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Junguiana

v.37-2, p.67-74

As principais diferenças entre a Psicologia


Analítica e a Psicologia Simbólica Junguiana1

Carlos Amadeu Botelho Byington*

Resumo Palavras-chave
Este texto apresenta 27 pontos em que a Psi- psicologia simbólica
cologia Simbólica Junguiana difere da Psicologia junguiana,
psicologia
Analítica. Esta descrição tem um caráter didático
analítica, arquétipo
e objetiva facilitar a compreensão das modifi-
central, arquétipo
cações introduzidas pela Psicologia Simbólica matriarcal,
Junguiana na Psicologia Analítica. O autor res- arquétipo
salta que considera suas formulações um desen- patriarcal,
volvimento da Psicologia Analítica e que estão arquétipo de
em consonância com a criatividade e o espírito alteridade,
científico de Jung. ■ arquétipo de
totalidade,
sombra, quatérnio
arquetípico
regente, quatérnio
primário, símbolo
estruturante,
função
estruturante,
psicopatologia

1
Texto originalmente publicado no site www.carlosbyington. simbólica
com.br. Revisado para esta publicação por Maria Helena R.
junguiana
Mandacaru Guerra.
* Médico Psiquiatra e Analista Junguiano. Membro fundador
da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica. Membro da
Associação Internacional de Psicologia Analítica. Criador da
Psicologia Simbólica Junguiana. Educador e Historiador.

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As principais diferenças entre a Psicologia Analítica e a Psicologia


Simbólica Junguiana

Ao criar a Psicologia Simbólica Junguiana, mi- Jung estão sendo automaticamente repetidos
nha intenção primordial foi apresentar um para- sem a devida elaboração e atualização.
digma simbólico e arquetípico que expressasse Durante meus cursos, noto que muitos jun-
a grandeza da Psicologia Profunda, que a prote- guianos não compreendem minhas propostas
gesse dos inúmeros redutivismos que a aprisio- por não perceberem exatamente onde elas bus-
nam e que descrevesse a função simbólica do cam integrar conceitos da Psicanálise, como
Mal e da morte. Uma das principais consequên- fixação e defesa na formação da Sombra, e, ao
cias deste processo tem sido a continuação do mesmo tempo, modificar a Psicologia Analítica
desenvolvimento da Psicanálise e da Psicologia para evitar a redução do Arquétipo Matriarcal
Analítica, baseado nas obras de Freud, Winni- e da Anima ao feminino e do Arquétipo Patriar-
cott, Klein, Jung, Neumann, Moreno e Heidegger, cal e do Animus ao masculino. Por isso, acredi-
dentre outros autores. to que a descrição específica de 27 pontos em
Nos meus livros: Psicologia Simbólica Jun- que a Psicologia Simbólica Junguiana diverge
guiana – A viagem de humanização do cosmos da Psicologia Analítica seja um começo para
em busca da iluminação (Byington, 2008) e A esclarecer conceitos e apresentar a diferença
viagem do Ser em busca da eternidade e do entre suas propostas teóricas. Quero enfatizar
infinito – As sete etapas arquetípicas da vida que considero estes conceitos não algo simples-
pela Psicologia Simbólica Junguiana (Byington, mente diferente da Psicologia Analítica, mas um
2013), conceituei o quatérnio primário e procu- desenvolvimento desta, em consonância com a
rei descrever as relações primárias e a formação criatividade e o espírito científico de Jung.
da Sombra. Enraizada no referencial do proces- A primeira diferença refere-se à natureza da
so de individuação descrito por Jung, continuei Psique. Seguindo o misticismo hindu e a Feno-
a descrição da adolescência e da vida adulta menologia de Heidegger, a Psicologia Simbólica
até a vivência da morte. Ampliei a conceitua- Junguiana considera o conceito de Psique análo-
ção dos Arquétipos Matriarcal e Patriarcal, de go ao de Atman (Índia) e ao de Ser (Heidegger),
Neumann, para incluir em ambos o feminino e os quais englobam o subjetivo e o objetivo, o
o masculino. À associação entre estes arquéti- dentro e o fora. Nesse sentido, o conceito de Psi-
pos e os mitos na história da Consciência, feita que é igual aos conceitos de Cosmos e de Deus.
por ele, acrescentei o Arquétipo da Alteridade A segunda diferença é que a Psicologia Sim-
e o Arquétipo da Totalidade e descrevi uma te- bólica Junguiana situa a polaridade Ego-Outro
oria arquetípica da história propriamente dita, no centro da Consciência, e não exclusivamen-
a qual torna inseparáveis as dimensões indivi- te o complexo do Ego, como fez Jung. Assim
dual e cultural. sendo, concebo a formação da identidade do
Ao ensinar a Psicologia Simbólica Junguiana Outro paralelamente à formação da identidade
nestes últimos anos, observei que a cisão entre do Ego pela elaboração dos mesmos símbolos,
a escola junguiana e freudiana dificulta compre- funções estruturantes e arquétipos. Destaco que
ender o quanto elas têm em comum, inclusive considero a polaridade Ego-Outro o centro da
pelo fato de, frequentemente, os seguidores de Consciência e também da Sombra.
uma escola desconhecerem a teoria da outra. A terceira diferença é que, para a Psicologia
Além disso, observo que alguns conceitos de Simbólica Junguiana, a Sombra e seus comple-

