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19/09/2023

rodrigo.furtado@campus.ul.pt

logos=palavra, ou seja, raciocínio/razão/pensamento

Antes dos romanos a palestina era ocupada pelos gregos

Desde a época de Alexandre a palestina estava ocupada por gregos e portanto esta área terá
uma crioulização.

Antes de Alexandre havia um conflito de religiões que não queria influencia grega os judeus
não queriam de assumir a cultura grega, contudo, de pouco e pouco acabaram por aceitar
certas praticas gregas iniciando a faccão dos judeus crioulos e os judeus tradicionais.

O que por exemplo os distingue é o sábado. Os Gregos não tinham semanas pois isto é uma
coisa hebraica. Outro exemplo são as questões alimentares, para os gregos não comer porco
não faz sentido então estes judeus crioulos praticavam o judaísmo a comer carne de porco.

Entre outras questões como a circuncisão, o templo etc… Não eram levadas a serio por estes
judeus de cultura grega após a presença grega na palestina.

O cristianismo nasce neste ambiente durante a discussão do judaísmo grego. O cristianismo


como outras religiões é culto ligado às estações à sacarificação.

Partindo da premissa de haver um só deus, rejeitam o politeísmo e possibilidade de as outras


religiões serem credíveis

Desde o principio à muitos grupos diferentes de cristãos

Gnósticos: acreditam que Jesus Cristo é puramente espiritual, ou seja, não é material.

Os cristãos acreditam que não bastam os (religio) para chegar a Deus dado que Deus é
razão(logos) é criar regras devidas que permita contemplar deus como uma filosofia platónica.

Desde o textos cristão proto ortodoxo encontramos uma filosofia cristã, ou seja, uma religião
intelectual influenciada pelo Platonismo. O exemplo disto é a busca da verdade

Filósofos cristão:
Justino(meados do sec II d.c)

Formação filosófica clássica: Estoicismo, aristot, pitagorismo, platonismo

. A escola de Alexandria:

- Panteno (II d.C)


- Clemente (II-III d. C.): uma visão providencialista da filosofia.

- Orígenes: conjugar Platonismo e Cristianismo.

Não há verdadeiramente perseguições aos cristãos ate 250 d. C, apesar de serem de vez em
quando expulsos ou confrontados eles não são atirados aos leões.

A primeira vez que há uma acusação e em 251 d. C com imperador Décio, isto pois os cristãos
se recusam a sacrificar aos deuses da cidade. Este evento da se no auge da crise do seculo
terceiro e o imperio esta prestes a ruir nesse sentido em muitas cidades os cidadãos fazem
religio para se comunicarem com os deuses, contudo, na logica da época era preciso unidade e
grupos como os cristão se recusavam a participar nestas religio de auxilio aos deuses. Estes
grupos começaram a ser acusados por os deuses não estarem a ajudar e a existência das crises
que assolavam o império ou a cidade.

Em 303, com Diocleciano, a necessidade de prestar culto aos deuses da cidade e a recusa dos
cristãos em fazê-lo. As condenações mais comuns eram multas, confisco de bens, prisão,
chicotadas e em última instância a morte.

Segundo alguns eruditos, os cristãos foram perseguidos muito pouco e muito tarde. Isto talvez
devido à rarefeita comunidade em 100 d. C apenas 7000 0,01% do imperio eram cristãos, em
200 d. C 200 000 0,33% eram cristãos, em 300 d. C. 6 000 000 10% eram cristãos.

Devido a esta grande subida, em meados do século terceiro, percebe-se porque os


imperadores tentam frear esta subida pois era necessário prestar culto aos deuses.

Percebe-se através de estudos que os cristãos no imperio são uma população urbana

No ano de 312, o imperio esta numa guerra civil confrontam-se Maxencio e Constantino.
Maxencio está em Roma e constantino ataca Roma, às portas de roma havia a ponte milva Às
portas da dita ponte está o exercito de Maxencio. Constantino ganha a bataha e conquista
Roma.

Depois da batalha constantino vai dizer que antes da batalha viu o simbolo(crismon) no ceu as
duas letras gregas significam “cristo” em grego juntamente com in hoc signo uinces(com isto
vencerás). Devido a este evento constantino converte-se ao cristianismo, este evento da
conversão de constantino vai marcar o futuro do ocidente

21/09/2023

Constantino era filho de constancio ante imperador. Dado a sua descendência divina reclama
durante a sua vida uma relação especial com as divindades.

A própria religiosidade tradicional/politica romana está em crise no seculo IV , não só por causa
do cristianismo mas sim a transformação religiosa em voga na época também são culpados
cultos de mistério da asia menor.
Podemos verificar esta negligencia e decadência num texto em que o imperador vai ao
santuário de Apolo em Dafne.

Não sabemos porque de factum o imperador constantino se converteu, contudo, sabemos que
constantino quis investir naquela religião.

Em 313 d. C, Constantino vai publicar o édito de Milão que dá liberdade de culto aos cristãos e
de seguida a conversão da família imperial. Rapidamente depois deste edito, em 350 d. C. já
existem 32 milhões de cristãos no império e 90% das cidades se converteu aos cristianismo,
assim podemos verificar que em 40 anos houve uma hiperconversão isto talvez porque a
conversão se deu de cima para baixo, ou seja, com a conversão da família houve uma imitação
por parte das elites e da nobreza e portanto podemos verificar que é uma questão de
influencia e politica. Há maior resistência no populos e no campo onde é um meio mais
tradicional.

Apesar de se converter não rejeitou os cultos tradicionais o que parece ser uma incongruência
há que perceber que não é fácil abandonar e alterar radicalmente os cultos cívicos bem como o
restauro de templos tradicionais não abandonando a sua condição de Pontifex Maximus.

Constantino funda a cidade Constantinopla com templos cristãos e templos de deuses


tradicionais pagãos, funda o templo Sophia(razão) significando logos logo Deus.

No templo constantino já podemos encontrar autores falando mal de cultos pagãos advocando
assim a proibição da religio(cultos tradicionais) pois porque haverá religio se não há deuses ou
seja não razão e se o imperador é cristão e usa o logos e sabe que os outros deuses não
existem e é ignorância porque não proibir?

Este tipo de argumento vai levar à proibição dos próprios cristãos participarem destes actos
cívicos em 321 d. C. (ainda com constantino)

Em 341 d. C, com o edito de Constante(ou constancio II), é proibida a pratica de religio em


publico apenas em privado.

Durante este periodo apesar de menores conflitos, não encontramos a perseguição aos
pagãos.

Com o edicto de 391 com Teodosio é ilegal praticar religio e a fé pagã em templos o exemplo
disso é se apagar o fogo das vestais.

Apesar de esta politica, dado que só uma minoria de 10% nas cidades não era cristã, não houve
grande resistência.

Em 392 dá se a destruição do templo do deus Serápio, que era um dos templos principais da
cidade de Alexandria. Este edifício era importante pois cresse que o que restava da biblioteca
de Alexandria estava neste templo. A razão da destruição deste templo e mesmo da existência
de uma biblioteca é temerário pois todos os autores (Rufino, Sócrates, Sozómeno) que falam
deste ataque não falam de a existência de uma biblioteca.

A questão de oq eu é deus vai mudar a religião no ocidente

28/09/2023

Os resumos de grandes obras como de Tito Livio se tornou main stream no século IV.
Os cristãos vao adotar a filosofia grega. Os cristãos tem dificuldade em definir o que é deus até
ao final do sec IV não há resposta consensual para a pergunta: “Quem é que é Deus?”. Um
sacerdote cristão chamado Argo no Egipto afirma que Jesus Cristo é subordinado ao pai, esta é
tese deste sacerdote e foi adotada por muitos cristãos, contudo, o bispo Alexandre Alexandria
está contra esta tese afirmando que Jesus é Deus com o Pai. Devido À violência gerada neste
conflito entre Cristãos no ano de 325 o imperador constantino convoca para Niceia um grupo
de bispos(crê-se 318) para decidir e acabar o debate sobre quem é Deus e qual relação entre
Cristo e o seu Pai, este é o primeiro grande consílio.

