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PÓS GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO ESPECIAL: DOMÍNIO COGNITIVO MOTOR

PORTFOLIO
REFLEXIVO
ESTRATEGIAS DE TRANSIÇÃO
PARA A VIDA SOCIO-LABORAL

DOCENTE: MESTRE FILOMENA PEREIRA

DISCENTE: JOANA SILVA

FEVEREIRO 2024
Índice:

03 Introdução

PARTE I

04 Conceito Chave - sessão1

05 Conceito Chave- Sessão 2

06 Conceito Chave- Sessão 3

08 Conceito Chave- Sessão 4

10 Conceito Chave- Sessão 5

11 Conceito Chave -Sessão 6

PARTE II

12 O PIT

20 Bibliografia
INTRODUÇÃO

Num mundo onde a diversidade é uma realidade inegável e a inclusão é um


imperativo moral, a educação como preparação para o futuro assume um papel
crucial na promoção de sociedades mais justas e equitativas e na necessidade de
incluir e proporcionar um futuro com qualidade de vida para todos.

Assim sendo, a unidade curricular "Estratégias de Transição Socio-Laboral"


assume um papel crucial no aprofundamento do entendimento relativo à forma
como todos os jovens devem e podem ser incluidos na vida ativa.

Este portfólio reflexivo documenta a minha caminhada nos meandros do Plano de


Individual de transição através desta unidade, oferecendo uma análise das
descobertas, desafios e reflexões que emergiram ao longo do percurso de
aprendizagem.

Ao longo das próximas páginas, irei explorar os conceitos lecionados pela Mestra
Filomena durante as sessões desta unidade curricular.

Este portfólio pretende destacar o papel do Plano de transição na vida dos jovens
com necessidades educativas especiais e do papel preponderante que todos temos
nesta caminhada.

03
PARTE I SESSÃO 1

CONCEITOS-CHAVE

Transição pós escolar


Inclusão
Curriculos
Plano Individual de Transição

Transição pós escolar


Qualquer transição é um momento crucial na vida de qualquer estudante,
especialmente para aqueles com necessidades educativas especiais (NEE).
Durante um período de transição, é fundamental garantir que cada aluno tenha
acesso a um currículo que atenda às suas necessidades individuais e os prepare
adequadamente para a vida após a escola.
A transição entre etapas educacionais é um momento de grande importância na
vida dos alunos. Durante esse período de mudança, é essencial garantir que as
medidas de gestão curricular e de suporte à aprendizagem sejam implementadas
de forma eficaz para promover um processo suave e bem-sucedido.
As medidas de gestão curricular desempenham um papel crucial na transição,
pois ajudam a garantir que os alunos recebam um currículo adequado às suas
necessidades individuais e ao nível de desenvolvimento.
Isso envolve a avaliação cuidadosa das competências e habilidades de cada aluno,
a identificação de áreas de força e de necessidade de apoio e a adaptação do
currículo de acordo com essas informações. Além disso, as medidas de gestão
curricular podem incluir a definição de metas educacionais específicas e o
desenvolvimento de planos de ensino personalizados para cada aluno.
Por outro lado, as medidas de suporte à aprendizagem desempenham um papel
complementar, fornecendo o apoio necessário para que os alunos alcancem seu
pleno potencial académico e desenvolvimental.
Isso pode incluir o fornecimento de recursos adicionais, como materiais de
ensino especializados ou tecnologias assistivas, a implementação de estratégias de
ensino diferenciadas para atender às necessidades individuais dos alunos, e o
acesso a serviços de apoio, como terapia ocupacional ou apoio psicossocial.
Ao relacionar as medidas de gestão curricular com as medidas de suporte à
aprendizagem, garantimos uma abordagem abrangente e holística para a transição
dos alunos entre etapas educacionais. Isso permite que cada aluno receba o apoio
personalizado necessário para enfrentar os desafios da transição e alcançar o
sucesso escolar e pessoal.
Ao investir nestes esforços, estamos a criar um ambiente inclusivo e de apoio que
capacita todos os alunos a atingir seu pleno potencial.
04
PARTE I SESSÃO 2

