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11/05/2019 Personalidade de Vida Passada | ESPIRITUALIDADE PARA TODOS

ESPIRITUALIDADE PARA TODOS

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Personalidade de Vida Passada

23 de outubro de 2009 por hugolapa

(h ps://hugolapa.files.wordpress.com/2009/10/personalidade-
de-vida-passada.jpg)

A Personalidade de vida passada é uma personalidade que formamos numa de nossas existências
passadas. Uma personalidade tem sexo, comportamento, crenças, cultura, conhecimento, tendências,
dentre outras características. Uma personalidade de vida passada resiste ao tempo e pode continuar
existindo e influenciando a vida presente.

Para entender como uma personalidade se forma, é preciso levar em consideração alguns fatores.
Existem alguns fatores tidos como os mais importantes e decisivos. Isso significa que eles exercem
uma grande influência sobre a personalidade. São eles: o meio ambiente, a cultura, a criação dos
nossos pais e os principais acontecimentos da vida.

Na Terapia de Vidas Passadas, há outros fatores a serem considerados, como o karma passado, as
influências astrológicas e todas as tendências que trazemos de vidas anteriores. O terapeuta de
regressão não deverá avaliar as conjunções astrológicas, pois essa não é a sua formação, a não ser que
ele possua conhecimentos específicos nessa área.

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Lembrando que o termo “personalidade” tem praticamente o mesmo sentido que o termo “eu
inferior”. No entanto, quando usamos a expressão “eu inferior”, estamos nos referindo a uma camada
do nosso psiquismo que está em oposição ao “Eu Superior”. Já falamos sobre o “Eu Superior”, de
modo que os interessados nesse tópico podem se reportar ao seu estudo no volume 1 desta apostila.

Um outro esclarecimento sobre a formação da personalidade pode ser bastante útil para seu melhor
entendimento. A Psicologia afirma que nossa personalidade é quase completamente moldada pelos
fatores supracitados. Com exceção de uma predisposição genética, nada existe em nós que pudesse
representar uma “essência” singular de nossa individualidade. Isso significa que nascemos como uma
“tábula rasa”, ou seja, como um ser vazio e que será preenchido pelas contingências do meio
ambiente. Mas quando começamos a estudar a teoria da reencarnação, e reconhecer o material
trazido de nossas vidas passadas, entendemos que o ser não nasce vazio, mas que nele estão contidos
múltiplos estados, experiências e informações antes mesmo de sua gestação. Essa predisposição, esses
conteúdos mentais e emocionais trazidos de outras vidas conduzem a alma a um meio ambiente que
contenha um terreno fértil para o aprendizado e desenvolvimento interior. Não seria errado supor
que pode não ter sido apenas o meio ambiente que determinou minha personalidade e visão de
mundo, mas sim que somos atraídos para certos locais pela influência de nossas tendências passadas.
Então, há dois aspectos a serem ressaltados aqui:

1) Escolhemos o meio ambiente mais adequado às experiências e à formação de nossa personalidade.

2) O somatório de nossas personalidades anteriores, com suas tendências e karma passado,


determinam os locais e as circunstâncias de nossa vida futura.

3) Não é apenas a personalidade atual que é moldada pelo meio, os conteúdos mentais passados
também determinam o meio ambiente para onde seremos atraídos.

4) O meio ambiente e as circunstâncias são o campo fértil para o aprendizado e a evolução espiritual.
Sua escolha não é mero acaso.

Após a morte, alguns pesquisadores acreditam que a personalidade se dissolve completamente


quando sofre o poder das correntezas astrais. Isso pode ser verdade num nível, mas num plano mais
elevado as nossas personalidades de vidas passadas ficam arquivadas em nossos registros de
memória espiritual e podem ser ativadas a qualquer momento. Sua energia de coesão psíquica se
perde, mas sua memória fica guardada nos arquivos do espírito e parece não ser perdida nunca.
Dessa forma, durante a nossa vida, muitos dos nossos atos, escolhas, comportamentos, sentimentos e
pensamentos podem reavivar algumas de nossas personalidades do passado e essas podem
atrapalhar ou ajudar em situações comuns do dia a dia.

Muitas vezes ouvimos estórias de incorporação de espíritos e envolvimento obsessivo de entidades


astrais. Esse fenômeno é conhecido e estudado dentro da Terapia de Vidas Passadas, sendo também
muito comum no Espiritismo. Porém, poucas pessoas sabem que uma personalidade de vida passada
também pode incorporar na personalidade atual e tomar-lhe o lugar por alguns momentos. Talvez o
termo “incorporação” não seja o mais adequado para definir o que ocorre, melhor seria dizermos
uma “manifestação” de uma personalidade dissociada do passado. É preciso tomar cuidado para
para não confundir esses dois fenômenos: a manifestação de uma personalidade de vida passada e a
incorporação de espíritos.

