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Contrato de Arrendamento Urbano Arrendamento


Data 20/05/2011

Nota: CONTRATO DE ARRENDAMENTO URBANO

Entre, de uma parte, (estado civil), natural de..................., nacionalidade, residente habitualmente, em ................, Província de……………, titular do
Bilhete de Identidade n.º ..................., emitido pela ....................., em ..............., em ............ de ............. de ..............., doravante abreviadamente
designado como SENHORIO ou PRIMEIRO CONTRAENTE ,

E, de outra parte, (estado civil), natural de................., de nacionalidade .................., residente habitualmente, em ........................,Província de
..............., titular do Bilhete de Identidade n.º ................., emitido pela ...................., em ................., em ............. de ................ de ..............., doravante
abreviadamente designado como ARRENDATÁRIO ou SEGUNDO CONTRAENTE,

Primeiro e Segundo Contraentes são aqui também designados por "Partes", quando referidos em conjunto ou por “Parte”, quando referidas
individualmente.

CONSIDERANDO QUE:

A) O Primeiro Contraente é o único, actual e legítimo dono e possuidor da fracção autónoma, correspondente ao rés-do-chão, com entrada
pelo n.º. do prédio urbano, constituído em regime de propriedade horizontal, sito no.............., Bairro .............., na cidade e Província de ............,
composta por três quartos simples, um quarto com casa de banho, uma sala comum, uma cozinha e uma varanda frontal, inscrita na
competente matriz predial do ....º Bairro Fiscal de .........., sob o artigo n.º ........., e descrita na Conservatória de Registo Predial da cidade de
............., sob o n.º ........., a fls. ..... do Livro ...... (adiante designada por a "fracção autónoma");
B) O Primeiro Contraente tem interesse em dar arrendamento, ao Segundo Contraente, que, por sua vez, tem interesse em tomar de
arrendamento a sobredita fracção autónoma;
C) O imóvel carece de profundas obras de reabilitação e de conservação, quer no seu interior, quer no seu exterior;
D) O Segundo Contraente vai proceder à execução, por si ou por terceiros, das obras referidas na alínea anterior.

É celebrado e reciprocamente aceite o presente Contrato de Arrendamento Urbano (o "Contrato"), o qual se regera pelas cláusulas Seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA

Pelo presente Contrato, o Primeiro Contraente dá de arrendamento, mediante retribuição, ao Segundo, que, por sua vez, toma de
arrendamento, a fracção autónoma, descrita na alínea A) dos precedentes considerados, e de todas as suas partes integrantes.

CLÁUSULA SEGUNDA

1. O presente Contrato vigora pelo prazo de…………. anos, com início no dia treze de Maio de dois mil e oito, podendo ser renovado, por
sucessivos e iguais períodos, e nas mesmas condições, no fim do período inicial ou de cada uma das suas renovações, caso não seja
denunciado, por qualquer das Partes, nos prazos e termos previstos na presente Cláusula.
2. A denúncia, referida no número anterior, deve ser feita pelo Segundo Contraente mediante comunicação escrita, com a antecedência
mínima de acordo com os termos previstos no artigo 1055.º do Código Civil.
3. Pode, ainda, o Segundo Contraente revogar este Contrato, a todo o tempo e sem invocação de quaisquer fundamentos, mediante
comunicação escrita a enviar ao Primeiro Contraente, com a antecedência mínima de sessenta dias sobre a data em que operam os seus
efeitos.
4. A denúncia e a revogação efectuadas pelo Segundo Contraente, nos termos desta disposição, não conferem ao Primeiro o direito a qualquer
indemnização ou retenção.
5. O Primeiro Contraente pode denunciar o presente Contrato, mediante acção judicial, requerida com seis meses de antecedência sobre o fim
do prazo ou da sua renovação.

CLÁUSULA TERCEIRA

A fracção autónoma, objecto do presente Contrato, destina-se a escritório para o exercício da prática forense, sendo permitido ao Segundo
Contraente aplicá-la a quaisquer outros usos ou fins lícitos, dentro da função normal das coisas de igual natureza, nomeadamente, para a
instalação e funcionamento de sociedades que estejam associadas ao Segundo Contraente ou a ele ligadas, por qualquer forma, nos termos
do artigo 1086.º do Código Civil.

