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Apesar da variação nos parâmetros do processo a OE, estes devem estar de tal forma
integrados que possibilitem a inativação de uma população de 10% esporos,
alcançando a Sterility Assurance Level (SAL) de 105
Cada fabricante de equipamento deve programar ciclos específicos de esterilização,
variando os parâmetros críticos dependendo do tamanho e modelo das câmaras e da
mistura ou não do gás utilizado, mas todos devem seguir a exigência de alcance do
SAL (Doyle, 1970; Nogueira,
1984; Danielson, 1998).
Incrementos na concentração do gás, em uma determinada temperatura e umidade
relativa, implicam em aumento na taxa de inativação microbiana, até determinado
ponto, sendo que, após atingir esse patamar, o aumento na concentração do gás não
acarreta significante aumento na inativação microbiana (Ernst, 1974; Caputo, 1983;
Burgess
& Reich, 1997).
A temperatura aparece como um dos inAuenciadores da efetividade da esterilização a
OE sendo que, a cada elevação de 10°C na tempera tura, a taxa de inativação de
esporos obtida pelo OE geralmente dobra.
Aumentos na temperatura podem também facilitar a transferência do
OE para o PPS a ser esterilizado, através das embalagens e dentro da carga, pelo
aumento da permeabilidade dos materiais envolvidos (Erns & Shull, 1962a; Ernst,
1974; Caputo, 1983; Burgess & Reich, 1997).
Estudo conduzido por Oliveira & Pinto (2001), analisou a relação entre diferentes
concentrações de O e diferentes temperaturas em ciclos de Oxyfume 2002, concluindo
que, diferentes concentrações do gás não promoveram alterações significativas na
letalidade, mas o valor de redução decimal (Valor D) do Bacillus atrophaeus foi
significantemente
influenciado pelas temperaturas usadas (45°C, 55°C e 65°C), aumentando a letalidade
com o aumento da temperatura.
A umidade relativa deve ser considerada porque influi na letalidade do agente
esterilizante, sendo os valores de 20% a 40% e 30% a 60% os mais aceitos. O valor
da umidade relativa deve ser no mínimo de
35%, o suficiente para permitir a penetração e alcance do agente esterilizante ao
local de inativação dos microrganismos (Thomas & Langmore,
1969). Pode haver variação no Valor D de esporos bacterianos quando a umidade
relativa na câmara é alterada de 0% a 40%, quando a concentração do gás varia de
600mg/l e a temperatura usada é de 55°C (Whi-tbourne & Reich, 1979). A umidade
relativa tem papel importante na letalidade do processo de OE por ser a água um
reagente necessário na alquilação com a finalidade de abrir o anel epóxido e
permitir interação com os componentes nucleofílicos celulares (Doyle, 1970; Michael
&
Stumbo, 1970)
A umidade atua na transferência do OE através das embalagens de filmes polares como
nylon e celofane, os quais não têm boa permeabilidade ao OE seco, conforme estudos
de Doyle et al. (1970). Também é a umidificação que aquece os PPS a serem
esterilizados, levando-os à temperatura adequada ao processo (Burgess & Reich,
1997). Os níveis de umidade relativa são geralmente obtidos através do vapor de
baixa temperatura injetado na câmara. A alta concentração de umidade relativa pode
causar hidrólise impedindo a esterilização e a baixa umidade relativa promove
ineficácia do processo a OE. No que se refere à umidade relativa, assim como ocorre
com a concentração do gás OE usado, um nível determinado de efetividade é alcançado
e depois deste nível alcan-çado, qualquer incremento da umidade relativa já não
corresponde a um efeito apreciável na taxa de inativação microbiana (Ernst, 1974;
Caputo,
1983; Burgess & Reich, 1997; Russel, 2013).