CONCEITOS-CHAVE

Principios orientadores do Plano de transição individual


Indicadores de qualidade de vida
Principio da autodeterminação

Principio da autodeterminação

A autodeterminação é um princípio essencial no processo de transição


laboral de alunos com necessidades educativas especiais (NEE).
Ela representa a capacidade de uma pessoa tomar suas próprias decisões e agir
de acordo com os seus interesses, valores e objetivos pessoais. No contexto da
transição para o mercado de trabalho, a autodeterminação desempenha um papel
fundamental ao capacitar os alunos a assumirem o controlo de suas escolhas
profissionais.
Ao promover a autodeterminação, estamos a capacitar os alunos com NEE
a explorarem as suas paixões, interesses e habilidades, ajudando-os a identificar
as carreiras que melhor se alinham com seus objetivos de vida. Isso implica
fornecer informações sobre diferentes oportunidades profissionais, mas também
incentivar a reflexão pessoal e a autoexploração.
Os alunos são encorajados a refletir sobre as suas experiências, as suas
áreas de interesse e as atividades que mais os motivam. São incentivados a
considerar como as suas habilidades e interesses podem traduzir-se em possíveis
carreiras e a imaginar o tipo de ambiente de trabalho em que se sentiriam mais
realizados.
Além disso, é essencial oferecer aos alunos oportunidades práticas para
explorar diferentes profissões. Isso pode incluir visitas a locais de trabalho,
participação em estágios ou voluntariado em organizações relacionadas com o
campo de interesse do aluno. Essas experiências fornecem uma visão prática das
expectativas do mercado de trabalho e ajudam os alunos a desenvolver
habilidades transferíveis e a tomar decisões mais informadas sobre suas carreiras
futuras.
Ao capacitar os alunos com NEE a tomarem decisões informadas sobre
suas carreiras, estamos a preparar uma transição mais suave e bem-sucedida
para o mercado de trabalho. Ao fornecer-lhes as ferramentas e o apoio
necessários para explorar as suas opções e a fazer escolhas que reflitam os seus
interesses e aspirações, estamos a capacitá-los a assumir um papel ativo no seu
próprio processo de transição e a alcançar o seu pleno potencial profissional.
05
PARTE I SESSÃO 3

CONCEITOS-CHAVE

- Processo contínuo

- Qualidade de vida

-Competências para a vida

Qualidade de vida
Para garantir uma transição laboral bem-sucedida para alunos com
necessidades educativas especiais (NEE), é crucial priorizar a qualidade de vida em
todas as etapas do processo.
A autodeterminação desempenha um papel fundamental nesse contexto,
permitindo que os alunos com NEE assumam o controlo das suas escolhas
profissionais. Capacitar esses alunos a tomar decisões informadas sobre as suas
carreiras, considerando os seus interesses, habilidades e aspirações, contribui
significativamente para a sua qualidade de vida.
Além disso, promover a definição de metas e objetivos pessoais realistas é
essencial. Isso ajuda os alunos a terem um propósito claro nas suas vidas
profissionais, promovendo motivação, autoconfiança e uma sensação de
realização pessoal.
A participação ativa dos alunos no desenvolvimento do seu plano de
transição laboral é igualmente importante. Isso garante que as suas necessidades e
preferências sejam consideradas, promovendo um sentido de pertença e autonomia
que contribui para uma melhor qualidade de vida.
O desenvolvimento de habilidades de autogestão, como o conhecimento
pessoal e resolução de problemas, também é fundamental. Isso prepara os alunos
para enfrentarem desafios no ambiente de trabalho e promove a sua
independência, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
Garantir o acesso a recursos e apoio adequados é essencial para superar
barreiras e promover uma transição laboral bem-sucedida. Isso aumenta as
oportunidades de sucesso no mercado de trabalho e proporciona o suporte
necessário para enfrentar desafios, contribuindo para uma melhor qualidade de
vida.
Ambientes de trabalho inclusivos e acessíveis são igualmente importantes.
Eles garantem que os alunos com NEE possam desempenhar as suas funções de
trabalho de forma eficaz, promovendo um sentido de pertença e valorização que
contribui para uma melhor qualidade de vida.

06
Por fim, capacitar os alunos com NEE a tomarem decisões informadas
sobre a sua transição laboral promove o seu empoderamento e autoconfiança. Isso
permite que assumam um papel ativo no seu próprio desenvolvimento profissional,
contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Em suma, ao priorizar a qualidade de vida em todas as etapas do processo de


transição laboral, estamos garantindo que os alunos com NEE tenham as melhores
oportunidades para alcançar o seu pleno potencial e priveligiar de uma vida
profissional gratificante e significativa.

