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A Astrologia, que existe há mais de 3000 anos, pode considerar-se como a irmã mais velha da Psicologia.

Ambas as disciplinas ocupam-se da Psique. Tal como acontece com a Astrologia, existem
existem diferentes
ramos e escolas de Psicologia. Algumas preferem pontos de vista mais
ma is científicos – se tal for possível
devido à complexidade da mente humana – e outras seguem conceitos holísticos e alternativos. Estes
últimos mostram frequentemente paralelos com a Astrologia e ajustam-se facilmente a ela. Entre eles
encontra-se a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung.

A sua escola psicológica, assim como outras, serão apresentadas na secção Astrologia e Psicologia.
Tentaremos salientar as semelhanças entre si.

1. Princípios Junguianos
O psicólogo suíço e antigo discípulo de Freud, Carl Gustav Jung, interessava-se pelos ensinamentos da
alquimia e da astrologia, especialmente nas últimas etapas da sua carreira. As revelações resultantes
podem ser encontradas na sua Psicologia Analítica. Esta teoria vai muito mais além dos ensinamentos de
Freud.

Freud defende que uma criança nasce como uma "tábua rasa" e que o seu carácter começa a formar-se a
partir do nascimento. Jung, pelo contrário, afirma no seu livro Tipos Psicológicos: A disposição individual é
já um factor na infância; é inata e não pode ser adquirida durante o curso da
vida.

Toda a teoria astrológica baseia-se neste princípio. Liz Greene


Greene,,
psicoterapeuta Junguiana e astróloga, acredita que a astrologia pode ajudar
a descobrir a natureza dessa semente inata. A Astrologia fala-nos não só
sobre o Eu que conhecemos mas também sobre aquele que não
conhecemos, escreve Liz Greene em " Relacionamentos". O horóscopo,
sendo um "mapa da psique", pode apontar para traços do carácter que
ainda não se tenham tornado conscientes. Com a sua ajuda podemos
conhecer-nos melhor e chegar a um maior entendimento da nossa verdadeira natureza. A Psicologia
Analítica de Jung fala de algo muito semelhante: individualização e encontro com o verdadeiro Eu.

Alguns dos princípios Junguianos reflectidos na Astrologia serão descritos nas páginas seguintes.
Observaremos os conceitos de "Sincronicidade", "Arquétipos" e de "Tipos Psicológicos".

2. Sincronicidade
Em 1952, Jung publica um livro chamado " Synchronizität als Prinzip akausaler Zusammenhänge"
("Sincronicidade, um princípio de conexões acausais "). O conceito de sincronicidade vai para além das
explicações puramente causais do mundo – que ainda é o domínio das nossas ciências
ci ências naturais. Jung
argumenta que acontecimentos que ocorrem sincronizados (isto é, ao mesmo tempo) não têm
necessariamente de estar relacionados causalmente. Poderá existir, no entanto, uma importante ligação
entre eles.

Anthony Stevens descreve uma experiência que Jung teve. Durante


Durante um sonho, ele
encontra uma figura com as asas de um alcião (um pássaro). Jung quis desenhar a
figura para poder recordar a imagem. Enquanto o fazia, encontrou no seu jardim o
corpo morto de um alcião. Estes pássaros são extremamente raros na zona de
Zurique. Esta situação extraordinária coincidiu com fortes emoções internas.

Provavelmente está familiarizado com situações que o levam a pensar : "Isto não
pode ser uma coincidência!". Talvez tenha acabado de ler um livro que fala de ideias pouco comuns.
Subitamente todas as pessoas do seu meio falam-lhe sobre estas ideias, passam reportagens na TV e na
internet depara-se com conceitos semelhantes a toda a hora. Estes incidentes ocorrem simultaneamente
mas é claro que um não causa o outro. Eles parecem estar ligados de uma forma diferente.

Brigitte Hamann, astróloga alemã, resume este fenómeno no seu artigo " Gedanken über Astrologie,
Prognose" ("Reflexões sobre a Astrologia, Sincronicidade e Predição"):
Synchronizität und Prognose"

Um certo incidente ocorre a uma certa pessoa, numa


nu ma certa altura, de tal maneira que adquire para ela um
significado especial, revelando importantes ligações na vida dessa pessoa. Qualquer outro observador do
mesmo incidente considerá-lo-ía um acidente do acaso, sem qualquer sentido em particular. Para ele, não
há qualquer ligação sincrónica no acontecimento e por isso, não significa nada para
si.

