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Ensaio

NOTAS PARA UMA TEORIA DO DISCURSO CRÍTICO DE

INFORMAÇÃO
Notas para uma teoria discursiva crítica da informação

Clóvis Ricardo Montenegro de Lima Márcio Gonçalves


Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia Tecnologia
Rio de Janeiro, RJ, Brasil Rio de Janeiro, RJ, Brasil
clovismlima@gmail.com marciog.goncalves@gmail.com
https://orcid.org/0000-0002-6337-3918 https://orcid.org/0000-0001-5773-2139

Mariangela Rebelo Maia


Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

Rio de Janeiro, RJ, Brasil


mariangelasaude@gmail.com
https://orcid.org/0000-0001-9769-0885
Uma lista completa de informações sobre ambos os autores está no final do artigo.

RESUMO
Objetivo: o artigo apresenta notas iniciais para uma teoria discursiva crítica da informação.
Método: a teoria baseia-se em Habermas, que considera o Discurso uma forma especial de Agir Comunicativo para a construção da compreensão
intersubjetiva. O discurso é o método que os sujeitos utilizam para resolver conflitos sobre algo fora do mundo e para construir acordos teóricos
e práticos. O Discurso entre sujeitos tem função de validação pragmática das expressões e representações do mundo da vida. Habermas observa
que os acordos por argumentos devem corresponder ao mundo objetivo.

Resultado: a partir desses pressupostos é feito o esboço de uma teoria crítica da informação. Informação é construção de sentido e
representação, mas também é acordo intersubjetivo sobre algo que existe no mundo.
Conclusões: Assim, não há informação externa, antes ou depois da comunicação. A informação faz parte da comunicação, nas interações
mediadas pela linguagem.

PALAVRAS-CHAVE: Teoria discursiva crítica. Informação. Ação comunicativa.

ABSTRATO
Objetivo: o artigo apresenta notas iniciais para uma teoria crítica do discurso da informação.
Métodos: Decorre da elaboração de Habermas, que considera o Discurso uma forma especial de Ação Comunicativa para construir a
compreensão intersubjetiva. O discurso é o meio que os sujeitos utilizam para resolver conflitos sobre algo no mundo, trabalhando para construir
acordos teóricos e práticos. O discurso entre sujeitos tem a função de validar pragmaticamente expressões e representações do mundo da vida.
Habermas observa que os acordos alcançados pela argumentação deveriam corresponder ao mundo objetivo.

Resultados: com base nesses pressupostos, delineia-se uma teoria crítica da informação. A informação é a construção de significado e
representação, mas também é um acordo intersubjetivo sobre algo no mundo.
Conclusões: assim, não há informação externa, antes ou depois da comunicação. A informação faz parte da comunicação, nas interações
mediadas pela linguagem

PALAVRAS-CHAVE: Teoria discursiva crítica. Informação. Ação comunicativa.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta notas iniciais para uma teoria crítica do discurso da informação. Este
teoria decorre das teorias de Habermas, que considera o discurso uma forma especial de

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ação comunicativa para a construção da compreensão intersubjetiva. A teoria de Habermas sobre

a ação comunicativa, após sua virada linguística, traz à tona um cognitivismo significativo e
elementos do construtivismo.

Este é o primeiro artigo produzido como resultado de um projeto de pesquisa de longo prazo com

um objetivo específico de desenvolver uma teoria discursiva crítica da informação no contexto brasileiro

Instituto de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Desde 2009 e ainda em andamento,

procuramos desenvolver esta teoria. Duas teses de doutorado no IBICT: Gonçalves (2014) e Maia

(2019) foram realizados com esta abordagem.

O discurso é o meio que os sujeitos utilizam para resolver conflitos sobre algo no

mundo, trabalhando para construir acordos teóricos e práticos. Discurso entre sujeitos

tem a função de validar pragmaticamente expressões e representações do mundo da vida,

enquanto cria laços sociais. Habermas observa que os acordos alcançados pela argumentação

deveria corresponder a algo existente no mundo objetivo (SIEBENEICHLER, 2010).

Com base nesses pressupostos habermasianos, uma teoria crítica do discurso da informação com

elementos cognitivos, construtivistas e pragmáticos são delineados.

A informação é a construção de significado e representação, mas, também, um

acordo intersubjetivo sobre algo existente no mundo. Assim, não há

informações externas, antes ou depois da comunicação. A informação faz parte da comunicação, da

interação mediada pela linguagem. Através da linguagem, a distinção entre incerteza

e informações significativas são comunicadas reflexivamente, e a consequente codificação

podem ser alterados sem se confundirem (LEYDESDORFF, 2000).

