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NACIONAL
2023
Sumário
1. Introdução ....................................................................................................................................3
2. Rede Hidrológica sob Responsabilidade Direta da ANA ........................................................4
2.1. Apresentação ...........................................................................................................................4
2.2. Diretrizes para operação da RHN-ANA ..................................................................................6
2.3. Operação e Ampliação da Rede Hidrológica Nacional de Referência – RHN-ANA ..........7
2.4. Diretrizes para Remessa de Dados ........................................................................................9
2.5. Programa de Operação ........................................................................................................ 10
2.6. Estimativa Orçamentária ...................................................................................................... 12
3. Rede Hidrológica de Setores Regulados – RHSR ................................................................. 13
3.1. Apresentação ........................................................................................................................ 13
3.2. Diretrizes para operação da RHSR - Setor Elétrico ........................................................... 14
3.3. Diretrizes para Remessa de Dados da RHSR - Setor Elétrico .......................................... 14
4. Rede Nacional de Qualidade da Água – RNQA ..................................................................... 15
4.1. Apresentação ........................................................................................................................ 15
4.2. Diretrizes para coleta de amostras e medição de vazão .................................................. 16
4.3. Programa de Operação ........................................................................................................ 16
4.4. Diretrizes para Remessa de Dados da RNQA .................................................................... 16
4.5. Estimativa Orçamentária ...................................................................................................... 16
A Rede Hidrometeorológica Nacional – RHN é o conjunto das estações hidrológicas mantidas por ins-
tituições públicas e privadas, voltado à geração contínua de dados representativos e confiáveis sobre
os recursos hídricos nacionais. Nos termos do inciso XIII, da Lei 9.984, de 17 de julho de 2000, cabe à
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - ANA coordenar as atividades desenvolvidas no
âmbito da Rede Hidrometeorológica Nacional, em articulação com os órgãos e entidades públicas e
privadas que a integram, ou que dela sejam usuários.
Esta rede de monitoramento tem a finalidade de gerar dados e informações hidrometeorológicas confi-
áveis e sua tempestiva disponibilização à sociedade. A partir das informações produzidas no âmbito da
Rede Hidrometeorológica Nacional é que se torna possível o adequado gerenciamento dos recursos
hídricos, seja orientando a emissão de outorgas, subsidiando as atividades de fiscalização, possibili-
tando a proposição de medidas de convivência com eventos extremos de secas e inundações e o
planejamento no contexto das mudanças climáticas. O monitoramento hidrológico também é funda-
mental para a avaliação da efetividade de políticas públicas, como as políticas de saneamento e meio
ambiente, bem como para as atividades econômicas, dentre as quais a estimativa do potencial de ge-
ração de energia hidrelétrica, o planejamento agrícola, a operação segura de hidrovias e o atendimento
a requisitos do setor de turismo.
A ANA centraliza o inventário das estações hidrometeorológicas no país, com cerca de 23.000 estações
registradas no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos – SNIRH/Hidro, sendo dire-
tamente responsável pela coordenação da RHN, gerenciando diretamente a operação de mais de 4900
estações, cuja operação é realizada por diferentes instituições públicas e privadas. Destas, cerca de
56% são pluviométricas, que monitoram as chuvas, e 44% estações fluviométricas, que medem os
níveis e a vazão de água nos rios, lagos e reservatórios, a qualidade de água e os sedimentos. Somam-
se às estações de responsabilidade da ANA aquelas cujo monitoramento hidrometeorológico é reali-
zado pelos setores regulados no âmbito federal por força de legislação específica, a exemplo do setor
elétrico, bem como as estações de qualidade da água que são operadas em cooperação com os Esta-
dos, incluídas as estações da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
– RNQA, no âmbito do Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade da Água – Qualiá-
gua.
No presente Plano de Trabalho são apresentados a distribuição espacial das estações hidrológicas sob
responsabilidade direta ou indireta da ANA, as diretrizes para operação e manutenção, o programa de
operação para o ano de 2023 e a respectiva estimativa orçamentária. O Plano de Trabalho orientará
as atividades da ANA e servirá como referência de planejamento para as demais entidades, além de
possibilitar o acompanhamento periódico do Plano Decenal de Operação da Rede Hidrometeorológica
Nacional e sua integração com as Redes Estaduais, cuja elaboração está prevista no Plano Nacional
de Recursos Hídricos – PNRH 2022-2040 (Plano de Ação anexo) para 2025.
A rede de estações hidrológicas sob responsabilidade direta da ANA – RHN-ANA é voltada para
a gestão de recursos hídricos na escala nacional, objetivando a formação de séries históricas
que permitam avaliar o regime de vazões e a qualidade da água nas grandes bacias hidrográficas
nacionais e transfronteiriças, identificar padrões e mudanças de comportamento, acompanhar
eventos hidrológicos críticos, planejar e regular o uso da água e possibilitar o estudo de cenários
futuros da oferta de água.
