A análise junguiana da personalidade descreve sua estrutura complexa, incluindo a interação entre o ego, a sombra, a anima/animus e o Self. Essas estruturas podem compensar fraquezas umas das outras, opor-se ou sintetizar-se. O desenvolvimento da personalidade envolve equilibrar essas forças internas através do autoconhecimento.
A análise junguiana da personalidade descreve sua estrutura complexa, incluindo a interação entre o ego, a sombra, a anima/animus e o Self. Essas estruturas podem compensar fraquezas umas das outras, opor-se ou sintetizar-se. O desenvolvimento da personalidade envolve equilibrar essas forças internas através do autoconhecimento.
A análise junguiana da personalidade descreve sua estrutura complexa, incluindo a interação entre o ego, a sombra, a anima/animus e o Self. Essas estruturas podem compensar fraquezas umas das outras, opor-se ou sintetizar-se. O desenvolvimento da personalidade envolve equilibrar essas forças internas através do autoconhecimento.
O desequilíbrio entre persona e a anima, ou o animus, pode ter como
corolário o desencadeamento de uma rebelião da anima ou do animus, caso em que a pessoa reage exageradamente. O rapaz pode acentuar a anima a ponto de se tornar mais feminino que masculino.
Alguns “ travestis “ masculinos e homossexuais efeminados incluem - se
nesta categoria. A identificação de um homem com a sua anima pode der tão completa a ponto de vir a submeter - se a um tratamento hormonal e a cirurgias genitais que lhe dêem uma aparência feminina. Ou a mocinha pode-se identificar tão completamente com o animus a ponto de procurar alterar suas feições femininas com o fito de parecer mais masculina. sombra
No homem, a sombra contém uma maior quantidade de
natureza animal do que qualquer outro arquétipo, em virtude das suas raízes muito aprofundadas na história evolutiva . Paraque um indivíduo se torne um membro essencial à comunidade, ser- lhe - á necessário domesticar os ímpetos animais contidos na sombra. Trabalho este a ser feito com a supressão das manifestações da sombra e o desenvolvimento de uma poderosa persona que contrabalance o poder da sombra. O indivíduo que suprime o aspecto animal de sua natureza pode-se tornar civilizado, mas só o consegue às custas da capacidade motivadora da espontaneidade, da criatividade das fortes emoções e das intuições profundas. Priva –se da sabedoria de sua natureza instintiva, sabedoria que pode ser mais profunda que uma outra a ser proporcionada pelo estudo ou pela cultura. Uma vida privada de sombra tende a tornar – se insípida e sem brilho. A sombra, no entanto, é persistente; ela não é facilmente derrotada pela supressão. Até mesmo as circunstâncias secundárias são, antes de tudo, um trabalho da sombra de construção dos seus fundamentos . Sob este aspecto, a sombra é um arquétipo importante e valioso, porque tem a capacidade de reter e afirmar idéias ou imagens que podem vir a ser vantajosas para o indivíduo. Graças à sua tenacidade , pode impelir uma pessoa para atividades mais satisfatórias e mais criativas. Quando e ego e a sombra trabalham em perfeita harmonia a pessoa sente-se cheia de vida e de energia. O ego canaliza, em lugar de obstruir, as forças emanadas dos instintos. Não é de admirar portanto que indivíduos criativos pareçam cheios de ímpetos animais, de tal forma que, em alguns casos as pessoas mais mundanas as consideram “ esquisitas “. Passemos a considerar o destino dos elementos “ maus “ ou “ nefastos “ existentes na sombra. Pode – se imaginar que, uma vez eliminados da consciência, os elementos maus são descartados de uma vez por todas. Não é este o caso. Eles simplesmente se recolhem ao inconsciente onde permanecem em estado latente enquanto tudo corre bem no ego consciente. Quando a sombra é fortemente reprimida pela sociedade , ou quando lhe são dadas válvulas de escape inadequadas, ocorrem frequentes desastres. Os homens tendem a projetar os impulsos de sua sombra rejeitada nos outros homens, de modo que, entre eles, surgem frequentemente sentimentos negativos. O mesmo ocorre com as mulheres. Defrontamos muitas vezes com situações que exigem decisões e reações imediatas, nas quais não nos sobra tempo para avaliar a situação e raciocinar buscando a resposta mais conveniente. Nestas circunstancias, a mente consciente (ego) fica atordoada pelo súbito impacto da situação, o que dá à mente inconsciente (sombra) oportunidade para lidar com ela à própria maneira. Se lhe for permitido individualizar-se, as reações da sombra às ameaças e aos perigos poderão ser muito eficazes. Mas se a sombra for reprimida e permanecer indiferenciada, o eclodir da natureza instintiva do homem poderá sobrepujar o ego e levar o indivíduo a mergulhar no desamparo. O Self.