Outro fenômeno não muito conhecido é o da incorporação de personalidades de vidas passadas em


médiuns ou sensitivos. Esse procedimento é comum no Psicotranse. É possível, por exemplo, um
sensitivo captar uma de minhas personalidades de vidas passadas e eu firmar um diálogo com ela,
como se estivesse falando normalmente com alguém. Apesar de isso parecer incrível, é exatamente o

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que ocorre. Inclusive, esse processo de incorporação de personalidades de vidas passadas em


sensitivos e videntes pode ser extremamente benéfico para o tratamento dessas personalidades,
quando a Terapia de Vidas Passadas não é possível de ser realizada.

De qualquer modo, é preferível sempre realizar a TVP para o tratamento das personalidades, pois um
sensitivo só pode fazer esse tratamento de uma forma mais limitada. Somente a própria pessoa pode
tratar com eficácia suas personalidades, pois é na interação direta entre o presente e o passado que
reside o terreno fértil para a conscientização e a cura.

A maior polêmica do tema das personalidades de vidas passadas é, sem dúvida, se existe ou não uma
autonomia das personalidades. Será que elas podem, por si mesmas, tomar decisões que contrariem e
causem problemas à personalidade atual? Por mais incrível que isso possa parecer a priori, alguns
estudos com regressão a vidas passadas sugerem que sim. Tendam já se manifestou favoravelmente
em relação a isso quando disse: “as personalidades passadas são geralmente bastante independentes.
Mesmo que emaranhadas na personalidade presente” (Panorama sobre a Reencarnação, vol. 2).

Mas o que confere essa independência à personalidade? A resposta está dentro de nós. Parece que
quanto mais doamos energia para as personalidades, mais elas adquirem poder, independência e
certa dose de escolha. Quando uma pessoa está excessivamente apegada a uma vida passada e esse
apego é fortalecido com determinados fatores do presente, ela pode, inconscientemente, doar sua
energia para aquela personalidade e dar-lhe autonomia.

Mas nesse âmbito entram outros questionamentos, como: é a personalidade passada que extrai essa
energia, ou somos nós que a doamos? É uma pergunta ainda sem resposta. Talvez seja um
mecanismo de co-alimentação, ou seja, tanto há extração quanto doação inconsciente. Por outro lado,
quanto mais uma personalidade está dissociada do psiquismo, mais ela parece se tornar
independente e autônoma. Isso, inclusive, ocorre com qualquer elemento do nosso psiquismo.
Quanto mais ele está dissociado, mais ele entra com conflito e se opõe ao psiquismo como um todo.

A ideia da autonomia de nossas partes ou aspectos psíquicos não é novidade. A Psicanálise, a Terapia
Junguiana, assim como a Psicossíntese já abordavam esse assunto. Jung falou da autonomia dos
complexos diante da totalidade do psiquismo, onde certo conteúdo pode opor-se à consciência,
separando-se desta. Alguns terapeutas brasileiros chamam esse processo de auto-obsessão. Tendam
(1988) denomina de pseudo-obsessão.

Considerações Gerais:

Durante a regressão a vidas passadas, o cliente se expressa, algumas vezes, como se estivesse no
próprio papel da personalidade de vida passada. As palavras e ações correspondem ao que a
personalidade disse e fez. Por exemplo, uma mulher deseja matar o marido e vê diante de si uma
faca. Ela fala baixinho: “eu quero matá-lo, mas ele pode me ver”. Essa frase está partindo da
personalidade passada e não da personalidade atual. Da mesma forma, a voz, os gestos e a
expressão facial da pessoa em regressão podem modificar-se (tal como ocorreu originalmente)
dependendo das circunstâncias vividas pela personalidade.

A técnica dos Estados de Ego (hoje chamada de Personificação por Hans Tendam) pode ser
eficiente no tratamento de personalidades de vidas passadas. Pode-se colocar a personalidade
atual para conversar com a passada e mostrar-lhe os pontos que deve rever e procurar se
transformar, como se estivéssemos conversando com alguém. Porém, o caráter estereotipado de
sua estrutura psíquica pode ser repetitivo, pois ela encontra-se limitada dentro de sua perspectiva,
que inclui época, costumes e mentalidades. Por isso, o objetivo desses diálogos é expandir a
percepção das personalidades de vidas passadas e procurar fazer com que ela entenda a proposta
atual sob prisma maior.

