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REDE HIDROMETEOROLÓGICA

NACIONAL

PLANO DE TRABALHO DA OPERAÇÃO

2023
Sumário

1. Introdução ....................................................................................................................................3
2. Rede Hidrológica sob Responsabilidade Direta da ANA ........................................................4
2.1. Apresentação ...........................................................................................................................4
2.2. Diretrizes para operação da RHN-ANA ..................................................................................6
2.3. Operação e Ampliação da Rede Hidrológica Nacional de Referência – RHN-ANA ..........7
2.4. Diretrizes para Remessa de Dados ........................................................................................9
2.5. Programa de Operação ........................................................................................................ 10
2.6. Estimativa Orçamentária ...................................................................................................... 12
3. Rede Hidrológica de Setores Regulados – RHSR ................................................................. 13
3.1. Apresentação ........................................................................................................................ 13
3.2. Diretrizes para operação da RHSR - Setor Elétrico ........................................................... 14
3.3. Diretrizes para Remessa de Dados da RHSR - Setor Elétrico .......................................... 14
4. Rede Nacional de Qualidade da Água – RNQA ..................................................................... 15
4.1. Apresentação ........................................................................................................................ 15
4.2. Diretrizes para coleta de amostras e medição de vazão .................................................. 16
4.3. Programa de Operação ........................................................................................................ 16
4.4. Diretrizes para Remessa de Dados da RNQA .................................................................... 16
4.5. Estimativa Orçamentária ...................................................................................................... 16
A Rede Hidrometeorológica Nacional – RHN é o conjunto das estações hidrológicas mantidas por ins-
tituições públicas e privadas, voltado à geração contínua de dados representativos e confiáveis sobre
os recursos hídricos nacionais. Nos termos do inciso XIII, da Lei 9.984, de 17 de julho de 2000, cabe à
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - ANA coordenar as atividades desenvolvidas no
âmbito da Rede Hidrometeorológica Nacional, em articulação com os órgãos e entidades públicas e
privadas que a integram, ou que dela sejam usuários.

Esta rede de monitoramento tem a finalidade de gerar dados e informações hidrometeorológicas confi-
áveis e sua tempestiva disponibilização à sociedade. A partir das informações produzidas no âmbito da
Rede Hidrometeorológica Nacional é que se torna possível o adequado gerenciamento dos recursos
hídricos, seja orientando a emissão de outorgas, subsidiando as atividades de fiscalização, possibili-
tando a proposição de medidas de convivência com eventos extremos de secas e inundações e o
planejamento no contexto das mudanças climáticas. O monitoramento hidrológico também é funda-
mental para a avaliação da efetividade de políticas públicas, como as políticas de saneamento e meio
ambiente, bem como para as atividades econômicas, dentre as quais a estimativa do potencial de ge-
ração de energia hidrelétrica, o planejamento agrícola, a operação segura de hidrovias e o atendimento
a requisitos do setor de turismo.

A ANA centraliza o inventário das estações hidrometeorológicas no país, com cerca de 23.000 estações
registradas no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos – SNIRH/Hidro, sendo dire-
tamente responsável pela coordenação da RHN, gerenciando diretamente a operação de mais de 4900
estações, cuja operação é realizada por diferentes instituições públicas e privadas. Destas, cerca de
56% são pluviométricas, que monitoram as chuvas, e 44% estações fluviométricas, que medem os
níveis e a vazão de água nos rios, lagos e reservatórios, a qualidade de água e os sedimentos. Somam-
se às estações de responsabilidade da ANA aquelas cujo monitoramento hidrometeorológico é reali-
zado pelos setores regulados no âmbito federal por força de legislação específica, a exemplo do setor
elétrico, bem como as estações de qualidade da água que são operadas em cooperação com os Esta-
dos, incluídas as estações da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
– RNQA, no âmbito do Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade da Água – Qualiá-
gua.