Qualidade de Vida

07
PARTE I SESSÃO 4

CONCEITOS-CHAVE

Processo complexo
Ecomapa
Planeamento baseado na pessoa

Planeamento baseado na pessoa


Na educação inclusiva, a planificação com base na transição é essencial para
garantir que os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) tenham uma
transição suave e bem-sucedida para a vida adulta. Essa abordagem centra-se nas
necessidades individuais de cada aluno, reconhecendo que suas trajetórias de vida
e objetivos podem ser únicos.
Ao criar um Plano Individual de Transição (PIT) centrado na pessoa,
estamos a colocar o aluno no centro do processo de planeamento, considerando as
suas preferências, interesses e habilidades para definir metas realistas e
alcançáveis.
Uma ferramenta valiosa que pode ser usada durante esse processo é o
ecomapa. O ecomapa é uma representação visual das relações e redes de
apoio de um indivíduo, destacando conexões importantes com a família, amigos,
professores, profissionais de apoio e outros membros da comunidade.
Ao criar um ecomapa para um aluno com NEE, podemos identificar recursos e
pontos fortes na sua rede de apoio, bem como possíveis lacunas que precisam ser
preenchidas.
No entanto, embora o PIT e o ecomapa possam ser ferramentas poderosas, os
jovens com NEE ainda podem enfrentar diversos desafios durante a transição para
a vida adulta. Esses desafios podem incluir dificuldades de acesso a serviços de
apoio, discriminação no local de trabalho, falta de compreensão sobre suas
necessidades e barreiras para a participação plena na comunidade.
É crucial que os educadores, famílias e profissionais de apoio estejam cientes
desses desafios e trabalhem em conjunto para superá-los.
Ao adotar uma abordagem de planificação com base na pessoa, reconhecendo
as necessidades e aspirações únicas de cada aluno com NEE, podemos ajudá-los a
desenvolver as habilidades necessárias para enfrentar esses desafios e alcançar
seu pleno potencial na vida adulta. Isso requer um compromisso contínuo com a
colaboração, o apoio mútuo e a promoção de ambientes inclusivos e acessíveis em
todas as áreas da vida do aluno. Ao fazer isso, podemos criar um futuro mais
brilhante e mais inclusivo para todos os jovens, independentemente das suas
necessidades individuais. 08
09
PARTE I SESSÃO 5

CONCEITOS-CHAVE

Bússola da carreira
Competências
Preparação para o futuro

Bússola da carreira
A bússola da carreira desempenha um papel fundamental no processo
de transição para a vida adulta de alunos com necessidades educativas
especiais (NEE). Esta ferramenta procura orientar os alunos na exploração e
desenvolvimento do seu percurso, ajudando-os a identificar os seus interesses,
habilidades, valores e metas profissionais.
Durante o processo de transição, a bússola da carreira é utilizada para
auxiliar os alunos na descoberta das suas paixões e na definição de
objetivos realistas para o futuro.
Através de atividades de autoconhecimento e exploração vocacional, os alunos são
incentivados a refletir sobre as suas preferências pessoais, considerar diferentes
opções de trabalho e entender como as suas habilidades e interesses se alinham
com o mercado de trabalho.
Além disso, a bússola da carreira também ajuda os alunos a navegar pelos
desafios e oportunidades que podem surgir durante o processo de transição. Ao
desenvolver competências de autoconhecimento, tomada de decisão e
planeamento de carreira profissional, os alunos tornam-se mais capazes de
enfrentar os obstáculos que possam surgir ao longo do caminho.
Um aspecto importante da bússola da carreira é a sua capacidade de
promover a autodeterminação dos alunos. Ao capacitar os alunos a
explorarem as suas próprias carreiras e tomarem decisões informadas sobre o seu
futuro profissional, a bússola da carreira ajuda a fortalecer a sua confiança e
sentimento de controlo sobre a sua vida.
Por fim, a bússola da carreira também serve como um guia para os
educadores, famílias e profissionais de apoio que trabalham com alunos
com NEE. Ao fornecer uma estrutura clara e abrangente para o desenvolvimento
de carreira dos alunos, a bússola da carreira ajuda a garantir que todos os
envolvidos no processo de transição estejam alinhados e a trabalhar em conjunto
para apoiar o sucesso dos alunos.
A bússola da carreira é uma ferramenta valiosa no processo de transição para
a vida adulta de alunos com NEE. Ao fornecer orientação e apoio na exploração de
carreiras, desenvolvimento de competências e promoção da autodeterminação, a
bússola da carreira ajuda a preparar os alunos para um futuro profissional
gratificante e significativo.
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PARTE I SESSÃO 6