A partir da elaboração de Jürgen Habermas, surge uma teoria do discurso da informação

de uma forma especial de ação comunicativa orientada para a construção de

compreensão intersubjetiva. Informações conforme abordadas por Habermas em seu argumento

configura-se como um componente da comunicação, em que a informação ganha caráter

que está associado à ação comunicativa. As informações são tratadas de acordo com

viés de comunicação, não tendo um desenvolvimento teórico dedicado. Na teoria de


ação comunicativa, a informação se coloca como uma estrela na constelação de elementos evocados

por Habermas para reconstruir as condições da intenção comunicativa livre do

restrição de avanços sistêmicos.

Como a informação aparece de forma residual diante dos propósitos comunicativos, este texto

tem como objetivo refletir sobre o papel teórico da informação para os intentos consensuais de

comunicação procurada por Habermas. Nesse sentido, analisamos informações do

perspectiva do Discurso, pois é no seu advento teórico que o processo informacional anterior

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o conteúdo da atividade comunicativa é desafiado. No Discurso, a informação opera em

na escolha de significados e na construção de reivindicações de validade que, se aceitas, contribuirão para a

formação de consenso comunicativo sobre as coisas existentes no mundo, as normas de

sociedade e a inteligibilidade das expressões. No Discurso, a informação não tem forma; é um

poder na instabilidade recursiva e linguisticamente estruturada do mundo da vida.

É claro que, em relação às gerações anteriores do Instituto Escolar de Frankfurt

para a Pesquisa Social, a teoria da ação comunicativa de Habermas está entrelaçada com a

virada linguística da filosofia e traz elementos reconstrutivos significativos da

Cognitivismo semântico e construtivismo pragmático. O discurso é visto como quase

metaplano transcendental através do qual os sujeitos se confrontam para resolver conflitos

e controvérsias sobre algo objetivo, subjetivo ou normativo no mundo da vida. O

A arena linguística da fala universal é onde os acordos teóricos e práticos para

coexistência (e sobrevivência) são construídas. No plano orquestrado pelos metameios da linguagem

e dignidade humana, o discurso entre sujeitos tem a função de validar pragmaticamente

expressões, representações e normas do mundo da vida.

Na linguística, é feita uma distinção entre os estudos da linguística formal e

linguística do discurso. A linguística do discurso aborda o uso da linguagem em situações reais

e as relações existentes entre forma e função, não se limitando ao uso da linguagem

como um sistema formal. Considera-se que “a linguagem possui uma estrutura formal que é permeada

por realidades sociais e históricas subjetivas que influenciam o sistema e vice-versa”.

(SANTOS; SANTOS, 2016, p. 40).

Com base nesses pressupostos, delineia-se a teoria do discurso crítico da informação,

tendo elementos cognitivos, construtivistas e pragmáticos. A informação surge como um recurso social

representação baseada em uma construção seletiva de significado vivenciado entre os sofrimentos

e deleite com acordos intersubjetivos sobre algo existente no mundo. em

Discurso, a informação é integrada à comunicação como parte da interação mediada

por idioma.

2 AÇÃO COMUNICATIVA, COGNIÇÃO E CONSTRUTIVISMO

A teoria da ação comunicativa de Habermas, após sua virada linguística, apresenta

elementos significativos do cognitivismo e do construtivismo. A teoria é um gigantesco intelectual

esforço de reflexão sobre a construção dos indivíduos, a socialização, a formação de grupos,

baseado em interações mediadas pela linguagem. Antes, porém, é necessário compreender

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a diferença entre os conceitos de virada linguística e virada pragmática. É importante

entender que a “virada” nada mais é do que uma mudança radical na questão filosófica

sobre os elementos centrais da nossa experiência, que, portanto, passa a se desenvolver de forma diferente.

A virada linguística constitui uma substituição do introspectivo ou especulativo

método típico da filosofia moderna, que se concentrava na questão da consciência, pelo

análise proposicional. O primeiro passo na virada linguística é priorizar a lógica da

proposições (uma análise sintático-semântica rigorosa), acreditando que este é um passo anterior

isso é indispensável para qualquer estudo filosófico.

No que diz respeito à virada pragmática, que ocorre posteriormente na virada linguística, pode-se

pode-se dizer que isso ocorre devido a um esgotamento da mera análise proposicional da linguagem.

Após a virada pragmática, ao contrário, a verdade de uma afirmação também pode ser demonstrada

com base em razões que podem ser reconhecidas por uma comunidade de indivíduos participantes

em comunicação. O papel que foi atribuído à consciência no antigo paradigma,

passa, no novo paradigma, à comunicação mediada por argumentos.