No presente Plano de Trabalho são apresentados a distribuição espacial das estações hidrológicas sob
responsabilidade direta ou indireta da ANA, as diretrizes para operação e manutenção, o programa de
operação para o ano de 2023 e a respectiva estimativa orçamentária. O Plano de Trabalho orientará
as atividades da ANA e servirá como referência de planejamento para as demais entidades, além de
possibilitar o acompanhamento periódico do Plano Decenal de Operação da Rede Hidrometeorológica
Nacional e sua integração com as Redes Estaduais, cuja elaboração está prevista no Plano Nacional
de Recursos Hídricos – PNRH 2022-2040 (Plano de Ação anexo) para 2025.
A rede de estações hidrológicas sob responsabilidade direta da ANA – RHN-ANA é voltada para
a gestão de recursos hídricos na escala nacional, objetivando a formação de séries históricas
que permitam avaliar o regime de vazões e a qualidade da água nas grandes bacias hidrográficas
nacionais e transfronteiriças, identificar padrões e mudanças de comportamento, acompanhar
eventos hidrológicos críticos, planejar e regular o uso da água e possibilitar o estudo de cenários
futuros da oferta de água.

Cabe à ANA a coordenação da coleta, análise e publicação dos dados e informações hidrológi-
cos gerados pela RHN-ANA, bem como a normatização de processos de medição hidrológica.

As estações da RHN-ANA são operadas e mantidas por instituições públicas e privadas com as
quais são mantidos Contratos, Acordos ou Termo de Execução Descentralizada. A principal par-
ceira nessa atividade é o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, que conta com 11 Unidades
Regionais. Outras entidades envolvidas na operação dessas estações são a Empresa de Pes-
quisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado de Santa Catarina - Epagri, o Instituto de Gestão
das Águas de Minas Gerais – IGAM, o Instituto Água e Terra do Paraná – IAT e o DAEE - De-
partamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, assim como as empresas contratadas VLF,
Hydroconsult, Água & Solo e Construfam. Na Tabela 1 é apresentada a relação de operadores
da RHN, os instrumentos de parceria e as respectivas áreas de atuação, estas ilustradas no
mapa da Figura 1.

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Tabela 1 – Operadores da RHN-ANA

Operador Instrumento Área de atuação


Sub-bacias 82 (rios Nhundia-
quara e Itpocu), 83 (rio Itajaí-
EPAGRI Contrato nº 039/2021/ANA Açu) e 84 (rios Tubarão e Ara-
ranguá), no Estado de Santa
Catarina
Sub-bacias 60 (rio Paranaíba)
Plano de Ação do Pacto pela Go-
IGAM e 61 (rio Grande), em Minas
vernança da Água (a ser firmado)
Gerais
Plano de Ação do Pacto pela Go-
DAEE
vernança da Água (a ser firmado)
Bacia Hidrográfica dos Rios
VLF Serviços Eireli EPP Contrato nº 002/2021/ANA Xingu e Tapajós, no Estado do
Pará.
Bacia Hidrográfica dos Rios
Hydroconsult Hidrometria, Co-
Contrato nº 003/2021/ANA Xingu e Tapajós, no Estado do
mércio e Serviços Ltda
Mato Grosso.
Bacias dos Rios Içá, Japurá,
Jatapu, Javari, Juruá, Jutaí,
Água & Solo Estudos e Projetos Madeira, Purus e Solimões, na
Contrato nº 31/ANA/2021
Ltda. Região Hidrográfica Amazô-
nica, nos estados do Amazo-
nas, Acre e Rondônia
Bacias dos rios Grande, Ri-
Construfam Engenharia e Em-
Contrato nº 041/2019/ANA beira do Iguape e Tietê, no
preendimentos Ltda.
Estado de São Paulo
Demais bacias hidrográficas, a
CPRM TED nº 02/2022/ANA partir de 11 Unidades Regio-
nais

Figura 1 – Instituições responsáveis pela operação da RHN em 2023


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a) Realização de 2 (duas) visitas anuais para a execução da manutenção das estações
pluviométricas, climatológicas ou evaporimétricas (tipos P, Pr, C ou E), sendo que cada
visita de operação das estações deve ser espaçada em no máximo 6 (seis) meses, com
objetivo de garantir a qualidade dos dados coletados;

b) Realização de 2 (duas) visitas anuais para execução da manutenção das estações plu-
viométricas e automáticas (tipo PT), sendo que cada visita de operação das estações
deve ser espaçada de no máximo 6 (seis) meses, com objetivo de garantir a qualidade
dos dados coletados;

