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DOI: 10.1590/1413-81232014192.

15582012 475

OPINIÃO OPINION
Contradições das políticas públicas voltadas para doenças raras:
o exemplo do Programa de Tratamento da Osteogênese
Imperfeita no SUS

Contradictions of public health policies geared to rare disorders:


the example of the Osteogenesis Imperfecta Treatment Program
in the Brazilian Unified Health System (SUS)

Maria Angelica de Faria Domingues de Lima 1


Dafne Dain Gandelman Horovitz 2

Abstract The scope of this paper is to examine Resumo O artigo visa discutir o processo de con-
the process of consolidation of a public health solidação de uma política pública, no Brasil, vol-
policy in Brazil geared to a rare disorder, namely tada a uma doença rara – a osteogênese imperfei-
osteogenesis imperfecta, the treatment for which ta, cujo tratamento passou a responsabilidade do
has fallen under the responsibility of the Brazil- SUS em 2001 através da Portaria GM/MS2305/
ian Unified Health System (SUS) after the publi- 2001. O processo de implementação desta terapia
cation of Ministerial Ruling GM/MS2305/2001. vem sendo acompanhado de contradições, sobre-
The implementation of this law has been accom- tudo no que diz respeito às decisões terapêuticas e
panied by many contradictions, especially with ao fortalecimento da rede especializada na abor-
respect to therapeutic decisions and the strength- dagem desta condição, atitudes claramente perce-
ening of the specialized network for addressing bidas tanto no processo de elaboração quanto no
this condition. These attitudes are clearly shown texto da nova Portaria 714/2010.
both by the drafting process and the final text of Palavras-chave Osteogênese imperfeita, Políti-
the new law (Ministerial Ruling 714/2010). cas públicas de saúde, Doenças raras
Key words Osteogenesis imperfecta, Public health
policy, Rare disorders

1
Pós-Graduação em Saúde
da Criança e da Mulher,
Instituto Nacional de Saúde
da Mulher, da Criança e do
Adolescente Fernandes
Figueira, Fiocruz. Av. Rui
Barbosa 716, Flamengo.
22.250-020 Rio de Janeiro
RJ Brasil.
mangelicafdl@gmail.com
2
Departamento de Genética
Médica, Instituto Nacional
de Saúde da Mulher, da
Criança e do Adolescente
Fernandes Figueira, Fiocruz.

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Introdução – a Osteogenese Imperfeita A Portaria 2305/2001 definiu: (1) a criação e


