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Centro de Ensino Dep.

Luiz Rocha

Prof-Solange Lima
4º Periodo 2023
AS ARTES ESPANHOLAS
Arquitetura
A arquitetura da Espanha revela a influência dos vários povos que dominaram o país. Alguns aquedutos, pontes
e outras edificações dos antigos romanos ainda estão em uso., enquanto ruínas de outros monumentos romanos
podem ser vistas em todo o país.
Mesquitas (templos) construídas pelos mouros erguem-se em algumas cidades do sul, embora a maioria dessas
construções sejam agora igrejas católicas.
A enorme catedral de Córdoba foi construída como mesquita no século VIII. Mais de mil colunas de granito,
jaspe, mármore e ônix sustentam suas arcadas. Os mouros construíram castelos fortificados chamados
alcáçares.
O mais famosoe o esplêndido Alhambra, em Granada.
A Espanha tem cerca de 1400 castelos e palácios, incluíndo os alcáçeres. O Escorial, que é uma combinação de
mausoléu, igreja, mosteiro e palácio, se encontra a cerca de 48 km ao noroeste de Madri.
Foi construído no século XVI: é uma das maiores edificações do mundo. A estrutura de granito cinzento ocupa
quase 37 mil metros quadrados, tem 300 salas, 88 fontes e 86 escadas. Os túmulos de muitos monarcas
espanhóis encontram-se no Escorial.
A uma distância aproximada de 16 km do Escorial fica o Vale dos Caídos, outro monumento aos mortos e
mosteiro. Os mausoléus encontram-se no inteiror de uma montanha.
Cerca de 46 mil mortos durante a Guerra Civil Espanhola estão enterrados nesse local, assim como o corpo do
ditador Francisco Franco.
Uma cruz com 150 m de altura, feita de concreto armado, foi colocada em cima da montanha.
A catedral gótica de Sevilha é a segunda maior igreja da Europa. Apenas a Basílica de São Pedro, em Roma, a
supera. A catedral de Sevilha em 116 m de comprimentoe 76 m de largura, e sua torre ergue-se a 120 m..
Música
Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes de
óperas e sinfonias.
No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta chamada zarzuela, que combina
canto e diálogo. Os músicos mais cinhecidos da Espanha no século XX são o violoncelista Pablo Casals, o
compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia.
Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças especiais. O
acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros.
Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.

Artes
A Espanha tem uma rica tradição artística e foi berço de alguns dos maiores pintores e escritores do mundo.
As artes na Espanha tiveram seu apogeu no chamado Século de Ouro, entre os séculos XVI e XVII, quando
o país era uma das maiores potências mundiais. Desde então as artes conheceram certa decadência, mas
houve um renascimento no século XX. Literatura
As mais antigas obras espanholas ainda existentes são O Poema do Cid e O Drama dos Reis Magos.
Especialistas acreditam que ambas as obras datem do século XII, mas não sabem quem as escreveu.
O Poema do Cid narra as façanhas de um dos heróis nacionais da Espanha.
Apenas uma parte de O Drama dos Reis Magos se conservou: a obra trata da visita dos Reis Magos ao Menino
Jesus.
Durante o Século de Ouro, os escritores espanhóis produziram algumas das mais conhecidas obras literárias do
país.
Por exemplo Miguel Cervantes escreveu Dom Quixote, uma das mais importantes obras literárias de todos os
tempos. O dramaturgo Pedro Calderón de la Barca escreveu a famosa peça A Vida é Sonho.
Entre os principais escritores espanhóis do século XX contam-se os ensaístas José Ortega y Gasset e Miguel de
Unamuno, o dramaturgo Antonio Buero Vallejo, o romanciscta Camilo José Cela e os poetas Garcia Lorca e
Juan Ramón Jimenez.