CONCEITOS-CHAVE
Construção para um futuro
Personalização
Empoderamento

Construção para um Futuro


A construção de um futuro sólido e promissor para alunos com
necessidades educativas especiais (NEE) requer um planeamento cuidadoso e
personalizado. Neste contexto, o Plano Individual de Transição (PIT) surge como
uma ferramenta essencial, fornecendo um caminho estruturado e adaptado às
necessidades individuais de cada aluno. Ao atravessar as várias fases do PIT, os
alunos são capacitados a explorar as suas paixões, desenvolver habilidades e
traçar um curso claro para o seu futuro profissional e pessoal.
A jornada começa com uma avaliação inicial, na qual são identificados os
interesses, habilidades e metas dos alunos, com a colaboração das suas famílias,
educadores e profissionais de apoio. Esta avaliação é fundamental para estabelecer
uma base sólida para o desenvolvimento do PIT, garantindo que seja
verdadeiramente centrado na pessoa.
Com base na avaliação inicial, é elaborado um plano personalizado que define
metas educacionais e profissionais realistas para o aluno. Este plano não só
identifica os passos necessários para alcançar essas metas, mas também considera
os recursos e apoios necessários ao longo do caminho.
Durante a fase de educação laboral na escola, os alunos têm a oportunidade de
explorar práticas relacionadas à sua área de interesse dentro do ambiente escolar.
Oficinas práticas, projetos extracurriculares e atividades de aprendizagem
experiencial ajudam a consolidar a aprendizagem teórica e a desenvolver
habilidades relevantes para o mundo do trabalho.
À medida que avançam no processo, os alunos têm a oportunidade de aplicar as
suas habilidades em ambientes de trabalho reais na comunidade. Estágios,
programas de mentoria e voluntariado proporcionam experiências práticas e
exposição ao mundo profissional, preparando os alunos para a transição para a
vida adulta.
O PIT não termina com a transição para a vida adulta, mas continua a fornecer
suporte e acompanhamento contínuos conforme necessário. Mentoria,
aconselhamento e recursos adicionais estão disponíveis para ajudar os alunos a
superar desafios e alcançar os seus objetivos ao longo do caminho.
Em suma, o PIT é mais do que um plano - é uma jornada de descoberta,
crescimento e capacitação. Ao atravessar as várias fases do PIT, os alunos com
NEE são capacitados a construir um futuro sólido e promissor, baseado nas suas
paixões, habilidades e aspirações únicas.
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PARTE II

TEXTO REFLEXIVO

O papel do Plano de transição na vida de um jovem

O papel do Plano de Transição na vida de um jovem é de extrema importância,


especialmente para aqueles que enfrentam desafios adicionais devido a
necessidades educativas especiais (NEE).
Este plano não é apenas um documento burocrático; é uma ferramenta poderosa
que molda o futuro e o desenvolvimento pessoal do jovem, fornecendo uma
estrutura estratégica para sua transição da escola para a vida adulta.
Em primeiro lugar, o Plano de Transição é um guia personalizado que reconhece as
habilidades, interesses e aspirações únicas do jovem.
Ao invés de seguir um modelo padrão, o plano é moldado com base nas
necessidades individuais do jovem, levando em consideração seus objetivos
pessoais, capacidades e áreas de interesse.
Além disso, o Plano de Transição é um instrumento de empoderamento. Ele
capacita o jovem a assumir um papel ativo no seu próprio processo de transição,
incentivando-o a definir metas alcançáveis, explorar diferentes opções de carreira e
participar ativamente do planeamento do seu futuro.
Isso promove a autonomia e a autoconfiança, competências essenciais para a vida
adulta.
O Plano de Transição também funciona como uma rede de suporte. Ele reúne
diversos atores, incluindo professores, familiares, profissionais de apoio e
potenciais empregadores, para colaborar no desenvolvimento e implementação do
plano. Essa colaboração multidisciplinar garante que o jovem tenha acesso a
recursos e apoio adequados para enfrentar os desafios que possam surgir durante
a transição.
Além disso, o Plano de Transição é um instrumento de planeamento estratégico.
Ele ajuda o jovem a antecipar e preparar-se para os desafios e oportunidades que
encontrará na vida adulta, seja no mercado de trabalho, continuando os estudos ou
procurando outras formas de independência.
Ao estabelecer metas claras e desenvolver um plano de ação para alcançá-las, o
jovem pode construir um futuro sólido e significativo.
Este Plano, desempenha um papel vital na vida de um jovem, oferecendo
orientação, apoio e oportunidades para a sua transição bem-sucedida na vida
adulta. Ao reconhecer as necessidades, os potenciais únicos de cada jovem e
capacitá-lo a assumir o controlo do seu próprio futuro, o plano torna-se uma
ferramenta poderosa para o crescimento pessoal e realização de sonhos.