Há duas teses predominantes: Primeira(subordinacionistas) que Jesus Cristo está subordinado


ao seu pai sendo uma criatura de Deus.

Segunda(coordenacionistas) Jesus é Deus com o pai, ou seja, está ao mesmo nível na mesma
hierarquia.

Chega-se à conclusão através de votos e ganham os coordenacionistas, assim afirmando a


tríade, ou seja, que deus é só um mas há varias pessoas nesse deus(Pai, Filho e Espirito Santo)
e os argumentos são tipicamente Neo-Platonicos que se aplicam ao deus cristão. O que
demonstra que os cristãos não rejeitaram a filosofia clássica e sim a aplicaram ao seu Deus.

Concilio de Constantinopla em 381 foi estabelecido o credo.

Contudo há um problema São Jeronimo no final do seculo IV, é um típico intelectual e erudito
cristão. A certa altura enconmendam-lhe uma tradução do hebraico e grego para latim da
bíblia isto pois havia muitas traduções cada um com as suas imperfeições e portanto com o
objetivo de ter uma bíblia única, este texto ficara conhecido como Vulgata.

Em uma das cartas de jeronimo a uma senhora(euestoquio) diz enquanto estava doente e de
cama foi interrogado por deus, ele disse: Eu sou cristão e o juiz disse que era mentira e era
ciceroniano.

Segundo esta carta estes indivíduos como São Jeronimo admite que o tesouro está nos textos
cristãos e não nos clássicos. A grande revolução cultural da antiguidade tardia e alteração da
ordem dos livros na cultura clássica, ou seja, o que acontece na cultura clássica é que os
clássicos como vergilio passam para a segunda divisão e os textos cristãos vão para primeira de
divisão. Esta hierarquia cultural vai-se permanecer até ao renascimento

Cassidoro escreveu uma epopeia

10/10/2023

O saque de Roma e Agostinho. O nascimento da filosofia politica medieval.

O mosteiro é uma anticamera, ou seja, é uma vida com o deus que é o logos. Não é o paraiso
mas é a sala anterior ao paraiso
Santo Agostinho(354-430): É o intelectual da antiguidade tardia e também dos intelectuais
mais importantes da idade media.

Santo Agostinho provinha de uma aristocracia local de uma pequena cidade da argelia pouco
importante para o imperio. Nasceu em 354 d. C, 40 anos depois da conversão de constantino a
mae de agostinho Monica já se tinha convertido o pai não e portanto a criança(agostinho) não
é batizado tanto que n altura não era vulgar e portanto n vai ser educado como um cristão.

O norte de africa nesta altura tinha aderência ao cristianismo, Agostinho desde muito cedo vai
se destacar como aluno tanto quando termina os seus estudos básicos torna-se professor de
retorica aos 19 anos em Sagaz na cidade natal dele depois vai para a capital Cartago ser lá
professor de retorica durante 12 anos e depois em 384 com 30 anos consegue uma posição em
Roma. Nesta altura a capital politica é Constantinopla e mesmo no ocidente Roma perdeu
protagonismo ao ponto de Milão ser a capital politica no ocidente. Em 386 torna-se professor
de retorica na corte de Valentiniano II, durante este periodo ele ainda n se tinha convertido ao
cristianismo.

O bispo de Milão Ambrosio, tinha dotes na retorica e oratória. No contexto de conhecer e falar
com com ambrosio em 387 converte-se e batizasse e pouco depois abandona a carta de
retorica em Roma, este abandono foi mal compreendido na época e já com um filho bastardo
volta ao norte de africa e torna-se bispo de hipona. Agostinho durante este tempo todo
escreve bastante tanto que até hoje há escrituras dele que ainda n foram editadas pois há mais
obras de agostinho do que os textos da antiguidade tardia inteira, a maioria dos textos dele são
de cariz teológicos muito influenciados pelo neo platonismo em muitos sermões. Esta
quantidade de textos deve-se aos discípulos de Agostinho que escrivião vários textos ele
corrigia e assinava por baixo.

Três temas de Agostinho: porque as pessoas sofrem(qual a origem do sofrimento); qual a


origem do mal; onde está e como chego à felicidade.

Em 24 de agosto de 410 d. C, Roma é saqueada por Visigodos e por bárbaros. Desde o final do
seculo IV À migrações de populos da europa central para o imperio, houve tentivas de integrar
e confrontar, contudo, com os visigodos houve uma confrontação em que mataram o
imperador a segunda houve integração que correu mal e a terceira houve um cerco a roma
contudo neste cerco dado que a aristocracia tinha fugido e Roma não tinha como pagar o
resgate como foi o caso num cerco anterior Roma foi saqueada durante 3 dias. Este evento foi
um choque cultural pois desde Augusto criou-se esta mitologia/tese de o império Romano
como o fim da história e portanto um império impossível ser conquistado e que não terá fim e
portanto será eterno.

No contexto dos cristãos, todos acreditam na Parúsia(regresso de Cristo e juízo final) e


portanto este evento é marcante e portanto dado que parece que o fim de o mundo está
próximo com a queda de Roma também está próximo o juízo final.

Verificamos em documentos um sentimento de incerteza ou seja, o fim do mundo “caiu a


cidade que conquistou todo mundo” “o circulo da terra desmorona” e portanto o fim do
mundo é eminente.

Agostinho sobre este tema vai escrever a maior obra dele “A Cidade de Deus” que se
compreende em cerca de 30 livros.
Ele cria duas realidades a cidade de deus e a cidade da terra. Cada um de nos tem uma parte
nestas duas cidades(duas realidades), não há nenhuma comunidade perfeita tanto que
segundo Agostinho a própria igreja não é a cidade de deus pois é constituída por seres
humanos que não são perfeitos.

Segundo Agostinho os cristãos só por prestarem culto e fé não são destinados À felicidade pois
na terra não é possível a felicidade pois a terra como é não perfeita não é possível atingir a
felicidade a felicidade só pode ser obtida post mortem (depois da morte) depois do julgamento
final e só Deus determina o nosso destino. Ou seja, por ser batizado ou prestar culto não
garante felicidade isto na época é uma ideia.

O monge plagio por exemplo acredita que o ser humano consegue chegar a deus através da
sua devoção Agostinho vai discordar e portanto haverá uma disputa teológica entre os dois.

Outro tópico a origem do mal: Acreditava-se que o sofrimento vem de deus pois deus está-nos
a castigar, contudo, segundo agostinho o deus crsitão é perfeito e portanto o mal não pode vir
da perfeição. Para agostinho, o mal vem do mal uso da vontade, ou seja, para agostinho as
tragedias gregas não fazem sentido.

Agostinho acredita que o ser humano nasce imperfeito devido ao pecado original pois o mal
veio do mau uso da vontade, contudo, o homem pode procurar ser bom.

Outro tópico como chegar a deus e à felicidade: O caminho que se deve seguir é procurar
Deus, ou seja, na terra posso educar a minha vontade para o logos, o bem, a verdade, a
felicidade apesar de eu não atingir aqui na terra apenas post mortem pois nós homens na terra
somos completamente não merecedores.

