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GESTÃO DA
APRENDIZAGEM:
como impulsionar a aprendizagem dos estudantes?
Conteúdo do e-book
• O conceito de gestão de aprendizagem
• Por que desenvolver a gestão da aprendizagem no
ensino superior?
• Quais são os benefícios da gestão da aprendizagem
para os alunos?
• Quais são os benefícios da gestão da aprendizagem
para os docentes?
• Quais são as vantagens para a IES?
• Como executar a gestão da aprendizagem em minha
IES?

02 | Gestão da Aprendizagem
 Introdução
O conceito de gestão da aprendizagem pode ser muito
útil em todas as fases do ensino, mas na educação
superior, principalmente, leva a uma versão de
organização humanizada e centrada no aluno.

O objetivo é a criação de um ambiente de ensino em

torno do processo de compreensão, aplicação e
reprodução do conteúdo, em que alunos, docentes e
instituição estejam alinhados nos objetivos a curto, médio
e longo prazo e trabalhem em conjunto para garantir que
as metas de aprendizagem sejam atingidas.

Esse tipo de gestão propicia a transformação do

processo de ensino-aprendizagem: passamos de uma
estrutura comumente estática e padronizada para um
currículo dinâmico, que pode evoluir junto aos alunos a
partir da identificação das prioridades, dos focos e das
demandas de cada instituição.

03 | Gestão da Aprendizagem
Quando o currículo e o planejamento de aulas está focado
no processo de aprendizado, colocando em prática
metodologias ativas e outras estratégias contemporâneas
de ensino, ele beneficia tanto alunos quanto docentes, o
que torna a coordenação do curso mais efetiva e prática.
O objetivo é ter o controle do que ocorre no aprendizado.
A partir de estratégias planejadas, o docente pode analisar
o currículo da disciplina e o estado de compreensão de
cada aluno, individualmente. Isso transforma os planos de
aula e os objetivos de ensino em processos mais
conectados e dinâmicos.
Ao invés de montar grades curriculares baseadas em
determinados temas que devem ser abordados em cada
semestre, a gestão da aprendizagem contempla um
ensino baseado em níveis de compreensão dos alunos
acerca de cada habilidade a ser desenvolvida.
04 | Gestão da Aprendizagem
Nesse contexto, implantar a gestão da aprendizagem no
ensino superior não é apenas visar a compreensão e a
memorização dos conteúdos, mas sim garantir que os
estudantes consigam aplicar e renovar o que entenderam
em sala de aula.
As avaliações também não são feitas de forma padronizada
e estática: elas visam desenvolver diferentes estratégias
de compreensão e reprodução do conteúdo, de formas
variadas e amplas.
Na parte administrativa do ensino superior, o foco continua
sendo o melhor aproveitamento por parte do aluno. Na
gestão de aprendizagem, a instituição pode medir e
identificar lacunas, determinar planos e objetivos, além de
mobilizar docentes e estudantes para que essas metas
sejam alcançadas.
Na sala de aula, isso significa definir os objetivos de
aprendizagem, e, a partir dessa definição, o docente
equilibra o conteúdo de forma a nortear o aluno.
Caso haja alguma dificuldade ou lacuna, pode ser feita a
intervenção precoce, o que facilita a gestão de problemas.
Dessa forma, o aluno é um agente na própria
aprendizagem. Já no caráter institucional, o docente e o
coordenador reportam as lacunas ou progressos
identificados para a equipe educacional, o que auxilia na
definição de próximos objetivos.
Durante o período letivo, um processo de ensino
desenvolvido a partir da gestão da aprendizagem leva ao
maior aproveitamento do conteúdo em sala de aula e à
maior iniciativa dos alunos, que tomam frente de seu
conhecimento.
Os docentes podem, então, fazer uso de perguntas e
avaliações que determinam o estágio do aprendizado dos
alunos e, se necessário, reajustar o programa. Assim, a
instituição de ensino como um todo tem uma padronização
do histórico dos alunos e das dificuldades enfrentadas,
além de critérios de correção e avaliação.
05 | Gestão da Aprendizagem
Outro ponto importante da gestão da aprendizagem é que
ela aproxima o trabalho do docente e da administração da
instituição, o que pode fazer com que a sala de aula
receba o auxílio necessário no tempo certo. Se há, por
exemplo, alto índice de reprovação de alunos em
determinada disciplina ou se, ao contrário, os alunos
avaliam positivamente uma matéria, isso pode ser utilizado
pelo docente para planejamentos futuros.
Além disso, na gestão da aprendizagem o aluno é o foco:
se ele apresenta lacunas ou dificuldades crônicas, recebe
o apoio necessário antes que isso leve à falta de
conceitos. Isso também garante que os objetivos das aulas
e programas estejam alinhados às expectativas dos alunos:
se eles têm um diálogo próximo com as esferas docentes e
administrativas e um olhar cuidadoso para potenciais
questões, as resoluções e orientações são mais garantidas
e tornam a colaboração de todas as partes facilitada.
 E aqui entra um ponto importante: é necessário
considerar que os diversos ambientes de trabalho
exigem, cada vez mais, múltiplas habilidades
socioemocionais. Nesse sentido, é importante que as
salas de aula se tornem, também, espaços para o
desenvolvimento de habilidades comportamentais.

