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Texto da aula Aulas do curso

A Divina Eucaristia e seus Milagres

Disposições para comungar


A comunhão, na qual recebemos a ninguém menos que o Logos encarnado,
é o momento mais sagrado não só do dia mas de toda a nossa vida. Para
nenhum outro ato deveríamos estar mais conscientes, preparados e bem
dispostos do que para este.

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I. — Disposições do corpo

a) Jejum. — A lei eclesiástica prescreve sob pena grave o jejum


eucarístico, que na legislação atual consiste em abster-se de qualquer
alimento, seja a modo de comida ou bebida, ao menos uma hora antes
de receber a sagrada Eucaristia. Permite-se, porém, a ingestão de água e
remédios. É o que dispõe o Cân. 919, §1, do Código de Direito Canônico:
“Quem vai receber a santíssima Eucaristia, abstenha-se, pelo espaço de
ao menos uma hora antes da sagrada comunhão, de qualquer comida ou
bebida, exceto água ou remédios”.

Estão isentas deste dever “as pessoas de idade provecta e as que


padecem de alguma doença, e ainda quem as trata”, as quais “podem
receber a santíssima Eucaristia, mesmo que dentro da hora anterior

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tenham tomado alguma coisa” (Cân. 919, §3).

O jejum eucarístico impõe-se tão-logo o fiel é iniciado na santíssima


Eucaristia, isto é, a partir da primeira comunhão, quando surge até para
as crianças o dever da comunhão anual: “Todo fiel que tenha sido
iniciado na santíssima Eucaristia está obrigado a receber a sagrada
comunhão, ao menos uma vez por ano” (Cân. 920, §1).

b) Decência. — Aos que se acercam da sagrada comunhão requer-se,


por direito natural, limpeza, modéstia e postura aptas para exprimir a
devoção e a reverência exigidas pela dignidade de tão grande mistério.
Por isso, cumpre que o comungante esteja decorosamente vestido, cada
um segundo o próprio estado e as próprias condições.

II. — Disposição da alma

a) Estado de graça. — Para a lícita recepção da Eucaristia, requer-se,


sob pena de pecado mortal, o estado de graça, ao menos
prudentemente estimado; na falta dele, deve o fiel confessar-se
sacramentalmente. Assim estabelece o Código de Direito Canônico:
“Quem estiver consciente de pecado grave não celebre Missa nem
comungue o Corpo do Senhor, sem fazer previamente a confissão
sacramental” (Cân. 916).

Basta uma estimação prudente, já que ninguém pode saber com


absoluta certeza, sem uma revelação divina especial, se está ou não em
estado de graça.

À confissão sacramental está obrigado, de regra, todo cristão que tiver


consciência de pecado mortal. Logo, 1) quem duvida de modo razoável

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se pecou mortalmente (dúvida quanto à gravidade), ou mesmo se


cometeu um pecado (dúvida quanto à comissão do ato), não tem
obrigação estrita de confessar-se. A confissão, no entanto, pode ser
recomendável, a menos que se trate de um fiel escrupuloso; e para que
não haja perigo de o sacramento não produzir efeito, convém ao fiel em
dúvida realizar um ato de contrição perfeita antes de comungar. — 2)
Quem, antes da comunhão, adverte ter se esquecido sem culpa de
declarar algum pecado mortal na última confissão não está obrigado a
confessá-lo senão na próxima confissão, uma vez que o comungante já
cumpriu o preceito: de fato, antes da comunhão, purificou-se daquele
pecado, perdoado no sacramento da Penitência por via indireta.
Tampouco é necessário, neste caso, realizar um ato de contrição
perfeita.

b) Preparação mínima. — Para receber mais plenamente os frutos da


Eucaristia, convém preparar-se antes de recebê-la. Essa preparação
consiste em evitar, tanto quanto possível, os pecados veniais
deliberados e em realizar atos de verdadeira devoção. Entre estes, os
que mais contribuem para aumentar a devoção são: 1) uma fé viva em
Cristo substancialmente presente sob as espécies sacramentais, com
todos os tesouros de sua graça; 2) humildade profunda e
reconhecimento da própria indignidade; 3) desejo ardente de receber a
Cristo e dar-lhe toda a caridade de que formos capazes com o auxílio da
graça [1].

Referências

1. O texto desta aula é uma tradução adaptada de J. M. Hervé, Manuale


theologiæ dogmaticæ, Paris, 1926, vol. 4, pp. 250-259.

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Material para Download

◦ “Reflexões sobre a Comunhão”, Pe. Reginald Garrigou-Lagrange (.pdf)

◦ Áudio da aula (.mp3)

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