• Aferição dos pluviômetros automáticos pelas equipes de manutenção. Além


disso, devem ser analisados os registros de chuva em campo, de forma expe-
dita, e em escritório, a análise complementar e a conversão desses dados para
a base HIDRO;

c) Realização de 2 (duas) visitas anuais para execução da manutenção das estações fluvi-
ométricas somente com leitura de régua (tipo F sem descarga líquida), sendo que cada
visita de operação das estações deve ser espaçada de no máximo 6 (seis) meses, com
objetivo de garantir a qualidade dos dados coletados;

• Previsão de resolução de todos possíveis problemas que possam comprometer


a qualidade dos dados, como por exemplo, nivelamento e reinstalação de réguas
linimétricas, bem como a verificação das RNs.

d) Realização de 4 (quatro) visitas anuais nas estações pluviométricas e fluviométricas (tipo


PF) e fluviométricas com medição de descarga líquida (tipo FDT ou FD), observado as
seguintes diretrizes:

• Essa frequência (quantidade) de visita das estações e a distribuição das visitas


ao longo do ano podem e devem ser ajustadas pelos operadores da RHN-ANA,
com base nos requisitos operacionais de cada estação (estabilidade da seção
de monitoramento e necessidade de melhorar acurácia da curva-chave, por
exemplo) e na sazonalidade hidrológica local com objetivo de racionalizar as ati-
vidades de campo e otimizar a aplicação dos recursos públicos, desde que man-
tida a qualidade das séries históricas disponibilizadas para usuários do SNIRH;
• Executar medição de descarga líquida em todas as visitas às estações. Nas es-
tações instaladas em cursos d’agua com fluxo intermitente, as visitas deverão
ser concentradas no período de chuvas, sendo uma delas no início do período
(com o objetivo de preparar a estação), de forma a garantir de medir vazões
correspondentes aos diversos tramos das curvas-chaves;

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• Executar medição de descarga sólida (sedimentos em suspensão) em 2 (duas)
das visitas previstas para as estações onde há previsão desse monitoramento,
sendo pelo menos 1 (uma) das medições no período de cheia;
• Executar medição de parâmetros de qualidade da água em todas as visitas às
estações. Em locais onde já há o monitoramento no âmbito da Rede Nacional
de Monitoramento da Qualidade da Água – RNQA não é necessário realizar me-
dições de qualidade da água;
• Executar pelo menos 1 (um) levantamento de perfil transversal em cada estação
no ano, seguindo os procedimentos estabelecidos no Manual de Levantamentos
Topobatimétricos e Geodésicos;
• Verificar o nivelamento geométrico completo dos elementos das estações fluvi-
ométricas (RNs e réguas) em pelo menos 2 (duas) das visitas previstas para
cada estação e verificar o nivelamento da régua correspondente ao nível da
água em todas as visitas, conforme procedimentos estabelecidos no Manual de
Levantamentos Topobatimétricos e Geodésicos;
• Prever a operação e manutenção das estações telemétricas durante todas as
visitas às estações convencionais, ou seja, em qualquer visita realizada pela
equipe de campo em um ponto de monitoramento que existir uma estação tele-
métrica, a instrumentação deverá contar com a devida manutenção preventiva
ou corretiva;

A Rede Hidrológica Nacional de Referência – RHNR, que integra a RHN-ANA, é composta por
estações hidrológicas permanentes, submetidas a regime intensificado de manutenção e com
publicação tempestiva dos dados. Devem atender minimamente a um dos seguintes objetivos:

I - Monitorar a transferência ou o compartilhamento interestadual ou internacional de recursos


hídricos;
II – Melhorar a resposta a inundações ou estiagens;
III – Monitorar a disponibilidade hídrica em bacias hidrográficas estratégicas;
IV – Identificar mudanças e tendências de longo prazo no regime hidrológico;
III – Apoiar na determinação dos impactos sobre a qualidade da água;
IV – Subsidiar a regulação do uso de recursos hídricos em trechos fluviais críticos.

