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Martensita e suas
Vertentes Tecnológicas
na Siderurgia
Por
Profa. Andersan dos Santos Paula, D.Sc.
Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais - PGCM
Seção de Engenharia Mecânica e de Materiais – SE-4
Instituto Militar de Engenharia - IME
andersan@ime.eb.br

06/Novembro/2017
Campos dos Goytacazes – RJ – Brasil
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A Palestrante
Engenheira Metalurgista pela UFF, Brasil (1999).

Mestre em Ciência dos Materiais pelo IME, Brasil (2002).

Doutorada em Ciência dos Materiais pela UNL, Portugal (2006).

Atuou:
Pesquisadora na Divisão de Materiais - Metrologia Científica do INMETRO (2006-07);

Coordenadora de Projetos Especiais no Centro de Pesquisa da CSN (2007-09);

Docente no UniFOA - Graduação e Mestrado Profissional em Materiais (2008-09);

Docente e pesquisadora na UFF - Graduação e Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica (2009-2015);

 Atualmente, docente e pesquisadora no IME atuando nos cursos de Engenharia de


Materiais/Metalúrgica e Pós-graduação em Ciência dos Materiais.
Profa ANDERSAN dos Santos Paula, D.Sc.
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Sumário
Fundamentos da Transformação Martensita:

Aspectos Gerais,

Cristalografia;

Termodinâmica (Força Motriz e Temperaturas de Transformação).

 Tecnologias de Processamento para Desenvolvimento de Aços DP, TRIP e T&P:

Dual Phase (DP) ou Bifásico;

Transformação Martensítica Induzida por Deformação (TRIP);

Têmpera & Partição (T&P).

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Fundamentos da Transformação Martensítica

Aspectos Gerais
Transformação Não-difusional versus Difusional
Deslocativa – Não- Difusional Reconstrutiva - Difusional
Correspondência atômica preservada. Não há correspondência atômica.
IPS mudança de forma (estrutura cristalina) com Ausente de componente cisalhante na forma
uma significante componente cisalhante. transformada (nova estrutura cristalina).
Sem alteração da composição. Possível mudança de composição.
Conservativa - Não-difusional – movimentação Não conservativa – difusional – movimentação atômica
atômica em distancia inferiores ao parâmetro de em distâncias superiores ao parâmetro de rede.
rede.

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Fundamentos da Transformação Martensítica

Cristalografia da Transformação

Plano de Deformação (Mudança de forma) da estrutura


Hábito da cristalina a partir da (a) “fase mãe” antes da
Martensita
transformação, devido a (b) transformação,
(c) transformação e deslizamento de
discordância por tensões cisalhantes, ou (d)
transformação e maclagem por tensões
cisalhantes. (as linhas tracejadas mostram a
verdadeira mudança de forma)
Plano de Hábito: é a superfície de interface
entre a fase mãe e a martensita formada, que
possuem um relação cristalográfica entre si.

Real aspecto cristalográfico da transformação martensítica – transformação de fase adifusional com


mudança da estrutura cristalina e maclagem em cada núcleo formado/crescido dos cristais de
martensita.

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Fundamentos da Transformação Martensítica

Aspectos Termodinâmicos da Transformação


Força Motriz
G  r 2tg c  2r 2  rt 2  A  B 

Força Motriz a temperatura “Ms” r2t  volume aproximado do cristal “M”,


(energia de interface austenita-martensita,
energia de deformação da gc  variação da energia livre química por
unidade de volume
2r2  área aproximada da superfície

Grau de   energia de interface por unidade de área


Sobre-resfriamento
A(t/r)  energia de distorção elástica por
unidade de volume
B(t/r)  energia de deformação plástica dentro
do cristal “M” por unidade de volume.

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Fundamentos da Transformação Martensítica
Aspectos Termodinâmicos da Transformação
Temperaturas de Transformação

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Quadro Geral no Brasil/Mundo

Tendências de utilização de materiais para indústria aeronáutica: materiais utilizados na fuselagem


para aviões da marinha. (Fonte: Naval Air Development Center e Naval Air Systems Command)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Quadro Geral no Brasil/Mundo

Tendências de utilização de materiais para indústria aeronáutica: materiais utilizados em turbinas e


seus componentes. (Fonte: Titanium Development Association e General Electric Company)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Quadro Geral no Brasil/Mundo
100%
1 4 3
2 10 3
90%
13
80%