Habermas afasta-se da ideia de que os indivíduos podem basear a sua acção

monologicamente e em direção à interação e cooperação. A ação comunicativa é a

interação em que as pessoas envolvidas concordam em organizar seus planos, o acordo alcançado

em cada caso é medido pelo reconhecimento intersubjetivo das reivindicações de validade. Dentro do estojo

dos processos linguísticos de compreensão mútua, os atores, ao concordarem sobre um assunto

com os outros, levantam reivindicações de validade dos seus atos de fala, mais precisamente reivindicações de verdade,

reivindicações de correção e reivindicações de sinceridade, pois se referem a algo no mundo objetivo (como

a totalidade dos estados de coisas existentes), a algo no mundo social comum (como o

totalidade de experiências às quais têm acesso privilegiado).

A ação comunicativa é a forma de interação social em que o plano de ação do

vários agentes é coordenado através da troca de ações comunicativas – por meio

de linguagem verbalizada ou expressões extraverbais correspondentes – visando a compreensão (GONZÁLEZ

DE GÓMEZ, 2009a).

Na ação estratégica, um sujeito interage com o outro para motivar um objetivo desejado.

continuação, mas na ação comunicativa, um é racionalmente motivado pelo outro em direção

uma ação de adesão – e isso se deve ao efeito comprometedor que a oferta de um discurso

ato levanta (HABERMAS, 2003).

Habermas reconhece a força da argumentação ao mostrar as diferenças

entre assertibilidade e verdade: as qualidades formais da argumentação entre assertibilidade

e verdade. Porque, “no último minuto”, as evidências conclusivas e os argumentos convincentes falham

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e opiniões bem fundamentadas podem ser falsas, apenas a qualidade do discurso de verificação da verdade

processo está subjacente à esperança racional de que fundamentos mais sólidos e informações acessíveis

estão verdadeiramente disponíveis e, no final, também “contam”. Inconsistências percebidas, que despertam a

suspeita "de que nada é discutido aqui", manifestam-se pela primeira vez quando os participantes relevantes cessam

a serem incluídas, contribuições relevantes são reprimidas e posições de sim e não são tomadas e

não são manipulados ou condicionados através de outros tipos de influência (HABERMAS, 2002, p.

69).

Os atos de fala têm reivindicações de validade e estão sujeitos a um processo de validação até que sejam

adquirir validade. A validação do discurso é o processo de ação comunicativa voltado para o

compreensão mútua alcançada pela ideia habermasiana de emancipação humana e

discurso. O processo envolve o uso da linguagem, que promove avanços na

reivindicações de validade quando justificadas discursivamente (GONÇALVES; LIMA, 2014).

Em “Pedagogia do Oprimido”, Paulo Freire constrói uma reflexão teórico-filosófica

construir sobre as condições de interação através da linguagem e seu papel central para um processo libertador

Educação. Freire revive a tradição do diálogo como um processo dialético e baseado em investigação,

e acreditar que, por meio dela, somos capazes de olhar o mundo e a nossa existência de uma forma

sociedade como processo, de algo em construção, como algo inacabado e constantemente

mudando a realidade.

A interação mediada pela linguagem impulsiona o pensamento crítico baseado na investigação em relação a

a condição humana no mundo. É através dessa interação que podemos ver o mundo

de acordo com a nossa perspectiva. Além disso, a interação mediada pela linguagem implica uma

a práxis social, que é o compromisso entre a palavra falada e a nossa ação humanizadora.

Abrem-se portas para repensarmos a vida em sociedade, discutirmos a nossa cultura e a nossa educação,

e a possibilidade de nos comportarmos de outra forma, o que transforma o mundo que nos rodeia (ZITKOSKI,

2010).

A interação mediada pela linguagem é o sinal do ato cognitivo, no qual o

objeto cognoscível, mediado por sujeitos cognoscentes, rende-se ao seu desvelamento crítico

(FREIRE, 1981). Na dimensão cognitiva, os sentidos dos indivíduos são sociais

construções. Belkin (1990) observa que a informação é entendida como comunicada

conhecimento e que gera transformação na estrutura mental dos sujeitos.

A partir de uma perspectiva cognitiva, analisa-se a forma como as informações são recebidas pelos sujeitos

levando em consideração os processos mentais realizados por eles. A informação, portanto, seria

ser o que provoca a mudança no estado mental do indivíduo. Capurro (1992, p. 82) diz que “o

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A virada cognitiva pede a relação intrínseca entre o conhecedor humano e seu

“conhecimento potencial”.