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xos originam-se, desde o início da formação da A nona diferença é que Jung formulou os con-
identidade do Ego e do Outro, da fixação e das ceitos de psicoide, sincronicidade e unus mun-
defesas, conceitos concebidos por Freud. dus para reunir o subjetivo e o objetivo, mas em
A quarta diferença é que a Psicologia Sim- muitos aspectos manteve a Psique separada do
bólica Junguiana considera que tudo na psique objetivo, principalmente ao considerar a pola-
é simbólico e arquetípico, e é expresso por fun- ridade psique-matéria. Para a Psicologia Sim-
ções. Portanto, tudo são símbolos e funções es- bólica Junguiana, tudo na Psique é simbólico
truturantes da psique. e arquetípico e engloba todas as polaridades,
A quinta proposta é que funções estruturan- inclusive subjetivo e objetivo. Nesse caso, não
tes normais, quando fixadas, se tornam fun- existem as polaridades psique-matéria e psicos-
ções estruturantes defensivas. Assim sendo, somática, porque a Psique inclui a polaridade
símbolos e funções estruturantes fixados são mente-matéria e mente-corpo dentro da dimen-
as características da Sombra e de toda a psico- são simbólica e arquetípica.
patologia profunda. A décima diferença está no desdobramen-
A sexta diferença é que existe uma grande to do conceito de Self proposto pela Psicologia
separação conceitual entre a Sombra e o incons- Analítica. Para evitar uma grande ambiguidade
ciente, pois, de acordo com a Psicologia Sim- entre o todo e o centro organizador, a Psicolo-
bólica Junguiana, a Sombra e seus complexos gia Simbólica Junguiana emprega Self para des-
podem ser conscientes e inconscientes. Por con- crever a totalidade da Psique, incluindo o Ego, a
seguinte, o inconsciente pode ser normal ou pa- Sombra, o consciente e o inconsciente, os sím-
tológico, quando sofre fixações e forma defesas. bolos e arquétipos. Desta maneira, ela faz uma
A sétima diferença é que a Psicologia Simbó- distinção entre o conceito de Self e o de Arqué-
lica Junguiana considera a Persona uma função tipo Central – este, equivalente ao DNA e consi-
estruturante da maior importância para a forma- derado virtual e responsável pelo potencial do
ção da identidade do Ego e do Outro e, quando desenvolvimento psíquico.
fixada, forma a defesa normopática ou até mes- A décima primeira diferença é que o Arqué-
mo a defesa normopática psicopática. tipo Central engloba todas as polaridades das
A oitava grande diferença é a descrição e a funções estruturantes, inclusive vida-morte, nor-
ênfase dadas por Jung à distinção entre incons- mal-patológico, bem-mal, masculino-feminino.
ciente pessoal não arquetípico e inconsciente A décima segunda diferença é que Jung redu-
coletivo arquetípico. Para a Psicologia Simbó- ziu o Self principalmente ao indivíduo, enquanto
lica Junguiana essa diferença não existe, por- eu apliquei o conceito de Self e de Arquétipo Cen-
que todos os símbolos e funções estruturantes tral também para as dimensões transindividuais
que formam a identidade do Ego e do Outro são do Self, em todas as situações existenciais. Pos-
também arquetípicos. O que existe é a diferen- tulei, assim, que o Arquétipo Central forma um
ça entre a dimensão pessoal e a coletiva, am- sistema de desenvolvimento arquetípico para
bas sempre arquetípicas. Existirão, porventura, qualquer conjunto de vivências. Concebo, então,
símbolos mais arquetípicos que os símbolos a existência dos: Self Conjugal, Self Familiar, Self
pessoais do pai, da mãe e da criança? Pode-se Cultural, Self Planetário e Self Cósmico, assim
imaginar algum indivíduo ou cultura que não como Self Terapêutico, Self Pedagógico e muitas
tenha as funções da projeção, da introjeção outras formas do Self. Isto é diferente do concei-
e da repressão, seja na dimensão individual, to de Self corporal de Neumann, pois somente
seja na dimensão coletiva? Isso não demonstra emprego o conceito de Self para representar a
que todas as funções estruturantes são sem- vivência de totalidade e em nenhuma hipótese
pre, também, arquetípicas? para me referir somente a uma parte.

