ter capacidade de expressar
idéias em palavras, ouvir, dar suporte, argumentar, ou seja,
desenvolver uma relação pessoal.

Creio que a habilidade técnica você certamente já possua.


Torço, para que também já possua a habilidade interpessoal pois
esta é importante não somente aqui na sua empresa mas para
toda sua vida. Se não a tiver, não se preocupe, existem centenas
de livros e cursos que podem te ajudar a aprender esta
habilidade.

Vistas estas duas habilidades básicas, vamos agora à


habilidade Primordial de quem deseja prestar este serviço, a
habilidade gerencial. Eu vou dividí-la em etapas para que você
acompanhe o raciocínio.

3 - Habilidade Gerencial:

• Etapa 1 - Prospecção e Primeira Reunião:

Nesta primeira etapa, você deve ser capaz de identificar, em


sua conversa com o cliente, quais são as expectativas do cliente e
saber se estas expectativas estão em linha com o que a sua
empresa entrega de resultado. Se estiverem em linha, ok, vamos
seguir com o cliente.

• Etapa 2 - Descoberta:

Acredite. Às vezes, nem o próprio cliente sabe qual é o


problema da empresa. E em alguns casos, por estar envolvido no
dia a dia da empresa, "apagando os incêndios" como já ouvi de
diversos clientes, ele não consegue identificar nem os pontos
fortes. É nesta etapa que você identifica qual é o real problema
de a empresa não ter controles financeiros (ou ter um controle
não eficaz) e é nesta fase que vocês irão definir: Quem será
envolvido na resolução do problema? Qual método será
utilizado? Será utilizado o sistema atual ou vai implementar outro?
Quanto tempo levará a implantação?

• Etapa 3 - Escolha:

Você pode ter certeza que a quantidade de problemas que


vai encontrar é enorme. Em sua conversa com o cliente surgirão
queixas que são a visão do empresário sobre o funcionamento da
empresa. Mas em suas conversas com os colaboradores, surgirão
os reais motivos que levam àqueles problemas. E serão inúmeras
as queixas. Desde reclamação sobre outros colaboradores até
capacidade dos computadores da empresa. Nesta etapa você
tem que escolher, junto com o empresário, quais problemas
atacar primeiro.

• Etapa 4 - Implementação:

Esta etapa envolve executar o planejamento da fase 3. No


BPO Financeiro, você tem duas maneiras de implementar. Ou seu
escritório fica responsável por toda a digitação no sistema, ou
você treina os colaboradores do cliente para que eles façam esta
parte do serviço para você.

• Etapa 5 - Efetivação e Acompanhamento:

Depois de implantado e com todos os procedimentos


descritos para cada etapa do processo, cabe à sua empresa
agora zelar pela boa manutenção do sistema, processo,
resultados e análises.
Na figura abaixo, temos as habilidades técnicas, interpessoais
e gerenciais que a credito serem as mais importantes:

Habilidades Habilidades Habilidades


Técnicas Interpessoais Gerenciais

• Contabilidade • Assertividade • Negociação

• Economia • Apoio • Análise

• Administração • Saber ouvir • Trabalho em grupo

• Finanças • Confronto • Delegar tarefas

• Engenharia • Argumentação • Firmeza e


engajamento
• Processo Coletivo

Um ponto que precisamos ficar muito atentos neste serviço é


que quase sempre estamos administrando relações laterais, ou
seja, trabalhamos muito com os colaboradores do client na
configuração de pares e não temos uma relação de
s u b o rd i n a ç ã o. Po r i s s o c h a m o a at e n ç ã o p a ra e s t e
relacionamento.

Agora vamos ao passo a passo.


Capítulo 1 - Identifique Seus Clientes Potenciais.

Vou dividir este capítulo em duas partes. Se você é


profissional da área, mas ainda não possui uma carteira de
clientes estruturada, leia o item "A", caso ainda não tenha uma
carteira de clientes, pode seguir para o item “B”.

Item A - Já tenho uma carteira de clientes.

Se você já possui uma carteira de clientes, este capítulo vai te


ajudar a identificar aquele cliente que mais precisa (e às vezes
nem sabe) de um serviço de BPO Financeiro.