Na operação da RHNR, deverão ser observadas as seguintes diretrizes:

a) Considerando a experiência adquirida com a operação da RHNR e a relação entre custo


e benefício, para 2023, as estações da RHNR cujas curvas-chaves sejam estáveis

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deverão ser visitadas 4 (quatro) vezes ao ano, enquanto estações com curvas-chaves
que necessitam de ajustes frequentes, deverão ser visitadas 6 (seis) vezes ao ano;

• Essa frequência (quantidade) de visita das estações e a distribuição das visitas


ao longo do ano podem e devem ser ajustadas pelas operadoras, com base nos
requisitos operacionais de cada estação (estabilidade da seção de monitora-
mento, necessidade de melhorar acurácia da curva-chave e demanda por ma-
nutenção corretiva, por exemplo) e na sazonalidade hidrológica local com obje-
tivo de racionalizar as atividades de campo e otimizar a aplicação dos recursos
públicos, desde que mantida a qualidade das séries históricas disponibilizadas
para usuários do SNIRH;
b) Executar manutenção preventiva e corretiva em todas as visitas às estações;

c) Executar medição de descarga líquida em todas as visitas às estações. Nas estações


instaladas em cursos d’agua com fluxo intermitente, as visitas deverão ser concentradas
no período de chuvas, sendo uma delas no início do período (com o objetivo de preparar
a estação), de forma a garantir de medir vazões correspondentes aos diversos tramos
das curvas-chaves;

d) Executar medição de descarga sólida (sedimentos em suspensão) em 2 (duas) das visi-


tas previstas para as estações onde há previsão desse monitoramento, sendo pelo me-
nos 1 (uma) das medições no período de cheia;

e) Executar medição de parâmetros de qualidade da água em todas as visitas às estações.


Em locais onde já há o monitoramento no âmbito da Rede Nacional de Monitoramento
da Qualidade da Água – RNQA não é necessário realizar medições de qualidade da
água;

f) Executar pelo menos 1 (um) levantamento de perfil transversal em cada estação no ano,
seguindo os procedimentos estabelecidos na publicação intitulada Manual de Levanta-
mentos Topobatimétricos e Geodésicos (https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/monito-
ramento-e-eventos-criticos/monitoramento-hidrologico/orientacoes-manuais/documen-
tos/manual-de-nivelamento);

g) Verificar o nivelamento geométrico completo dos elementos das estações fluviométricas


(RNs e réguas) em pelo menos 2 (duas) das visitas previstas para cada estação e veri-
ficar o nivelamento da régua correspondente ao nível da água em todas as visitas, con-
forme estabelecido no Manual de Levantamentos Topobatimétricos e Geodésicos;

h) Deverão ser ainda consideradas as necessidades de manutenção corretiva das estações


telemétricas em no máximo 5 (cinco) dias úteis.

i) A operação da rede de referência deve ser pautada na geração de dados confiáveis,


tempestivos e representativos. Portanto, a adoção de inovações na operação dessa é
sempre uma oportunidade para agregar valor às séries históricas disponíveis aos

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usuários de dados do SNIRH. Por isso, deve ser realizado de forma permanente o acom-
panhamento dos indicadores de performance da RHNR construídos para facilitar a ges-
tão das atividades disponível no Hidro-Telemetria, além da avaliação dos dados hidroló-
gicos publicados no citado portal.

j) Integrar na RHNR estações que estejam contempladas no planejamento da RHNR e que


já possuem telemetria ou que não necessitam de equipamento de telemetria instalado.
Não é necessário agrupar essas estações em roteiros separados e exclusivos para a
RHNR, devendo ser avaliada a melhor logística para sua operação. Deve-se sempre
adotar práticas para mantê-las em pleno funcionamento (contato com observador, im-
plementação de display, boa instalação de sensores etc.), prezando pela qualidade dos
dados adquiridos.