Cabe à ANA a coordenação da coleta, análise e publicação dos dados e informações hidrológi-
cos gerados pela RHN-ANA, bem como a normatização de processos de medição hidrológica.
As estações da RHN-ANA são operadas e mantidas por instituições públicas e privadas com as
quais são mantidos Contratos, Acordos ou Termo de Execução Descentralizada. A principal par-
ceira nessa atividade é o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, que conta com 11 Unidades
Regionais. Outras entidades envolvidas na operação dessas estações são a Empresa de Pes-
quisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado de Santa Catarina - Epagri, o Instituto de Gestão
das Águas de Minas Gerais – IGAM, o Instituto Água e Terra do Paraná – IAT e o DAEE - De-
partamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, assim como as empresas contratadas VLF,
Hydroconsult, Água & Solo e Construfam. Na Tabela 1 é apresentada a relação de operadores
da RHN, os instrumentos de parceria e as respectivas áreas de atuação, estas ilustradas no
mapa da Figura 1.
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Tabela 1 – Operadores da RHN-ANA
b) Realização de 2 (duas) visitas anuais para execução da manutenção das estações plu-
viométricas e automáticas (tipo PT), sendo que cada visita de operação das estações
deve ser espaçada de no máximo 6 (seis) meses, com objetivo de garantir a qualidade
dos dados coletados;
c) Realização de 2 (duas) visitas anuais para execução da manutenção das estações fluvi-
ométricas somente com leitura de régua (tipo F sem descarga líquida), sendo que cada
visita de operação das estações deve ser espaçada de no máximo 6 (seis) meses, com
objetivo de garantir a qualidade dos dados coletados;
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• Executar medição de descarga sólida (sedimentos em suspensão) em 2 (duas)
das visitas previstas para as estações onde há previsão desse monitoramento,
sendo pelo menos 1 (uma) das medições no período de cheia;
• Executar medição de parâmetros de qualidade da água em todas as visitas às
estações. Em locais onde já há o monitoramento no âmbito da Rede Nacional
de Monitoramento da Qualidade da Água – RNQA não é necessário realizar me-
dições de qualidade da água;
• Executar pelo menos 1 (um) levantamento de perfil transversal em cada estação
no ano, seguindo os procedimentos estabelecidos no Manual de Levantamentos
Topobatimétricos e Geodésicos;
• Verificar o nivelamento geométrico completo dos elementos das estações fluvi-
ométricas (RNs e réguas) em pelo menos 2 (duas) das visitas previstas para
cada estação e verificar o nivelamento da régua correspondente ao nível da
água em todas as visitas, conforme procedimentos estabelecidos no Manual de
Levantamentos Topobatimétricos e Geodésicos;
• Prever a operação e manutenção das estações telemétricas durante todas as
visitas às estações convencionais, ou seja, em qualquer visita realizada pela
equipe de campo em um ponto de monitoramento que existir uma estação tele-
métrica, a instrumentação deverá contar com a devida manutenção preventiva
ou corretiva;
A Rede Hidrológica Nacional de Referência – RHNR, que integra a RHN-ANA, é composta por
estações hidrológicas permanentes, submetidas a regime intensificado de manutenção e com
publicação tempestiva dos dados. Devem atender minimamente a um dos seguintes objetivos:
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deverão ser visitadas 4 (quatro) vezes ao ano, enquanto estações com curvas-chaves
que necessitam de ajustes frequentes, deverão ser visitadas 6 (seis) vezes ao ano;
f) Executar pelo menos 1 (um) levantamento de perfil transversal em cada estação no ano,
seguindo os procedimentos estabelecidos na publicação intitulada Manual de Levanta-
mentos Topobatimétricos e Geodésicos (https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/monito-
ramento-e-eventos-criticos/monitoramento-hidrologico/orientacoes-manuais/documen-
tos/manual-de-nivelamento);
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usuários de dados do SNIRH. Por isso, deve ser realizado de forma permanente o acom-
panhamento dos indicadores de performance da RHNR construídos para facilitar a ges-
tão das atividades disponível no Hidro-Telemetria, além da avaliação dos dados hidroló-
gicos publicados no citado portal.
No que se refere à remessa de dados das estações hidrológicas da RHN-ANA, devem ser ob-
servadas as seguintes diretrizes:
c) Reforçar a análise preliminar de dados por todas as unidades regionais de forma a mini-
mizar a publicação de erros nas séries históricas com status bruto no sistema Hidro, além
de gerar permanentemente as séries de vazões brutas a realizando sempre atualização
das curvas-chave, observadas as diretrizes definidas por ANA e CPRM no que tange à
análise de dados fluviométricos.