Sabe aquele cliente que não te envia a documentação na data


correta, que liga sempre em cima da hora de um compromisso
pois precisa de algum relatório e sempre “pra ontem”? Aposto
que você tem uma grande parte de seus clientes assim. Muitos
empresários “ainda" reconhecem o contador como um mal
necessário e só ligam nestes momentos. Mas vamos mostrar pra
eles que não é bem assim.

Estes clientes são os primeiros que você deve apresentar a


proposta de BPO financeiro porque vai ser um serviço de
reconhecimento rápido. Acredite, ninguém gosta de ficar na
bagunça e sem ter informações. Então, só de organizar a vida
financeira dele já será um enorme resultado apresentado. Mas
lembre-se, você não está vendendo o BPO Financeiro apenas por
organização, você terá que apresentar resultados. E o cliente
espera, no frigir dos ovos, uma possibilidade de aumento de
receita, redução de custos, ou uma outra estratégia que justifique
o serviço prestado.

Item B - Não tenho uma carteira de clientes.

Este item servirá tanto para quem possui uma carteira de


clientes estruturada e quer prestar mais um serviço quando para
aquele profissional que, assim como eu há alguns anos atrás, está
iniciando sua jornada no BPO Financeiro e não possui nem um
cliente sequer.

Quando você quer comprar um carro zero, normalmente, vai


até à concessionária da marca que deseja. Se precisa sacar
dinheiro, você até o banco onde possui sua conta. Se precisa de
mantimentos, vai até ao mercado que mais gosta. Ou seja, para
qualquer assunto em sua vida, você sempre busca o local onde
pode estar a solução do seu problema. Mas por que para
conseguir mais clientes você não faz o mesmo? "Mas Vinicius",
você deve estar pensando, “não existe uma loja de clientes”.
Verdade, não existe, seria fácil demais se fosse assim. Mas
existem locais onde estes clientes , normalmente, estão reunidos.
Pense bem, independente da cidade ou região que você atue,
certamente existirá uma CDL - Câmara dos Dirigentes Logistas,
uma Associação Comercial, uma Federação que represente às
indústrias ou algo assim (FIRJAN, FIESP, FIEP, …). Filie-se à estas
entidades. Procure ir às reuniões. Certamente você terá um
conhecido que pode te apresentar e indicar. Contribua de
alguma forma. Consiga, junto a estas entidades, agendar um café
da manhã onde você possa expor seus serviços por , no máximo,
15 minutos. Isso é barato e pode trazer muito resultado. Depois é
hora do café, é fazer o networking.

Agora é agir, você já sabe onde estão seus próximos clientes.

Capítulo 2 - A Contratação

Quando clientes pedem ajuda, normalmente, fazem isso com


uma certa preocupação. Primeiro, querem saber de suas
credenciais. O que te credencia a prestar este serviço? Em
segundo lugar , e não menos importante é que o cliente pode
estar necessitando muito de seus serviços na empresa, mas não
queria estar. reconhecer que precisa de você revela uma falha
dele que, em alguns casos, é complicado de lidar.

Portanto, na contratação, temos que saber muito bem


negociar e alinhar as expectativas. Estabelecer qual é exatamente
o resultado que ambos esperam deste serviço.

Nas palestras sobre BPO Financeiro que conduzimos,


pergunto o que o pessoal que está assistindo a palestra quer
saber sobre esta etapa, a contratação. E, invariavelmente, são
estas as questões que sempre aparecem:

• Como montar uma apresentação?

• Como deve ser minha proposta?


• Qual o preço devo cobrar?

• Como faço para que o cliente confie em mim num primeiro


momento?

Vamos lá. Não existe apresentação padrão e que vá vender


por si só. Quem te falar que existe, neste nosso negócio, ou re-
inventou a roda ou está em desacordo com a verdade.

Sua postura perante o cliente é que vai determinar se você é


confiável ou não. Lembre-se, quando terceirizamos o BPO
Financeiro, estamos com toda a operação financeira do cliente
em nossas mãos. Nossa responsabilidade é enorme e o cliente
tem que confiar muito para que assine o contrato.

O contrato deve conter, em detalhes, as responsabilidades do


contratante e do contratado, de maneira que fique evidente o
papel de cada um na prestação do serviço.