No que se refere à remessa de dados das estações hidrológicas da RHN-ANA, devem ser ob-
servadas as seguintes diretrizes:

a) A remessa de dados de precipitação pluviométrica e nível fluviométrico, provenientes de


estações telemétricas, será realizada em conformidade com o disposto na publicação da
ANA intitulada Orientações para Envio dos Dados Hidrológicos em Tempo Real das Es-
tações Telemétricas, disponível em https://arquivos.ana.gov.br/infohidrologicas/cadas-
tro/OrientacoesParaEnvioDosDadosHidrologicosEmTempoRealDa-
sEsta%C3%A7oes....pdf.

b) A entrega da produção mensal de dados (medições de descarga líquida e sólida, levan-


tamento de perfis transversais, monitoramento de qualidade da água e séries de níveis
fluviométricos e precipitações pluviométricas observadas) deverão ser remetidas à ANA
por meio de protocolo de transferência de dados - FTP), formalizada por meio de Ofícios
de encaminhamento.

c) Reforçar a análise preliminar de dados por todas as unidades regionais de forma a mini-
mizar a publicação de erros nas séries históricas com status bruto no sistema Hidro, além
de gerar permanentemente as séries de vazões brutas a realizando sempre atualização
das curvas-chave, observadas as diretrizes definidas por ANA e CPRM no que tange à
análise de dados fluviométricos.

d) É importante destacar as inovações adotadas no que diz respeito à correção de dados


publicados em tempo real no Hidro-Telemetria. Sendo assim, reforça-se a necessidade
de que as operadoras continuem a análise dos dados de chuva, cota e vazão publicados
no citado portal de forma tempestiva, com objetivo de evitar a publicação de séries com
erros para acesso externo.

e) Os dados de estações fluviométricas que necessitam ser recepcionados por meio de


telefone ou mensagem devem ser digitados no sistema Hidro-Telemetria. Assim,
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independentemente da forma de transmissão do dado, haverá apenas uma origem pu-
blicada no sistema Hidro-Telemetria (5 – RHN). Somente se enquadram nessa condição,
e em caráter temporário, estações em situação de contingência, tais como:

• Estações para as quais haja demanda de publicação de dados com frequência


diária ou maior e, por algum motivo, não haja outra fonte de dado tempestivo
(telemetria com sensor ou display); ou

• Estações em que se justifique a redundância das origens de dados, como em


situações de eventos críticos (principalmente cheias).

O Programa de Operação da RHN-ANA para o ano de 2023 pode ser consultado por meio do
Painel Power BI disponível em https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYmVjYzEwNmMtN-
jFlYy00NTQyLWE5ZmQtNTkxNzhlN2ZlYTIwIiwidCI6ImUwYmI0MDEyLTgxMGIt-
NDY5YS04YjRkLTY2N2ZjZDFiYWY4OCJ9, que contempla a relação de estações hidrológicas
e, para cada estação e conforme o caso, a previsão de:

• Visitas para manutenção, recolhimento de boletins de registro de dados pluviométricos


e fluviométricos, e pagamento de ajuda de custo aos observadores hidrológicos;
• Levantamento de perfis transversais da seção de medição;
• Medições de descarga líquida e sólida; e
• Determinação de parâmetros de qualidade da água.

Nas Tabelas 3 e 4 são apresentadas as telas do Painel BI do Programa de Operação da RHN.

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Tabela 3 – Operadores da RHN-ANA

Tabela 4 – Operadores da RHN-ANA

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A estimativa orçamentária para o ano de 2023 é de R$ 65 milhões, contemplando recursos de
custeio e investimento, conforme discriminado nas Tabelas 2 e 3.