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Identificação de Habilidades, Interesses e Aspirações

Na fase inicial do Plano Individual de Transição (PIT), o foco principal é


entender profundamente o jovem com necessidades educativas especiais (NEE)
como indivíduo. Esta etapa é crucial porque reconhece que cada jovem é único,
com habilidades, interesses e aspirações próprias.
Durante essa fase, uma abordagem multidisciplinar é adotada, envolvendo
docentes, psicólogos, terapeutas, familiares e, claro, o próprio jovem. São
realizadas avaliações detalhadas para identificar as competências cognitivas,
competências sociais, competências de comunicação e outras competências
específicas do jovem.
Ao mesmo tempo, são explorados os interesses do jovem. Isso inclui as suas
paixões, hobbies, atividades favoritas e áreas de curiosidade. Entender o que
motiva o jovem é essencial para direcionar o processo de transição de maneira
significativa e personalizada.
Além disso, são discutidas as aspirações do jovem para o futuro. Isso pode
envolver os seus sonhos profissionais, objetivos educacionais, planos de carreira e
visões gerais sobre sua vida adulta.
Essas conversas abrem espaço para o jovem expressar as suas esperanças e
desejos, orientando o desenvolvimento do PIT de maneira autêntica e centrada no
jovem.
No final desta fase, um perfil abrangente do jovem é construído, destacando as
suas habilidades, interesses e aspirações. Esse perfil serve como base para o
desenvolvimento do restante do PIT, garantindo que todas as etapas
subsequentes sejam adaptadas às necessidades individuais e aos objetivos
específicos do jovem.

Empoderamento e Participação Ativa

Nesta fase crucial do Plano Individual de Transição (PIT), o jovem é colocado no


centro do processo. O objetivo principal é capacitar o jovem a assumir um papel
ativo no próprio processo de transição, promovendo a autodeterminação e a
autoconfiança.
Para alcançar esse objetivo, é essencial envolver o jovem em todas as etapas do
desenvolvimento do PIT. Em vez de simplesmente receber instruções ou ser
passivamente envolvido, o jovem é incentivado a participar ativamente,
contribuindo com as suas próprias ideias, pensamentos e preferências.
Durante esta fase, o jovem é encorajado a definir metas realistas e alcançáveis
para o seu futuro. Isso pode envolver a exploração de diferentes opções de
carreira, objetivos educacionais específicos ou planos para a vida independente. O
objectivo será o de sonhar alto, mas também manter os pés acentes no chão,
garantindo que as metas sejam alcançáveis dentro do contexto individual do
jovem.

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Colaboração Multidisciplinar e Rede de Suporte

Nesta etapa crucial do Plano Individual de Transição (PIT), é estabelecida uma


colaboração multidisciplinar entre diversos profissionais, incluindo professores,
familiares, terapeutas, conselheiros vocacionais e outros especialistas. O objetivo
principal é criar uma rede de suporte ( ecomapa) abrangente para o jovem,
garantindo que ele tenha acesso a recursos e orientações necessários para uma
transição bem-sucedida para a vida adulta.
A colaboração multidisciplinar começa com uma reunião entre todos os
envolvidos no processo do PIT. Durante essa reunião, são compartilhadas
informações sobre o jovem, incluindo os seus interesses, competências,
necessidades e metas.
Essa troca de informações permite que cada membro da equipa compreenda
completamente o contexto individual do jovem e contribua de maneira
significativa para o desenvolvimento do plano.
Cada membro da equipa desempenha um papel único no processo de transição do
jovem. Os professores podem fornecer informações sobre o desempenho escolar
e as competências de aprendizagem do jovem, enquanto os terapeutas podem
oferecer insights sobre as suas necessidades sociais e emocionais.
Os familiares desempenham um papel crucial como principais defensores do
jovem, compartilhando as suas observações e preocupações e contribuindo com
seu apoio.
Além disso, a colaboração multidisciplinar também envolve a identificação e
mobilização de recursos externos. Isso pode incluir a conexão com centros de
emprego, programas de treino profissional, serviços de apoio à vida independente
e outros recursos comunitários.
Essa ampla rede de suporte ajuda a garantir que o jovem tenha acesso a todas as
oportunidades e recursos necessários para uma transição bem-sucedida para a
vida adulta.
No final desta fase, o jovem beneficia de uma rede de suporte sólida e
abrangente, composta por uma equipa multidisciplinar de profissionais e
familiares dedicados. Essa colaboração multidisciplinar é fundamental para o
sucesso do PIT e para garantir que o jovem receba o apoio necessário para
alcançar seus objetivos e construir um futuro sólido e promissor.