Belkin (1990) propõe uma abordagem cognitiva para questões informacionais. A facilitação

da comunicação entre os seres humanos é o que está em questão, pois a informação é capaz

de modificar estruturas, que são formas gerais de organização. É na intersubjetividade e

negociação com outros que a relação entre indivíduos com liberdade de ação é

estabelecido. “O tratamento da teoria social cognitiva na literatura da Ciência da Informação

como pertinente a dois temas é assim elaborado a seguir: (i) comportamento de busca de informação e

uso (incluindo alfabetização informacional) e (ii) compartilhamento de conhecimento.” (MIDDLETON; SALÃO;

RAESIDE, 2018, p. 1).

O cognitivismo estuda os processos centrais dos seres humanos, como a organização

de conhecimento, processamento de informações, estilos de pensamento, além de grupos e indivíduos

comportamentos. “Na verdade, o conhecimento não vem nem do sujeito [...] nem do objeto [...], mas

a partir das interações entre sujeito e objeto.” (PIAGET, 1973, p. 39-40).

A Teoria Social Cognitiva é uma teoria derivada da psicologia que explica como os indivíduos

dentro dos sistemas sociais, realizam múltiplos processos humanos, incluindo a aquisição e

adoção de informação e conhecimento. Seu foco principal são os processos de aprendizagem, e o

interação entre múltiplos fatores (MIDDLETON; HALL; RAESIDE, 2018).

“Nós, humanos, nos encontramos no mundo, com o mundo e com os outros, como concretamente

seres situados e em processo de construção mútua”, diz Freire (1987, p. 39, nosso

tradução). O mundo a que Freire se refere permite a “intenção” das nossas consciências. Nós

podemos atuar com base nos propósitos que estabelecemos. Dessa forma, criamos novas ideias, produzimos

o sem precedentes e transformar o nosso entorno.

A construção do conhecimento se sustenta em interações mediadas pela linguagem.

A linguagem não é reflexo de uma ação, é a própria ação de um sujeito que a coloca em

prática. O Construtivismo é uma regra que rege o Discurso, justificado pela ideia de que os indivíduos

passar por etapas para construir e adquirir conhecimento. A construção do Discurso é um processo social

produção, cuja comunicação permite aos sujeitos dar sentido, não apenas

de si mesmos, mas também do mundo exterior (CAMPOS, 2014).

3 DISCURSO, PRAGMÁTICA E VERDADE


O discurso é o meio que os sujeitos utilizam para resolver conflitos sobre algo no

mundo, trabalhando para construir acordos teóricos e práticos. Discurso entre sujeitos

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tem a função de validar pragmaticamente expressões e representações do mundo da vida.

Habermas destaca a necessidade de discussão e argumentação para garantir que os participantes

estão cientes das questões e implicações dos tópicos de discussão. As diferentes necessidades, interesses

e as opiniões de todas as partes envolvidas devem ser discutidas em público para que outros possam

debater, questionar e analisar as perspectivas uns dos outros.

O discurso segundo Habermas é um exercício de argumentação, um exercício comunicacional

processo que, em relação ao propósito de um acordo racionalmente motivado, tem que satisfazer

condições improváveis (HABERMAS, 2003). Habermas destaca que o ideal

comunidade de comunicação é contrafactual. Capurro (1992) concorda que a comunicação em

o sentido de partilharmos um mundo comum é um traço específico do nosso ser-no-mundo.

Aqui reside o fundamento existencial da Ciência da Informação. Informação, em um existencial

sentido hermenêutico, significa compartilhar temática e situacionalmente um mundo comum.

A teoria do Discurso não possui uma perspectiva de esclarecimento, no sentido dialético,

mas uma perspectiva dinâmica interativa que alude à aprendizagem. Portanto, um importante

distinção pode ser feita entre diálogo e discurso: o primeiro opera em direção
esclarecimento e o segundo para a construção.

Em português, o uso semântico da palavra Discurso segundo Habermas é

estabelecido de forma intensamente neológica ou, pelo menos, de uma forma que não é usual no

senso comum. A “nota preliminar do tradutor” escrita por Guido Antônio de Almeida

(1989) no pré-texto de “Consciência Moral e Agir comunicativo” aborda esse assunto.


Habermas usa pelo menos três palavras em alemão para se referir à questão discursiva da

comunicação: Diskurs (Discurso), Rede (discurso, fala) e Diskursiv (discursivo).