Tabela 2 – Orçamento da RHN-ANA (Custeio) – Ação 2378

Recursos de Custeio

Parcerias para operação da RHN-ANA Custo Anual (R$)

CPRM (TED nº 2/2022/ANA) 33.474.968,74

EPAGRI (Contrato nº 039/2021/ANA) 2.471.419,77

VLF (Contrato nº 002/2021/ANA) 493.140,44

Hydroconsult (Contrato nº 003/2021/ANA) 311.521,53

Água & Solo (Contrato nº 031/2021/ANA) 4.792.056,49

Construfam (Contrato nº 041/2019/ANA) 1.023.167,25

Total (operação da RHN-ANA) 42.566.274,22

Serviços de apoio à RHN Custo Anual (R$)

Manutenção preventiva e corretiva de medidores


485.294,29
acústicos de vazão
Seguro da frota de veículos (Termo de Contrato nº
118.497,48
012/ANA/2020)
Serviços de apoio às atividades da RHN-ANA em
3.696.250,00
escritório (Termo de Contrato nº 060/2018/ANA)

Consistência de dados fluviométricos (Termo de


2.969.677,90
Contrato nº 001/2022/ANA)

Outros 5.964.006,11

Total (serviços de apoio) 13.233.725,78

Total (custeio) 55.800.000,00

Tabela 3 – Orçamento da RHN-ANA (Investimento) – Ação 2378

Recursos de Investimento

Item Custo Anual (R$)


Construção de embarcações para monitoramento
4.680.760,09
fluvial na Amazônia (Contrato nº 060/2015/ANA)
Aquisição de veículos para operação da RHN-
4.000.000,00
ANA
Aquisição de medidores acústicos de vazão 469.272,91

Outras aquisições 49.967,00

Total (investimento) 9.200.000,00

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No âmbito de seu poder regulatório, a ANA poderá decidir pela obrigatoriedade do monitora-
mento da quantidade ou qualidade da água por entidades reguladas que causem interferência
significativa no corpo hídrico, em função da captação de água ou lançamento de efluentes.

De mesma forma, os Estados e o Ibama poderão solicitar à ANA a inclusão na RHN de redes ou
estações hidrológicas de entidades por eles regulados, conforme os termos das respectivas li-
cenças ambientais ou outorgas de direito de uso da água.

As estações dos setores regulados pela ANA, assim como as estações dos regulados por Ibama
e Estados aceitas pela ANA, serão incorporadas à Rede Hidrometeorológica Nacional e seus
dados publicados nos portais do sistema de dados hidrológicos Hidro, integrantes do Sistema
Nacional de Informações Sobre Recursos Hídricos. A instalação dessas redes se dará seguindo
diretrizes e orientações editadas em manuais específicos elaborados pela ANA.

Atualmente, a Rede Hidrológica de Setores Regulados compreende as estações pluviométricas,


fluviométricas e de qualidade da água operadas por titulares de empreendimentos hidrelétricos
com potência instalada superior a 1 MW, nos termos da Resolução Conjunta ANA e ANEEL nº
127, de 26 de julho de 2022 (https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/monitoramento-e-eventos-
criticos/monitoramento-hidrologico/monitoramento-hidrologico-do-setor-eletrico/resolucao-con-
junta-ana-aneel-127-2022/ResoluoConjunta127_2022.pdf). O quantitativo de estações hidrológi-
cas é definido a partir da área de drenagem incremental do empreendimento, para o caso de
estações pluviométricas e fluviométricas (inclusive para determinação de níveis, defluências e
descarga de sedimentos), ou da área inundada do reservatório a partir do nível máximo normal,
para o caso de estações de qualidade da água

A rede de estações hidrológicas associada a cada empreendimento hidrelétrico é projetada pelo


empreendedor com base no disposto na publicação Diretrizes para Elaboração do Projeto de
Instalação de Estações Hidrológicas (https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/monitoramento-e-
eventos-criticos/monitoramento-hidrologico/monitoramento-hidrologico-do-setor-eletrico/resolu-
cao-conjunta-ana-aneel-127-2022), se submetida à aprovação da ANA previamente à instalação.
A instalação das estações pluviométricas e fluviométricas deve ser realizada conforme publica-
ção intitulada Orientações para Elaboração do Relatório de Instalação de Estações Hidrométri-
cas
(https://arquivos.ana.gov.br/infohidrologicas/cadastro/OrientacoesparaElaboracaodeRelatoriode
InstalacaodasEstacoesHidrometricas.pdf), e constitui objeto de avaliação pela ANA.