Planeamento Estratégico e Definição de Metas

Na fase de Planeamento Estratégico e Definição de Metas do Plano Individual


de Transição (PIT), o foco principal é traduzir os interesses, habilidades e
aspirações identificados nas fases anteriores em metas claras e alcançáveis para o
futuro do jovem. Esta etapa é fundamental para estabelecer um roteiro detalhado
que orientará o jovem na sua jornada de transição para a vida adulta.

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Para iniciar esta fase, é necessário regressar ao perfil do jovem, destacando
seus os pontos fortes, áreas de interesse e preocupações específicas. Com base
nessas informações, o jovem, juntamente com a sua equipa de suporte
multidisciplinar, começa a identificar metas a curto, médio e longo prazo que irão
impulsionar o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
As metas estabelecidas devem ser específicas, mensuráveis, alcançáveis,
relevantes e temporais. Isso significa que elas devem ser claramente definidas,
de forma que o progresso possa ser acompanhado e medido ao longo do tempo.
Além disso, as metas devem ser realistas e relevantes para as necessidades e
interesses individuais do jovem.
Durante este processo de definição de metas, é importante envolver
ativamente o jovem, incentivando-o a expressar as suas próprias aspirações e
prioridades. Isso promove a autodeterminação e capacita o jovem a assumir a
responsabilidade pelo seu próprio futuro. Ao mesmo tempo, a equipa de suporte
fornece orientação e feedback, ajudando-o a estabelecer metas que sejam
desafiadoras, mas alcançáveis.
Uma vez que as metas estejam estabelecidas, é elaborado um plano de ação
detalhado para alcançá-las. Este plano inclui passos específicos que o jovem
precisará seguir, recursos que serão necessários e um cronograma para a
realização de cada etapa. A colaboração entre o jovem, a sua equipa de suporte
e outros parceiros comunitários é fundamental para garantir que o plano de ação
seja abrangente e viável.
Nesta fase, o jovem estará equipado com um plano de ação claro e detalhado que
irá guiá-lo na sua jornada de transição para a vida adulta. Este plano servirá
como um mapa estratégico, ajudando-o a navegar pelos desafios e oportunidades
que encontrar pelo caminho e a alcançar os seus objetivos de forma eficaz e
significativa.

Aplicação Prática e Experiências no Mundo Real

Na quinta fase do Plano Individual de Transição (PIT), o foco está na


aplicação prática das metas estabelecidas e na obtenção de experiências no
mundo real. Essa etapa é essencial para que o jovem adquira habilidades
práticas, ganhe experiência profissional e se prepare efetivamente para a vida
adulta.
Durante esta fase, o jovem é incentivado a procurar oportunidades de
estágio, emprego, voluntariado ou outras formas de experiência prática na sua
área de interesse. Isso pode envolver a participação em planos de treino
profissional, estágios em empresas locais, voluntariado em organizações sem fins
lucrativos ou outras atividades que proporcionem exposição ao mundo do
trabalho.

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A escolha das experiências práticas deve ser alinhada com as metas e
interesses individuais do jovem, permitindo-lhe desenvolver competências
relevantes para sua futura carreira.
A equipa de suporte desempenha um papel importante ao ajudar o jovem a
identificar oportunidades adequadas, fornecer orientação sobre como se
candidatar e oferecer suporte durante a experiência.
Durante as experiências no mundo real, o jovem tem a oportunidade de
aplicar e aprimorar as skills e conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso
educativo. Ele também tem a oportunidade de explorar diferentes ambientes de
trabalho, descobrir as suas preferências e fortalecer a sua rede de contatos
profissionais.
Além disso, as experiências no mundo real proporcionam ao jovem a
oportunidade de desenvolver competências de auto-conhecimento, resolução de
problemas e trabalho em equipa. Essas skills são fundamentais para o sucesso no
mercado de trabalho e na vida adulta, e são melhor adquiridas através da prática
e da experiência direta.
Nesta fase, o jovem terá adquirido uma variedade de Competências práticas,
ganho experiência valiosa no mundo real e estará mais bem preparado para
enfrentar os desafios e oportunidades que encontrará na vida adulta.
Essa experiência prática é fundamental para o sucesso do PIT e para a construção
de um futuro sólido e promissor para o jovem com necessidades educativas
especiais.