70%
Tendências de
Aplicação de 60% Others
Materiais na Magensium
50% 99
Estrutura de 94 Plastics
88
Carros 40% 80 Aluminum

30% Steel

20%

10%

0%
2002 2015 2002 2015
Volume segment Premium segment
Source: Mercer Management Consulting / DaimlerChrysler

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Quadro Geral no Brasil/Mundo

Evolução dos Diversos


Tipos de Aços
Avançados de Alta
Resistência (AHSS) ao
Longo das Últimas Três
Décadas.
(fonte: Wuppermann,
C.P. The Steel Industry
in Europe –
Globalisation:
Challenges and
Opportunities. In: 62o
Congresso Annual da
ABM. Anais Vitória, jul.
2007, 71p.)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços

Evolução dos Aços para Conformação.

(J. G. Speer et. al.: JESTECH, vol. 15


no.1 (2012), p. 1-12.)

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Tecnologias de Processamento para


Desenvolvimento de Aços
DP, TRIP e T&P

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços Dual Phase (DP) – Ferrítico-Martensítico

Ferrita Microestrutura de um aço


bifásico.
Ataque com picral e
Martensita metabisulfito de sódio.

Amar K. De, et al.: Advanced


Materials & Processes (2003) p.
ULSAB-AVC, Overview Report, 2002. Disponível em: 27.
http://www.autosteel.org/programs.aspx

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços Dual Phase (DP) – Ferrítico-Martensítico

Estrutura da carroceria do Cadillac CTS 2014, Requisitos de segurança para um bom


destacando os aços bifásicos desempenho em colisão
W. J. Parsons: Great Designs in Steel, 2013. Disponível em: S. Keeler, M. Kimchi: AHSS Application Guidelines
http://www.autosteel.org/great-designs-in-steel/past-gdis- Version 5.0, 2014. Disponível em:
presentations/gdis-2013.aspx http://www.worldautosteel.org/projects/advanced-
high-strength-steel-application-guidelines/

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços Dual Phase (DP) – Ferrítico-Martensítico Laminados a Quente

A. A. Gorni:Dissertação de Mestrado, USP (1989) Brasil.


SMS DEMAG – Hot Strip Mills Mechanical Equipment. Disponível em:
http://www.sms-siemag.com/download/W4_305E_Hot_strip_mills_-_Mechanical_equipment.pdf

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços Dual Phase (DP) – Ferrítico Martensítico Laminado a Frio
Composição típica aço “Dual Phase” nos diferentes tipos de processamento.

S. Keeler, M. Kimchi: AHSS Application Guidelines Version 5.0, 2014. Disponível em:
http://www.worldautosteel.org/projects/advanced-high-strength-steel-application-guidelines/
Dual Phase and Complex Phase Steels (2015). Disponível em:
http://automotive.arcelormittal.com/saturnus/sheets/A_EN.html

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços Dual Phase (DP) – Ferrítico-Martensítico Laminado a Frio

Y. Granbom: Tese de Doutorado, KTH Royal Institute of Technology (2010) Suíça.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços Dual Phase (DP) – Ferrítico Martensítico Galvanizados por imersão a quente

Etapas do processo de recozimento contínuo para produção de


aços bifásicos galvanizados por imersão a quente. (High strength
structural and high strength low alloys steels: IN: METALS HANDBOOK
10.ed Metals Park: ASM, 1990. v.1: Properties and selection: irons, steels
and high performance alloys, p. 1102–1120)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP - História

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Efeito TRIP (Transformação Martensítica Induzida por Deformação)

G.B. Olson and M. Cohen, Journal of Less Common Metal


28 (1972) 107.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Efeito TRIP
Baseadas na composição química da SOLUÇÃO
SÓLIDA DA AUSTENITA
Mi (ºC) = 1305 – 1665(%C+%N) –
28(%Si) – 33(%Mn) – 42(%Cr) –
61(%Ni)
CINA, B.; J. Iron Steel Inst. (1954) 791.

Md30 (ºC) = 413 – 462(%C + %N) –


9.2(%Si) – 8.1(%Mn) – 13.7(%Cr) –
9.5(%Ni) – 18.5(%Mo)

T. Angel, J. Iron Steel Inst., 5 (1954) pp. 165-174.

G.B. Olson and M. Cohen, Journal of Less Common Metal Md30 ou Md30/50 : temperatura pela qual
28 (1972) 107. 50% da martensita α’ é produzida após
30% de deformação verdadeira.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Completamente Austeníticos
Aços Inoxidáveis Austeníticos – Séries 300 e 200

Mi (ºC) = 1305 – 1665(%C+%N) –


28(%Si) – 33(%Mn) – 42(%Cr) –
61(%Ni)
CINA, B.; J. Iron Steel Inst. (1954) 791.

