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permuta

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CONTRATO DE PERMUTA

PRIMEIRO

SEGUNDO


sobre a identificação das partes,
ver “notas”

celebram entre si contrato de permuta, nos termos das cláusulas seguintes:

Primeira
Que são donos e legítimos possuidores:
- o PRIMEIRO da fração autónoma designada pela letra … , correspondente a … , destinada a … , do prédio
urbano, sito em … , na freguesia de … , concelho de … , descrito na Conservatória do Registo Predial de … sob o
número … da freguesia de … , submetido ao regime de propriedade horizontal nos termos da inscrição F - … ,
registada a seu favor pela inscrição G - … , inscrito na matriz predial urbana sob o artigo … , com o valor
patrimonial de … euros, a que atribuem o valor de … euros, e será designada IMÓVEL UM.
- o SEGUNDO de … , a que atribuem o valor de … euros, e será designado IMÓVEL DOIS.

Segunda
Sobre o IMÓVEL UM incide uma hipoteca a favor de … , para garantia de empréstimo concedido ao PRIMEIRO,
registada pela apresentação … , cujo cancelamento está assegurado.
O IMÓVEL DOIS está livre de qualquer ónus ou encargo.

Terceira
Pelos valores acima atribuídos, o PRIMEIRO cede o IMÓVEL UM ao SEGUNDO, que em troca lhe dá o IMÓVEL
DOIS e … euros, em dinheiro, importância de que dá quitação.

Quarta
1. Para o prédio de que faz parte o IMÓVEL UM foi emitida em … , pela Câmara Municipal de … , a autorização de
utilização nº … .
2. Para o IMÓVEL DOIS foi emitida em … pela Câmara Municipal de … , autorização de utilização nº … .

Quinta
As fichas técnicas dos imóveis permutadas serão entregues no ato de autenticação deste contrato.

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Sexta
(Mediação imobiliária)

No presente negócio interveio F … , mediador imobiliário/sociedade de mediação imobiliária, titular da licença n.º

… /registado(a) no Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P., sob o n.º … . /As partes não recorreram a

mediação imobiliária.

Sétima
As Partes destinam os imóveis que acabam de adquirir a habitação própria permanente.

local:

data:

assinaturas:

TERMO DE AUTENTICAÇÃO

No dia … , em ….1, perante mim, … 2


, compareceram:

sobre a identificação das partes, demais intervenientes e sobre a verificação da respetiva identidade,
ver “notas”

que, para autenticação, me apresentaram o contrato de permuta anexo, declarando que já o leram/que estão
perfeitamente inteirados do seu conteúdo.

E que, advertidos de, que nos termos do disposto no artigo 40.º da Lei n.º 15/2013, de 8 de fevereiro, o cliente
de empresa de mediação imobiliária que omita a informação sobre a intervenção desta no contrato incorre na
pena aplicável ao crime de desobediência previsto no art.º 348.º do Código Penal, declararam ainda que, para a

1
Data, lugar e, quando solicitado pelas partes, a hora em que se realizou.

2
Nome completo da entidade que autentica o documento, menção da respetiva qualidade, da cédula e domicílio profissional, se for o caso.

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permuta, recorreram a mediação imobiliária prestada por … , titular da licença n.º … /registado(a) no Instituto da
Construção e do Imobiliário, I.P. sob o n.º … / não recorreram a mediação imobiliária.