Avaliação e Ajustes

Na fase de Avaliação e Ajustes do Plano Individual de Transição (PIT), o foco


está em monitorar o progresso do jovem e fazer os ajustes necessários para
garantir que o plano continue alinhado com as suas necessidades e metas em
constante evolução.
Esta etapa é fundamental para garantir que o PIT seja flexível e adaptável às
mudanças nas circunstâncias do jovem e às novas descobertas ao longo do
caminho.
Durante esta fase, são realizadas avaliações periódicas para acompanhar o
progresso do jovem em relação às metas estabelecidas no PIT. Isso pode
envolver a revisão do desempenho escolar, a avaliação das competências
adquiridas, a análise das experiências práticas e o feedback do jovem e da sua
equipa de suporte.
Com base nos resultados da avaliação, são identificadas áreas de sucesso e
áreas que requerem ajustes ou intervenções adicionais. Se necessário, são feitas
modificações no plano de ação para refletir as novas metas ou prioridades do
jovem, bem como para abordar quaisquer desafios ou obstáculos que tenham
surgido durante a implementação do plano.

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A equipa de suporte desempenha um papel fundamental nesta fase,
oferecendo orientação, suporte emocional e assistência prática ao jovem. Eles
trabalham em estreita colaboração com o jovem para identificar soluções
criativas, explorar novas oportunidades e superar quaisquer obstáculos que
possam surgir ao longo do caminho.
Além disso, durante esta fase, é importante celebrar o progresso alcançado pelo
jovem e reconhecer as suas conquistas. Isso ajuda a manter a motivação e a
autoconfiança elevadas, incentivando-o a continuar perseguindo os seus objetivos
com determinação e entusiasmo.
No final desta fase, o jovem e sua equipa de suporte terão feito os ajustes
necessários para garantir que o PIT continue sendo um instrumento eficaz para
promover seu desenvolvimento pessoal e profissional. Esta fase de avaliação
contínua e de ajustes é fundamental para o sucesso do PIT e para garantir que o
jovem esteja bem preparado para enfrentar os desafios e oportunidades da vida
adulta.

Preparação para a Transição Final

Na fase de Preparação para a Transição Final do Plano Individual de


Transição (PIT), o foco está na consolidação dos preparativos finais para a
transição do jovem para a vida adulta.
Esta etapa é crucial para garantir uma transição suave e bem-sucedida do
ambiente educativo para o mundo além da escola.
Durante esta fase, o jovem é orientado e preparado para enfrentar os desafios e
oportunidades que encontrará no mundo adulto. Isso pode envolver a realização
de workshops sobre skills para uma vida independente, workshops/ formações de
preparação de entrevistas e currículos, e discussões sobre opções de educação
continuada ou emprego.
Um componente importante nesta fase é o desenvolvimento de habilidades de
autogestão. O jovem é incentivado a assumir a responsabilidade pela própria vida
e a desenvolver habilidades práticas, como a gestão do tempo, organização
financeira e conhecimento pessoal. Isso capacita-o a tomar decisões informadas e
a enfrentar os desafios da vida adulta com confiança e independência.
Além disso, durante esta fase, são exploradas as opções de transição disponíveis
para o jovem.
Isso pode incluir a continuação dos estudos numa instituição de ensino
superior, a procura de emprego remunerado ou a participação em programas de
estágio profissional. A decisão final é baseada nas preferências individuais do
jovem e nas suas metas a longo prazo.

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A equipa de suporte desempenha um papel fundamental nesta fase,
fornecendo orientação e apoio contínuo ao jovem. Trabalhando em estreita
colaboração com o jovem para desenvolver um plano de transição personalizado,
que leve em consideração as suas necessidades individuais, interesses e
aspirações.
No final desta fase, o jovem estará preparado e confiante para dar o próximo
passo. Ele terá as competências, recursos e suporte necessários para enfrentar os
desafios e oportunidades que encontrar pelo caminho e para construir um futuro
sólido e promissor.
Esta fase final de preparação é crucial para garantir uma transição bem-sucedida
e para capacitar o jovem a alcançar seu pleno potencial.