Md30 (ºC) = 413 – 462(%C + %N) –


9.2(%Si) – 8.1(%Mn) – 13.7(%Cr) –
9.5(%Ni) – 18.5(%Mo)

T. Angel, J. Iron Steel Inst., 5 (1954) pp. 165-174.

Md30 ou Md30/50 : temperatura pela qual


Competição entre Força Motriz para Transformação 50% da martensita α’ é produzida após
e Potencial para Encruamento. 30% de deformação verdadeira.

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Aços TRIP – Completamente Austeníticos
Transformação da Austenita em Martensita Induzida por
Deformação – Fatores que Influenciam

Composição química da Austenita


(EFE – Energia de Falha de Empilhamento)
Modo de Deformação

Temperatura (T) de Deformação


T  f(’), f(deformada)

 Encruamento
L.P. Moreira, et al. “Análise Numérica da Estampagem de Chapas de Aços com Efeitos de Transformação de Fases”, In: VI Congresso Nacional de
Engenharia Mecânica, 2010 – Paraíba / Brazil. <304 Stainless Steel>

. Taxa de Deformação () e


.
Taxa de Deformação ()
. .
  f(’), f(deformada)
  f(’), f( )

deformada


Condição Isotérmica P. Haušild, et al., Materials and  Temperatura (transformação exotérmica +
Design, Vol. 31, 2010, pp. 1821- trabalho mecânico)
 Encruamento (baixo a alto nível 1827. <301 Stainless Steel>  Encruamento(médio e alto nível de
de deformação) ISO 12004 – 2:2008 deformação)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Completamente Austeníticos

Aços Alto Manganês

A.A.Gorni, Corte & Conformação de Metais, Dezembro/2008.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Completamente Austeníticos

Representação esquemática da influência da energia de


Tensão por deformação verdadeira nos aços TRIP,
falha de empilhamento no mecanismo de deformação da
TRIP/TWIP e TWIP.
austenita, em função da composição química do material. Gorni A.A. Aços avançados de alta resistência: Microestrutura e
Twardowski R. e Prahl U. Flow Curve and Failure Modeling for propriedades mecânicas. Corte & Conformação de Materiais, 2008.
High-Mn Steels on a Microstructural Scale. High Manganese
Steels International Conference, 2012.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Aços Multifásicos com efeito TRIP assistido

Ferrita
Martensita
Bainita

Austenita
Retida

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Aços Multifásicos com efeito TRIP assistido

S.F Lajarin: Influência da Variação do Módulo De


Elasticidade na Previsão Computacional do
Retorno Elástico em Aços de Alta Resistência
UFPR (2012) Brazil.
M. H.Ferrer: Estudo das transformações de fase
de aço TRIP ao Si-Mn microligados com Nb, USP
(2013) Brazil.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Aços Multifásicos com efeito TRIP assistido

Efeito de alguns elementos de liga na fabricação dos aços TRIP


Bleck W. Using the TRIP Effect - The Dawn of a Promising New Group of Cold Formable Sheets.
Ghent : GRIPS Proceeding, 2002.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Aços Multifásicos com efeito TRIP assistido

Esquema de processamento para aços Dual Phase e TRIP


Bleck W. Using the TRIP Effect - The Dawn of a Promising New Group of Cold Formable Sheets.
Ghent : GRIPS Proceeding, 2002.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Aços Delta-TRIP

Quantidade de cada fase calculada em função da temperatura para a liga otimizada.