Astrologia baseia-se no princípio da sincronicidade. A "influência das estrelas" não


existe num sentido causal. Não há nenhum tipo de influência causal. A Astrologia
"trabalha" – se é esta a palavra correcta – da forma inscrita na tábua smaragdina:

O que está em baixo é como o que está em cima.


E o que está em cima é como o que está em baixo,
para que o milagre do Uno possa ser alcançado.

Pode dizer-se que o universal reflecte-se no específico. Por conseguinte, podemos tirar conclusões a
respeito de acontecimentos terrestres por intermédio das constelações planetárias.

Liz Greene: Os posicionamentos do céu num determinado momento, por reflectirem as qualidades desse
momento, reflectem também as qualidades de qualquer outra coisa nascida nesse momento. (…) Um não
causa o outro; estão sincronizados e reflectem-se mutuamente.

Esta é, sem dúvida, uma noção alargada de sincronicidade, já que não se refere simplesmente a um
indivíduo e à sua relação com o seu meio-ambiente directo. De facto, esta noção vê tudo no universo
como estando interligado de uma forma significativa. Esta atitude de assumir ligações importantes entre
fenómenos que ocorrem simultaneamente é comum à astrologia e à sincronicidade de Jung.

3. Arquétipos
Considera-se frequentemente que Sigmund Freud "descobriu" o inconsciente como sendo aquela parte da
psique que contém experiências desagradáveis ou mesmo traumáticas que tenham sido reprimidas pela
mente consciente. Jung vai mais longe: na sua opinião, não só existe um inconsciente individual como
também existe um inconsciente colectivo, o qual contém a imensa herança psíquica
da evolução humana . De acordo com Jung, esta herança renasce na estrutura de
cada indivíduo.

Os sonhos podem ser considerados como possíveis escapes do inconsciente


individual e colectivo. Figuras que aparecem frequentemente nos sonhos como o
tenebroso perseguidor ou a criança inocente são símbolos que representam uma
ligação com dimensões sobre as quais não estamos conscientes. Estas podem
despertar em nós certas associações que não poderíamos entender apenas com a
mente racional.

Jung descobriu que muitos destes símbolos são de natureza universal. Estes podem ser encontrados nos
mitos e contos de fadas de todos os povos. Eles mostram um "conhecimento" ou "sabedoria" comum a
toda a humanidade. Por isso Jung chamou a estes símbolos Imagens Primordiais ou Arquétipos. As
imagens primordiais não podem ser descritas com exactidão. Liz Greene vê-as como padrões de energia
que se expressam em todo o nosso meio-ambiente.
meio -ambiente. Embora não tenham uma forma distinta, estas
expressam-se nos símbolos do mundo que nos rodeia.

Assim, o sistema solar pode ser visto como o símbolo de um padrão de energia viva, reflectindo
reflectindo a todo o
momento as mais pequenas formas de vida, as quais estão nele contidas . O horóscopo individual é uma
representação simbólica destes padrões de energia. Nestes símbolos podemos ver as sementes da
potencial personalidade do indivíduo. Jung descreve os planetas como "deuses", símbolos ou poderes do
Inconsciente. No entanto, estes "deuses" funcionam de maneira diferente de indivíduo
para indivíduo.

Do ponto de vista astrológico, o símbolo do sol representa a alma, o centro, a figura


do rei ou do chefe bem como a força viva criativa que se encontra em cada indivíduo.
Estas interpretações podem ser extraídas deste único símbolo de forma não
arbitrária. Liz Greene descreve o símbolo como sendo a forma primária de expressão
do Inconsciente. Em Relacionamentos escreve:

Um símbolo sugere ou deduz um aspecto da vidav ida que permanece inesgotavelmente sujeito a
interpretações e que finalmente ilude todos os esforços do intelecto para o firmar ou contêr. Ninguém
conseguirá jamais alcançar as profundidades dos seus numerosos significados.

Um símbolo arquétipo central na Astrologia é o círculo do horóscopo. Em todas as culturas, o círculo é


considerado um símbolo da totalidade. Do mesmo modo, o horóscopo representa a totalidade do
indivíduo e o arquétipo do "Eu".

4. Tipos Psicológicos
Está com certeza familiarizado com aquele tipo de situação em que você diz algo completamente
objectivo e racional, mas o seu parceiro reage emocionalmente e sente-se pessoalmente magoado. Ou já
alguma vez sentiu-se aborrecido por a sua esposa ser tão prática quando gostaria de poder construir
castelos no ar?