Transição para a Vida Pós-Escolar

Na fase de Transição para a Vida Pós-Escolar do Plano Individual de Transição


(PIT), o jovem está pronto para dar o grande salto para o mundo além da escola.
Esta etapa marca o início de uma nova fase emocionante e desafiadora na sua
jornada como adulto.
Durante esta fase, o jovem coloca em prática tudo o que aprendeu e preparou ao
longo do processo de transição. Ele dá os primeiros passos em direção à
realização das suas metas e aspirações, seja integrando o mercado de trabalho,
entrando num programa de educação conínuo ou começando uma jornada
empreendedora.
Para apoiar o jovem durante essa transição, a equipa multidisciplinar continua a
desempenhar um papel fundamental. Fornecendo orientação contínua, assistência
prática e apoio emocional para ajudar o jovem a enfrentar os desafios e superar
os obstáculos que possam surgir.
Além disso, o jovem é incentivado a manter uma mentalidade de crescimento e
aprendizagem contínua.
Compreendendo que a transição para a vida pós-escolar é apenas o começo de
uma viagem de autodescoberta e desenvolvimento pessoal, e está aberta a novas
experiências e oportunidades de aprendizagem.
Durante essa fase de transição, é importante que o jovem continue a envolver-se
ativamente no seu próprio processo de autodeterminação. Tomando decisões
informadas sobre o seu futuro, defendendo os seus interesses e aspirações e
procurando ativamente maneiras de crescer e de se desenvolver como indivíduo.
Esta fase final de transição é o culminar de todo o trabalho árduo e
preparação ao longo do processo do PIT e marca o início de uma nova e
emocionante jornada na vida do jovem.

18
Durante as aulas da professora Filomena, refleti bastante sobre o PIT e foi assim
que nasceu a “Maria”, uma jovem de 15 anos com aspiração a cabeleireira.
Durante as aulas exploramos o caminho da Maria e por esse motivo deixo o guião
que construímos para a elaboração dos trabalhos que refletem, quem é a Maria, o
que é o PIT, o PIT como instrumento e processo, quais as etapas?

Guião para Apresentação: A Jornada da Maria


Explorando como o Plano Individual de Transição (PIT) moldou a jornada de
uma jovem com necessidades educativas especiais (NEE) em direção à vida
adulta.

1: Quem é a Maria?
Breve apresentação da Maria: idade, interesses, desafios enfrentados.

2: O que é o Plano Individual de Transição (PIT)?


Definição e explicação do PIT.
qual para a importância do PIT na transição de jovens com NEE para a vida
adulta.
3: Identificação de Habilidades e Interesses da Maria
Discussão sobre como o PIT ajudou a identificar as habilidades e interesses
únicos da Maria.
Entervista para descobrir suas paixões e potencialidades.
4: Definição de Metas e Objetivos Pessoais
Como o PIT auxiliou a Maria na definição de metas realistas e alcançáveis para
seu futuro.
Exemplos das metas estabelecidas pela Maria e os passos necessários para
alcançá-las.
5: Colaboração Multidisciplinar e Rede de Suporte
Destaque para a importância da colaboração entre professores, familiares e
profissionais de apoio na jornada da Maria.
Exemplos de como a rede de suporte ajudou a Maria a superar desafios e
alcançar seus objetivos.
6: Aplicação Prática e Resultados
Exemplificação de como o PIT foi aplicado na prática na vida da Maria.
Discussão sobre os resultados positivos obtidos através da implementação
eficaz do PIT.
7: Considerações Finais e Reflexão
Reflexão sobre o impacto do PIT na vida da Maria.
Considerações finais sobre como o PIT contribuiu para a construção de um
futuro sólido e promissor para ela.

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BIBLIOGRAFIA

Livros:
1. Mantoan, M. T. E. (Ed.). (2006). Educação Inclusiva: Cultura e Cotidiano Escolar. Artmed.
2. Stainback, S., & Stainback, W. (1999). Inclusão: Um Guia para Educadores. Artmed.
3. Piza, Z. T. (2003). Educação Inclusiva: Adaptações Curriculares. Moderna.
4. Silva, T. T. da (Org.). (2008). Diversidade e Educação: Teoria e Prática. Autêntica Editora.
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Artigos Científicos:
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Sites e Recursos Online:


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www.observatorioinclusao.pt
2. Fundação para a Ciência e a Tecnologia. (s.d.). Recuperado de www.fct.pt
3. Ministério da Educação. (s.d.). Recuperado de www.edu.gov.pt
4. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. (s.d.). Recuperado
de www.unesco.org
5. European Agency for Special Needs and Inclusive Education. (s.d.). Recuperado de
www.european-agency.org

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