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COCAINA E CRACK

Professor
Frederico Gomes e Silva Moreira
 A cocaína e o Crack são drogas comuns
 Tem forte consumo entre jovens e adultos
 A cocaína por seu valor tem o consumo mais
“controlado”
Introdução  O Crack por ser um subproduto tem preços mais
“atrativos”
 A maioria dos usuários de crack já utilizaram
cocaína.
 Mas nem todo usuário de cocaína usará crack.
cocaina

A cocaína tem seu princípio ativ o extraído das folhas de uma planta chamada
Erythroxylon coca, originária das Montanhas do Andes na América do Sul,1 e tem
ação estimulante no sistema nervoso central (SNC).

Seu uso é descrito há mais de 4 mil anos pela humanidade, nas antigas civ ilizações
pré-colombianas, tendo seu nome deriv ado da palav ra aimoré khoka, que significa
“a árv ore”. Os nativ os dessas regiões mascav am as folhas de coca, ingerindo,
dessa forma, pequenas quantidades de cocaína, tendo muitas v ezes seus efeitos
danosos mitigados por essa limitação da v ia de consumo.
 Foi somente na segunda metade do século XIX que o extrato da
cocaína, um alcaloide, foi isolado das folhas de coca, ganhando
popularidade na Europa e na América do Norte. Suas impressões
iniciais foram muito otimistas, tendo sido incialmente descrita como
um “fármaco milagroso”. Nessa época, Koller descreveu as
propriedades anestésicas do fármaco e introduziu seu uso nas
cirurgias oftalmológicas.
 Em 1884, Freud escreveu um livro defendendo as
propriedades terapêuticas da cocaína, que era
consumida por ele próprio, como “estimulante,
afrodisíaco, anestésico local, assim como indicada
no tratamento de asma, doenças consumptivas,
distúrbios digestivos, exaustão nervosa, histeria, sífilis
e mesmo o mal-estar relacionado a altitudes”.
 Entretanto, oito anos após a primeira publicação,
Freud editou uma nova versão do livro, na qual
modificou seu ponto de vista, rendendo-se à visão
de que a nova droga “milagrosa” tinha diversas
propriedades indesejadas, incluindo seu potencial
aditivo
 Os efeitos agudos da intoxicação por cocaína são
relacionados a sua função estimulante. A resposta a
baixas doses de cocaína (25-100 mg) inclui aumento
Intoxicação da atenção e da atividade motora, taquicardia,
vasoconstrição, hipertensão, broncodilatação,
aguda aumento da temperatura corporal, midríase,
aumento da disponibilidade de glicose e mudança
do fluxo sanguíneo dos órgãos para os músculos.
 Os efeitos psicológicos iniciais incluem euforia,
excitação, tontura, aumento da autoconsciência,
insônia, diminuição do apetite e sensação intensa
de prazer. Esse período é seguido por uma euforia
intermediária, misturada com ansiedade, que pode
durar entre 1h e 1h30min, seguida por uma
ansiedade prolongada que pode permanecer nas
próximas horas.
Os pensamentos também ficam acelerados, com logorreia e pressão de fala,
podendo ficar incoerentes ou até mesmo tangenciais.

Com o passar da intoxicação aguda, a fome e a sensação de fadiga voltam


com efeito rebote, assim como sintomas de depressão, irritação, ansiedade e
fissura. Muitas vezes se faz premente observar se não há o uso concomitante
com álcool, já que este pode ampliar os efeitos da cocaína.
Uso crônico e  O uso de doses mais altas tem um efeito tóxico para
o SNC, podendo ocasionar ansiedade, privação de
sono, desconfiança, hipervigilância, paranoia e
de altas sintomas psicóticos, como alucinações e delírios.