Para Agostinho Deus não pode ser estudado aristotelicamente, Deus não pode ser percebido.
Sozinho o ser humano não consegue

Para Santo Agostinho os sacrifícios como na antiguidade não servem de nada apenas o
sacrifício de Cristo que é Deus é que importa.

Por estas razões santo agostinho vai ser discutido durante 1500 anos até hoje. Pois ninguém
tem a certeza que vai ser salvo pois é impossível o homem fazer tudo bem devido a uma
escolha inicial dos nossos antepassados(Adão e Eva).

12/10/2023

Inscrever Deus no Espaço e Reconhecê-lo no tempo: A inteligibilidade do Mundo e da História.

No sec IV a. C existem duas escolas de pensamento:

A escola aristotélica: Aristoteles vai estudar e contactar Platão, contudo, Aristóteles vai se
demarcar de Platão tanto que depois de lecionar ao filho de Alexandre e já milionário funda
em Atenas o Liceu. Os textos aristotélicos são uma descrição da realidade, textos científicos
sobre a fauna por exemplo. Textos como a Politica de Aristoteles em que descreve a forma
como diferentes sociedades e cidades se organizam politicamente e portanto classifica e
estratifica os regimes.

Quando a biblioteca de Alexandria é fundada também é fundada pelos Ptolomeus um templo


que é uma escola esse templo era conhecido como “Museu”(templo das musas), quem fundou
este museu foram professores que vieram do Liceu de Atenas no fundo o Museu é filho do
Liceu tornando-se ao longo do tempo a maior escola aristotélica maior que o Liceu. Um dos
destes professores, Erastóstenos será também bibliotecário de Alexandria e terá também como
alvo dos seus estudos a ótica bem como provar que a Terra é esférica e o tamanho da
circunferência da terra. Em Alexandria também vamos verificar estudos de cartografia hoje só
sobreviveram as descrições dos mapas como é o caso do mapa de Ptolomeu feito por um
discípulo de Eratóstenes apesar de Eratostenes também ter feito mapas ainda que menos
precisos. Astronomia também foi alvo de estudos bem como as obras homéricas que são
divididas em 4 cantos em Alexandria.

Com estes estudos podemos verificar o pragmatismo da escola Aristotélica.

A escola Platónica: Não é tão pragmática, para os platónicos o mar mediterrânio(no meio da
terra) é o centro da terra pois está no meio dos três continentes que existem logo, segundo a
conceção Platónica Roma está no centro do Mundo. Para Platão o nosso mundo é um
simbolismo como a alegoria da caverna em nós só vemos uma sombra de algo superior e maior
do que nós para os Platonicos, os aristotélicos estão iludidos.

Com o Cristianismo há um triunfo do pensamento Platónico. Para um homem da idade média é


redundante descrever a realidade pois esta não é uma realidade verdadeira, ou seja, tudo são
metáforas(arvores, fontes, rios) e para chegar a realidade precisamos de decifrar estes
símbolos e portanto nós vivemos num espelho.

Podemos verificar a diferença nestas duas escolas em mapas em que os Platonicos tentam
interpretar o nosso mundo e tentar perceber oq significa enquanto os aristotélicos vão estuda
lo e descrevê-lo. Por exemplo, no mapa 1 através desta representação os cristãos afirmam que
o mundo representa a cruz de cristo enquanto o mapa 2 é empirico e não tem qualquer tipo de
teorias simbólicas.

1. Platonico: 2. Aristotelico:

Ou, seja ao contrario do mundo atual completamente aristotélico o mundo medieval do nosso
ponto de vista obviamente que é ignorante pois os eruditos não estavam preocupados em
representar empiricamente a terra estavam sim interessados em descodificar a mensagem de
Deus neste simbolo que é o nosso mundo.

A expressão do tempo na antiguidade era tipicamente pessimista.

Os cristãos tinham uma visão linear e pessimistas da historia, como se a história fosse uma
espiral, contudo há dois acontecimento que marcaram a história em que Deus interveio na
história apesar de a mesma continuar em espiral descrescente: o nascimento de Cristo e a
segunda vinda de Cristo(julgamento final).~

Por exemplo, Augusto trouxe um pensamento único, o imperio representa toda a terra e Cristo
nasceu na época de Augusto porque foi Deus que escolheu Augusto 1 imperio 1 imperador que
representa Deus e esta união do império permitiu que o cristianismo se espalha-se pelo
império e o objetivo do império foi cumprido com o seu nascimento

19/10/2023

Em 814 com a morte de Carlos Magno

No seculo oitavo os francos dominam a gália com os Merovingios(dinastia de reis francos).

Em 750 o Pepin(Pepino) toma o poder e torna-se rei da galia em 751. Entretanto em Roma o
Bispo de Estevão II está com problemas em se manter como bispo no centro da italia, contudo,
a situação politica na italia é bastante complexa. O norte da italia é dominada pelos Lombardos
e começam um processo de expansão em 750 conquistando Ravena ameaçando a cidade de
Roma. O bispo de Roma tinha uma autonomia administrativa já que representava o poder de
Constantinopla, contudo, com a ameaça Lombarda o bispo/papa vai fugir de Roma e vai para a
Gália pedir ajuda a Pepino o grande e portanto Pepino decide intervir na Itália com o intuito de
parar a expansão lombarda.

Esta expansão vai ter sucesso e então o Papa vai coroar Pepino o grande e vai nomear a si e aos
seus descendentes como os protetores de São Pedro e Roma. Pepino atribui um território a ao
papado dando inicio aos estados pontífices (Donatio Pepini)

Em 752 uma mulher Irene assume o titulo de imperador em Constantinopla. Irene era mulher
do imperador Leão VI e mãe de Constantino VI. Irene querendo governar e tornar-se
“imperador” manda cegar o filho para ele não poder governar.

No final do seculo oitavo Leão III sobe ao poder como papa em eleições duvidosas. Na véspera
de natal do ano 800, na missa em na basilica de são Pedro Leão III afirma que o titulo de
imperador está vaga pois está a ser usurpado por uma mulher e portanto o papa leão iii coroa
Carlos Magno com o titulo de imperator Romanus, contudo, de facto passam a existir dois
imperadores dado que Carlos Magno n vai conquistar constatinopla.

Carlos Magno vai legitimar a sua posição afirmando uma translatio imperio de que é o herdeiro
de Constantinopla como Roma para Cartago. Carlos Magno vai se rodear de um conjunto de
intelectuais com o intuito de criar uma tradução cultural para o seu império e de facto verifica-
se que há uma maior procura de livros durante Carlos Magno isto pois estes intelectuais de
Carlos Magno vão iniciar uma campanha de cópia de livros com os Spriptoria(copiador de
livros), recuperando também a educação da antiguidade(gramatica, retorica…) verificamos isso
através dos códigos de gramatica e retorica nos mosteiros. No tempo de Carlos Magno vamos
verificar o surgimento da escrita carolina que era mais fácil de escrever e usar com o intuito de
serem mais fáceis a comunicações no império.

Aachen, capital de Carlos Magno, vai ser alvo de investimentos por parte de Carlos Magno

24/10/2023

Scriptoria, livros e bibliotecas: O que se guardava? O que se copiava? O que se lia?

A antiguidade clássica é um mundo de cidades. O império romano é um substantivo coletivo


pois é um conjunto de cidades que autogovernavam tanto em que muitas delas havia todos os
anos eleições para a cidade.

Na antiguidade clássica a educação formal(aprender a ler e a escrever) era muito importante


para as cidades e para a sua governação pois dado que havia eleições anuais e portanto
preparar as pessoas para exercer funções na cidade.

Em Roma mandava-se intelectuais e agentes centrais para ensinar as cidades e a literacia

O ser bispo na antiguidade tardia significa dominar a escrita e as letras e por isso eles podiam
comandar.