Em português, essas palavras apresentam fortes semelhanças em seus contextos de uso. No entanto,

a palavra Diskurs, que escrevemos com letra maiúscula, é usada por Habermas como

termo técnico que anuncia um conceito. Em alemão, Diskurs é uma palavra antiquada, o

usos semântico-pragmáticos dos quais segundo sua história se estabelecem na constelação

de significados que Habermas traz, ou seja, o Discurso como “uma conversa animada ou uma detalhada

discussão, ou mesmo os argumentos ou explicações que um transmite ao outro”

(HABERMAS, 2003, p. 111).

Esta observação textual é valiosa na medida em que Habermas introduz um aspecto relativo à

usos de Diskurs que não são comuns entre os falantes de português, especificamente: o

aspecto intersubjetivo. O aspecto semântico-pragmático da subjetividade dos discursos, da

vivacidade com que os sujeitos pronunciam seus discursos, em peças para falar em público, por exemplo,

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bem como o aspecto lógico-conceitual vinculado a argumentos explicativos e confrontos

de opiniões, encontram-se na estrofe significativa da palavra discurso em português.

Discurso como Diskurs, em sua dimensão intersubjetiva, carregado de significação

controvérsias e disputas, que ocorrem no decorrer de uma conversa, discussão

ou argumentos sobre diferentes pontos de vista, não tem uso comum em português. Dito isto, em

para enfatizar o significado do uso de Habermas, a palavra Discurso deve ser enfatizada

como uma espécie de comunicação destinada a fundamentar apreciavelmente as reivindicações de validade do

expressões subjetivas e normativas sobre as quais a ação comunicativa orientada para

a compreensão é baseada.

Diálogo e discurso, esclarece Hermann (2012), referem-se a diferentes modos de

interação mediada pela linguagem que pode ser esclarecida pela etimologia da palavra. Diálogo

vem do grego dia-logos, que significa através da conversação, ou seja, uma conversa recíproca

conversa entre duas ou mais pessoas. Ao contrário do diálogo, o Discurso deriva do latim

termo discursos, que significa fugir, correr aqui e ali, dispersar. Constitui um
situação conversacional em que as contribuições de um e de outro estão relacionadas e

orientado para a compreensão. Embora o diálogo filosófico ocorra entre dois

participantes, o Discurso busca compreensão por meio de uma discussão pública de assuntos separados

participantes numa polifonia incómoda, típica das sociedades pluralistas.

O discurso vai além do encontro pessoal, não é privado, pois ocorre em um

esfera pública. A escolha de Habermas pelo Discurso é atribuível ao seu ceticismo sobre uma

O diálogo platônico-metafísico e seu interesse pela estrutura inexistencial de um público

esfera política que vai além do nível pessoal. O discurso é uma forma especial de

comunicação na qual os participantes reagem a uma determinada perturbação (HERMANN, 2012).

Na ação comunicativa, os falantes são motivados por outros a agir racionalmente devido a

o efeito de compromisso causado pelos atos de fala. Um acordo racionalmente motivado

entre todos os envolvidos pode ser compreendido levando-se em conta os estudos de Austin, que

fornecer à fala um sentido de ato, que não é assertórico (que descreve algo), mas

pragmático, isto é, leva o outro a aceitar pressupostos pragmáticos de comunicação. O

condições do Discurso e o acordo racional alcançado dependem de uma situação ideal de

discurso, que se caracteriza pela simetria de oportunidades dos participantes do

diálogo (HERMANN, 2012).

O discurso pode ser entendido como a reconstrução das intuições da vida cotidiana

que apoia uma avaliação imparcial dos conflitos de ação e apenas aqueles que podem ser

aceita por todas as partes interessadas pode ser considerada válida. A argumentação é baseada na

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pressupostos pragmáticos da argumentação em geral, com a especificação do significado de

as reivindicações de validade normativa, ou seja, a validade universal do princípio da universalização

vai além da perspectiva de uma determinada cultura, baseando-se em princípios pragmáticos e

validação transcendental de pressupostos universais e necessários de argumentação

(HABERMAS, 2003).

Habermas (2010) explica a reivindicação de validade com base em afirmações: a verdade é uma validade

afirmam que nos associamos a declarações à medida que as fazemos. As afirmações pertencem à classe

de atos de fala constantes. Ao afirmar algo, atesto a afirmação de que a afirmação que fiz

feito é verdade. Posso afirmar esta afirmação de forma legítima ou ilegítima. As afirmações não podem ser nem

verdadeiras nem falsas, são, de fato, legítimas ou ilegítimas (HABERMAS, 2010).