Se tiver dúvidas na elaboração do contrato, consulte um


advogado. Mas no google você pode encontrar “n" modelos que
você pode usar.

Procure ser sincero o bastante com o possível cliente. É a sua


seriedade, clareza e verdades que vão trazer a confiança
necessária para que o cliente contrate.
Capítulo 3 - Passos 1,2 e 3

• Passo 1: Entender o Funcionamento da Empresa

Cada empresa é única. Podem vender o mesmo produto,


atuar no mesmo mercado, mas são únicas em seus métodos,
processos e procedimentos.
Portanto, o primeiro passo, logo
após conseguir a assinatura do
contrato, é aprender como a
empresa está funcionando. Minha
sugestão é que façamos o
caminho do dinheiro. Primeiro
desenhando como funciona o
processo de COMPRAS para saber como a empresa funciona,
qual o prazo médio de pagamento, se tem vários fornecedores
ou apenas um.. Enfim, pela minha experiência, ao desenharmos
o processo como está funcionando atualmente, temos a
oportunidade de identificar, facilmente, se há algum problema de
processo. Apesar de não achar que você deva atacar o problema
assim que identificá-lo, não condeno quem o faça. Mas acredito
que a m melhor opção é desenhar o funcionamento atual de
todas as etapas e aí sim, olhando todo o processo e com a visão
geral do funcionamento da empresa, você pode sugerir e
implementar soluções.
• Passo 2: Mapear o Processo de Contas a Receber

No passo 1 você desenhou o funcionamento da empresa


como um todo. Agora, vamos destrinchar o contas a receber
desta empresa. Lembre que quanto antes você encontrar o
dinheiro e saber por onde ele anda, mais resultado você vai
poder mostrar ao cliente. Então vamos lá:

A. Montar uma lista de clientes. Ativos, inativos, adimplentes e


inadimplentes.

B. Saber se existe uma lista com os clientes com pagamentos


vencidos.

C. Cadastrar TODOS os clientes no sistema. A maioria dos


sistemas já aceita importação via excel, então, se tivermos uma
listagem de excel já vai ajudar no seu trabalho.

D. Importar para o sistema todo o contas a receber da empresa.


Neste ponto você deve ter muita atenção ao dead line da
possível alteração ou implantação do sistema que você for
utilizar. Não podemos correr o risco de deixar de fora qualquer
informação.

Lembre que no passo 1 você desenhou o funcionamento


atual da empresa, com todos os possíveis erros existentes. É
agora que você vai propor as mudanças de processos e
procedimento s que julgar necessárias. Esta é a hora que
empresa terá que "arrumar a casa” para que todas as informações
cheguem ao sistema de forma correta.

• Passo 3: Mapear o Processo de Contas a Pagar

Siga os mesmos passos do passo 2, mas agora para o contas


a pagar.

A. Montar uma lista de fornecedores. Ativos, inativos.

B. Saber se existe uma lista com os fornecedores com os quais


temos algumas dívidas vencidas.

C. Cadastrar TODOS os fornecedores no sistema. A maioria dos


sistemas já aceita importação via excel, então, se tivermos uma
listagem de excel já vai ajudar no seu trabalho.

D. Importar para o sistema todo o contas a pagar da empresa.


Novamente, você deve ter muita atenção ao dead line da
possível alteração ou implantação do sistema que você for
utilizar.

Assim como no processo do


contas a receber, é agora que
você deve propor alterações que
julgar importantes e necessárias.
Capítulo 4 - Passos 4,5 e 6

Agora que você já possui as principais informações dentro do


sistema. E já consegue visualizar um fluxo de caixa, podemos
seguir para os próximos passos que estão mais ligados às
analises que você irá entregar ao cliente.

• Passo 4: Configurar o Sistema para Melhor Atender ao


Empresário

Pronto, você já está com uma boa parte do trabalho de


implantação pronto. Neste momento, deve agendar com o
empresário uma reunião para entender, ainda de maneira mais
clara as demandas do empresário. Eu sei, você deve estar
pensando: “Vinicius, já fiz isso quando da etapa da contratação”.
Sim, você fez, mas naquele momento você não tinha idéia do
funcionamento da empresa, das dificuldades e não podia ter a
mesma visão do empresário. Então, agende uma reunião de
aproximadamente 1 hora e repasse todas as demandas que ele
te informou.