Este interessante mas quase incompreensível fenómeno é bem conhecido de todos nós. Apesar da sua
individualidade as pessoas "permitem-se" prender dentro de certas
categorias.

Carl Gustav Jung explica este fenómeno dividindo as pessoas em


quatro tipos psicológicos. De acordo com a sua teoria o consciente
conhece quatro modos essenciais de percepção, os quais se
expressam de maneira diferente e com mais ou menos força em
cada indivíduo: a função do pensamento, a função do sentimento e
as funções da sensação e da intuição. Estas podem ser definidas
como dois pares opostos: pensamento e sentimento são opostos
racionais (no sentido em que avaliam e julgam as coisas). A
sensação e a intuição são consideradas funções irracionais porque
não julgam mas simplesmente registam as coisas. É claro, nem
todas as quatro funções se encontram igualmente fortes em cada
indivíduo. Uma função domina, enquanto que as outras tendem a
"subdesenvolver-se". Para tornar-se realmente completa, uma
pessoa deve tentar desenvolver todos os quatro modos de
percepção. Esta é uma tarefa extremamente difícil. Jung escreve nos seus Tipos Psicológicos:
Sabemos que um homem nunca pode ser tudo de uma só vez, nunca
é completo – ele desenvolve sempre certas qualidades à custa de
outras, e a totalidade nunca é alcançada.

Em astrologia, os doze signos do zodíaco são atribuidos aos


elementos ar, água, terra e fogo. Liz Greene considera os quatro
elementos como sendo os "pilares da astrologia". Eles dão-nos
informação sobre a atitude predominante de uma pessoa. Se o
horóscopo de um indivíduo é dominado por signos de fogo, os
astrólogos falam de um tipo fogo. A sua forma predominante de
percepção é "fogosa", a qual é equivalente ao tipo intuitivo de Jung.

5. Ar - Tipo Pensante
O tipo pensante tem o pensamento como função predominante. Este indivíduo vê o mundo de forma
racional. Ele ou ela analisa tudo de acordo com a lógica das leis aristotélicas e faz as suas avaliações
usando critérios "objectivos". Ele tende a categorizar os fenómenos do seu meio-ambiente. É bom a fazer
e a receber críticas, a tirar conclusões ou a encontrar evidências.

Astrologicamente falando, esta função reflecte-se nos signos do ar Gémeos, Balança e Aquário.
Aquário.
Em Relacionamentos Liz Greene aponta para o facto de no zodíaco oelemento ar ser o único que não é
representado por animais. Gémeos e Aquário são figuras humanas e Balança é um
instrumento de medição objectiva. Liz Greene escreve:

O ar é o elemento tipicamente humano, o mais afastado da natureza instintiva e é


justamente o reino humano que, nos últimos duzentos anos, tem desenvolvido ou
desenvolvido em excesso o pensamento como o seu grande dom.

Se num horóscopo mais que um planeta e/ou o ascendente se encontram em signos do ar, o indivíduo
compreenderá o seu meio-ambiente principalmente através da mente racional. Interessa-se por
discussões racionais, não por sentimentos. Com uma predominância do elemento ar, a função do
sentimento permanece frequentemente "sub-desenvolvida". Poderá ser-lhe difícil decidir algo a "nível
vísceral" ou aceitar critérios subjectivos. Poderão existir dificuldades em mostrar emoções ou a reagir de
forma emocional.

É importante salientar que nenhuma função é melhor que outra. Todas as quatro têm qualidades
necessárias à percepção holística e à avaliação do mundo. Uma função demasiado desenvolvida do
pensamento que ignora as outras funções leva a uma frieza emocional, falta de imaginação e a uma forte
instabilidade.

6. Áqua - Tipo Sentimental


O tipo sentimental é o polo oposto do tipo pensante. Seguindo o princípio "os opostos atraem-se" é
comum membros de ambos os tipos sentirem-se fascinados um pelo o outro. Tal como faz com a função
do pensamento, Jung chama à função do sentimento de "racional". Esta difere-se da primeira por avaliar
situações e pessoas através de critérios emocionais. Este tipo é muito sensível a estados de espírito e a
ambientes.