É possível esclarecer o que é uma reivindicação de validade usando o exemplo das reivindicações legais. PARA

reivindicação pode ser afirmada, isto é, executada, pode ser contestada e defendida, rejeitada ou

reconhecido. As reivindicações reconhecidas são válidas. A circunstância de reivindicações de validade serem

verdadeiramente reconhecido pode ter muitas razões (ou causas). Contudo, se e enquanto a "coisa

em si" fornece razão suficiente para que uma reivindicação de validade seja reconhecida, dizemos que é

reconhecido porque é, exclusivamente, legítimo (ou parece legítimo para aqueles que

reconhecê-lo). Uma reclamação é considerada legítima se e na medida em que possa ser sustentada. “É isso

a validade legítima de uma reivindicação garante a confiabilidade com que as expectativas resultantes

de uma determinada reivindicação são atendidos” (HABERMAS, 2010, p. 183).

Habermas distingue entre afirmações verdadeiras e falsas com referência à

avaliação dos outros – ou seja, o julgamento de todos os outros com quem alguém poderia

interagir por meio da linguagem. A condição para a veracidade das afirmações é a concordância em

chegar a um consenso racional sobre o que é dito (HABERMAS, 2010).

Em sua virada linguística, Habermas critica a filosofia que foca na relação

entre sujeito e objeto, e se afasta do paradigma da filosofia da

consciência em direção à filosofia da linguagem. No entanto, em “Verdade e Justificação”,

Habermas critica a ideia de que a principal função da linguagem é revelar o mundo – o

poder formativo desta função – considerando que o cerne dos processos de aprendizagem é o

resolução de problemas, em que os interlocutores possam chegar ao entendimento mútuo sobre

algo

[...] O mundo objetivo não é mais algo a ser retratado, mas apenas o ponto de
referência comum de um processo de compreensão mútua entre membros de uma
comunidade comunicacional que se entendem sobre algo no mundo (HABERMAS,
2004, p. 234, tradução nossa).

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O conceito discursivo de verdade deve levar em conta que a verdade de uma afirmação

– dada a impossibilidade de acesso direto a condições de verdade não interpretadas – não pode ser

medido por “evidências peremptórias”, mas apenas por razões justificativas. A idealização de

certas propriedades formais e processuais da práxis da argumentação deveriam destacar uma

procedimento que, por meio de uma consideração sensível de todas as vozes, temas e

contribuições, faz justiça à transcendência da verdade em relação ao seu contexto, como

escolhido pelo orador para sua declaração. Portanto, a verdade é reivindicada para declarações sobre

coisas e acontecimentos do mundo objetivo (HABERMAS, 2004).

As condições de comunicação ficam expostas quando Habermas estabelece uma

pragmática universal. Isso significa que a teoria da verdade de Habermas afirma que quando a linguagem é

usados, avançam-se em afirmações válidas que devem ser justificadas por meio do discurso.

Por esta razão, a teoria discursiva da verdade é um processo discursivo de compreensão com

o propósito de chegar a um entendimento apoiado em razões ou argumentos entre as pessoas.

Diante desse processo argumentativo, prevalece o melhor argumento.

Habermas (2004), afirma que diferentes linguagens podem produzir diferentes visões de mundo.

Ele acredita que a linguagem é um elemento constitutivo da experiência e da identidade, mas argumenta

que os meios de ação constituídos por uma visão de mundo linguística operada à luz de uma

racionalidade comunicativa que impõe aos participantes uma orientação baseada na validade
reivindicações.

Na Teoria da Ação Comunicativa, há tensão entre Contextualismo

(baseado na categoria de mundo da vida) e Universalismo (ancorado na ideia de que uma validade

reivindicação constitui uma reivindicação universal). Em “Verdade e Justificação”, Habermas afirma que o

reivindicações de revitalização ou validade de um ato de fala, está sempre ligada a uma questão intersubjetiva de

justificação através do discurso.

4 AÇÃO COMUNICATIVA E INFORMAÇÃO

Com base nos pressupostos da teoria da ação comunicativa, particularmente

Discurso, delineia-se uma teoria crítica da informação, tendo caráter cognitivo, construtivista e

elementos pragmáticos. A informação é a construção de significado e representação, mas é

também um acordo intersubjetivo sobre o mundo. Portanto, não há informações

fora, antes ou depois da comunicação. A informação faz parte da comunicação, da interação

mediado pela linguagem.