Verifiquei:
 a identidade das partes … e a qualidade e poderes para o presente ato … 3
;
sobre a verificação da identidade das partes e demais intervenientes, ver “notas”

 os elementos registrais de … por consulta da certidão permanente de registo predial, com o código de
acesso n.º … /por certidão do teor da descrição e das inscrições em vigor, emitida pela Conservatória …
, no dia …, que exibiram;
 os elementos matriciais de … por consulta da caderneta predial … /por caderneta predial/certidão do
teor da inscrição matricial/comprovativo da declaração para inscrição ou atualização da inscrição de prédios
urbanos na matriz (modelo 1) emitido no dia … , que exibiram;
Exibiram:
 alvará de autorização de utilização n.º …, emitido para a fração autónoma/para o prédio 4 pela Câmara
Municipal de …, no dia/ certidão de escritura pública, da qual consta que para o prédio/para a fração
autónoma permutada5, foi emitido pela Câmara Municipal de …, no dia … , o alvará de autorização de
utilização n. º … /caderneta predial emitida no dia …, da qual consta que o imóvel foi inscrito na
matriz em data anterior a 7 de agosto 1951/certidão emitida pela … no dia …, comprovativa de que o
prédio foi edificado antes de 7 de agosto de 1951, pelo que a respetiva utilização não estava sujeita a
licenciamento municipal;
 a ficha técnica da habitação6, neste ato entregue a … .

Ficam arquivados:
 documento único de cobrança do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis n.º … , no
valor de … , liquidado no dia … e pago no dia, e o extrato da declaração para a liquidação 7;
 documento único de cobrança n.º … , comprovativo do pagamento do imposto do selo da verba 1.1 da tabela
geral, no valor de …, liquidado no dia … e pago no dia … , e o extrato da declaração para a liquidação.

As partes foram advertidas da anulabilidade/ ineficácia do ato em relação a … por … 8


.

3
Por consulta da certidão permanente de registo comercial, com o código de acesso n.º … /por certidão de registo comercial emitida pela
Conservatória de … no dia … , que exibiram. Ou ainda, por procuração … / por fotocópia certificada da ata n.º … [da assembleia geral/do
conselho de administração] realizada dia … /por certidão emitida pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários no dia … , que arquivo.

4
Nos termos do disposto no artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 281/99, de 26 de julho, não podem ser realizados atos que envolvam a transmissão
da propriedade de prédios urbanos ou de suas frações autónomas sem que se faça prova da existência da correspondente autorização de utilização,
perante a entidade que celebrar a escritura ou autenticar o documento particular (n.º 1); nos atos de transmissão de imóveis é feita sempre menção
do alvará de autorização de utilização, com indicação do respetivo número e data de emissão, ou da sua isenção (n.º 2); nos prédios submetidos ao
regime de propriedade horizontal, a menção deve especificar se a autorização de utilização foi atribuída ao prédio na sua totalidade ou apenas à
fração autónoma a transmitir (n.º 3); a apresentação da autorização de utilização nos termos do n.º 1 é dispensada se a existência desta estiver
anotada no registo predial e o prédio não tiver sofrido alterações (n.º 4).
O Regulamento Geral das Edificações Urbanas, que submeteu a licenciamento municipal a utilização de qualquer edificação nova,
reconstruída, ampliada ou alterada (quando da alteração resultem modificações importantes nas suas características), entrou em vigor a 7 de
agosto de 1951. Se o prédio vendido tiver sido construído em data anterior deverá ser apresentado documento comprovativo de tal facto,
designadamente documento comprovativo de que o prédio foi inscrito na matriz anteriormente àquela data.

5
Certidão de escritura notarial ou outro documento, autêntico ou autenticado, do qual conste ter sido exibido o alvará de autorização de
utilização.

6
Nos termos do disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 68/2004, de 25 de março, não pode ser transmitida a propriedade de prédio ou fração
destinada a habitação sem que a entidade autenticadora se certifique da existência de ficha técnica da habitação e de que a mesma é entregue ao
comprador. De acordo com o artigo 2.º do mesmo diploma, esta regra não se aplica aos prédios construídos antes da entrada em vigor do RGEU,
nem aos prédios sobre os quais exista licença de utilização ou houvesse requerimento apresentado para a respetiva emissão à data da entrada em
vigor daquele diploma, e aplicar-se-á “aos contratos celebrados entre consumidores” caso o prédio urbano destinado a habitação objeto de
transmissão já tenha ficha técnica de habitação (art.º 18.º).