Alguns Escritores
LOPE DE VEGA: (1562 – 1635) Poeta e dramaturgo barroco, é considerado o criador do teatro espanhol do
século XVII. Extremamente produtivo, consta que escreveu 1.500 peças. Exagero ou não, Lope de Veja
dominou os palcos teatrais até a chegada de Pedro Calderón de la Barca, que lhe roubou o público.
Lope de Veja foi o escritor da realeza, personagem de grande parte de suas obras. “O Melhor Alcaide é o Rei”
(1607), com essa temática, foi e ainda é uma de suas peças mais encenadas.
FEDERICO GARCÍA LORCA: (1898 – 1936) Ídolo literário dos fãs do binômio liberdade e rebeldia, o
escritor granadino cantou a Espanha na maioria de seus versos. “Canciones Gitanas” (1927), de poesias, o
consagrou. García Lorca desempenhou um papel importante também como dramaturgo. Escreveu, entre outras,
a trilogia trágica “Bodas de Sangue” (1933), “Yerma” (1934)e “A Casa de Bernarda Alba” (1936).
Lutou na Guerra Civil Espanhola contra os franquistas e foi fuzilado por eles em 1936.
PEDRO CALDERÓN DE LA BARCA: (1660 – 1681) Quando escreveu que “toda la vida es sueño y los
sueños, sueños son”, o dramaturgo talvez não imaginasse que a peça “A Vida é Sonho”(1635) faria sucesso tal
a ponto de destronar Lope de Veja.
Calderón tinha como principal temática a luta de foice entre o livre arbítrio e as limitações impostas pelas
convenções sociais, a religião e a honra.

MIGUEL DE CERVANTES (1547 – 1616) – Sinônimo de literatura espanhola, o autor de “El Ingenioso
Hidalgo Don Quijote de la Mancha” (1605) revolucionou o mundo da pena e do papel ao utilizar recursos como
a ironia e o humor em sua obra mais conhecida. Nenhum outro livro seu alcançou a mesma fama que as
aventuras do cavaleiro das ilusões, Don Quixote, e seu fiel escudeiro.
Pintura
Os principais pintores espanhóis durante o Século de Ouro foram El Greco, Murillo e Velázquez. Um dos
primeiros mestres da arte moderna, Goya, destacou-se durante o final do século XVIII e começo do século
XIX.
O mais conhecido artista espanhol depois de 1900 foi Pablo Picasso. Ele criou, além de suas pinturas,
magníficos desenhos, esculturas, gravuras e cerâmicas. Entre outros destacados pintores espanhóis modernos
encontram-se Salvador Dali, Juan Gris, Joan Miró e Antonio Tapies.
Alguns Pintores
DIEGO DE VELÁZQUEZ: Artista da nobreza por excelência, Velázquez é autor de uma das obras
espanholas mais reproduzidas e admiradas, a tela “As Meninas”. Nela, o autor aparece à esquerda, pintando
meninas da corte. Contrariando as tendências da época, Velázquez retratou também os desfavorecidos. “As
fiandeiras” (1657- 1660) foi o primeiro quadro da história a ter operárias como tema.
EL GRECO: (1541 – 1614): Um dos maiores pesos-pesados das artes plásticas, nasceu em Creta e morou
durante grande parte da sua vida em Toledo, cidade retratada na tela “Vista de Toledo sob a Tempestade”
(1610- 1614), uma de suas obras primas.
El Greco impregnou suas produções de um realismo atroz, capaz de traduzir o caos humano em jogos de
sombras e de claros-escuros. Outras telas do artista bastante conhecidas são “Visão de São João”(1610 – 1614),
” A Ressurreição de Cristo” (1600 – 1603) e “Laocoonte” (1610- 1614).
JOAN MIRÓ (1893 – 1983): Um dos frutos mais fecundos de Barcelona, o artista traçou linhas e figuras algo
pueris que conquistaram uma legião de admiradores.
Considerado um dos maiores mestres da composição cromática, salpicou com toques de alegria a maioria de
seus quadros.