Em Astrologia, o horóscopo do tipo sentimental mostrará uma predominância dos


do ssignos da água
água,,
Caranguejo, Escorpião e Peixes. Estes três signos aproximam-se do seu meio-ambiente de um ponto de
vista emocional. Os tipos água agem normalmente conforme as suas emoções, mais do que por
argumentos racionais. O mais importante para si é o bem-estar
bem -estar pessoal – o deles próprios bem como o
dos outros. Intuição, compaixão e empatia, por exemplo, são típicos dos signos
Caranguejo e Peixes.

O indivíduo com uma predominância do elemento água é, ao contrário do tipo ar,


dotado do talento de estar aberto à dimensão do inconsciente. Os sonhos e a
imaginação são-lhe particularmente importantes. O escorpião, por exemplo, está
ligado ao instintivo, ao lado obscuro da vida.

Se a função do sentimento se encontra excessivamente desenvolvida numa pessoa,


esta corre o risco de se afastar completamente do mundo dos pensamentos "leves".
Ele é controlado por impulsos subjectivos não aceitando a razão como uma medida válida. Ainda que as
reacções do tipo água a situações pessoais sejam na sua maioria infalivelmente exactas e
Greene)), é imprescindível que estas pessoas aceitem a importância do mundo da lógica.
apropriadas (Liz Greene

7. Terra - Tipo Sensorial


O tipo sensorial de Jung representa um dos dois modos irracionais de percepção. "Irracional" não é aqui
usado com sentido depreciativo – o que somos tentados a fazer nesta nossa era dirigida pelo pensamento
objectivo. Significa simplesmente que esta função não julga as coisas. Este indivíduo chega a um
entendimento por meio dos seus sentidos. Ele conta com aquilo que vê, ouve, toca, saboreia e cheira.
Poderíamos chamá-lo o realista entre todos os tipos, o mais "terra-a-terra".

Em astrologia a função da sensação é representada pelos signos do elemento terra,terra, Touro, Virgem e
Capricórnio. Estes signos interessam-se pelo que é "real" ou concreto. Eles "agarram-se" às coisas, no
verdadeiro sentido da palavra. A pessoa do elemento terra colhe os estímulos do seu meio-ambiente e
categoriza-os. É prática e sóbria. O material e o físico são o seu domínio. É aqui que ele é forte e tem um
bom sentido do que é praticável e apropriado.

O tipo terra pode confiar nos seus sentidos sem sequer se perguntar se "faz sentido".
Ele é menos aberto à dimensão do significado do que
q ue o seu oposto, o tipo intuitivo.
Um exemplo: os dois passeiam juntos pelo bosque. Enquanto a pessoa intuitiva
aprecia o poder simbólico da mãe natureza, a pessoa do tipo terra medirá as árvores,
considerando talvez o seu valor para construir mobília.

Uma pessoa que só consegue ver as coisas materiais perde facilmente a sua ligação
com o todo. Se lhe perguntarem pelo significado da vida, talvez encolha os ombros.
Rodeado de coisas, ele não pensa sobre o seu significado. Por esta razão, é
fascinado – positiva ou negativamente – por pessoas do tipo intuitivo. Para que não
desperdice o seu lado mental ou espiritual, necessita de expandir a sua visão da realidade adicionando a
dimensão do significado.

8. Fogo - Tipo Intuitivo


A intuição é o ponto forte deste tipo. Tal como acontece com o tipo sensorial,
sensorial, ele é considerado irracional
no sentido de não julgar. Mas este difere do anterior pelo facto da sua percepção ser baseada em
conceitos mentais ou espirituais. Adquire o seu conhecimento não por acumular
ac umular e catalogar factos, mas
sim pelo entendimento espontâneo que "emerge" na consciência.

O fogo é o elemento astrológico do tipo intuitivo. Carneiro, Leão e Sagitário são os signos do zodíaco que
pertencem ao fogo.
fogo. As pessoas com predominância de signos do fogo tendem a "inflamar-se" facilmente.
A sua espontaneidade é quase proverbial. O Carneiro vê acima de tudo a acção, deixando tudo o resto de
lado. Os do signo Leão são conhecidos por serem tão directos e imediatos quanto uma criança. Aqueles
cuja carta astral é dominada por Sagitário vivem o mundo através de um conhecimento visionário.
O indivíduo com uma função intuitiva dominante corre o risco de ver-se limitado pelos
duros factos da realidade. Se, no seu fervor, ele ignora as limitações do material, a
sua energia espiritual anula-se. A sua devoção e visão a longo alcance podem fazer
com que ignore aquilo que é óbvio. Grandes visões permanecem no mundo da
mente, insatisfeitas.