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González de Gómez (2009a) afirma que informação é o que constitui dois pontos de

sutura difícil, em que se confronta a função integradora da linguagem: entre a linguística


representação e rapto e entre os usos sistêmicos e administrativos e o

usos comunicacionais da linguagem. Capurro (1992), considera que a informação não é um


mentalista, nem apenas um conceito relacionado à mente, mas expressa uma característica de nosso pragmático

jeito de ser. Aponta para a dimensão de partilhar com outros práticas práticas tematicamente diferentes.
e/ou possibilidades teóricas de divulgação mundial.

Segundo González de Gómez (2009b), a informação tem dupla base – sócio


cognitivo e instrumental-estratégico. Por um lado, a informação seria baseada numa

temporalidade que liga corpo e cultura numa configuração diferenciada de estética e


permite a abertura de múltiplas perspectivas sobre o mundo. Associado a alguns do plural

– cotidianas e especializadas – possibilidades heurísticas de ações, a informação designa o


diferença que reside nas experiências de confronto entre nossos anteriores

expectativas e o que acontece nas nossas relações atuais com o mundo. Por outro lado,

a informação, embora codificada, é reconstituída por meios, nas áreas de troca e

negociação entre os sistemas e o mundo da vida – mediação, porém, constituída numa


relação histórica e não “lógica”, portanto, plausível, de ambivalências e transformações (GONZÁLEZ DE

GÓMEZ, 2009b).
Assim, a informação constitui uma área de negociação entre o mundo da vida e o

mundo. A comunicação intersubjetiva, no entanto, dependeria do que o mundo


“decide” comunicar, seja sobre a existência dos objetos aos quais a informação
refere, ou sobre os estados de coisas no mundo descritos em proposições assertóricas (GONZÁLEZ DE

GÓMEZ, 2009a).

O discurso designa a forma de comunicação em que as reivindicações de validade que são


constituídas no processo de busca do entendimento mútuo, mas que se tornaram

problemáticas e que serão examinadas à luz dos processos argumentativos, são


conceitualizado. No Discurso, não haveria troca de informações (que se refere a

objetos ou estados de coisas no mundo), mas seriam expressos argumentos que serviriam para justificar
ou rejeitar reivindicações de validade baseadas em investigação (GONZÁLEZ DE GÓMEZ, 2009a).

Todo uso social da linguagem inclui a matriz dialógica do nós-outro (ou ego
alterar) relacionamento. Nos contextos do Discurso, não se impõem relações lógicas formais entre as

proposições e a estrutura hipotético-dedutiva dos discursos de verificação (GONZÁLEZ DE GÓMEZ,


2009a). Para que pessoas em diferentes contextos culturais compreendam uma

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outro em uma conversa, devem adotar reciprocamente as posições de falante e ouvinte (GONZÁLEZ
DE GÓMEZ, 2009a).
A partir da virada linguística de Habermas, a teoria discursiva da verdade foi proposta como
uma tentativa de sair do dilema da teoria da verdade por correspondência e de
oferecem a tentativa de combinar a compreensão da referência transcendente em relação à
linguagem com uma compreensão, imanente à linguagem, da verdade como um ideal
assertividade. Capurro (1992) enfatiza a virada cognitiva. Esta visão abandona a idéia de
informação como uma espécie de substância fora da mente e procura o fenômeno da
cognição humana como condição necessária para a determinação do que pode ser chamado
informação, mas não considera a dimensão pragmática da existência humana.
Nesse sentido, o conceito de verdade como assertividade ideal não considera a
possibilidade de nossas justificativas serem falíveis. Por esta razão, objeções convincentes foram
elevado à teoria discursiva da verdade e à ideia de que o que pode ser racionalmente aceito em
circunstâncias ideais é verdadeira (LIMA; CORBO, 2013).
Habermas mudou sua concepção de verdade para uma concepção pragmática de verdade que
preserva a justificação como um processo de verificação da validade da reivindicação de verdade do
conteúdo proposicional dos atos de fala. Analisando a função cognitiva da linguagem no
dimensão de uma prática discursiva e de referência e verdade dos enunciados, Habermas
desenvolve uma concepção pragmática de cognição – a função cognitiva da linguagem é
associados aos contextos de experiência, ação e justificação discursiva. O resultado é
a suposição de que a função representacional e comunicativa da linguagem
pressupõem-se mutuamente, isto é, são equiprimordiais.
Habermas quer um realismo que pressupõe objetos que tenham um caráter extralinguístico
existência, mas as reivindicações de verdade em atos de fala que descrevem este mundo só podem ser contestadas

dentro da linguagem.

A questão da veracidade dos documentos é desafiadora, pois é preciso avaliar o que está
a relação entre o acesso à informação através dos atos de fala do depoimento e
os documentos que surgiriam na esfera da ação comunicativa, argumentos discursivos
e aprendizagem. Nesse sentido, o conceito de verdade segundo Habermas contribui para a
reflexão entre informação, documentos e verdade.