GOYA (1746 – 1828): Nascido em Fuendetodos, próximo a Zaragoza, concorre com El Greco no quesito
“gênios da pintura espanhola”. Outro mestre do realismo, Goya transpôs para suas telas um mundo povoado por
bruxas, demônios e também pessoas comuns. “Maja Desnuda”(1796 ), que mostra uma mulher em duas versões,
com e sem roupa, provocou furor na época. É uma de suas óbras mais famosas.

PABLO PICASSO (1891 – 1973): Depois da fase azul e da fase rosa, criou cubismo, com “Les Demoiselles
d`Avignon”(1907). Foi um dos artistas mais prestigiados do século 20.
Folclore
As antigas características regionais de Castela, Andaluzia, Galícia, Catalunha e das províncias bascas,
acentuadas por contrastes naturais, continuam a existir, embora haja diferenças quanto à resistência em
assimilar novos costumes.
As comunidades locais preservam sua vitalidade, muitas vezes enfraquecida pela centralização do governo.
Por outro lado, a industrialização criou classes superiores de banqueiros e homens de negócio que trazem
consigo algum espírito de renovação.
A própria Igreja espanhola, a partir do concílio ecumênico, tem cedido às pressões do Vaticano, promovendo
reformas econômicas e sociais.
No entanto, os costumes tradicionais – alguns de grande beleza – persistem.
A Fiesta é um dos principais traços da vida social espanhola, não só nos pueblos mas também nas cidades.
Elas ocorrem em dias santificados e incluem peregrinações, feiras especiais, carnaval tudo acompanhado de
fogos de artifício e touradas.
As romerías aos lugares santos acontecem sobretudo no verão.
Uma das mais conhecidas é a del Rocio, realizada no dia de Pentecostes, em Huelva.
A verbena é uma feira noturna em cidades e vilas, principalmente Madri. Sevilha tem a sua feira de abril e a
famosa procissão de semana santa, que dura vários dias.
Valência é conhecida pela procissão de São José, em que se destacam enormes bonecos; em Pamplona há uma
festa em que touros jovens são soltos pelas ruas e os habitantes transformam-se em “toreadores”. A tourada,
aliás, é o espetáculo nacional por excelência.
Culinária Espanhola
Na região central da Espanha, temos de cordeiro (cordero) a leitão (cochinello), preparados de maneira
artesanal, passando por caças como faisão, perdiz e javali. A paelha, prato típico da região de Valência, é feito á
base de arroz e açafrão. As tapas (entradas) usam e abusam do chouriço, além do sem igual presunto de
guijuelo.
Da região central também vem o melhor queijo da Espanha – o manchego (que, quando curado; parece bastante
com o parmesão) à base de leite de ovelhas criadas na planície de La Mancha – e leguminosas (feijão, grão-
debico) e lentilha de todas as cores formatos e tamanhos.
Duas sopas, uma para o verão e outra para o inverno, merecem destaque: castellana e gaspacho. São sempre
acompanhadas de pães, cujos miolos, refogados com pimentões e bacon, e inspiradas nos pastores.
Nas sobremesas, os doces mais tradicionais são as “yemas de Ávila” (gemas de ovos açucarados), as
“almendras garrapiñadas de Alcalá de Henares” (amêndoas confeitadas) e os “marzapãs de Toledo”, marzipãs.
Além dessas iguarias, há também puchero, conhecido em todo o mundo, pollo chilindron (frango espanhol) e os
lanches: pancho com panchetta (cachorro quente com bacon), tortilla (pastel espanhol) e a bebida sangria (feita
com vinho, laranja e água mineral com gás).
Cultura da Espanha
Espanha é provavelmente mais conhecida pelas touradas e pelo flamenco, mas conta também com pintores de
fama mundial como são os casos de Salvador Dalí e de Pablo Picasso.
Outros dos pintores mais conhecidos são Goya (1746-1828) e Velásquez (1599-1660), cujas obras podm ser
admiradas no Museu do Prado, em Madrid.