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Depois de lhes ter explicado o significado e os efeitos do documento que apresentaram, designadamente que a
respetiva validade para titular o contrato de ………. depende, não só da presente autenticação, mas também do
depósito eletrónico em www.predialonline.mj.pt , que deverei efetuar ainda hoje, as partes declararam que o respetivo
conteúdo exprime a sua vontade [e/ou a vontade do seu Representado].

Finalmente, foi lido e explicado o presente termo. Tudo foi feito em voz alta na presença simultânea de todos os
intervenientes.

[assinaturas das partes, demais intervenientes 9 e da entidade autenticadora]

7
Os documentos particulares que titulem atos sujeitos a registo predial não podem ser autenticados enquanto não estiverem pagos ou assegurados os
impostos devidos. Do termo de autenticação devem constar o valor dos impostos e a data da liquidação, ou a disposição legal que prevê a sua
isenção (art.º 25.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de julho).
As entidades e profissionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, não
podem autenticar documentos particulares que operem transmissões de bens imóveis sem que lhes seja apresentado o extrato da declaração para
liquidação de IMT e imposto do selo, acompanhada do correspondente comprovativo de cobrança, que arquivarão, disso fazendo menção no termo
(cfr art.º 49.º, n.º 1, CIMT).
À liquidação do imposto do selo devido pelos atos e contratos previstos na verba 1.1 da tabela geral aplicam-se com as necessárias
adaptações, as regras estabelecidas no CIMT (cfr art.º 23.º, n.º 4, do Código do Imposto do Selo).

Deve indicar-se no contrato o montante pago em dinheiro, correspondente à diferença de valores dos imóveis permutados (cfr. artº 1.º, n.º 5, al. b),
e art.º 4.º, al. c), todos do CIMT.

A permuta está sujeita a IMT, pela diferença declarada de valores ou pela diferença entre os valores patrimoniais tributários, consoante a que for maior
(cfr art.º 2.º, n.º 5, al. c), do CIMT), considerando-se valor, em geral, quaisquer encargos a que o adquirente fique legal ou contratualmente
obrigado (cfr art.º 12.º, n.º 5, al. h), do CIMT).

8
A autenticação não pode ser recusada com fundamento na anulabilidade ou ineficácia do ato. Em caso de anulabilidade ou ineficácia do ato, as
partes devem ser advertidas da existência do vício e a advertência feita consignada no termo.
Como exemplo de atos anuláveis destacam-se as seguintes:
(a) o negócio celebrado pelo representante consigo mesmo, seja em nome próprio, seja em representação de terceiro, a não ser que o representado
tenha especificadamente consentido na celebração, ou que o negócio exclua por sua natureza a possibilidade de conflito de interesses (cfr art.º
261.º do Código Civil);
(b) os atos praticados contra o disposto no artigo 1682.º- A do Código Civil, que exige o consentimento de ambos os cônjuges sempre que se trate
de alienação, oneração, arrendamento ou constituição de outros direitos pessoais de gozo sobre a casa de morada da família e, caso entre ambos
não vigore o regime de separação de bens, para a alienação, oneração, arrendamento ou constituição de outros direitos pessoais de gozo sobre
imóveis próprios ou comuns (cfr art.º 1687.º CCivil);
(c) a venda feita por pais e avós a filhos ou netos, sem o consentimento dos outros filhos ou netos, ou o respetivo suprimento judicial (cfr art.º 877.º
CC);
Já o ato praticado por pessoa sem poderes de representação, em nome de outrem, é ineficaz em relação a este, se não for por si ratificado (cfr art.º
268.º do Código Civil).

9
São «intervenientes acidentais» os abonadores, intérpretes, peritos, tradutores, leitores ou testemunhas.
Se o contrato estiver assinado a rogo, devem constar do termo o nome completo, a naturalidade, o estado e a residência do rogado e a menção de
que o rogante confirmou o rogo no ato da autenticação. O termo de autenticação é assinado também pelo rogado.

4/4

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