O conceito de personalidade total ou psique é um aspecto central
da Psicologia Junguiana. O princípio organizador da personalidade é um arquétipo a que Jung deu o nome de Self. O Self é o principal arquétipo do inconsciente coletivo, assim como o sol é o centro do sistema solar. O Self é o arquétipo da ordem, da organização e da unificação; atrai a si e harmoniza os demais arquétipos e suas atuações nos complexos e na consciência, une a personalidade, conferindo-lhe um senso de “ unidade” e firmeza. Quandouma pessoa declara sentir-se em paz consigo mesma e com o mundo, podemos estar certos de que o arquétipo do self está exercendo com eficácia o seu trabalho. Poroutro lado, quando se sente “ fora dos eixos” e insatisfeita ou num conflito mais sério e tem a impressão de que “ desmorona” , é porque o self não está atuando de modo conveniente. A metafinal de qualquer personalidade é chegar a um estado de auto-realização e de conhecimento do próprio self. Os grandes líderes religiosos, como Jesus e Buda, foram os que mais perto dela estiveram. Conforme a observação de Jung, o arquétipo do self só se torna evidente na maturidade. Atingir um estado de auto-realização depende em grande parte da cooperação do ego, porque, se este ignorar as mensagens vindas do arquétipo self, será impossível haver uma apreciação e uma compreensão do self. Jung aconselha a enfatizar menos a obtenção de uma auto - realização completa do que o conhecimento do próprio self. O autoconhecimento é o caminho para a auto - realização. É uma distinção importante porque muitos querem se realizar sem ter o menor conhecimento de si. Querem a perfeição instantânea, um milagre que as transforme em pessoas plenamente realizadas. Tornando consciente o que é inconsciente, o homem pode viver em maior harmonia com a própria natureza. Ficará menos irritado e frustrado pois haverá de reconhecer as origens destas coisas no próprio inconsciente. O conceito de arquétipo do self figurou ser o resultado mais importante das investigações Junguianas sobre o inconsciente coletivo . Ele descobriu o arquétipo do self depois de haver completado os intensos estudos e escritos sobre os outros arquétipos. Chegou a conclusão de que “... O self é a meta de nossa existência por ser ele a mais completa expressão da combinação a que estamos fadados e que denominamos individualidade ...” (vol. 7, p. 238) INTERAÇÕES ENTRE AS ESTRUTURAS DA PERSONALIDADE
Jung analisa três espécies de interação. Uma
estrutura pode compensar a fraqueza da outra, um componente pode-se contrapor a outro , e duas ou mais estruturas podem – se unir formando uma síntese. Virtualmente,todos os teóricos da personalidade , independentemente da corrente a que pertençam, supõem que a personalidade contenha tendências polares susceptíveis de entrar em conflito umas com as outras. Jung não constitui uma exceção. Nasua opinião, uma teoria psicológica da personalidade deve – se basear no princípio de oposição ou conflito porque as tensões criadas pelos elementos conflitantes constituem a própria essência da vida. O conflito é um fato onipresente na vida. O importante é descobrir se tais conflitos levarão a um esfacelamento da personalidade ou se eles poderão ser tolerados e suportados. RESUMO
Chegamos agora ao término da nossa análise dos
conceitos estruturais de Jung. Reconheça – se que, tal como a vêem os olhos de Jung, a personalidade é uma estrutura extremamente complexa. A psique não é uma coisa estável e fixa como uma pedra ou uma árvore , as quais podem ser descritas de uma vez por todas, todavia um sistema dinâmico em constante transformação.