As obras mais importantes de Velázquez são “Las Meninas e “La Rendición de Breda”.
Espanha tem também alguns compositores de estatura mundial, bem como conhecidos cantores de ópera.
Os compositores espanhóis de fama mundial incluem nomes como Enrique Granados, Isaac Albéniz, Manuel de
Falla e Joaquín Rodrigo.
Todos já ouvimos falar de Placido Domingo – o artista de ópera mais famoso de Espanha – assim como de José
Carreras e de Montserrat Caballé.
A música e a dança flamenca surgiram no Sul de Espanha, mais precisamente na Andaluzia.
Os ciganos enraizaram-se aqui, tendo desenvolvido a sua cultura em Espanha.
Atualmente, a maioria das miúdas espanholas aprende a dançar sevillanas, uma das danças mais folclóricas.
O toureio ou a corrida de touros têm uma enorme importância na cultura espanhola.
Foi no século XVIII que se tornou popular.

Arte e Cultura
A arte é um reflexo direito da conciência de um povo, reflexo que matiza-se pela história e tempera-se com a
essência racial de a sua gente.
Espanha, terra de turistas que ficaram por séculos e imortalizaram-se na mistura de sangues, costumes, crenças
e sonhos, tem um reflexo de sí propria num a arte de riqueza extrema, não arrebatada pelos posteriores
movimentos que levaram-a perder suas colônias e territórios no Novo Mundo.
Não há estilo cultural e artístico que não tenha atingido uma força e um caráter especial na península, que, com
o resguardo do zelo espanhol pelo passado, permanece na atualidade como jóia viva da conjunção de mundos e
culturas distantes, únicas e eternizadas.
Há, aliás, uma caraterística muito própria da arte na Espanha, uma que se deriva de a sua própria história: essa
tendência a incorporar o novo ao velho, a combinar o presente com o passado, revela-se na maioria de suas
peças arquitetonicas nas que se observa uma mistura do estilos, prova de etapas de construção que se
prolongaram por séculos e deram por fruto uma arte sobre outra.
Esta tendência enriquece à vista de seus inumeráveis monumentos pois é possível encontrar neles a pegada do
tempo e o caráter espanhol de um olhar só, tal e como os mesmos espanhóis apresentam-se perante o mundo.
A Arte Romana
Nenhuma terra que tenha vivido a presença romana carece de uma decidida influência na sua arte.
Os romanos construiram na Espanha caminhos, estradas, majestosos aquedutos como o de Segovia, teatros
como o de Mérida, pontes e arcos do triunfo em muitas das cidades que fundaram ou ocuparam.
Como se sabe, os romanos exportaram ao seu império a visão humanista da arte grega, as dimensões de corpos
perfeitos em suas esculturas e pinturas que estamparam-se preferentemente em obras de artesanato doméstico
pequenas.
A filosofia e literatura grega chegou em Espanha pela via romana, o seu impacto não teve um eco imediato pelo
fato de que a escrita entre os celtíberos era inexistente, porém, o germe desta cultura prevalece em todas as
manifestações posteriores.
Os Visigodos
Com os visigodos entra-se de cheio na era cristã na Europa. Suas obras artísticas, em especial a arquitetura e a
pintura, iam dirigidas a fines eclesiásticos, é nesta época quando se construim igrejas e mosteiros austeros em
suas formas cujo ornamento era baseado em frisos de baixorrelevo talhados em pedra ou em madeira.
Seu maior aportação é a importação do arco de ferradura que mais tarde iria aperfeiçoar-se com os árabes.
No relativo à orfevraria, os visigodos atingem um grande desenvolvimento, especialmente em Toledo, a capital,
onde realizam-se obras de maravilhosa beleza.
A Influência Árabe
A visão muçulmana da vida tem um eco forte na arte da Espanha. Desde seus cantos mais suaves e sensuais, as
jarchas, alejados em parte da tendência estritamente religiosa, até suas monumentais obras de arquitetura.