Uma instituição de educação superior que está alinhada

às demandas da gestão da aprendizagem, está preparada
para a formação de alunos mais inseridos no mercado de
Por que desenvolver a gestão trabalho, na pesquisa e na inovação. Ou seja, não se trata

da aprendizagem no ensino simplesmente de uma instituição que trabalha na difusão

tradicional de conteúdo, mas de um local que prepara os
superior? profissionais do futuro.

A gestão da aprendizagem no ensino superior propicia um

ambiente mais conectado e contemporâneo. Isso quer
dizer que ela gera um diálogo mais próximo entre
estudante, docente e instituição para que o processo de
ensino-aprendizagem contemple todos os desafios e
possibilidades da área em questão.

06 | Gestão da Aprendizagem
Quais são os benefícios da
gestão da aprendizagem para
os alunos?
A gestão da aprendizagem oferece diversos benefícios
para os estudantes. Como se trata de uma abordagem em
que os alunos estão em primeiro plano, há maior espaço
para o desenvolvimento de um currículo voltado às suas
especificidades.
Além de tornar o ensino mais dinâmico, essa abordagem
também permite que as lacunas sejam endereçadas logo
que surgem e evita que se criem falhas de aprendizagem
ao longo da formação. Desde o início de sua vida
universitária, o aluno tem o apoio educacional que precisa.
Como os estudantes estão se preparando para o mercado
de trabalho ou pós-graduações, eles precisam desenvolver
habilidades que os levem mais longe nessa jornada.
07 | Gestão da Aprendizagem
É o caso, por exemplo, do pensamento crítico: se o aluno
consegue ultrapassar um conceito aprendido, sintetizá-lo
e transformá-lo em novas ideias, ele pode emitir
julgamentos e formar opinião. Por isso, o
desenvolvimento socioemocional dos alunos é
extremamente importante.
A preparação para o futuro e a empregabilidade são
fatores que influenciam na escolha dos alunos para suas
carreiras. Para isso, no lugar de um ensino estático e sem
espaço para novas ideias, a gestão da aprendizagem
surge para refletir sobre os cronogramas, objetivos e a
missão educacional, entendendo todos sempre na
mesma direção: uma formação mais completa e efetiva
para os alunos.
E para os docentes, quais são
os benefícios?
Para os docentes, também há uma ampla gama de
possibilidades na gestão da aprendizagem. Além de maior
liberdade em sala de aula, o que possibilita implementar e
repensar estratégias de ensino, essa abordagem permite o
acompanhamento minucioso do desenvolvimento dos
alunos.
Essa proximidade possibilita a criação de novas ideias,
aulas mais dinâmicas e oportunidades de diferentes
projetos. Se o educador acredita que a melhor estratégia
de aprendizado para sua disciplina inclui recursos
tecnológicos, ele pode testar a implementação e deve
receber apoio institucional. Da mesma forma, caso haja
dificuldade entre seus alunos, seja com o conteúdo ou com
as competências a serem desenvolvidas, o docente pode
pedir auxílio da IES para resolvê-las.
08 | Gestão da Aprendizagem
Além disso, a variedade na forma de avaliações é uma
peça chave para o docente: no lugar de provas
padronizadas, ele analisa o desempenho durante o
período letivo e oferece atividades que possam sinalizar
as lacunas durante esse tempo.
Assim, intervenções pedagógicas são feitas de forma
precoce, a fim de sanar essas questões antes que o
plano de aulas avance para o próximo módulo.
Os planos de aula também são afetados por essa
abordagem. Ao invés de um cronograma rígido, há a
possibilidade de o docente realizar as intervenções em
tempo hábil, garantindo o melhor aproveitamento da
disciplina e criando novos conteúdos e planos para as
próximas turmas.
Assim, toda a IES se beneficia de um sistema em
constante mudança, que visa sempre atingir as novas
demandas propostas por alunos e docentes.
Além da grade curricular estar sempre alinhada às
questões contemporâneas, a atenção reforçada permite
que diferentes competências sejam ensinadas. Além de
lecionar o conteúdo tradicional, o docente identifica os
talentos e habilidades da turma e propõe desafios que
tragam benefícios para todos os envolvidos.