O semi-deus Prometeu trouxe o fogo até aos humanos, o qual é a fonte do seu
desenvolvimento espiritual e mental. Mas se este fogo não tivesse sido utilizado de
forma prática, ele teria sido inútil e desapareceria sem deixar rasto. Neste sentido, é importante para o
tipo fogo não se isolar em esferas espirituais, e sim valorizar e cultivar as funções opostas da sensação e
do realismo

9. Compreendendo os Símbolos Astrológicos


:: Graziella Marraccini ::

Uma internauta que enviou uma pergunta ao nosso portal me estimulou a escrever sobre os
símbolos astrológicos. Talvez, compreendendo melhor como eles foram se formando ao longo
dos milênios, possamos compreender também seu significado profundo na nossa mente
coletiva.

Os símbolos não são criações arbitrárias de uma ou de poucas pessoas. Eles são inerentes à
própria consciência coletiva da alma humana e estão enraizados em nosso subconsciente
naquilo que Jung considerava sendo os Arquétipos. C. G. Jung afirma que o inconsciente
humano se encontra, de alguma forma, estratificado em diversas zonas. As mais superficiais,
mas nem tanto superficiais assim, correspondem ao inconsciente individual e as mais profundas
correspondem ao inconsciente coletivo.

Em minha opinião, o Inconsciente Coletivo é como um enorme banco de dados, um disco rígido
onde ficam todas as impressões da humanidade, desde o início dos tempos. Assim, podemos
consultar esse banco de dado à medida que pesquisamos em profundidade um determinado
assunto. Nos sonhos, visões, êxtases e devaneios espirituais, podemos ter acesso aos cantos
mais profundos do banco de dados desse HD.

A humanidade
exemplo, usou partes
nos Arcanos desses
Maiores arquétipos
do Tarô. para elaborar
Os Deuses egípcios, as imagens
gregos, que usamos,
romanos, por são
etc. também
baseados nesses arquétipos. Exemplo: todos esses povos usam símbolos como um Deus Pai,
uma Deusa Mãe, um Deus Filho, uma Deusa sedutora, etc. Não importando o nome, seu
significado pode ser facilmente compreendido por todos. Faz parte do saber comum.

Os arquétipos impessoais ou mandálicos (como os círculos ou outras


outr as formas geometricas)
representam um fato psíquico autônomo, conhecido por manifestações que tendem a se repetir
de forma idêntica em qualquer lugar do planeta. Essa simbologia é uma ‘patente realidade
interior ‘ (segundo Rudolf Steiner) e constitui um processo fundamental da mente humana,
hu mana, pois
se encontra em todas as manifestações psíquicas.
Assim, os fatores celestes podem ser interpretados de um modo simbólico: o micro refletindo o
macro. Podemos deduzir facilmente que o uso do circulo para representar o Sol, a autoridade, o
pai, o marido ou o patrão, tem sua simbologia no nosso astro rei, centro e patrão do nosso
sistema solar.
da Cabala, E aquele
Keter, ponto
do qual tudoque é colocado
se origina. É o no centr do
centro?
Espírito o? O ponto
Éter, é o Princípio
o Shin, descendodeà Tudo, o N.º
matéria. O 1
símbolo da matéria sendo uma cruz. É a crucificação do espírito na encarnação evolutiva. Então
vamos analisar:

Sol: Um círculo com um ponto central. Representa o íntimo do homem, seu Eu Superior, é
o espírito divino sendo encarnado. Pai.

Lua: Representa a alma, reflexo do espírito divino, representando a percepção, a


imaginação e a sensibilidade. Mãe.
Mercúrio: Aqui temos reunidos os três símbolos básicos: a alma sobre o espírito dominando
o corpo físico. A alma ainda domina o espírito
espírit o e consequentemente a matéria, indicando a
imperfeição do pensamento humano. Razão.

Vênus: O círculo superior, força do espírito, procura dominar a matéria e vencê-la. Filha.

Marte: A princípio a seta deveria ser indicada como uma cruz inclinada, expressando o
domínio dos impulsos físicos e materiais sobre o espírito. Filho.

Júpiter: O meio-círculo (da alma) procura se elevar acima da matéria (cruz). Expansão da
alma.

Saturno: A matéria (cruz) domina a alma (meio círculo). O corpo material é uma limitação
aos anseios de elevação da alma. Limite, carma.