As estações pluviométricas e fluviométricas da RHSR - Setor Elétrico são telemétricas, ou seja,


os dados de precipitação e nível dos rios são registrados, transmitidos e publicados no sistema
Hidro-Telemetria com frequência horária. Em 2022, o monitoramento telemétrico da RHSR é
efetuado por 2.589 estações de 701 empresas concessionárias ou autorizadas para exploração

13
do potencial hidráulico e que são titulares de 945 empreendimentos, cuja potência instalada
varia entre 1 e 11.233 MW.

Na operação da RHSRN-ANA deverão ser observadas as seguintes diretrizes constam da Re-


solução Conjunta ANA e ANEEL nº 127, de 2022. Em síntese:

a) Nos locais de monitoramento de qualidade da água, descargas líquida e sólida deverão


ser realizadas, no mínimo, 4 medições distribuídas ao longo do ano civil, incluindo os
períodos de eventos extremos de cheias e estiagem;

b) O monitoramento fluviométrico e sedimentométrico para empreendimento hidrelétrico


com área de drenagem incremental até 500 km2 deverá ser realizado preferencialmente
a montante do barramento, podendo também ser exigido a jusante do barramento, me-
diante fundamentação da ANA;

c) O monitoramento limnimétrico e da defluência de reservatórios deverá ser realizado no


reservatório do empreendimento hidrelétrico, próximo ao barramento, podendo ser ado-
tado o sistema supervisório da usina hidrelétrica;

d) O monitoramento da qualidade da água para empreendimento hidrelétrico com área


inundada pelo reservatório superior a 3 km2, deverá ser realizado preferencialmente em
um local do reservatório, considerando os parâmetros Fósforo Total, Nitrogênio Amoni-
acal Total, Nitrato, Clorofila “a”, Transparência, pH e Temperatura, sendo que, mediante
fundamentação, a ANA poderá determinar o monitoramento em até três locais distintos.

e) No processo de monitoramento de qualidade da água deverão ser observadas as orien-


tações do https://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2012/GuiaNa-
cionalDeColeta.pdf.

No que se refere à remessa de dados das estações hidrológicas da RHSR-Setor Elétrico, devem
ser observadas as seguintes diretrizes:

a) Os dados coletados deverão ser transmitidos para uma central de apoio, de responsabi-
lidade do titular do empreendimento hidrelétrico, em intervalos mínimos de 1 hora, onde
serão armazenados em uma base local, processados, qualificados e retransmitidos à
ANA por meio de serviços de comunicação WebService, em conformidade com o dis-
posto na publicação da ANA intitulada Orientações para Envio dos Dados Hidrológicos
em Tempo Real das Estações Telemétricas, disponível em https://arqui-
vos.ana.gov.br/infohidrologicas/cadastro/OrientacoesParaEnvioDosDadosHidrologico-
sEmTempoRealDasEsta%C3%A7oes....pdf.

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b) A fim de assegurara a confiabilidade dos dados coletados e disponibilizados no âmbito
da RHSR – Setor Elétrico, os titulares de empreendimentos hidrelétricos sujeitos à Re-
solução Conjunta ANA e ANEEL nº 127, de 2022 devem encaminhar à ANA, até 30 de
junho do ano subsequente, o Relatório Anual de Consistência de dados, conforme ori-
entações apresentadas nas seguintes publicações:

• Orientações para Consistência de Dados Pluviométricos (https://arqui-


vos.ana.gov.br/infohidrologicas/cadastro/OrientacoesParaConsistenciaDados-
Pluviometricos-VersaoJul12.pdf);

• Orientações para Consistência de Dados Fluviométricos (https://arqui-


vos.ana.gov.br/infohidrologicas/cadastro/OrientacoesParaConsistenciaDados-
Fluviometricos-VersaoJul12.pdf);

• Orientações para Elaboração do Relatório Anual (https://arquivos.ana.gov.br/in-


fohidrologicas/cadastro/OrientacoesParaElaboracaoDoRelatorioAnual.pdf).