09 | Gestão da Aprendizagem

Quais são as vantagens para a
IES?
A gestão da aprendizagem também tem muito a agregar
para a gestão da instituição em si. Afinal, os estudantes
sempre buscam participar de espaços que promovam suas
competências para além da universidade, incluindo
âmbitos de realização pessoal e profissional no futuro.
10 | Gestão da Aprendizagem
Nessa hora, IES que possuem trabalho conectado com o
mundo contemporâneo saem na frente, com atividades
híbridas, foco no desenvolvimento de competências,
ensino moderno aliado à tecnologia, atividades que
simulem o mercado de trabalho, currículo sempre
mutável, etc.
Em contrapartida, os alunos oferecem à instituição maior
engajamento, se envolvem mais com o ambiente
educacional, prezam pela boa qualidade do ensino,
buscam trazer novidades para a sala de aula, interagem
com colegas e criam uma comunidade de pessoas com
objetivos similares. E uma comunidade acadêmica forte
pode diminuir a taxa de evasão, promover conexões
valiosas para o futuro e atrair mais estudantes.
Além disso, a imagem da instituição está sempre
renovada. Afinal, se está aberta às reflexões e
reorganizações conforme as demandas educacionais, ela
é mais flexível e preparada para mudanças.
Como executar a gestão da
aprendizagem em minha IES?
O primeiro passo para desenvolver a gestão da
aprendizagem na IES é avaliar o nível de aproveitamento
do ensino de acordo com o engajamento dos alunos. Eles
estão compreendendo o conteúdo? Em que estágio estão?
Essas perguntas devem ser feitas para avaliar a velocidade
e os recursos dedicados a cada estágio.
Se os alunos captam conceitos com facilidade, mas
apresentam dificuldade em sintetizá-los, é possível que
seja hora de reavaliar cronogramas e preencher lacunas
antes que o problema evolua.
É importante valorizar o que funciona. Se os alunos
engajam com um plano de aula, é interessante notar o que
gera o engajamento: aulas mais dinâmicas recebem mais
resposta? Atividades com ferramentas digitais auxiliam?
Tudo isso deve ser levado em consideração.
11 | Gestão da Aprendizagem
O que não funciona?
Ao mesmo tempo, há técnicas que não funcionam, seja
por dificuldade de engajamento ou por dificuldade de
conteúdo. É importante que gestores estejam atentos a
esses padrões.
Se houver constantes falhas em uma mesma disciplina ou
mesma forma de ensino, pode ser hora de o docente
reavaliar o formato de aula. Em alguns casos, basta inserir
novas formas de difusão de conhecimento e testar novas
atividades para que mais alunos se engajem com o
conteúdo.
Em casos mais graves, pode ser necessário avaliar e
emitir um diagnóstico do problema, para saber quais
estratégias devem ser adotadas.
Como fazer o diagnóstico do processo
ensino-aprendizagem?
As avaliações diagnósticas são ferramentas muito
importantes para o processo de gestão da aprendizagem.
É por meio delas que se analisa o desempenho dos
alunos, histórico de problemas, dificuldades de
aprendizagem e até reclamações e críticas quanto à
proposta pedagógica.

Se realizadas com periodicidade adequada, a instituição

pode ficar à frente de potenciais problemas. É o ponto de
partida para identificar o que os alunos compreendem,
quais são suas dificuldades e como elas podem ser
resolvidas.

Com o relatório diagnóstico em mãos, é possível fazer uma

análise do processo de ensino-aprendizagem. Exemplo: se,
em uma mesma turma, muitos alunos apresentam as
mesmas dificuldades, é hora de repensar se não há
estratégias mais efetivas de ensino.

12 | Gestão da Aprendizagem
 Conclusão
Pensar na aprendizagem como um todo, como um
trabalho coletivo em constante adaptação, é uma forma
de valorizar as habilidades individuais. Os alunos e os
docentes não estão restritos a papéis fixos ou formas
típicas de demonstrar interesse.

Assim, todos da comunidade educacional encontram

nesse espaço oportunidades para desenvolverem suas
competências. Seja o aluno com maior facilidade de
apresentar conceitos ou aquele que se dedica
integralmente à solução de problemas, o ideal é que
todos tenham aproveitamento do conteúdo e da
didática.

Nesse sentido, a gestão da aprendizagem é uma

abordagem muito benéfica para o ensino superior. Confira
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12 | Gestão da Aprendizagem
Sobre a
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