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CLÁUSULA QUARTA

1. A renda anual, acordada entre as Partes, para vigorar no período inicial, é de montante equivalente em moeda nacional a USD. 19.200,00
(dezanove mil e duzentos dólares dos Estados Unidos da América) ao câmbio data do pagamento.
2. O pagamento da respectiva renda, devera ser efectuado da seguinte forma:

a) Na data da assinatura do presente Contrato, o Segundo Contraente pagará ao Primeiro o montante equivalente em moeda nacional a USD.
9.600,00 (nove mil e seiscentos dólares dos Estados Unidos da América), correspondente a seis meses da renda ora ajustada, de que o
Primeiro Contraente dá, pela presente via e forma, plena quitação;
b) As rendas subsequentes serão pagas antecipada e semestralmente, através de depósito bancário a efectuar em conta bancária, aberta em
banco e dependência a indicar, por escrito, pelo Primeiro Contraente;
c) As Partes podem convencionar, entre si, a todo o momento, outro meio e local de quitação da respectiva renda, através de declaração
escrita, para o efeito.

3. A transferência das rendas, a que alude a alínea b), do número anterior, tem, para o Segundo Contraente, poder liberatório geral, se
efectuadas dentro do prazo convencionado, sendo prova de quitação bastante o documento bancário que prove tais transferências, até
emissão dos correspondentes recibos, nos termos do numero seguinte.
4. Contra o pagamento das rendas, nos termos dos números 1 e 2 da presente cláusula, o Primeiro Contraente obriga-se a remeter ao
Segundo os recibos, devidamente datados e numerados, com referência expressa aos meses a que as rendas disserem respeito.
5. As Partes declaram que as rendas, previstas nos números anteriores, incluem todos os impostos devidos.

CLÁUSULA QUINTA

1. A renda agora estipulada fica sujeita a actualizações sistemáticas, podendo a primeira actualização ser exigida pelo Primeiro Contraente
cinco anos após a assinatura do presente Contrato e as seguintes, sucessivamente, um ano após a actualização anterior, todas tendo como
limite máximo o índice oficial de inflação.
2. A não actualização das rendas não dará lugar, no futuro, ao exercício do direito do aumento com efeitos retroactivos, mas os coeficientes
respectivos podem ser aplicados em anos posteriores, desde que não tenham passado mais de dois anos sobre a data em que teria sido
inicialmente possível a sua aplicação.
3. Querendo o Primeiro Contraente usar da faculdade referida no n.º 1 da presente cláusula, comunicá-lo-á ao Segundo Contraente, com a
antecedência mínima de trinta dias, indicando expressamente o montante da nova renda, o coeficiente e demais factores relevantes utilizados
no seu cálculo.
4. A nova renda considera-se aceite quando o Segundo Contraente não discorde e manifeste essa discordância, nos termos da cláusula
seguinte e no prazo nela fixado.
5. O Segundo Contraente, caso não concorde com a nova renda, pode, ainda, resolver o Contrato, no prazo e demais termos previstos no n.º 3
do artigo 1104.º do Código Civil.

CLAUSULA SEXTA

1. O Segundo Contraente pode recusar a nova renda indicada, nos termos da Clausula anterior.
2. A, recusa, acompanhada da respectiva fundamentação, deve ser comunicada ao Primeiro Contraente, por escrito, no prazo de quinze dias,
contados da recepção da comunicação de aumento, e da qual conste o montante que o Segundo Contraente considera que deve vigorar.
3. O Primeiro Contraente pode rejeitar o montante indicado pelo Segundo, por comunicação a este dirigida e enviada no prazo de quinze dias,
contados da data da recepção da comunicação de recusa.
4. O silêncio do Primeiro Contraente ou o não acatamento por ele das formalidades referidas no número anterior valem como aceitação da
indicação do Segundo Contraente.

CLAUSULA SETIMA

1. Quando o Primeiro Contraente rejeite o montante indicado, nos termos do n.º 3 da Cláusula Sexta, o Segundo Contraente pode, nos quinze
dias subsequentes à recepção da comunicação de rejeição, requerer a fixação definitiva do aumento devido por recurso a arbitragem.
2. À arbitragem aplicam-se as normas estabelecidas na Lei n.º 11/99, de 8 de Julho , salvo na medida em que tenham sido modificadas ou
complementadas pelo disposto nesta Cláusula.
3. As decisões, ordens e despachos do tribunal arbitral são finais e vinculativas, e delas não cabe recurso.
4. A decisão arbitral estabelecerá, ainda, a forma como cada uma das Partes deve suportar os custos da arbitragem e em que proporção.
5. A renda anterior mantém-se até à decisão final, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.

CLAUSULA OITAVA

1. Nos meses imediatamente subsequentes à decisão final, deve proceder-se aos eventuais acertos relativos às rendas vencidas, acrescidas
de 1,5% do valor global desses acertos por cada mês completo entretanto decorrido.
2. O pagamento dos acertos e respectivos acréscimos, referidos no número anterior, faz-se em prestações mensais, cujo montante não deve
exceder metade da renda mensal actualizada.