Os árabes tiveram três períodos de desenvolvimento artístico na península: a arte califal que deixou pelo o seu
lado três tipos de construções: a mesquita, de desenho quadrangular orientado sempre para o muro de orações,
o Alcácer, consistente num a zona retangular de habitações em cujo centro se distribuim formosos jardins
laberínticos e fontes decorativas, assim como a alcazaba, fortaleza retangular rematada com torres quadradas e
a torre de vela, por onde se podia vigiar o inimigo.
As melhores mostras deste arte encontram-se em Málaga, em Córdoba e em Toledo, com a sua murada cidade
com Porta de Dovradiça.
O rasgo mais significativo da arte califal é o uso do arco de ferradura. A decoração interior, importada de Síria,
cumple com criatividade o preceito muçulmano de evitar figuras humanas e de animais no interior das
construções, sustituindo-os por formosos motivos caligráficos, geométricos e de vegetais que abundam nos
tetos e paredes destas obras da arquitetura.
A arte almohade, desenvolvida para os séculos XII e XII, especialmente em Sevilha, floresce num a etapa na
que o grupo árabe no poder pretendia uma maior austeridade na vida comum. À isto debe-se que se utilize o
tijolo e as torres quadradas de escassa ornamentação, em contrapartida, aparecem os azulejos e mistura-se a
escrita árabe com a cristã. Um exemplo deste estilo é a Giralda em Sevilha.
A arte nazarita, correspondente ao período de decadência do domínio árabe na Espanha e à reução geográfica à
Granada, tem o seu maior expoente na Alhambra. A caraterística essencial do estilo nazarita é o talhado em
gesso dos interiores, de uma finura tal que parece um encaixo bordado sobre as paredes e altos tetos,
misturando-se estéticamente com preciosos mosaicos com predominio do azul.
As escassas portas guardam o mesmo estilo no talhado e os salões, recarregados na decoração, oferecendo uma
imagem telescópica para o céu com as inacreditáveis figuras gravadas nos tetos. As celosias que separam os
salões do sultão do harém, permitem percebir essa sutileza com a que se movimentavam no interior as mulheres
e intrigas que compunham a vida no palacio do sultão.
A arte mudéjar é uma mistura realizada por árabes convertidos ao cristianismo que se assentaram em zonas
reconquistadas. No sentido arquitetónico o mais relevante é o Alcácer de Sevilha e as sinagogas de Toledo.
De igual maneira, a forma de trabalhar o ouro tem ficado como herança na antiga capital visigoda, Toledo,
através do damasquinado toledano que consiste em lavrar com fios de ouro de três cores em base à batidas
pequenas, paisagens e figuras de singular beleza sobre um fundo preto de aço.
Este arte orfevre tem duas vertentes: as jóias e as armas de guerra, cujas espadas luzem na empunhadura os
nomes e escudos dos grandes cavaleiros das cruzadas.
No relativo às obras do artesanato, a influência árabe deixou o uso do marfim e as madeiras preciosas de uma
forma diferente, destacando a aparição de cofres em madeira de diversos tamanhos e estilos.

O Gótico
Este estilo, com o que frequentemente são identificadas as principais obras de construção europeas, entra na
Espanha pela zona cercana a França.
As primeiras obras se geram em Roncesvalles, Cuenca e Sigüenza, logo os bispos de Burgos, León e Toledo
encarregam obras deste tipo a arquitetos estrangeiros.
O gótico floresce na Espanha, em Catalunha e Valência propaga-se embora com caraterísticas mais particulares.
Em Navarra aparece com posterioridade no mesmo século XIII e o seu maior representante é a Catedral de
Pamplona.
A inacreditável altitude que atingem as torres e a pavilhao central nesta arquitetura, com su luminoso interior a
raíz de sus vidraçarias decoradas, são uma mostra de uma das etapas mais florecientes da arte na Espanha.
