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FACULDADE VALE DOS CARAJÁS

CURSO DE PSICOLOGIA

NATHAN MARQUES COSTA

RESENHA CRÍTICA ACERCA DO FILME “A LETRA ESCARLATE”


Sob a perspectiva da psicologia analítica de Carl Jung

PARAUAPEBAS/PA
2023
NATHAN MARQUES COSTA

RESENHA CRÍTICA ACERCA DO FILME “A LETRA ESCARLATE”


Sob a perspectiva da psicologia analítica de Carl Gustav Jung

Trabalho apresentado no curso de Psicologia na instituição


Faculdade Vale dos Carajás
Profª: Elissandra Andrade

PARAUAPEBAS/PA
2023
"A Letra Escarlate" é um filme que se desenrola na Nova Inglaterra do século XVII,
uma época profundamente influenciada pela moral puritana e pelas rígidas normas
sociais. Este filme, em consonância com os princípios da psicologia analítica de Carl
Gustav Jung, oferece uma exploração rica e simbólica dos conceitos de arquétipos,
inconsciente pessoal e coletivo por exemplo.

No centro da narrativa está Hester Prynne, uma mulher condenada por adultério e
marcada com a letra "A" escarlate, que serve como um arquétipo de vergonha e
pecado na sociedade puritana. Hester enfrenta não apenas o julgamento da
comunidade, mas também os desafios de criar sua filha, Pearl.
O filme "A letra escarlate" é uma manifestação do inconsciente coletivo, onde
símbolos compartilhados pela cultura desempenham papéis poderosos naquele
contexto histórico, citando o exemplo dos julgamento baseados na "vontade de
Deus".

Gary Oldman desempenha o papel do reverendo Arthur Dimmesdale, um


personagem que desempenha um papel fundamental na trama. O conflito interno de
Arthur, sua luta para reconciliar sua imagem pública de virtude com sua consciência
culpada, é uma representação poderosa do que acontece quando a sombra não é
confrontada. O personagem também ilustra o conceito junguiano de "anima", que é a
representação do feminino no inconsciente de um homem. Sua relação complexa
com Hester Prynne e sua filha Pearl pode ser vista como uma projeção de sua
anima, uma tentativa de reconciliar seus desejos e impulsos reprimidos com sua
persona pública.

O filme expõe a hipocrisia e as tensões subjacentes da sociedade puritana, que


servem como reflexões do inconsciente coletivo. À medida que Hester busca
redenção e liberdade pessoal, ela entra em um processo de individuação, um
conceito central na psicologia de Jung, onde a pessoa busca a integração de seus
aspectos reprimidos e a realização do self.

Em resumo, "A Letra Escarlate" não apenas explora questões históricas e sociais da
época, mas também oferece uma perspicaz ilustração dos conceitos junguianos de
arquétipos, inconsciente pessoal e coletivo, e o processo de individuação, tornando-o
uma obra rica em camadas simbólicas e psicológicas.
5

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