CLAUSULA NONA
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1. A sublocação ou a cedência, por qualquer outra forma, no todo ou em parte, onerosa ou gratuitamente, dos direitos do presente
arrendamento, por parte do Segundo Contraente, ficam, desde já, expressamente autorizadas pelo Primeiro Contraente.
2. As Partes acordam em afastar a limitação legal ao valor da renda prevista no artigo 70.º, da Lei n.º 43525, de 7 de Março de 1961.

CLAUSULA DECIMA

O Primeiro Contraente deverá permitir que o Segundo ocupe livremente a fracção locada, durante todo o período de vigência do presente
Contrato, abstendo-se da prática de todo e qualquer acto que implique a interrupção ou perturbação do gozo do imóvel, por parte do Segundo
Contraente, sob pena de responder pelos danos que venha a causar a este último.

CLAUSULA DECIMA PRIMEIRA

1. Sem prejuízo de qualquer formalidade prevista por lei, o Segundo Contraente poderá fazer na fracção arrendada, enquanto durar o ora
contratado arrendamento, quaisquer arranjos ou obras, de conservação ordinária, extraordinária ou de beneficiação, que considere
convenientes ou adequadas, ainda que modificativas da disposição interna ou externa de portas e janelas, construindo ou demolindo
quaisquer paredes, colunas ou pilares.
2. O Segundo Contraente fica, desde já, autorizado a executar as obras necessárias para adaptação do locado aos serviços de escritório que
pretende instalar e a colocar, no seu interior, os equipamentos necessários para assegurar o seu conforto ou comodidade ou, ainda, para
aumentar o nível de aproveitamento do prédio.
3. O Segundo Contraente fica, ainda, autorizado a colocar na parede exterior do locado anúncios ou placas que identifiquem a actividade que
pretende desenvolver, bem como, o estabelecimento ou a firma comercial de quaisquer sociedades que venham, no futuro, a ocupar o espaço.
4. Todas as obras correm por conta e risco do Segundo Contraente.
5. Findo o presente Contrato, o Segundo Contraente não poderá levantar quaisquer benfeitorias por si realizadas no locado, nem por elas
pedir indemnização, excepto se, sob tal condição, tiverem sido autorizadas.

CLAUSULA DECIMA SEGUNDA

Ficam por conta do Segundo Contraente os encargos que digam respeito a consumos de água, para os seus usos domésticos ou sanitários e
da energia eléctrica que gastar, de acordo com a leitura dos respectivos contadores, desde a data da efectiva ocupação do imóvel locado e até
à data cessação, por qualquer forma, deste Contrato.

CLAUSULA DECIMA TERCEIRA

1. O Senhorio será o único e exclusivo responsável pelo pagamento do imposto predial urbano e de quaisquer outros impostos ou taxas que
incidam sobre a fracção autónoma e obriga-se a subscrever e a manter em vigor os seguros que, por lei sejam obrigatórios.
2. Correm, igualmente, por conta do Primeiro Contraente, os encargos resultantes de indemnizações, contravenções ou multas, aplicadas por
qualquer entidade pública competente, por causa não imputável, a título de culpa, ao Segundo Contraente.

CLAUSULA DECIMA QUARTA

O Segundo Contraente fica, desde já, autorizado a ocupar o espaço locado, para dar início às obras de beneficiação do imóvel e, bem assim, às
referidas no n.º 2 da Cláusula Décima Primeira.

CLAUSULA DECIMA QUINTA

Fica expressamente convencionado pelas Partes que, na pendência do presente Contrato de arrendamento, o Segundo Contraente, ou quem
este indicar, gozam de direito de preferência na venda ou dação em cumprimento da fracção arrendada, a exercer nos termos gerais.

CLAUSULA DECIMA SEXTA

1. A verificação de qualquer inexactidão, omissão ou erro nas declarações e factos atestados pelo Primeiro Contraente neste Contrato,
nomeadamente, nos seus Considerandos, confere ao Segundo o direito de o resolver, de imediato, com base no seu incumprimento definitivo,
por parte do Primeiro Contraente.
2. Quando o Segundo Contraente resolva o Contrato, com fundamento no incumprimento definitivo por parte do Primeiro, poderá reclamar
deste a restituição, imediata, das rendas pagas antecipadamente, correspondentes ao período de tempo em que não tenha havido utilização
do espaço locado, assim como, o valor das obras aí efectuadas, sem prejuízo do direito a exigir, do Senhorio, o pagamento de uma
indemnização pelos prejuízos causados pela privação do seu direito de gozo do espaço locado, incluindo nestes as despesas judiciais e
extrajudiciais, que fixam, desde já, no valor mínimo de doze meses de renda.
3. A indemnização pela privação do uso apenas deverá ter lugar se essa privação for efectiva, isto é, se o Primeiro Contraente tiver que
abandonar o locado.