A Era da Ilustração
Ao igual que na França, o pensamento da Ilustração trasmite-se para Espanha com resultados em seus domínios
e sistemas de vida e governo. Avançando para uma democracia que demorou em consolidar-se, a arte da época,
especialmente na literatura e pintura, afiança-se com aportações do estrangeiro.
Esta etapa, de claro domínio frances não apenas na Espanha mas no mundo todo, introduz na arquitetura
elementos que consideram-se ponta da etapa moderna. A urbanização das cidades é um ponto clave que os
monarcas atendem, deixando como resultado o embelecimento menos recarregado de muitos lugares espanhóis.
Para finais do século XVIII, o olhar reverte para a cultura popular como fonte de inspiração da arte. A
tauromaquia, vista pelos olhos de Goya, é um adelanto aos movimentos que no século XIX irão causar furor.
Desta sonora etapa de auge artístico do pintor espanhol, o Museu do Prado em Madrid conserva as melhores
peças da a sua obra.
O século XIX
Este é o século do romanticismo, que na Espanha nutre-se de obras como o clássico “Dom João Tenório” que
sitúa aos ibéricos como prototipo do galão masculino. Obras poéticas como as de Bécquer, Rosalia de Castro
ou peças como as de Benito Pérez Galdós circulam para deleite de leitores do mundo todo.
Como resposta, o realismo e o naturalismo aparecem para enfrentar o homem com realidades mais evidentes e
como porta de entrada o impatante século XX.
O século XX
O século presente envolveu Espanha num momento da a sua história em que se definia uma nova forma de
vida. A Guerra Civil destruiu numerosos edifícios de grande tradição histórica que foram renovados no fim da
mesma, sem conseguir levar no esquecimento a memória de uma história tão profunda como a espanhola.
A ditadura franquista obrigou emigrar a muitos dos espíritos livres dos artistas hispanos para França e América,
especialmente. Sob o controle de Franco se construe o Vale dos Caídos, dedicada aos que cairam na Guerra
Civil.
O sentido austero, a mistura militar e religiosa com certo ar de modernidade reflitem-se nas obras elaboradas
durante a época da ditadura. Em contraste, a pintura torna-se mais audaz tentando refletir os sentimentos mais
angusteantes do século XX.
As peças de Dalí, Miru e Picasso, as mais renconhecidas mundialmente, fazem parte desse grito silencioso para
a liberdade individual que tanto se valora na nossa era, envolvidas num a visão muito mais personal da vida e
da arte mesma.
Espanha jamais tem deixado de produzir obras artísticas e culturais de magnitude e resonancia mundial.
Filósofos como Unamuno e Ortega e Gasset brindam pensamentos dispares que vale a pena conhecer, os
músicos tentam resgatar suas raizes culturais e populares com um ar de modernidade e oferecem o flamenco
atual em variadas versões. População e Costumes
A grande tradição histórica que levou Espanha à ser um território conquistado e posteriormente um grande
conquistador prevalece no caráter da sua gente.
Herdeiros de uma cultura que mistura com alegria religiões e ideologias variadas, que esforçou-se durante
séculos para estabelecer uma unidade, os espanhóis tem desenvolvido um marcado acento hospitalero e cordial
que defronta-se com uma necessidade auto-protetora de isolamento interior.
De repente são muito europeus com um ar de auto-suficiência e desesperanza, e num instante balançam para o
lado vivaz e quente da sua natureza latina e muçulmana desfrutando dos prazeres da vida, sendo hospitaleros e
orgulhosos da sua história.
Longos anos de luta pela unidade nacional contrastam com um marcado sentido regionalista que prevalece por
cima do nacionalismo caraterístico de outros países.
Os espanhóis são primeiro castelhanos, catalães, vascos, andaluzes ou galegos que espanhóis, são primeiro da
sua terra que da sua nação, da sua língua regional que do espanhol que orgulha-les perante o mundo como
língua prolífica em beleza poética e narrativa.