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É possível que a psicose ou a esquizofrenia, assim como outros tipos de transtornos mentais,
tenham sua gênese na fragmentação da personalidade em múltiplas partes que estão totalmente
dissociadas. Essa dissociação pode ocorrer, em grande medida, por ocasião da grande autonomia
das personalidades de vidas passadas, cada uma tendo ideias diferenciadas sobre os mesmos
assuntos. Assim, a coesão da consciência vai aos poucos se perdendo e podemos estar à beira da
psicose. Fazendo uma analogia entre família e psiquismo, Tendam diz que “Nossa autoimagem se
torna patológica quando os membros da família dominam uns aos outros, ignoram-se ou se
esquecem uns dos outros”. (Tendam, 1994)

Diz-se que durante uma projeção astral, podemos assumir a personalidade de vida passada que
fomos na última encarnação ou uma outra personalidade muito marcante em nosso histórico
espiritual. É possível que os nossos sonhos traduzam muitas vezes os desejos e as tendências
dessa outra personalidade. Tendam afirma que a personalidade de quando desencarnamos é mais
livre e se expressa de acordo com a encarnação mais favorável e com acesso a outras
personalidades (provavelmente aquelas onde o progresso espiritual foi mais eficientemente
atingido). Dessa forma, as personalidades com seus limites se dissolvem e desperta-se para a
personalidade ou agregado de personalidades mais evoluído. Em outras palavras, o espírito
readquire as possibilidades espirituais que reúnem toda a evolução alcançada até o presente
momento.

Segundo Tendam, ao planejar uma encarnação, podemos tomar uma personalidade como central
para o trabalho evolutivo da vida. Por exemplo, tivemos uma personalidade de guerreiro que
matou centenas de pessoas. Na vida atual, a personalidade a ser trabalhada e transmutada são as
características desse guerreiro, de raiva e desejo de poder modificando-se para paciência e
filantropia. Pode-se até mesmo dizer que nosso karma estaria diretamente relacionado a uma ou
várias personalidades a serem transformadas em aprendizados para o espírito.

Durante a encarnação inteira nós experimentamos uma personalidade de vida passada como um
aspecto, tendência ou comportamento de nossa personalidade atual. Por exemplo, uma
personalidade de freira pode se traduzir por um comportamento de evitação ao prazer. Uma
personalidade de soldado pode se expressar como impulsos e reações repentinas de raiva. Uma
personalidade de nobre pode estar presente e se manifestar como desejo de mando, autoritarismo
e desprezo pelos pobres. Uma personalidade de senhor de escravos negros pode estar
representada no racismo, e assim por diante. Por outro lado, outras personalidades de vidas
passadas estão adormecidas dentro de nós, não se manifestam e é possível que nem mesmo se
expressem na atual encarnação. Mas elas podem emergir com toda força após acontecimentos
marcantes em nossa vida que estabeleçam uma associação com o que ocorreu no passado durante
a vida da personalidade reanimada. Por exemplo, um assalto contra uma menina pode trazer à
tona uma personalidade militar e ela começar a bater nos assaltantes, mesmo que venha a apanhar
depois. Após esse evento, o militar, que estava apagado dentro dela, pode começar a influenciá-la.
Chamamos esses eventos que reacendem uma personalidade passada de “fator desencadeante”.

Uma personalidade de vida passada pode opor-se à proposta da vida atual e pode procurar nos
sabotar em várias situações. Exemplo: uma sacerdotisa que viveu num templo durante décadas
pode ter muita dificuldade de aceitar uma vida de gerente de banco, onde se lida com grandes
fortunas materiais. Em sua visão, o dinheiro é algo sujo, pecaminoso e ela não concorda com esse
tipo de ganho. Dessa forma, pode tentar boicotar o lado profissional da vida atual e causar
bloqueios e problemas diversos.

Devemos encarar as personalidades de vidas passadas como uma estrutura onde repousam
energias e impulsos e não como uma entidade que vagueia no espaço podendo ir e vir e fazer isso
ou aquilo.

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É mais recomendável vê-la como um agregado de características que nos influenciam e não uma
persona que anda pelo astral fazendo várias coisas. Uma personalidade se compõe de certa dose de
energia e consciência dissociada do psiquismo atual. Porém, nossa visão de uma personalidade de
vida passada pode ser como ela era na existência em que viveu, dando a falsa impressão de que ela
pode ser um ente, parecido mesmo com um espírito, o que não é factível.

(HUGO LAPA)

Atendimento com Terapia de Vidas Passadas em São Paulo.

MAIL: lapapsi@gmail.com

Telefone: (011) 2427 5103 / 9502 2176

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Publicado em TVP | 1 Comentário

Uma resposta

Regina Célia em 25 de fevereiro de 2014 às 2:15 am | Responder


Muito esclarecedor. Essas personalidades de vidas passadas seriam subpersonalidades?

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