O Programa de Operação da RHN-ANA para o ano de 2023 pode ser consultado por meio do
Painel Power BI disponível em https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYmVjYzEwNmMtN-
jFlYy00NTQyLWE5ZmQtNTkxNzhlN2ZlYTIwIiwidCI6ImUwYmI0MDEyLTgxMGIt-
NDY5YS04YjRkLTY2N2ZjZDFiYWY4OCJ9, que contempla a relação de estações hidrológicas
e, para cada estação e conforme o caso, a previsão de:
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Tabela 3 – Operadores da RHN-ANA
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A estimativa orçamentária para o ano de 2023 é de R$ 65 milhões, contemplando recursos de
custeio e investimento, conforme discriminado nas Tabelas 2 e 3.
Recursos de Custeio
Outros 5.964.006,11
Recursos de Investimento
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No âmbito de seu poder regulatório, a ANA poderá decidir pela obrigatoriedade do monitora-
mento da quantidade ou qualidade da água por entidades reguladas que causem interferência
significativa no corpo hídrico, em função da captação de água ou lançamento de efluentes.
De mesma forma, os Estados e o Ibama poderão solicitar à ANA a inclusão na RHN de redes ou
estações hidrológicas de entidades por eles regulados, conforme os termos das respectivas li-
cenças ambientais ou outorgas de direito de uso da água.
As estações dos setores regulados pela ANA, assim como as estações dos regulados por Ibama
e Estados aceitas pela ANA, serão incorporadas à Rede Hidrometeorológica Nacional e seus
dados publicados nos portais do sistema de dados hidrológicos Hidro, integrantes do Sistema
Nacional de Informações Sobre Recursos Hídricos. A instalação dessas redes se dará seguindo
diretrizes e orientações editadas em manuais específicos elaborados pela ANA.
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do potencial hidráulico e que são titulares de 945 empreendimentos, cuja potência instalada
varia entre 1 e 11.233 MW.
No que se refere à remessa de dados das estações hidrológicas da RHSR-Setor Elétrico, devem
ser observadas as seguintes diretrizes:
a) Os dados coletados deverão ser transmitidos para uma central de apoio, de responsabi-
lidade do titular do empreendimento hidrelétrico, em intervalos mínimos de 1 hora, onde
serão armazenados em uma base local, processados, qualificados e retransmitidos à
ANA por meio de serviços de comunicação WebService, em conformidade com o dis-
posto na publicação da ANA intitulada Orientações para Envio dos Dados Hidrológicos
em Tempo Real das Estações Telemétricas, disponível em https://arqui-
vos.ana.gov.br/infohidrologicas/cadastro/OrientacoesParaEnvioDosDadosHidrologico-
sEmTempoRealDasEsta%C3%A7oes....pdf.
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b) A fim de assegurara a confiabilidade dos dados coletados e disponibilizados no âmbito
da RHSR – Setor Elétrico, os titulares de empreendimentos hidrelétricos sujeitos à Re-
solução Conjunta ANA e ANEEL nº 127, de 2022 devem encaminhar à ANA, até 30 de
junho do ano subsequente, o Relatório Anual de Consistência de dados, conforme ori-
entações apresentadas nas seguintes publicações:
A Rede Nacional de Qualidade da Água – RNQA foi instituída por meio da Resolução nº 903, de
22 de julho de 2013, no âmbito do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas –
PNQA, o qual tem por finalidades: i) analisar a tendência de evolução da qualidade das águas
superficiais; ii) avaliar se a qualidade atual das águas atende os usos estabelecidos pelo enqua-
dramento dos corpos d’água superficiais; iii) identificar áreas críticas com relação à poluição hí-
drica; iv) aferir a efetividade da gestão sobre as ações de recuperação da qualidade das águas
superficiais; e v) apoiar as ações de planejamento, outorga, licenciamento e fiscalização.
Cabe destacar que, em razão da do advento da extinção dos Contratos de Premiação, bem como
a avliação positiva do Programa, registrada na Avaliação do Resultado Regulatório - ARR dispo-
nível em https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/governanca-regulatoria/avaliacao-de-resul-
tado-regulatorio/ARR_QualiAgua_Final.pdf/view, foi aprovada pela ANA a segunda fase do Pro-
grama Qualiágua, que será regida pela Resolução ANA nº 159, de 29 de junho de 2023.
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As coletas de amostras de água devem ser realizadas conforme instruções do Guia Nacional de
Coleta e Preservação de Amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líqui-
dos disponível em: https://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2012/GuiaNa-
cionalDeColeta.pdf.
A medição de vazão dos rios deve ser feita preferencialmente de forma simultânea à coleta de
amostras de água.
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