A Rede Nacional de Qualidade da Água – RNQA foi instituída por meio da Resolução nº 903, de
22 de julho de 2013, no âmbito do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas –
PNQA, o qual tem por finalidades: i) analisar a tendência de evolução da qualidade das águas
superficiais; ii) avaliar se a qualidade atual das águas atende os usos estabelecidos pelo enqua-
dramento dos corpos d’água superficiais; iii) identificar áreas críticas com relação à poluição hí-
drica; iv) aferir a efetividade da gestão sobre as ações de recuperação da qualidade das águas
superficiais; e v) apoiar as ações de planejamento, outorga, licenciamento e fiscalização.

A RNQA integra a Rede Hidrometeorológica Nacional e é operacionalizada por meio do Pro-


grama de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água – Qualiágua, instituído em
2014 e atualmente regido pela Resolução nº 643, de 27 de junho de 2016. Trata-se de Programa
baseado na premiação aos estados e ao Distrito Federal pelo alcance de no âmbito da implan-
tação e operação da RNQA, metas. A parceria é formalizada por meio de Contratos de Premia-
ção com as instituições executoras indicadas pelas unidades da federação, com vigência de 5
anos.

Cabe destacar que, em razão da do advento da extinção dos Contratos de Premiação, bem como
a avliação positiva do Programa, registrada na Avaliação do Resultado Regulatório - ARR dispo-
nível em https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/governanca-regulatoria/avaliacao-de-resul-
tado-regulatorio/ARR_QualiAgua_Final.pdf/view, foi aprovada pela ANA a segunda fase do Pro-
grama Qualiágua, que será regida pela Resolução ANA nº 159, de 29 de junho de 2023.

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As coletas de amostras de água devem ser realizadas conforme instruções do Guia Nacional de
Coleta e Preservação de Amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líqui-
dos disponível em: https://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2012/GuiaNa-
cionalDeColeta.pdf.

A medição de vazão dos rios deve ser feita preferencialmente de forma simultânea à coleta de
amostras de água.

A operação da RNQA objeto de Contratos de Premiação – Qualiágua está restrita ao Amazonas,


a Santa Catarina e ao Distrito Federal. Desse modo, o Programa de Operação da RNQA, con-
templando visitas às estações, coleta de amostras e medição concomitante de vazão, será ela-
borado a partir de 2024, quando há expectativa do aumento do número do Contrato em razão da
implementação da segunda fase do Programa Qualiágua.

Ao final de cada período de certificação das Metas de Monitoramento e Divulgação, a Instituição


Executora enviará os dados de monitoramento da RNQA, bem como os dados dos demais pon-
tos de monitoramento de sua rede estadual à ANA, quando for o caso, no formato previamente
definido. Em qualquer situação, o estado deverá encaminhar os dados via e-mail ou através de
endereço FTP que será fornecido pela ANA.

A Instituição Executora deverá encaminhar Ofício, a ser protocolado no e-protocolo da ANA


(http://eprotocolo.ana.gov.br/default.html), solicitando a certificação da meta do período corres-
pondente e informando o envio dos dados. Juntamente com os dados, deverão ser enviados:

a) Relatórios originais das medições de vazão gerados pelos medidores acústicos;

b) Laudos de laboratório referentes às análises dos parâmetros de qualidade de água,


quando solicitado;

c) Fichas de campo, fotos; Relatório das Atividades do QUALIÁGUA e Relatórios de Cali-


bração das Sondas Multiparamétricas, quando solicitado, conforme Manual Operativo do
Programa institucionalizado pela Resolução ANA nº 644, de 27 de junho de 2016.

A estimativa orçamentária para o ano de 2023 é de R$ 7 milhões, contemplando recursos de


custeio (R$ 4,5 milhões) e investimento (R$ 2,5 milhões). O recurso disponível para investimento
será destinado, majoritariamente, na aquisição de sondas de determinação de parâmetros de
qualidade da água, a serem cedidos aos estados para execução do Programa Qualiágua.

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