As elites barbaras(ostrogodos etc…) também são letradas.

Em meados so seculo 6 bento de Núrsia vai escrever a regra de São Bento que ainda hoje é
usado por monges no mundo inteiro. Esta regra tornou-se um modelo e a regra de são bento
tornou-se costume até ao sec XIII. Para estes monges era típico ler enciclopédias e resumos
não liam os clássicos(virgilio, tito livio) integralmente pois como recordamos anteriormente na
idade media o padrão o que está em primeiro são os autores cristãos(santo agostinho) e em
segundo os clássicos(viriglio).

Nas sociedades da idade media e para as elites da cidade não clericais ler é inútil pois não tem
grande importância. O que era na antiguidade clássica um elemento de distinção para exercer
cargos políticos deixa de ser um elemento de distinção social na idade media.

O espaço urbano na idade era menor e dominado pela figura do bispo que era o único,
juntamento com o seu clero, que sabia ler e escrever.

O poder bárbaro na idade media se devia à força militar.

26/10/2023

As maiores influencias na europa é sempre de oriente para ocidente e sempre foi assim.

A região mais desenvolvida na antiguidade tardia é o oriente, em termos demográficos, em


termos urbanísticos, em termos económicos.

A arabia nunca pertenceu ao imperio romano a nível administrativo e n foi dominada contudo
é um apêndice económico de Roma.

O mediterraneo é um íman na antiguidade e na idade media


Muhammad(570-632 d. C.)

É natural do litoral do mar vermelho na cidade de Medina, medina era um ponte intermediário
das rotas comerciais até ao império romano. Há uma grande presença judaico cristã nesta zona
da arabia e para as cidades nas estradas do mar vermelho, também há uma comunidade cristã
e muhammad nasce neste ambiente comercial e de rotas comerciais com varias reigioes.

Aos 40 anos vai defender e comunicar com deus e vai assumir um papel de líder religioso
sendo um emissário de Deus. Este tipo de acontecimento de indivíduos que conversam com
Deus é comum também acontece com o cristianismo judaísmo bem como as religiões pre
clássicas bem como os imperadores romanos.

Constantino teve visões de Apolo antes de ter das iniciais de Cristo e portanto isto quer dizer
que era uma coisa comum certo individuo dizer que tem proximidade com Deus.

O Islão nasce no mesmo caldeirao que o Cristianismo e judaísmo por isso verificamos que
muitas das histórias e personagens do Corão são as mesmas do Corão. A ideia da
parussia(apocalipse) também está presente na comunidade muçulmana, ou seja, no islamismo
primitivo há uma necessidade de velocidade pois o julgamento está próximo e o medo do fim
do mundo também chama muita gente.

No ano de 622 Muhammad foge de Meca para Medina e esta “egira” marca o inicio do islão e
do seu calendário até hoje.

07/11/2023

A reforma gregoriana e os seus efeitos culturais.

A reforma gregoriana: A sacralização da sociedade e a monarquia papal.

No final do seculo XI na península ibérica há uma transformação cultural pois os mosteiros


abandonam a maneira como escrevem(letra visigótica).

Entre o seculo XI e seculo XII, verificamos a alteração da letra dos manuscritos com Afonso VI.
Verificamos em território Português, que certos copistas estão em transição pois manuscritos
têm uma letra entre a letra visigótica e a letra nova, isto pois há resistência nas periferias.

Em 1302 o papa bonifacio VIII escreve uma bula Vnam Sanctam, o papa está em conflito com
Felipe IV, ou seja, um conflto de jurisdição.

Segundo a Bula, a igreja não tem duas cabeças só tem uma que é Cristo e portanto só há uma
instituição na terra que o representa que é a igreja e a sua pessoa como bispo de Roma e
sucessor de Pedro; A igreja tem duas espadas, a espada espiritual e temporal(poder politico),
ou seja, o sucessor de Pedro(o papa) tem a espada do poder temporal “aquele que nega que a
espada temporal esteja em poder de Pedro não ouviu bem a palavra do Senhor”.

O primeiro poder(espiritual) cabe aos sacerdotes, a ultima(temporal) “pelas mãos dos reis e
soldados, mas por vontade e tolerância do sacerdote”, ou seja, os reis como Felipe IV estão
subordinados ao sacerdote(papa).

Segundo o papa o poder espiritual é superior o temporal: “O poder espiritual supera em


dignidade e em nobreza qualquer poder temporal, assim como as coisas espirituais superam as
temporais” e portanto, segundo o papa, é lógico “para a salvação que toda a criatura humana
esteja sujeita ao Romano Pontífice.”

Na idade media vai se criar a conceção de que a igreja tem uma cabeça divina pois representa
Deus e logo é a representação do Logos.

Contudo, desde o inicio da conversão do imperador não claro qual é o poder do imperador em
relação aos sacerdotes pois na antiguidade o imperador era o Pontifex Maximus, contudo, com
o cristianismo este paradigma alterasse.

Por exemplo segundo o papa Gelásio I ”potestas vs auctoritas”: “Augusto imperador (…) baixas
o pescoço”, ou seja, desde o seculo V já há a noção destes dois poderes.

Quanto ao poder Papal:

O poder do bispo de Roma: primus inter pares

Um bispo(líder de uma comunidade) não só é uma figura religiosa como é uma figura politica.
Verificamos esta qualidade politica do papa com a queda do Ocidente o bispo de Roma é o
representante do imperador no ocidente.

Contudo, o papa com a proteção dos francos, o seu poder está constrangido à Italia, como é
obvio que o papa não tinha poder sobre o bispo de oviedo. A igreja neste periodo (sec IX) está
num periodo de crise com questões como o concubinato, ignorância do clero e simonia

A Crise da Igreja e o nascimento da reforma:

O imperio com a morte de Carlos Magno vai desagregar-se com os seus netos, o efeito desta
desagregação a partir do seculo IX verificamos queixas de que o clero é ignorante e não
aprendeu a ler ou não aprendeu a ler bem. Outra queixa que verificamos ainda com Carlos
Magno é o concubinato do Clero, a simonia(a venda de igrejas e seus rendimentos bem como
cargos) também é outra queixa o problema disto e da “””privatização das igrejas””” e que a
igreja deixa de ter controlo e passa para pequenos núcleos de poder.

A eleição do bispo de Roma? Até esta altura estava totalmente nas mãos das famílias de Roma
e portanto muitos dos papas “eleitos” não eram a melhor escolha do ponto vista religioso.

Como se escolhe o bispo?(questão das investiduras) até então era por ser filho de certo
elemento ou um nobre.

Reforma Gregoriana:

Devido a estas questões surge a reforma Gregoriana, a reforma gregoriana é uma designação
oral de uma reforma liderada por bispos de Roma: Leao IX, GREGORIO VII e Urbano II, onde
teve mdaior destaque Gregorio VII apesar desta reforma vir de Leao IX.

A primeira medida desta reforma, a vida interna da igreja: A sacralização do Clero, ou seja, o
clero é um grupo à parte, um grupo sacral e portanto uma singularização e secularização do
clero.

 A necessidade de reinvistir no ensino do Clero. A melhoria do latim; o investimento na


teologia como disciplinar(o clero são os intelectuais da sociedade)
 O celibato e a castidade: distinção baseada na ideia de pureza(o clero representa os
puros da sociedade)
 A formação do clero
 De novo, uniformização da liturgia(ex: Afonso VI na hispania)

A eleição papa.

 A criação do colégio de Cardeais como colégio de eleitores(1059)

A Questão das investiduras (Gregório VII vs Imperador Henrique IV):

Quem tem o direito de nomear os bispos o papa ou o imperador?