doses  O usuário crônico de cocaína pode se tornar hiper-


reativo, paranoide e impulsivo e pode desenvolver
um comportamento compulsivo.
TAMBÉM PODE HAVER PREJUÍZO OUTROS EFEI TOS CRÔNI COS DO USO A PRESENÇA DE QUADROS
COGNI TI VO EM TAREFAS I NCLUEM CONFLITOS I NTERPESSOAIS, PSI CÓTI COS EM USUÁRIOS CRÔNICOS
VI SUOMOTORAS, NA ATENÇÃO, NA DEPRESSÃO, DI SFORIA E QUADROS DE COCAÍ NA É EM TORNO DE 80%.
MEMÓRIA VERBAL E NO PROCESSO DE PSI CÓTI COS I NDUZIDOS PELA
TOMADA DE DECI SÃO, O QUAL PODE COCAÍ NA, PODENDO DURAR DE DI AS
PERSI STI R POR SEMANAS APÓS A A SEMANAS APÓS A I NTERRUPÇÃO DO
ABSTI NÊNCI A. USO.
1ª fase
 Após a interrupção do uso e pode se prolongar por
quatro dias.
 Nessa fase, o humor se caracteriza por disforia e/ou
depressão, associado a ansiedade importante. Há
Abstinencia diminuição global da energia, na forma de
lentificação e fadiga.
 A fissura é intensa e diminui ao longo de 4 horas.
Depois, aparece aumento na necessidade de sono
(hipersonia), que dura vários dias e normaliza o
estado de humor.
2ª fase
 Abstinência pode durar até 10 semanas, sendo a
anedonia o sintoma característico desse período,
em contraste com memórias da euforia provocada
pelo uso da cocaína.
 As recaídas são muito comuns nessa fase, visto que
a fissura acaba sendo muitas vezes maior que o
desejo da abstinência.
 A ansiedade também está presente, assim como
outros sintomas, como alteração do sono, aumento
do apetite, tremores, dores musculares e
movimentos involuntários.
3ª fase
 Caracterizada pela resolução completa dos sinais e
sintomas físicos, permanecendo apenas a fissura
como sintoma residual, podendo durar anos, que
aparece eventualmente, relacionada a lembranças
do uso e de seus efeitos psíquicos; entretanto, vai
gradualmente desaparecendo.
 Contudo, apesar do modelo proposto, a descrição
de um quadro bem definido de abstinência, assim
como de sua duração, ainda não é consenso.
O Crack Essa substância surgiu
atrav és das impurezas da
cocaína (Erythroxylon
Atrav és de processos
químicos, como a utilização
de solv ente orgânico, como
Por estar em estado sólido, o
crack necessita de uma
temperatura alta para ser
coca), sendo constituída à querosene ou gasolina, e consumida, o que o torna
base do cloridato de também o ácido sulfúrico, possív el de ser utilizado na
cocaína. sua composição se torna forma de fumo.
altamente prejudicial para o
SNC e outros órgãos.
O mesmo não ocorre com a cocaína, que
precisa de altas temperaturas para ser
transformada em pó, podendo ser usada de
forma aspirada.

Por ser utilizado na forma de fumo, o crack,


como a merla, tem sua ação em apenas 10
a 15 segundos, em comparação à cocaína,
que tem seu primeiro efeito após 10 a 15
minutos.

Já quanto à duração do efeito, o crack tem


um tempo médio de 4 a 5 minutos, sendo
que suas características são consideradas
mais poderosas.
 Assim, essa substância tem efeitos muito mais
nocivos e rápidos, se comparados com os do álcool,
que tem sua degradação muito mais lenta e
gradual; além disso, o crack ataca o sistema
respiratório, cardiovascular, além de prejudicar o
desempenho em tarefas que exigem a integridade
de funções cognitivas
Intoxicação Aguda
 Inquietação e ansiedade:
Benzodiazepínicos
Tratamento  Agitação e agressividade:
 Haloperidol IM
 Haloperidol associado a Midazolam
 Anticonvulsivantes: carbamazepina, topiramato,
gabapentina, lamotrigina, valproato
 Antidepressivos

Dependência  Agonistas dopaminérgicos


 Antagonistas opioides: naltrexonaAntagonistas de
canais de cálcio**: dissulfiram
 Modafinila

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