normas para o cadastramento de centros de re-
A osteogênese imperfeita (OI) é uma doença rara, ferencia em OI no território nacional; (2) elegibi-
caracterizada por fragilidade óssea, fraturas re- lidade para tratamento; (3) a medicação a ser
correntes com deformidades secundárias, sur- utilizada nestes centros – o pamidronato dissó-
dez precoce, escleras azuladas e dentinogênese dico (PD), assim como sua dose e as medicações
imperfeita. A OI está associada a mutações nos complementares; (4) exames complementares
genes do colágeno tipo 1 ou em genes responsá- necessários para o acompanhamento de um in-
veis pelo processamento da proteína do coláge- divíduo em tratamento e, por fim, (5) a criação e
no tipo 1. A alteração da fibra do colágeno é o a manutenção de um banco de dados de OI, sob
ponto central de sua fisiopatologia1. Sua frequ- responsabilidade do Instituto Nacional de Saúde
ência varia entre 6-7:100.000 indivíduos1 e no da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernan-
Brasil estima-se que existam 12.000 indivíduos des Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (INS-
com tal diagnóstico2. Doenças raras são defini- MCA/Fiocruz)10.
das como aquelas que afetam um número limi- Embora tenha sido um grande passo na di-
tado de indivíduos na população, ou cuja preva- reção da implementação de uma política pública
lência é menor que 1:20003. voltada a uma doença rara no país, a Portaria
Um dos marcos no estudo da condição foi a 2305/2001 possuía muitas inconsistências. À épo-
classificação descrita por Sillence et al.4 que per- ca, a literatura especializada indicava como crité-
mitiu distribuir os indivíduos afetados em qua- rios para início de tratamento o número de fra-
tro diferentes tipos, de acordo com as manifes- turas anual, a presença de dor óssea e deformi-
tações clínicas apresentadas. Tal classificação dades em ossos longos, não apresentando restri-
sempre esteve intimamente relacionada a fatores ções quanto ao tipo de OI, nem idade para início
prognósticos5 e vem sendo ampliada e revista da medicação. No entanto, a Portaria 2305/2001
conforme o surgimento de novos conhecimen- restringia o emprego do PD em indivíduos com
tos acerca da doença6. OI dos tipos I, III e IV, e, ainda apresentava um
O tratamento da OI fundamenta-se na abor- texto ambíguo no que se referia a idade para in-
dagem multidisciplinar – clínico-cirúrgica e rea- clusão no tratamento, tomando como critério
bilitação fisioterápica. Uma grande transforma- idade até 21 anos, entretanto estabelecendo códi-
ção em sua terapia começou a ser delineada em gos para pagamento do tratamento em adultos10.
1987 com o primeiro relato sobre os benefícios Desde 2001, 14 centros de referência foram ca-
dos bifosfonatos7, e, em 1998, após a publicação dastrados e estão em atividade no país. A maior
de estudos envolvendo grande número de paci- parte deles se concentra nos estados das regiões
entes8,9, esse tipo de fármaco consolidou-se como sul e sudeste, o que dificulta o acesso ao trata-
primeira escolha na terapêutica medicamentosa mento de muitos pacientes. Centros de referência
aplicada à condição. Os bifosfonatos são com- podem ser definidos como “local adequado para
postos com grande capacidade de inibição do referir pacientes, por sua experiência e disponibi-
turnover ósseo. Na OI, o beneficio do uso destas lidade de serviços”3. O perfil de um centro de refe-
medicações pode ser percebido clinicamente pela rencia é variável, indo desde um espaço focado no
redução do número de fraturas e da dor óssea, diagnóstico e tratamento de doenças raras e ou
tão frequentes entre estes pacientes. complexas até a pesquisa clínica com vistas à pro-
dução de diretrizes assistenciais e fornecimento
O tratamento da Osteogenese Imperfeita de pareceres por especialistas.
no SUS: portarias, evidências A partir de uma revisão abrangente da litera-
e incongruências tura científica percebe-se que as publicações so-
bre OI oriundas do Brasil são escassas. Pouco
No Brasil, o tratamento da OI é disponibili- mais de 10 estudos podem ser identificados e ape-
zado pelo SUS desde 2001, com a instituição da nas três lidam com questões relacionadas ao tra-
Portaria GM 2305/200110. O estabelecimento des- tamento11. No mundo, desde os trabalhos mais
ta portaria no país é reflexo da organização e importantes divulgados em 1998, mais de 400
participação da sociedade civil na discussão acerca pesquisas sobre o tratamento da OI foram publi-
das políticas públicas de saúde. No caso da OI, cadas. Uma vez que o referido tratamento é uma
os interesses do grupo de indivíduos afetados política pública de saúde e que existem centros
são representados pela Associação Brasileira de voltados para o acompanhamento e a prestação
Osteogênese Imperfeita. de cuidados a esta condição no país, com número