Lima e Corbo (2013, p. 63) consideram que a “reformulação do


conceito de verdade abre uma nova possibilidade de abordagem da informação no contexto da
práticas dos atores sociais, uma vez que a informação é evidenciada como um elo entre o objetivo
mundo e discurso”.

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5 NOTAS FINAIS
A teoria crítica desenvolvida por Habermas em sua primeira fase, inspirada na obra de Hegel

pensamento, concebe a construção da sociedade a partir da dialética da construção do ser

através da linguagem, interação e trabalho.

Da virada linguística, Habermas se distancia da filosofia da

consciência e em direção à filosofia da linguagem. Interações mediadas pela linguagem

sobrepõem-se como andaimes a partir dos quais o tecido social é construído.

A maioria dos autores atribui à linguagem uma dupla função: representar e interpretar

coisas e acontecimentos (significante e significado, forma e conteúdo). Habermas afirma que a linguagem

tem uma terceira função: é também um elemento constitutivo da sociedade. É com e dentro da linguagem

que a sociedade é construída.

Dessa forma, estabelece-se uma relação entre o uso da linguagem e a construção

da personalidade, dos grupos sociais e da sociedade. Na teoria da ação comunicativa, um

elemento importante é a relação de co-origem entre subjetividade e

intersubjetividade. Eu sou porque nos somos.

A subjetividade não existe fora da comunicação entre os sujeitos. Não há

distinção na formação da subjetividade e da intersubjetividade. A maneira como cada pessoa

transforma as coisas que são vistas na informação ocorre dentro da dinâmica interativa

que se estabelece entre os sujeitos. Informação é atribuição de significado.

Entende-se que a informação se constitui na dinâmica comunicacional.

A informação existe apenas no contexto da comunicação. Habermas acredita que quando

Os indivíduos expressam suas opiniões, pode ou não haver conflito.

O discurso só é necessário quando os indivíduos entram em contato teórico e prático.

conflito sobre algo no mundo. Quando há conflito, há exigência para continuar

a interação mediada por um tipo específico de ação comunicativa: o Discurso, em que o

Os sujeitos se esforçam para reconstruir a compreensão racional por meio da discussão. O discurso é o

significa reavivar a compreensão que foi perdida devido ao uso contínuo da linguagem.

Argumentos são levantados a fim de reconstruir o entendimento racional entre os sujeitos.

A teoria de Habermas facilita a compreensão da simultaneidade da formação de

subjetividade e intersubjetividade. Da compreensão, da interpretação e da representação

das coisas são construídas.

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Outra questão importante no que diz respeito ao desenvolvimento de uma informação discursiva crítica

a teoria está analisando as consequências da virada pragmática de Habermas. Nele, o autor

tenta responder às críticas à sua teoria da compreensão em relação ao

correspondência entre acordos teóricos e práticos com o mundo da vida.

Não basta que os sujeitos se entendam. A compreensão deve ser

baseado no mundo objetivo. Sinceridade e retidão são necessárias, mas não são suficientes

para validar a veracidade de um discurso. A correspondência com coisas e eventos também é

necessário.

Na Filosofia da Informação, isso é essencial para discutir a relação entre

informações e documentos. O entendimento entre os sujeitos é alcançado por meio de

Discurso, mas não pode virar as costas ao mundo.

Conclui-se, portanto, que a informação não é mero processamento individual, mas sim o

construção intersubjetiva sobre algo no mundo da vida dentro da comunicação

processo.

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NOTAS
CONTRIBUIÇÃO DO AUTOR
Concepção e elaboração do manuscrito: CRM de Lima, M. Gonçalves, MR Maia
Discussão de dois resultados: CRM de Lima, M. Gonçalves, MR Maia
Revisão e aprovação: CRM de Lima, M. Gonçalves, MR Maia

FINANCIAMENTO
Não aplicável.

CONSENTIMENTO PARA USAR IMAGEM


Não aplicável

APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA


não se aplica.

CONFLITO DE INTERESSES
Não aplicável

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EDITORA
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EDITORES
Edgar Bisset Alvarez, Ana Clara Cândido, Patrícia Neubert, Genilson Geraldo, Mayara Madeira Trevisol, Jônatas Edison da Silva,
Camila Letícia Melo Furtado e Beatriz Tarré Alonso.

HISTÓRICO
Recebido em: 13/02/2023 – Aprovado em: 04/07/2023 - Publicado em: 04/08/2023.

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