Segundo Gregório VII:

 O papa pode intervir ratione peccati(por causa do pecado);


 A autoridade regia depende da autoridade papal;
 A igreja tem poder de supervisão e comando;
 A igreja tem poder da sagração e de deposição.
 A superiodade da igreja sobre os reis = reis são meros instrumentos do papa e do clero.

14/11/2023

Até ao século XIX os modelos canónicos são iguais com os termos que referi anteriormente.

O que a igreja pretende fazer é centralizar o poder em Roma, pois todas as igrejas na Europa, o
objetivo.

Há uma buracratização com uma chancelaria papal central

Neste contexto vai se dar uma transformação cultural.

Por exemplo a universidade nasce através da igreja durante a reforma gregoriana.

Pois e preciso fazer um clero mais erudito: Com a reforma nasce uma letra comum
uniformizando a escrita, verificamos isto no século XI na peninsula. Com esta reforma a
caligrafia visigótica é abandonada.

O direito também é reformado com um código central canónico, ao contrário de cada igreja ter
o seu código.

A reforma também cria escolas localmente descentralizando. Nas catedrais formaram-se


escolas catedralicias: Tentam recuperar o trivio: gramatica, retorica e dialectia.

Há uma transformação urbanística e económica no séc XI na Europa Ocidental nomeadamente


o eixo Norte de Italia Flandres.

Devido a estas transformações há um aumento demográfico no seculo XI, devido a melhores


condições. As cidades aumentam e portanto é necessário mais clero pois é necessário mais
igrejas, isto pois o cristianismo é tudo na idade média. Nesse sentido a igreja aposta na
educação. Neste período na Europa, verificamos que todos os reinos na Europa têm uma
chancelaria (administração central como todos os mosteiros que têm o seu cartório imitando a
chancelaria papal. Faz-se esta chancelaria pois é necessária administrar vastas terras nesse
sentido as chancelarias destes novos reinos como Portugal imitam a chancelaria Papal numa
profissionalização da escrita e vão aprender isto (tabuliões etc…) com a igreja.

Com esta reforma a igreja necessita de recursos humanos para as chancelarias.


No norte de Italia nascem corporações, devido ao crescimento demográfico e o aumento de
trabalhadores manuais (Sapateiros). Estes criam associações onde todos os membros pagam
um X ao ano para caso um deles não poder trabalhar por invalidez ou fôr a tribunal a
associação pagava ou ajudava para o membro não morrer na miséria.

Estas associações também contratavam seguranças para proteger as ruas.

A universidade também nasceu através de uma associação professores alunos para se


protegerem. As universidade também nasce com a descoberta dos textos de Aristóteles o que
lhe vai a sua identidade Aristotelica.

Estas corporações espalharam se pelas Europa (Ex: Rua dos Fanqueiros).

Estas razões são o contextos do nascer da universidade.

- Reforço da aprendizagem do latim

- Letra: triunfo letra carolina

- liturgia comum

- A aposta ao direito

- Aposta nas escolas

- Manutenção dos curricula tradicionais, regresso ao passado: trivium a superioridade da


escritura a menor importância da literatura não cristã.

- Chancelarias e sua proliferação.

16/11/2023

Numa primeira fase: surgem escolas episcopais que constroem-se nas cidades e é mandado
por Roma cada pároco fazer escolas nas suas catedrais. O Bispo é o reitor e as aulas decorrem
nos sítios perto das igrejas, no final o bispo passa a licença(licenciatura) licentia docendi. O
numero de alunos é pequeno por exemplo em Braga são 4 e são clérigos das cidades contudo
ao longo do tempo o numero de alunos vai aumentando e começam a aparecer alunos juristas
apesar de minoritarios.

O direito vai lentamente de indepndentizando: Bolonha, Montepellier.

Numa segunda fase: As corporações tem o seu papel dado que os alunos e professores como
os artificies vão formar corporações uma espécie de corporações de ensino como uma
corporação de sapateiros. Esta corporações entre alunos e professores vão criar estatutos e
privilégios para o bem comum.

Estas escolas querem mais liberdade e independência do bispo e a autoridade episcopal.

Com estas associações é necessário criar uma hierarquia bem como métodos de avaliação. Pois
havia alunos que queriam apenas o bacharelatos outros queriam o segundo o degrau, a
licenciatura e o ultimo degrau que era o doutoramento.

Estas escolas corporaçãos, com a sua ideia de comunidade, começam a chamar-se


communitas(comunidade) e depois uniuersitas studii(universalidade do estudo).
Estas corporações têm como objetivos:

 Organizar estudos, exames,muitas vezes: liberdade de ensino


 Organizar assistência mutua, assegurar proteção
 Revindicar: privilégios isenções;
 Regular a actividade docente
 A licença final: dada pela universidade/ pelo chanceler invés do bispo; a quem cumpre
os exames

Os estudos organizam-se por ciclos:

1º ciclo ensinam as artes liberais aos 14 anos(idade mínima): Grammatica, Retorica, Dialectica.

2º os alunos podiam escolher uma destas faculdades: Teologia, Direito, Medicina, Artes.

Numa 3ª fase Studium generale

No século as universidade começam-se a tornar independentes, verificamos uma fuga À


autoridade local(bispo). A emissão das licentia é feita pelo papa isto pois o problema até agora
era que a licença do bispo não tinha validade noutra diocese enquanto a do papa tinha
validade em qualquer ponto da cristandade.

Em 1300 já existem 12 universidades (nelas inclui Lisboa)

A universidade de Lisboa foi fundada por D. Dinis em 1290 com a bula de confirmação de
Nicolau IV (9 de agosto de 1290). Cânones, Leis, Medicina, Artes.

Em Lisboa já havia uma escola e o D. Dinis quer torna la uma universidade e pede a licença
papal. Por exemplo também havia uma escola no mosteiro de Alcobaça, contudo, esta nunca
teve independência e nunca se tornou universidade.

O curriculum

Artes: Bacharelato era cerca de 3 anos, licenciatura 3 anos mais 1 docencia, contudo, direito
medicina e teologia bacharelato+mestrado+doutoramento – até 14 anos para teologia em Paris

Aristoteles estava praticamente esquecido na idade media por também estar em grego,
contudo, o seu pensamento vai começar a entrar lentamente nas universidades.

As primeiras traduções de aristoteles através do arabe vão aparecer no final do sec XII, com
isso começam a aparecer os primeiros comentários muculmanos a aristoteles. O primeiro
destes comentadores que vai trazer aristoteles é Avicena (980-1037): persa do Uzbequistão:
Canone Medicina. Traduzido para latim em Toledo ca. 1160. Outro Averróis (1126-1198):
muçulmano da Hispania; comentador de Aristoteles.

A Escolastica era um método de ensino e de trabalho, a sua base era a nova lógica Aristotelica.
O método era o professor fazer a Lectio (lição) ler um livro e comentar sem métodos
pedagógicos, a cada 15 dias havia disputas(dois grupos defendiam argumentos diferentes),
discussões sobre um tópico ou um problema em que utilizava a lógica de debate aristotélica,
ou seja, um problema e um resultado com lógica Aristotelica. Isto mostra que a partir do sec
XIII a teologia vai estar subordinada a Aristóteles ao contrario de até então, ou seja, deixa-se de
usar o pensamento Platónico e passa se a usar o raciocínio para explicar as razões da fé
O grande intelectual do Aristotelismo medieval é São Tomás de Aquino

A Universidade no século XIII:


Hierarquia: uma universidade hierarquizada; produz a distinção

Especialização:

 Do ensino: Faculdade – predomínio de uma disciplina; auto-suficiência;

Democratização:

 Os colégios: instituição dentros das universidades onde se pode estudar comer e


repousar para os estudantes mais pobres e deslocados.
 Nações: agrupamentos de estudantes de acordo com a origem geográfica – o Quartier
Latin
 Cada vez mais gente fora do meio estritamente clerical – comerciantes; artífices.
 Veículo de promoção social: acesso à cultura erudita; acesso ao funcionalismo dos
reinos, que se estão a formar.