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A décima terceira diferença é que tudo na Psi- A décima sétima diferença é que, lado a lado
que é arquetípico e os arquétipos são expressos com os tipos psicológicos da Consciência, des-
por símbolos e funções estruturantes. Estes po- critos por Jung, configuro quatro dominâncias ti-
dem ser expressos por imagens, como afirma a pológicas representadas por cada um dos quatro
Psicologia Analítica, mas também por palavras, arquétipos regentes (Matriarcal, Patriarcal, de Al-
sons, ideias, conceitos, emoções, números, par- teridade e de Totalidade).
tes do corpo, fenômenos sociais e ecológicos, A décima oitava diferença é a concepção do
relacionamentos, natureza, conduta e até mes- Quatérnio Primário formado pelo Complexo Ma-
mo pelo silêncio. terno (relação da criança com a mãe ou cuidado-
A décima quarta diferença é que, ao con- ras), pelo Complexo Paterno (relação da criança
trário da Psicologia Analítica, que propõe que com o pai ou cuidadores), pelo vínculo entre os
os arquétipos são expressões do inconscien- pais (ou substitutos) e pelas reações e caracte-
te coletivo, a Psicologia Simbólica Junguiana rísticas do Ego da criança. O estudo das relações
afirma que a Consciência também é arquetípi- de sincronicidade entre essas quatro vertentes
ca e descreve o quatérnio arquetípico regente, permitem revelar a formação única e misteriosa
formado pelos quatro padrões de Consciência: da identidade do Ego e do Outro em cada pessoa
o Arquétipo Matriarcal, o Arquétipo Patriarcal, até a puberdade.
o Arquétipo de Alteridade (que engloba os ar- A décima nona diferença é que a polaridade
quétipos da Anima e do Animus) e o Arquétipo Ego-Outro apresenta cinco posições diferentes,
de Totalidade. que são as cinco inteligências arquetípicas do
A décima quinta distinção é que a Psicologia Ser. Elas acompanham sequencialmente o pro-
Simbólica Junguiana afirma que toda elaboração cesso de elaboração simbólica. A primeira é a po-
simbólica é coordenada prioritariamente pelo sição indiferenciada ou urobórica, que correspon-
quatérnio arquetípico regente, que opera à volta de ao Arquétipo Central. A segunda é a posição
do Arquétipo Central. insular (ilha) do Arquétipo Matriarcal. A terceira
A décima sexta diferença é considerar que o é a posição polarizada do Arquétipo Patriarcal. A
Arquétipo Matriarcal é o arquétipo da sensuali- quarta é a posição dialética do Arquétipo da Al-
dade e engloba o masculino além do feminino. teridade (Anima e Animus) e a quinta é a posição
O Arquétipo Patriarcal é o arquétipo da organiza- contemplativa do Arquétipo da Totalidade.
ção e também engloba tanto o feminino quanto A vigésima diferença que caracteriza a Psico-
o masculino. Assim, os Arquétipos Matriarcal e logia Simbólica Junguiana é a adoção do concei-
Patriarcal estão igualmente presentes na perso- to de fixação, da Psicanálise, para a configura-
nalidade do homem, da mulher e nas dimensões ção da passagem da função estruturante normal
transindividuais do Self. para a função estruturante defensiva e que, por
Da mesma maneira, o Arquétipo da Anima na isso, se torna o denominador comum de toda a
personalidade do homem e do Animus na per- psicopatologia e a origem da Sombra. A fixação
sonalidade da mulher não são arquétipos exclu- é acompanhada pela presença da inadequação
sivamente do feminino e do masculino, e sim existencial, da defesa, da compulsão de repe-
arquétipos da individualidade profunda. Suas tição e da resistência defensiva, descritas por
expressões tanto podem ser por imagens femi- Freud e presentes em toda a patologia.
ninas do Animus e masculinas da Anima, como Esta conceituação é especialmente útil no
também representar símbolos da busca religio- estudo da depressão, da possessão e da an-
sa, política, científica, artística ou de qualquer siedade, como funções normais e patológicas,
outro grande desafio ou chamado para a realiza- evitando sua redução atual pela patologização.
ção do Ser, no processo de individuação. Nesse caso, o tratamento da depressão, da an-