Chatterjee Sourabh Transformations in TRIP-assisted Steels: Microstructure and Properties. Cambridge : Darwin College, University of
Cambridge, 2006.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços TRIP – Aços Delta-TRIP
Composições químicas de Aços δ-TRIP em
trabalhos de:
Chatterjee S., Murugananth M. e Bhadeshia H.K.D.H. δ-
TRIP Steel [Online]. Universidade de Cambridge,
2007. Disponível em - http://www.msm.cam.ac.uk/phase-
trans/2007/DTRIP/DTRIP.htm
Choi Young-Joo Non-equilibrium Solidification of δ-TRIP
Steel. Pohang : Pohang University of Science and Technology,
2011.
Jung Geunsu Spot Weldability of TRIP Steel with High
Carbon, High Aluminium Content. Pohang : Pohang University
of Science and Technology, 2011.
Ryu Joo Hyun Hydrogen Embrittlement in TRIP and TWIP
Steels. Pohang : Pohang University of Science and Technology,
2012.
Suh D.W. [et al.] Medium–Alloy Manganese–Rich
Transformation–Induced Plasticity Steels. Metallurgical and
Materials Transactions. 46A (2012) p. 286.
Yi HL [et al.] Non-equilibrium solidification and ferrite in δ-
TRIP steel. Materials Science and Technology, 26 (2010) p. 7.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P

Aços T&P

Resumo das combinações de resistência mecânica e alongamento para


várias classes de aços.

(J. G. Speer et. al.: JESTECH, vol. 15 no.1 (2012), p. 1-12.)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P

Composição química típica:

Composição química típica de aços Q&P (% em peso).


(J. G. Speer; L.Wang: ASM International, vol. 2 (2013), p. 268–281.)

•Mn: Aumentar a temperabilidade e estabilidade da austenita.


• Si: Inibir a precipitação de cementita (Fe3C) durante a etapa de partição e permitir que o
carbono estabilize a austenita.
• Al e P: Suprimir a precipitação de carbonetos.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P
•O processo de têmpera e partição:
• Desenvolvido no âmbito acadêmico por volta dos anos 2003;
• Baseado no fenômeno de partição de carbono da martensita supersaturada
para austenita retida;
• Premissas do modelo termodinâmico:
o Reações concorrentes não ocorrem durante a partição;
o Interface entre a austenita e martensita é imóvel.
•Fim da etapa de partição: Fases se encontram em equilíbrio metaestável
(ECC) quando:
o o potencial químico de carbono é igual em ambas as fases;
o não há difusão dos átomos de ferro e de outros átomos
substituicionais nas duas fases.

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P

(a)

(c)
(b) (d)
Desenho esquemático da evolução da microestrutura a)
austenitização; (b) transformação primária da
martensita; (c) partição de carbono; (d) transformação
Desenho esquemático do processo de T&P. Ci, C e Cm
secundária da martensita. (A: austenita inicial; A’:
representam a concentração de carbono na liga, na
austenita não-transformada; M: primeira martensita; M’:
austenita e na martensita, respectivamente. QT
segunda martensita.
representa a temperatura de têmpera e PT a de partição.

(J. G. Speer, et.al.: Journal of Materials Research, vol. 8 (2004), p.


(X.Zhouhl et. al.: Journal of Materials Science & Technology,
419.) vol. 31 no. 3(2015), p. 235.)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P

Microscopia de Imagem Orientada (MIO) de um aço 0,25C-


Desenho esquemático do processo de T&P. Ci, C e Cm 3Mn-1,5Si-0,023Al, para diferentes tempos e temperaturas de
representam a concentração de carbono na liga, na austenita e tratamento de partição. RA é austenita retida, UM é martensita
na martensita, respectivamente. QT representa a temperatura temperada e TM é martensita particionada.
de têmpera e PT a de partição.
(I. D. Diego-Calderón, et.al.: Journal of Materials Science And
(J. G. Speer, et.al.: Journal of Materials Research, vol. 8 (2004), p. Engineering A, vol. 630 (2015), p. 27.)
419.)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P

(a) Micrografia em MEV de amostra tratada em T&P onde RA é austenita retida, FM é


martensita fresh e TM é martensita temperada e revenida (b) mapeamento de fases ilustrando
austenita retida e martensita.
(D. D. Knijf, et. al.: Journal of Materials Science & Engineering A, vol. 615 (2014), p. 107–115.)

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Tecnologia de Processamento para Desenvolvimento de Aços
Aços T&P

Aplicações:
• Aços T&P exibem plasticidade superior
a de aços com mesmo nível de resistência
à tração fornecendo significativa
capacidade de conformação por
estiramento (stretch-forming).

• Austenita retida confere ao material


elevado valor de deformação uniforme e
grande absorção de energia durante um
impacto.

• São adequados para aplicação em peças


estruturais e de segurança
automotiva.
Peças estruturais automotivas.
(J. G. Speer; L.Wang: ASM International, vol. 2
(2013), p. 268–281.)
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Obrigada!
Por
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CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/9553552120828724

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