Escolástica: o ensino:

 A escolastica. A lógica aristotélica.


 Lectio
 As disputas privadas e públicas (obrigatórias de quinze em quinze dias)

Com isto podemos afirmar que lentamente vai se dar nestes passos À liberdade de
pensamento pois neste periodo com esta democratização já podemos verificar que já está lá a
semente

21/11/2023

Heresias, Medicantes E “Novas” Propostas de Sabedoria/Espiritualidade: Repensar a Igreja.

A reforma como foi feita pelo centro as seus resultados e ideais não foram imediatamente
visíveis. A ideia de reforma acaba por ter de consequência a ideia de purificação da igreja, o
celibato é o exemplo desta purificação da igreja.

Pedro Valdo é um dos homens mais importantes no final do seculo XII na França Leon.
Aprendeu a ler e a escrever pois era de uma família de comerciantes, lê os textos bíblicos
reflete e concebe que todos os cristãos devem viver em pobreza, defende que se deve traduzir
a bíblia e ele próprio sendo um comerciante rico vai encomendar traduções da bíblia Alexandre
III vai meio que aceitar contudo o seu sucessor Lucio III(1184) vai condenar Pedro Valdo pois
ele não é um sacerdote “pregador sem licença”. As suas ideias vão crescer imenso na zona de
Barcelona e no norte de Itália pois os seus seguidores querem ler a bíblia e então cria esta
conceção que Santo Agostinho etc... não são a autoridade mas sim a Biblia é a autoridade “solo
scriptura”.

No século XII Pedro Valdo vai ser condenado e os seguidores vão ser perseguidos.

Os Khataroi(puros) vão ser grupo importante no sul de França, são mais radicais pois ao
contrario de Pedro Valdo que não queria romper com a igreja os Khataros pretendem romper
a igreja institucional pois são impuros.
Os Cataros afirmam que existe deus e o Diabo ao mesmo nivel vivem no mundo atual em
conflito e que as duas forças são equilibradas ao contrario de o cristianismo em que estes dois
não se equiparam. Cristo não tinha corpo existiu em apenas espirito, recusa da eucaristia e dos
baptismos, recusam comer carne de animal e ovos(veagan), recusa dos santos, recusa da
família, contudo, todas as fontes sobre os cataros vêm de cristãos portanto dado a natureza
das fontes serem secundárias convem ter algum cepticismo acerca destas informações.

Os Cataros vão acabar por ser extintos pela força.

Os hereges:

Penas: excomunhão; proibição de ensinar; confisco de bens; privação de liberdade; morte.

Um dos problemas dos hereges é como se deve puni-los, pois até então as autoridades
locais(bispo) é que devem punir, contudo, com o crescimento destes grupos a igreja tem se de
impor e ter controlo “sobre as ideias erradas”, aí nasce a inquisição. Inicialmente a inquização
nasce como autoridade local o bispo cria um tribunal a nível de diocese. Contudo, quando
estas heresias crescem nasceu no sec XIII a inquisição papal e portanto há uma centralização e
há uniformização das penas pois cada bispo tinha a sua bitola e métodos de lidar com as
heresias.

Francisco de Assis é uma figura importante, nasce no seculo XIII filho de comerciantes e vai ser
uma espécie de Pedro Valdo aprende a escrever nas escolas da catedral. A certo ponto
encontra discrepância naquilo que ele lê e no vê e como Pedro Valdo deixa tudo e é radical.
Francisco passa a ser um medicante e vive de esmolas pois não se deve ter poder nem riqueza.
Tem sucesso e em 1221 tem 1000 homens que acreditam o mesmo que ele.

É quase tendo igual a Pedro Valdo, contudo, há a diferença de aceitar a instituição da igreja e
ser obediente e submisso. Com isto nasce a ordem menor de medicantes Franciscanos com o
papa Inocêncio III e este papa obriga Francisco a fazer uma regra. Francisco vai recusar então o
papa com uma bula impõe a regra bullota pois ele aceita a sua submissão.

E portanto ao contrário de Pedro Valdo há uma domesticação dos Franciscanos. No final da sua
vida Francisco afastasse da ordem. Ugolino que domesticou esta ordem acabaráa por ser
Gregório IX(1227-1241) e canoniza a ordem em 1228.

Haverá conflito entre os Franciscanos, uma facção que apoia os ideias de Francisco e outros
que apoiam uma ordem diferente.

No final do séc XIII, haverá a sua institualização com boaventura onde os Franciscanos poderão
ter prioridade trabalhar sem ser trabalho manual.

E portanto haverá duas facções:

 A favor de Boaventura e suas reformas


 Traicionalistas leais a Francisco de Assis (pobreza radical, trabalho manual e pedir
esmola, não ter propriedade.).

Cito os Franciscanos pois esta ordem é o exemplo de reforma.

Nas universidades começa a contestação ao poder de papa (Paris, Oxford) em contestação ao


poder temporal do Papa. As universidades tornam-se independentes e passam a debater estas
questões.
Ou seja, Henrique VIII e futuro não são o inicio mas o culminar desta contestação. Marsilio de
Padua (1275-1342) reitor da Universidade de Paris está contra o poder temporal do Papa.

Have´ra a discussão sobre o sacramento e a eucaristia são alvo de debate nas universidades
bem como hipótese de tradução da Biblia.

23/11/2023

Os franciscanos como domesticação de grupos heréticos. A igreja central vai promover a


domesticação. Há muita resistência interna à integração. Há uma ligação importante entre as
heresias e a literacia. Todos estes indivíduos, que propõem reformas, são indivíduos com
alguma literacia (saber ler e escrever latim).

A CAMINHO DE UM TEMPO NOVO? O RENASCIMENTO: AS ORIGENS MEDIEVAIS DE UMA


CONSTRUÇÃO CULTURAL

A partir do século XIV, começamos a ver nas universidades (século em que existem doze
universidade) impregnadas de aristotelismo (discussão teológica baseada na lógica). É da
universidade que começam a surgir as vozes mais críticas às posições da reforma gregoriana
em relação à igreja. Entre muitas coisas, a reforma gregoriana preconiza a preeminência
política da própria igreja em relação as aos restantes poderes, o papa numa posição cimeira de
poder.

A reforma gregoriana tem a vertente do ensino e a vertente política. As heresias resultam das
duas vertentes, como uma reação à interpretação política que a igreja faz de si própria a partir
do século XI. O século XIV é chave.

• Marílio de Pádua. Reitor da Universidade de Paris, a maior escola independente da Europa.


Intervém no contexto dos conflitos entre o imperador Luís da Baviera e os príncipes da
península itálica, entre os quais o papa João XXII. Desde o século XI há um conflito constante
entre o Papa e os imperadores do sacro-império germano. O conflito das investiduras (quem
investe os bispos, quem nomeia). As posições da reforma gregoriana determina que todos os
poderes temporais estão submetidos ao poder espiritual. Não obstante, a contestação dos
vários monarcas à intervenção papal nos seus reinos é imensa. No contexto de mais um
conflito, em 1324 escreve o Defensor pacis. Defende que o sacro-império germânico e a igreja
devem estar separados. São poderes independentes, não devendo o papa interferir ou ter
autoridade na esfera política imperial. De acordo com a argumentação lógica aristotélica, toda
a reforma gregoriana é colocada em causa. É neste sentido que o texto é condenado e
proibido.