CLAUSULA DECIMA SETIMA

1. Se, durante a vigência deste Contrato, o Segundo Contraente vier a ser privado do seu direito de utilização do espaço locado, resultante da
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sua destruição ou dano, causada por incêndio, sismo, guerra, motim, tempestade, ou outros acontecimentos, que as Partes não possam
prevenir ou prever, suspender-se-á a contagem do prazo contratual, bem como, todas as obrigações do Segundo Contraente, incluindo o
pagamento proporcional da renda, pelo período de tempo em que este ficar privado do gozo do espaço locado.
2. Se a situação referida no número anterior persistir por um período de tempo superior a sessenta dias, o Segundo Contraente poderá
resolver o Contrato, com efeitos imediatos, podendo, igualmente, reclamar a devolução das rendas pagas antecipadamente e que
correspondam ao período de tempo em que não haja gozado do espaço locado.

CLAUSULA DECIMA OITAVA

1. Todas as notificações ou comunicações formais entre as Partes, no âmbito deste Contrato, serão eficazes, salvo indicação em contrário, nos
termos do artigo 224.º do Código Civil, desde que remetidas para as moradas constantes do seu intróito.
2. As notificações e comunicações, a que se refere a presente Cláusula, só se consideram validamente realizadas se forem efectuadas por
escrito, e entregues pessoalmente ao endereçado, contra protocolo ou recibo de recepção no duplicado do original, telecópia, correio
electrónico ou carta registada.
3. As Partes obrigam-se, reciprocamente, a comunicar, por escrito, qualquer alteração dos respectivos endereços, sob pena de se
considerarem como bem efectuadas todas as notificações e comunicações expedidas para os endereços acima referidos.

CLAUSULA DECIMA NONA

1. O presente Contrato representa a totalidade do acordado entre as Partes, sobrepondo-se a quaisquer acordos preparatórios, minutas ou
outras formas de expressão que permitissem concluir pela sua vinculação quanto às matérias aqui reguladas.
2. Todas as alterações ou modificações a este Contrato só serão válidas se reduzidas a documento escrito e assinado pelas Partes, com
expressa menção de cada uma das cláusulas alteradas, aditadas ou eliminadas, bem como, da nova redacção que as mesmas,
eventualmente, venham a ter.

CLAUSULA VIGESIMA

1. O presente Contrato é regulado pela lei moçambicana e redigido em português.


2. Em tudo quanto for omisso regulam as disposições legais em vigor para contratos da mesma espécie.

CLAUSULA VIGESSIMA PRIMEIRA

1. Para dirimir os litígios emergentes deste Contrato, depois de esgotadas todas as possibilidades de composição amigável entre as Partes,
fica, desde já, convencionado o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, como territorialmente competente, com expressa exclusão de qualquer
outro.
2. No caso de haver necessidade de recurso a tribunal para resolver qualquer questão emergente do incumprimento, por parte do Primeiro
Contraente, do presente Contrato, é este obrigado a pagar todas as despesas do pleito, incluindo os honorários de advogados em que o
Segundo haja de incorrer para fazer face ao litigio.

CLAUSULA VIGESSIMA SEGUNDA

O presente Contrato corresponde à vontade real das Partes, sendo aceite por ambas, que manifestam ter perfeito conhecimento do conteúdo
das suas cláusulas, e dos direitos emergentes e correlativas obrigações.

CLAUSULA VIGÉSSIMA TERCEIRA

Fazem parte integrante do Presente Contrato os seguintes Anexos:

Anexo A - Certidão matricial da fracção autónoma;


Planta da fracção autónoma rubricada pelas Partes.

Livremente e dentro dos princípios da boa fé, as Contraentes atrás identificadas, nas respectivas qualidade e posições em que intervêm, vão
assinar.

Feito em duas vias, em Maputo, em treze, de Maio, de dois mil e onze, destinando-se um exemplar a cada uma das Partes.

Maputo, aos………… de……………. de……………….

O PRIMEIRO CONTRAENTE , ................................................................... (Nome e Assinatura)

O SEGUNDO CONTRAENTE ,...................................................................... (Nome e Assinatura)

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