Este sentido regionalista leva-os lutar em solidaridade pela conservação das tradições, costumes e história com
singular paixão. Cada comunidade, cada província e povoação conservam quase intatas lendas e hábitos da sua
época medieval e inclusive da herança romana.
Os espanhóis cuidam do seu passado com tanto fervor que tornam-o presente em cada celebração, em cada
repetição oral ou encenada das suas costumes fazendo um constante viagem entre o ontem e o hoje.
Este afão por manter o passado traslada-se à conservação do seu patrimônio histórico físico: igrejas, mosteiros,
conventos, becos, praças e casas de personagens que tem deixado pegada à seu passo pela história, são
protegidas e mimadas pelo Estado, mas, como se fosse um trabalho exclusivo dos habitantes, grande parte deles
deleita-se em conservar os mitos e histórias que dão vida esses lugares e em narrá-los com detalhe aos
visitantes quando apresenta-se ocasião.
Perdido nos sôtãos do Escorial ou nas trincheiras do Alcácer em Toledo, por citar exemplos, o visitante que
tenha escutado um espanhol narrar a história desse lugar pode chegar sentir a vitalidade de uma época passada,
as forças que acumuladas templaram o complexo caráter hispano.
Em soma, o espanhol orgulha-se do seu passado, do seu caráter ferrenho e conquistador e das evidências que o
tempo e a história deixaram sob seu cuidado na sua geografía. Como contraste, o presente os angustia,
parecelhes uma inecessária jogada do destino sem frutos, sem visão e nem esperanza pelo futuro.
As crises econômicas que a Espanha do século XX tem tido que enfrentar fizeram aflorar o outro lado do
caráter ibérico que identifica-o mais com os atuais sentimentos geralizados europeus: o lado sem esperanza e
sem sonhos, o de proteção excesiva de suas fontes de emprego e a visão, as vezes estranha, de uma
competência constante com as outras nações europeas.
Neste sentido, Espanha é um país sombrío cuja taxa de natalidade, sinal da visão popular para o futuro, tem
descido quase até o zero, onde os jóvens passam as noites nas ruas e bares à viver sem conviver entre drinques,
música e cigarros, onde os habitantes da terceira idade abundam e a solidão mina-lhes a existência sem maiores
recursos que as lembranças de tempos mais felizes.
Em termos gerais o nível de vida é alto e a população goza sem grandes esforços de serviços sociais
indispensáveis como os de saúde, educação e vivenda.
O emprego é escasso, mas existe o seguro de desemprego que permite sobrevivir por um tempo. Os jovens de
25 a 30 anos são os que com maior dificuldade irão colocar-se no mercado laboral.
Porém, a vida mantém para os espanhóis a sua alegria prazenteira na hora do bar, que visitam tão assiduamente
como antanho visitaram a igreja: à meia manhã, à meia tarde e pela noite, as tapas variadas de queijo, omelete
espanhol, ovo, pressunto, mariscos ou batatas, acompanham essa escapada ao bar na que se bate um papo com
os amigos.
E se por uma parte uma capa de desesperanza cobre às novas generações espanholas, por outra mantém-se
assombrosamente o humanismo que no século XVI elevaram os filósofos e escritores espanhóis.
Embora que o mundo em geral acha imerso em processos de modificação de hábitos básicos marcados pelas
novas formas de trabalho industrial e comercial, na Espanha prevalece o costume de fazer um alto ao mediodía,
entre as 14 e as 16 horas para comer em casa com a família, pelas noites, o jantar realiza-se em volta das 22:00
horas para dar passo a uma vida noturna agitada que permite aflorar o lado barulhento do caráter do espanhol.
O cumprimento de dois beijos, um em cada face, é talvez a maior cortesia física que os hispanos oferecem sem
pudor aos visitantes, com isso revelam que a igualdade abarca aos estrangeiros pois comprimentam igual que
aos seus conterrâneos sem nenhum reparo.