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siedade e da possessão patológicas não deve Na estratégia borderline, observamos uma gran-
visar sua eliminação, e sim o resgate de sua de criatividade nas defesas, que podem atuar de
atuação normal para elaborar os símbolos que formas bizarras e psicopática para evitar a psicose.
elas veiculam. Finalmente, na estratégia psicótica, a Sombra
A vigésima primeira diferença é a conceitu- invade a Consciência que, uma vez dominada,
ação da Sombra como sendo formada por fixa- se torna inimputável.
ções da elaboração simbólica nos quadros clíni- Estas estratégias estão desenvolvidas em
cos (Psiquiatria e Psicologia), no crime (Direito), meu livro Psicopatologia Simbólica Junguiana –
no pecado (Religião), na exaustão das reservas Um estudo do Mal e da ameaça de autodestrui-
ou na destruição do meio ambiente (Ecologia), ção da nossa espécie (Byington, 2017).
na exploração e na miséria (Socioeconomia), A vigésima terceira característica da Psicolo-
no erro (Ciência) e no Mal (Filosofia). A Sombra gia Simbólica Junguiana é o conceito da função
é considerada sempre patológica e pode ser cir- estruturante da supraconsciência, que percebe e
cunstancial ou cronificada. Nesta perspectiva, elabora a relação entre a Consciência e a Sombra.
diferentemente da Psicologia Analítica (Jung, A vigésima quarta característica da Psicologia
1951), a Sombra é formada tanto por símbolos do Simbólica Junguiana é a conceituação das sete
mesmo gênero quanto do gênero oposto do Ego. fases arquetípicas da vida, descritas em função
As fixações e a formação da Sombra com sím- de dominâncias arquetípicas. São elas: a fase
bolos preciosos para o desenvolvimento fazem da gestação, da primeira infância (0-2 anos), da
com que o resgate dos símbolos da Sombra seja segunda infância (de 2 a 12 anos), da adoles-
indispensável ao processo de individuação. Por cência (de 12 a 20 anos), da fase adulta (de 20
isso, o fato de ter Sombra leva o ser humano a a 40 anos), da maturidade (de 40 a 60 anos) e a
uma tensão permanente na busca de integrar o sétima e última fase (além dos 60 anos), que ela-
seu conteúdo. Esta é a explicação da existência bora a transcendência da morte do corpo físico.
da compulsão de repetição e para a afirmação A vigésima quinta diferença entre a Psicolo-
esotérica de que Deus (o Arquétipo Central) per- gia Simbólica Junguiana e a Psicologia Analítica
segue aqueles a quem ama. é a concepção da metanoia como uma etapa de
A vigésima segunda característica que dife- dominância arquetípica. Por isso, concebo cinco
rencia a Psicologia Simbólica Junguiana da Psi- metanoias e não uma, como faz a Psicologia Ana-
cologia Analítica é o agrupamento de toda a psi- lítica. A primeira é a constelação do Arquétipo
copatologia em quatro estratégias patológicas, Patriarcal e seu conflito com o Matriarcal a partir
que são: a neurótica, a psicopática, a borderline dos dois anos de idade. A segunda é a passagem
e a psicótica, e que se diferenciam pela relação da fase passiva para a fase ativa dos Arquétipos
Ego-Outro na Consciência e na Sombra. Matriarcal e Patriarcal na personalidade dos jo-
Na estratégia neurótica, a Sombra expressa-se vens durante a crise da adolescência. A terceira
inconscientemente e sua atuação traz culpa metanoia é a vivência dos Arquétipos Patriarcal
e arrependimento. e Matriarcal na posição ativa na profissão, no ca-
Na estratégia psicopática, a fixação absorve samento e na formação da nova família. A quarta
as funções estruturantes da vontade e da ética e metanoia é a ativação dos Arquétipos da Anima,
a Sombra é expressa também conscientemente. do Animus e da Alteridade descritas na metanoia
Por isso, trata-se da conduta sociopática, dolosa da Psicologia Analítica. A quinta metanoia é a
e sem culpa. Quando a defesa psicopática toma dominância do Arquétipo da Totalidade no final
conta de uma grande parte do Self, temos a per- da vida e na transcendência da morte do corpo
sonalidade psicopática encontrada nos serial kil- físico pela meditação para a vivência do infinito,
lers e nos perversos. da eternidade e da paz.