Urano: Dois semicírculos, uma cruz central sobre um círculo.


círcul o. São as duas almas; a divina e
a humana se juntam com o corpo para conseguir a expansão espiritual. Alguns astrólogos
lembram também que Herschel, o descobridor de Urano, tem em seu nome um H que lembra o
símbolo de Urano: será coincidência?

Netuno: Semicírculo (virado para cima) sobre a cruz, indica


i ndica que a alma está em atitude de
recepção das forças espirituais para a sua evolução sobre a matéria.

Plutão: é o espírito dominando a alma e a matéria. O espírito (círculo) está acima,


dominando a humanidade. Sem dúvida nossa meta derradeira.

Terra: É o círculo com a cruz dentro. O símbolo também pode ser um círculo com um traço
vertical e dois cortes horizontais, um em cima do outro. As vezes, a Terra é representada
também com um circulo dominado por uma cruz. Aqui a matéria está acima e limita a ação do
espírito.

Os signos do zodíaco também respondem a essas mesmas interpretações arquetípicas que


podemos explicar assim. A observação da dinâmica da energia da água nos mostra que três
fatores são característicos dessa ação e possuem propriedades particulares:
1- A pressão normal da quantidade do fluxo líquido;
2- A pressão, no caso da aceleração, face aos declives da corrente;
3- A pressão violenta como conseqüência da formação de rodamoinhos.

Então podemos pensar nos Signos como um fluxo de energia fluida,


flui da, como um rio que corre
para o mar:

Áries: representa o curso


curso d’água que jorra, se eleva, chega ao auge e se precipita para
baixo num movimento contínuo.

Touro: representa o rodamoinho, permitindo que o homem utilize o potencial da energia


gerada.

Gêmeos: é a água canalizada numa direção pela intervenção da engenhosidade humana.

Câncer: representa a elevação da água, os círculos representando os cubos d’água como


ondas revoltas. Para retirarmos a água do rio, imergimos um recipiente contra o sentido da
corrente e então retiramos a água contra a corrente. Câncer simboliza a retirada da água, seu
uso e o retorno da água não usada para dentro da correnteza.

Leão: representa o rodamoinho que se forma no meio da correnteza, com seu ápice de
potencial. Se eleva em vórtices para precipitar de novo rio abaixo.

Virgem: representa a diminuição da velocidade da correnteza por causa dos obstáculos


encontrados sob a superfície. É a água represada, o estancamento do líquido que, sob a
pressão da corrente, tende a voltar à superfície mediante um movimento retrógrado.
Libra: representa o equilíbrio hidráulico conseguido
c onseguido com vasos comunicantes. Canalizamos
as forças energéticas buscando complementos.

Escorpião: representa o potencial de volume líquido, a pressão máxima da correnteza que,


canalizada, não agüenta a pressão e explode na direção da flecha. É como a válvula de uma
panela de pressão.

Sagitário: representa a velocidade com que a água se desloca e sua direção primária.
Procura seu destino final, passando por cima dos obstáculos
obst áculos materiais.

Capricórnio: representa uma queda d’água, uma cascata, um lugar alto de onde
o nde a água se
precipita. Ela gera energia pela força de seu próprio movimento.

Aquário: representa o aumento de velocidade provocado pela queda, comcom todo seu
potencial de energia. A água está revolta, mas já procura uma nova estabilidade.

Peixes: representa a mudança de velocidade, porque a direção da corrente mudou pela


ação da queda d’água. Essa modificação de curso causa novas turbulências. E o rio continua na
direção do mar.

É dessa forma que o sábio da antigüidade sintetizou no


n o curso d’ água as doze modificações da
energia universal. Podemos assim afirmar que a simbologia astrológica nos indica do ponto de
vista histórico-evolutivo a própria evolução do mundo matemático-físico. Em nossa
personalidade, esses cursos d’água são as próprias emoções e energias que motivam nossas
ações e reações.
O astrólogo, ao interpretar os significados dos signos e dos planetas, e sua interação, não está
fazendo nada mais do que ‘interpretando símbolos arquetípicos’, usando as leis universais
ensinadas pela própria observação.

Quanta sabedoria existe nessa simbologia, não é? Cada um de nós pode tentar compreender a
sua própria natureza interior na simbologia de seu
se u signo e de seu planeta regente
re gente e descobrir
assim de que forma pode contribuir para a evolução energético/espiritual de toda a
humanidade. Afinal é para isso que serve a Astrologia, não é?

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