• Guilherme de Ockham. É também ele um franciscano, um universitário. Será um dos


apoiantes de Pádua no conflito entre o império e o papado. Vai aprofundar a discussão - a
discussão sobre a pobreza e posse de propriedade de Jesus Cristo. Tinha Jesus Cristo e os
apóstolos propriedade? E se tinham era comum ou não? Estas perguntas nascem do interior
dos franciscanos. Francisco de Assis era radicalmente pobre, completamente contra a
propriedade. Quando a ordem é domesticada, a ideia de propriedade é transformada. Os
franciscanos são coletivamente proprietários. Ockham diz que a igreja não deve ter
propriedade. O ideal seria seguir um caminho como Jesus Cristo, ser radicalmente pobre.
Ademais, recusa a autoridade política do Papa.

• John Wycliffe. Vai escrever sobretudo dois textos importantes: De ciulio dominio
(1345, sobre o poder civil): defende o poder do monarca, principalmente o de Inglaterra, sobre
todo o reino e sobre as propriedades. O rei exerce o seu dominium diretamente de Deus,
sendo que para este o Sol é Deus e todos os outros poderes estão ao mesmo nível,
dependentes Dele. O poder do monarca, bem como do papa, vem de Deus. A igreja não deve
ter terras e o clero deve ser pobre. Em 1379 escreve De ecclesia, onde insiste a sua
argumentação. Concretamente defende que os próprios sacerdócios dependem do monarca
(origem de que o rei é o líder da igreja). Para ele, o papa nem tem poder espiritual sobre os
próprios bispos. A recusa do celibato (de uma casta pura à parte) e da intercessão dos santos.
Todos os grandes tópicas da reforma luterana. Recusa que o rei é senhor da propriedade da
igreja. Será contra os mosteiros, contra a imoralidade do clero e contra a vida monástica.
Ademais, insistia na necessidade de traduzir a bíblia.

Todos estes homens são cristãos que questionam a centralidade da igreja. A ideia de que o rei
não depende do Papa, de que tudo dentro do reino pertence ao rei são discussões com dois
séculos de discussão em Inglaterra.

O século XIV e a erupção do classicismo

Na segunda metade do século XIII e no início do século XIV, Lovato Lovati, interessa-se por
questões de cultura erudita não religiosa. Vai interessar-se por poesia clássica, poesia greco-
romana. Vai juntar à sua volta um conjunto de pequenos intelectuais para conversarem sobre
um conjunto de poetas da Antiguidade. Tentam saber onde podem encontrar textos sobre
determinados autores, como Horácio, Ovídio, Virgílio. O primeiro grande círculo de intelectuais
(mais propriamente indivíduos interessados) designa-se círculo de Lovati.

A partir desta época é desenvolvido um novo gosto literário. Desenvolve-se uma nova estética,
mais classicizante, numa tentativa de imitar os clássicos.

• Na corte de Nápoles, o rei Roberto de Anjou transforma-se num mecenas. Queria


trazer a Nápoles os manuscritos dos grandes autores clássicos. Investe em escolas e na
universidade, em profissionais.

• Na corte papal em Avinhão. Um conjunto de papas vão querer investir na recuperação da


literatura antiga. O século XIV é conhecido pela transferência da residência papal de Roma para
Avinhão. É com Clemente VI que se faz uma grande aposta na recuperação dos modelos
clássicos. Ente os vários autores, que se tornam em pré-renascentistas, é Petrarca. O primeiro
grande poeta que procura imitar os modelos da lírica clássica. Era funcionário papal.

Em parte, a ideia que os homens do século XVI terão, de corte entre o mundo medieval e o
renascimento, não se concretiza. A reforma gregoriana é muito lenta. NÃO HÁ RUTURA, HÁ
ENCAIXE - RENASCIMENTO É UM CONTINUAR DO MUNDO MEDIEVAL. Os renascentistas criam
uma narrativa de que eles são "novos", que de algum modo estão em rutura com o passado,
que procura restituir o mundo clássico à ideia de padrão cultural. Há duas mudanças
importantes no renascimento: a imprensa (que marca a diferença entre o mundo medieval e
pós-medieval) e a expansão europeia fora da Europa

Quando no século XVI Henrique VIII estabelece a Igreja. Vai dissolver os mosteiros.

No início do século XIII, o quarto concílio, Inocêncio I, define a teoria do sol e da lua, que diz
que os reis são meros satélites, cujo brilho depende da luz do sol, do papa.

Primeiro ciclo: faculdade de artes

Segundo ciclo: direito

30/11/2023

A cultura popular: Os camponeses medievais eram cristãos?

Estes indivíduos no periodo medieval sabendo ou n sabendo ler toda a gente se identifica
como cristão.

Christianitas: cristandade é uma designação cultural.

No final do seculo VI d. C um autor conhecido como Martinho de Braga, vai fundar uma ordem
religiosa e tornar-se bispo tornando-se São Martinho(n confundir com o Francês que é mais
conhecido pelas castanhas). Este individuo escreveu muitos textos, um deles De correctione
rusticorum na altura do martinho ainda estavam na galiza e norte de Portugal os ultimo reis
suevos, esta é uma zona ultra periférica e este é um texto sobre a população de Braga, e ele
afirma que a maior parte da população em Braga fora da cidade nos campos não é cristã, não
porque n tinham falado de cristo mas sim por a religião não ter penetrado e destronado as
religiões tradicionais pagãs. Martinho afirma que eles também terem muitos amuletos com
funções superticiosas bem como a comunicação com o sobrenatural estas atividades e ações
Martinho identifica como atitudes não cristãs, Martinho tenta cristianizar este mundo rural
tradicionalmente conservador e pagão(=campónio).

Elementos da cultura popular:

a) A dificuldade de estudo. Fontes


b) O papel da memória.
c) O papel da cultura visual
d) Rituais: procissões; velas, flagelações; o Corpos Christi: rituais de representação.
e) Do ut des
f) Testamentos e as missas por alma.
g) Peregrinações.
h) Os dragões, monstros e a hagiografia: é típico a cultura popular criar seres imaginarios
i) Os seres: bruxas, duendes, fadas, seres mágicos.
j) O demónio: as forças demoníacas.
k) Orações e magia.
l) Os santos.
i. Desde cedo: reservação do corpo; festa no dia da morte; sepultura nas

A cultura popular na idade media é sobretudo analfabeta e portanto é cultura que se transmite
se oralmente e por memoria estas só podiam ser transcritas em cantigas por exemplo. Ou seja,
na idade media devido à grande analfabetização o conhecimento é transmitido oralmente e
por memoria. Também a cultura visual através de uma imagem como os vidrais na igreja que
serviam para contar histórias pois pouca gente sabia ler e escrever. A necessidade das
procissões e das velas é típico da cultura popular medieval como por exemplo quando a ostia
sagrada (corpus Christi) saiam À rua e faziam procissões com os santos é típico da cultura
popular medieval. Apesar de na teologia a estatua do santo em si não quer dizer nada o povo
adora as estatuas apesar de na teologia não quererem dizer trata-se de uma cristianização das
religiões pagãs tanto que os protestantes vão estar contra isso pois consideram um ato pagão.

Por exemplo na procissão do corpo de Deus, também era um fenómeno social pois estavam
mais perto as ordens sociais mais importantes.

05/12/2023

As mulheres tinham cultura?

Entre analfabetas e místicas – a mulher na cultura e sociedade.

Cultura medieval é uma cultura mediterrânica. Durante o periodo medieval verificamos uma
sociedade em que o masculino é superior ao feminino. Os ofícios das mulheres também estão
em disparidade com a dos homens.