Feito isso, pronto, podemos agora configurar sistema para


que o empresário tenha a melhor visão da própria empresa.

Todos os sistemas, ou pelo menos quase todos, permite que


seja configurado ou o plano de contas ou categorias que vão
aparecer no relatório. Você deve configura forma que a visão do
empresário quando vir o sistema seja de fácil compreensão.
Lembre, nas momento, que nem todos eles terão o raciocínio
financeiro que você tem, então, assim a Apple, tente deixar o
sistema o mais intuitivo possível.

Alguns sistemas ainda permitem que você inclua no relatório


algumas variáveis físicas que podem ajudar na análise. Por
exemplo, uma escola de línguas pode querer saber a quantidade
de alunos ativos todo mês, ou a quantidade de novos alunos para
acompanhar o rendimento da equipe de vendas.

Quando estruturar, tente colocar as categorias de maneira


que fiquem claras na hora da análise. Tente reunir despesas que
são de categorias parecidas para que quando solicitarem o
relatório, as mesmas fiquem mais fáceis de serem analisadas.

• Passo 5: Estruturar os Processos de Input de Dados no Sistema

Neste ponto você já tem todo o contas a receber e contas a


pagar dentro do sistema. Também já tem todas as categorias
cadastradas, ou seja, já tem o modelo de relatório que irá analisar
para seu cliente. Agora, vamos às etapas mais operacionais e
diárias do processo.

De nada adianta colocar todas as informações no sistema e


não ter um processo que funcione BEM para que as mesmas
estejam disponíveis sempre que o empresário necessitar. Então,
da mesma forma que desenhamos os processos de como a
empresa vinha funcionando, lá na etapa 1, agora vamos
desenhar como ela deverá funcionar daqui para frente e dando
nomes aos bois, ou seja, quem será o responsável pelo input de
dos no contas a pagar? Quem será responsável pelo conta a
receber no sistema? Quem vai importar os extratos para que
sejam conciliados? Ou a importação será automática? Alguns
bancos e alguns sistemas já permitem que seja automático.
Verifique isso quando for formatar o sistema.

• Passo 6: Análise dos Dados

Finalmente, o último passo de nosso processo, e certamente


o mais importante. Vamos analisar o que está acontecendo com a
empresa. É nesta etapa que vamos conseguir identificar os
diversos problemas que uma empresa pode ter. Então, mãos a
obra e faça todo tipo de análise e simulações possíveis.

Se estiver iniciando o serviço,


você não terá dados suficientes
para analisar, ou seja, sem muitos
dados comparativos. Desta
forma, uma dica, é conseguir
negociar com o cliente para que
coloque no sistema pelo menos
mais 3 meses anteriores ao que você inicia. Por exemplo, se está
iniciando a prestação em abril, tente vender que será colocado
no sistema todos os dados de janeiro, fevereiro e março também.
Dessa forma, além de conseguir entregar resultados maiores e
mais rápidos, você poderá cobrar mais um valor por estar
fazendo mais 3 meses. Algumas divergências de custo que mais
pegamos nos clientes aqui na META: Empresários faz retiradas
demais sangrando a empresa, gastos com juros por pura falta de
controle financeiro, gastos excessivos com folha de pagamento,
empréstimos muito caros…. e por aí vai.

Capítulo 5 - Colocar a mão na massa

Se você chegou até aqui nesta parte do livro, percebeu que


com este passo a passo pode prestar consultoria financeira para
qualquer pequena ou média empresa.

O conhecimento já estava aí com você. O livro serviu somente


para estruturar seus pensamentos por etapas a serem cumpridas
para chegar ao resultado final.

Espero que tenha conseguido tirar todas as suas dúvidas


sobre COMO FAZER. Caso contrário, entre em contato comigo a
qualquer momento que tentarei ajudar ainda mais e sempre da
melhor maneira possível.

Bons negócios!!!!!
@vfneves

+55 24 98823-5779

vinicius@metacontroladoria.com.br

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