Porém, outra clase de contatos físicos entre as pessoas reserva-se aos namorados ou os velhos amigos e é
inusual que a gente seja muito expressiva neste sentido. Entre os homems, este contato reserva-se estreitar as
mãos sem muita efusividade.
A fala é rápida embora não se tenha pressa e o tom acostuma ser imperativo sem que isso indique
superioridade, enojo ou distancia.
Os espanhóis são muito diretos e expressivos verbalmente em suas opiniões e juízos e quem não há entendido
previamente pode sentir-se vítima do enfado inexistente do seu interlocutor, por contraste, são redundantes em
suas informações e é necessária uma grande dose de paciência quando trata-se de estabelecer térmos de
intercâmbio comercial ou pessoal ou quando solicita-se ajuda e informação.
Um hábito espanhol que de entrada mexe com o visitante, especialmente se não partilha o gosto, é a paixão pelo
tabaco.
É possível que em nenhúm outro lugar do mundo se fume tão livre e constantemente. Ainda nos lugares onde
proibe-se fumar, de acordo às leis que internacionalmente tem-se tentado impor, os espanhóis fazem por não
abandoar este hábito que, mesmo que seja pessoal, pode considerar-se nacional, inclusive nos espetáculos
públicos e em alguns programas de T.V., não fique surpreso se aparecer alguma pessoalidade fumando um
cigarro.
Para o seu agrado, no caso de ser fumador, o tabaco talvez seja um dos poucos produtos que poderá encontrar
sem reparo à qualquer hora do dia ja seja em estancos (tabacarias oficiais do estado), nos bares ou nas
numerosas e socorridas máquinas automáticas para isto.
O costume de respeitar os horários para comer, assim como essa paixão e culto que os habitantes da península
impoem à sua noite é a causa de que os horários comerciais sejam tão benévolos.
Pelas manhãs não encontrará aberta nenhuma loja, frutaria, mercado ou qualquer serviço antes das 9 da manhã
e inclusive talvez deva esperar até as 10, no meio dia a gente retira-se para comer e as lojas e serviços fecham
de 14 às 16 ou 17 horas, na tarde, às 20.00 h. começam a ver-se cair as portas dos comércios.
Os únicos lugares que permanecem abertos de maneira continua são os grandes armazéns, geralmente com
tendência de mercado estrangeira, os restaurantes e bares.

Cultura da Espanha - Tradições da Espanha


Culinária
Ao Sul, a Espanha possui costa para o Mediterrâneo e, ao Norte, para o oceano Atlântico.
Esta grande proximidade com o mar influenciou bastante a culinária local.
A própria Paella, famoso prato típico, não é nada mais do que uma mistura de arroz, frutos do mar, frango e
temperos.
Legumes cozidos e grãos, como lentilha e feijão branco, também são artigos freqüentes na mesa dos espanhóis.
Os embutidos ibéricos, como presunto, salsicha e chorizo, estão por todas as partes e são vendidos em lojas
especiais, as jamonerias.
Estes estabelecimentos são muito populares, principalmente no interior do país, e oferecem grande variedade de
produtos.
Os espanhóis têm o costume peculiar de comprar a perna inteira do porco, para em casa consumir aos poucos o
presunto.

Soneca sagrada
Quem nao gostaria de poder todos os dias dar aquela dormidinha depois do almoço?

Aqui, essa soneca digestiva se chama “siesta” e é algo levado a sério.


Um costume secular preservado mesmo diante das exigências do mundo moderno.
Lojas, vendas, supermercados e pequenos estabelecimentos fecham suas portas s 14 horas e só voltam a
funcionar às 17 horas.
Salvo grandes redes, como a de roupas Zara ou as lojas de departamento El Corte Ingles, que funcionam
normalmente.
No mais, os estabelecimentos espanhóis reservam esse período vespertino para o descanso.

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