Quer a atividade: Politica, bélica e religiosa estão incumbidas ao homem

Na cultura mediterrânica os filhos não pertencem À mãe pertencem ao pai.

A educação na antiguidade sempre foi uma coisa masculina

As mulheres na idade media aceitavam o pratiarcado.

Há textos masculino que naturalizam a violência contra as mulheres como na Iliada e noutros
clássicos e na idade média o saque evolve violar mulheres e é natural.

Como a maior parte dos textos é escrita por homens a mulher é sempre posta no ponto visto
do outro. Na idade media a mulher tem um papel inofensivo e que precisa de um homem para
a defender as mulheres mais masculinas ou reivindicativas eram consideradas histéricas e
irracionais.
Verificamos uma falta de conhecimento sobre o corpo feminino e sobre a ginecologia mesmo
no século XVI, ou seja, viam a mulher como um homem imperfeito.

A mulher como agente:

Modelo Positivo:

 Virgem, esposa, mãe e viúva


 A maternidade
 A santidade

Modelos negativos:

 Eva: relação com o pecado;


 Um ser “menor” e “sem autonomia”;
 A prostituta; a bruxa. A consolidação da marginalização feminina.

A liberdade feminina e as atividades independentes em relaçã aos homens: a


diversidade de casos;

 A esfera da casa e da maternidade;


 A esfera dos mosteiros;
 A esfera das confrarias religiosas femininas;
 A esfera do trabalho;
 A sacramentalização do casamento.

A educação escrita no mundo medieval

 Educação controlada pela igreja. Para que serve um homem aprender a ler? E
uma mulher?
 As mulheres nos mosteiros.
 Hideldegarda de Bingen (1098-1179) e a poesia religiosa;

As rainhas: nada de verdadeiramente novo.

1. Mulheres e estratégia politca: nada de novo;


2. A imagem da rainha boa: ausente; mãe; boa administradora; pacificadora; amiga dos
pobres;
3. A imagem da rainha má: a intervenção política; o adultério.
4. A agência política feminina: os séculos XII e XIII – Urraca de Leão e Castela (1080-1126);
Teresa de Portugal (c. 1080-1130); Matilde de Inglaterra (1102-1167); Leonor de
Aquitânia (c. 1122-1204);

A casa e os filhos são uma responsabilidade exclusiva das mulheres tanto que o modelo
patriarcal também era transmitido pelas mulheres. Esta área domestica e educação dos filhos é
exclusivamente feminina e é aceito pelos homens e pela sociedade.

Os mosteiros femininos é um caso em que as mulheres têm liberdade para se gerirem a única
excepção é em questões litúrgicas onde a missa tinha de ser dada pelo homem.

Nas confrarias as mulheres também eram o ator principal.

Na idade média as mulheres também tinham um papel no trabalho pois a maioria trabalhava
fora: no campo ou nos ofícios da cidade.
Até ao sec XII o casamento não tinham de ser religioso, podia ter uma bênção de um sacerdote
mas não era obrigatório. A sacralização do casamento onde não pode haver divorcio dá se no
seculo XII esta sacralização é uma tentativa de proteger as mulheres pois uma mulher que
fosse repudiada estará marginalizada para o resto da sua vida. Então esta reforma nasce com o
intuito de proteger as mulheres pois estão mais seguras não banalizando a sua marginalização
bem como também estabelece algumas seguranças como depois de ficar viúva ou com os bens
e propriedades.

As bruxas: Santo Agostinho fala bastante sobre bruxas e associa ao paganismo. Santo agostinho
associa todos os rituais evolvendo a religio ao paganismo bem como os mágicos feiticeiros são
associados à ideia de marginalidade.

Mesmo na antiguidade clássica a ideia de Religio(conexão entre homem e os deuses aceitável)


e superstitio (superstição não oficial) entre os romano. Por exemplo, o cristianismo antes da
conversão do imperador era considerada uma superstitio. Com a idade média há uma inversão
pois os cultos tradicionais passam a ser uma superstição pagã e o cristianismo a “religio” (culto
aceitável)

Os amuletos feitiçaria ficam associados ao paganismo

12/12/2023

Sobretudo no ano mil vai surgir no ambiente nobre não clerical vai se desenvolver dividencia
de cavalaria sobre temas relacionados com a nobreza.

Textos produzidos em tema aristocrático sobre a cavalaria e caça e não são temas religiosos, ou
seja, o tema central é a guerra. Estes textos bélicos com protagonistas não religiosos começam
a aparecer no ano mil são escritos não no latim mas nas línguas locais no tom romântico estes
textos são feitos para ser cantados e falados em publico, por isso é necessário proclamar a
língua local para o público perceber. Neste periodo não há ortografia explicita porque esta é
uma convenção e então em línguas como o proto português a forma de a escrever estava
aberto à opinião de cada tabulião pois não há um acordo mutuo.

Encontramos 4 tipos de textos: Texto de caracter épico medieval cujo a transmissão é oral e
portanto estes são alterados consoante o comunicador e a sua maioria são episódios.

A poesia trovadoresca descende deste modelo acompanhada à música mas a poesia


trovadoresca é mais ligeira

14/12/2023

A construção ideológica dos novos reinos: rei, festas rituais, língua, unidade étnica e igrejas
“nacionais”.

O processo de rei/reino se tornar lentamente um estado. Um dos fatores é o próprio rei que
cria uma unidade cultural numa certa região; Outro factor de unidade cultural é a língua; Outro
factor de unidade é a etnia; Outro fator é a religião.

O REI: Estamos numa época em que há festas rituais em torno do rei, há quatro tipos de festas.
Uma é que o rei deve ser coroado, durante a idade média o ritual de coroação é típico, este
fazia se através de uma figura eclesiástica a coroar o rei, ou seja, o poder espiritual dá
legitimidade ao poder temporal. A unção e sacralização do rei é escondido dos mortais o ritual
é dentro das igrejas e o rei recebe a bênção do bispo escondido entre painéis pois a bênção é
tão sagrada que os mortais não podem ver. Após a sacralização o rei sai da igreja e é aclamado
pelas populações .

Na peninsula ibérica o reis não croados mas eram aclamados sobe um estrado e é aclamado
pela sociedade (representantes da nobreza, clero e conselhos).

Os funerais dos reis também era outro fator de unidade: há um aproveitamento publico da
morte do rei, em Inglaterra por exemplo faziam-se mascaras de gesso do rei morto para fazer
um busto de gesso no funeral para manter a ideia de que o rei não morre.

A entrada do rei nas vilas: havia uma preparação para a entrada do rei e da corte nas vilas, as
autoridades esperam o rei e depois o Rei dirigia-se ao centro da cidade onde assistia a
discursos de boas vindas, teatros etc… este episodio é outro exemplo de unidade.

O que acontece na idade é a expulsão de elementos étnicos que não eram considerados etnias
do reino e que não pertencem no território. É neste contexto em que se começa a substituir o
latim, no território português com D. Afonso Henrique falavasse muitas línguas. As línguas
t~em de ser impostas como o foi o caso de D. Dinis pois a melhor forma de impor é através da
escrita e da chancelaria.

O triunfo do Castelhano foi impor uma única língua de escrita ensino etc…

A RELIGIÃO

Um dos problemas da reforma é o conflito entre o rei/imperador e o pontificado. Para os reis é


necessário o controlo do território controlo esse que involve controlo sobre a igreja, contudo,
no fundo quem é o líder da igreja no reino? Essa questão que vai marcar a idade média e
reforma.

No caso de Portugal com a excomunhão os reis tinham de estabelecer o controlo da ordens


militares pois são elas que face à excomunhão podiam fazer afronta

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