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A vigésima sexta diferença é a elaboração são dos Arquétipos da Alteridade e da Totalida-


simbólica da Consciência e da Sombra pelas téc- de dentro da realidade histórica.
nicas expressivas, principalmente pela medita- Apesar destas diferenças, denominei esta
ção, regressão (divã) e pelas marionetes do Self. nova disciplina de Psicologia Simbólica Junguia-
A vigésima sétima diferença é a teoria arque- na por ter sido Jung quem descreveu a busca ar-
típica da história que, embasada na Psicologia quetípica da totalidade do desenvolvimento da
Simbólica Junguiana, reúne o desenvolvimento Consciência no processo de individuação. ■
individual e histórico da humanidade, amplian-
do a abordagem de Erich Neumann com a inclu- Recebido em 03/08/2019 Revisão em 09/10/2019

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Abstract
The main differences between Analytical Psychology and Jungian Symbolic
Psychology
This article presents twenty seven aspects in Analytical Psychology by Jungian Symbolic Psy-
which Jungian Symbolic Psychology differs from chology. The author stresses considering his
Analytical Psychology. This description has a formulations a development of Analytical Psy-
didactic character and aims to facilitate the un- chology, harmonic with Jung’s creativity and
derstanding of the modifications introduced in scientific spirit. ■

Keywords: jungian symbolic psychology, analytical psychology, central archetype, matriarchal archetype,
patriarchal archetype, archetype of alterity, totality archetype, shadow, regent archetypal quaternion,
primary quaternion, structuring symbol, structuring function, jungian symbolic psychopathology.

Resumen
Las principales diferencias entre la Psicología Analítica y la Psicología
Simbólica Junguiana
Este texto presenta veintisiete puntos en los la Psicología Simbólica Junguiana en Psicología
que la Psicología Simbólica Junguiana difiere de Analítica. El autor señala que considera que sus
la Psicología Analítica. Esta descripción tiene un formulaciones son un desarrollo de la Psicología
carácter didáctico y objetivo para facilitar la com- Analítica y que están en línea con la creatividad y
prensión de las modificaciones introducidas por el espíritu científico de Jung. ■

Palabras claves: psicología simbólica junguiana, psicología analítica, arquetipo central, arquetipo matriar-
cal, arquetipo patriarcal, arquetipo de alteridad, arquetipo de totalidad, sombra, cuaternario arquetípico
regente, símbolo de estructurante, función estructurante, psicopatología simbólica junguiana

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Referências
BYINGTON, C. A. B. Psicologia simbólica junguiana: a viagem _________. Psicopatologia simbólica junguiana: um
de humanização do cosmos em busca da iluminação. São estudo do mal e da ameaça de autodestruição da nossa
Paulo, SP: Linear B, 2008. espécie. São Paulo, SP: Linear B, 2017.

_________. A viagem do ser em busca da eternidade e do JUNG, C. G. Aion: researches into the phenomenology of
infinito: as sete etapas arquetípicas da vida pela psicologia the self. Princenton, NJ: Princenton University, 1951.
simbólica junguiana. São Paulo, SP: Linear B, 2013.

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