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significativo de pacientes a eles vinculados – so- errática de alendronato15. Ademais, ignorar a pró-
mente no centro de referência do INSMCA/ pria rede especializada, proposta via a Portaria
FIOCRUZ este número ultrapassa 160 pacientes, 2305/2001 alvo de tal atualização, minimamente
se torna ainda mais expressivo o pequeno núme- constituiu um contrassenso.
ro de estudos brasileiros sobre a doença. Cabe A nova portaria 714/2010 definiu critérios
ressaltar que a pesquisa clínica não pode e não para: (1) diagnóstico de OI; (2) início do trata-
deve, em nenhuma hipótese, ser separada da prá- mento com o PD e também com o alendronato
tica médica. Zago12 afirma que “a pesquisa tem dissódico, outra medicação do grupo dos bifos-
por objetivo criar novos conhecimentos ou re- fonatos; (3) interrupção do tratamento, além de
organizar o conhecimento já existente pela análi- parâmetros clínicos para avaliação da resposta
se crítica”. E ainda, sugere que temas de pesquisa terapêutica16. Consideráveis avanços foram pas-
devem balizar-se na importância de “adquirir síveis de serem constatados, sobretudo os refe-
nossa própria experiência: o Brasil precisa obter rentes à possibilidade de tratamento em esque-
seus próprios dados, formular políticas própri- ma de hospital-dia, diminuindo admiravelmen-
as e resolver problemas específicos do país”12, te os custos de uma internação mais prolonga-
enfatizando o observado por Salzano no tocante da, o risco de possíveis infecções hospitalares e a
às doenças genéticas no Brasil apresentarem, por ruptura mais prolongada da vivência cotidiana
vezes, padrões de mutações e correlações genóti- dos pacientes e suas famílias. No entanto, em
po/fenótipo que diferem do restante do mun- que pese esses pontos positivos a nova portaria
do13. Dentro dessa lógica, considerando a rari- ainda apresenta falhas, como veremos a seguir.
dade da OI, a importância de conhecer seus da- A elaboração desse novo documento seguiu
dos epidemiológicos e clínicos ganha ainda mais o proposto pela Secretaria de Atenção à Saúde
peso, uma vez que tais informações irão refletir através da portaria 375/2009 que estabeleceu um
na melhor abordagem frente ao diagnóstico, tra- roteiro para a preparação de Protocolos Clíni-
tamento e até mesmo nas consequências sociais cos e Diretrizes Terapêuticas17. O texto, que inicia
de uma determinada enfermidade3. explicitando a metodologia de busca das evidên-
A construção desta política de saúde no país cias científicas na literatura especializada, identi-
baseou-se em poucos estudos publicados sobre ficou 10 estudos clínicos randomizados ou meta-
tratamento da OI com bifosfonatos no período análises sobre tratamento medicamentoso da OI
1998 – data das primeiras séries de casos8,9 – e que embasaram a construção das novas diretri-
2002. Pela escassez de dados à época de sua publi- zes. Os ensaios clínicos controlados e randomi-
cação e, principalmente pela inexistência de da- zados são o “padrão-ouro” de evidência sobre
dos brasileiros, um trabalho canadense norteou efeitos de uma intervenção. A qualidade desses
o Programa Brasileiro de OI. Apesar de admirá- estudos é associada à tentativa de eliminação de
vel em seu pioneirismo, as inconsistências foram vieses que possam surgir no âmbito da pesquisa
sendo percebidas e discutidas pelos especialistas clínica. No entanto, eles possuem limitações, sen-
em OI no país, que adaptaram a política às no- do a principal a elaboração de amostras de paci-
vas evidências e às necessidades de cada região. entes estritamente, o que por um lado aumenta
Em novembro de 2010 foi lançada uma con- sua validade interna, por outro impede a genera-
sulta pública para atualização do Protocolo Clí- lização de seus resultados para populações hete-
nico e Diretrizes Terapêuticas – Osteogenesis Im- rogêneas18. Assim, os estudos controlados ten-
perfecta14. Sem dúvida que essa iniciativa repre- tam sobrepor este entrave através da construção
sentou o surgimento de um espaço para discus- de amostras numerosas, o que no caso das do-
são da terapêutica da OI no país, contudo acon- enças raras torna-se difícil. Souza et al.19 reco-
teceu sem engajar a participação dos especialistas mendam a criação de uma “política farmacêuti-
que atuavam nos centros de referência, o que pode ca específica para doenças raras”, amparados,
ser facilmente percebido pelos equívocos relacio- entre outros fatores, pela pouca disponibilidade
nados à caracterização da doença, seu diagnósti- de fortes evidencias para a maior parte dos trata-
co e acompanhamento. O texto que embasava tal mentos disponíveis para doenças genéticas como
consulta pública falhou em alguns pontos: (1) ao é o caso em questão.
estabelecer que a ausência de história familiar ex- Como exemplo do acima afirmado, a nova
cluía o diagnóstico de OI; (2) ao não reconhecer Portaria suprimiu dos parâmetros clínicos exa-
os tipos clínicos que haviam sido descritos até a mes complementares relacionados à avaliação do
época; e (3) as propostas para tratamento não turnover ósseo. Tendo em vista que os bifosfo-
consideraram estudos que sugeriam absorção natos têm como mecanismo de ação a inibição

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da reabsorção óssea ao interferirem na ação dos tratamento da OI, de acordo com o indicado pelo
osteoclastos20, o acompanhamento do turnover Ministério da Saúde no que tange aos procedi-
ósseo é uma importante ferramenta para análise mentos de alta complexidade no sistema, ressal-
de sua resposta terapêutica9. Da mesma forma, tando-se o reconhecimento da OI, assim como
os exames de densitometria óssea não são mais da genética clínica como partes desta esfera hie-
contemplados. rárquica23. Os mesmos deviam se adequar aos
A interrupção do tratamento também foi requisitos básicos que exigiam, entre outros, a
definida, recomendando a suspensão da droga existência de um responsável técnico – um médi-
depois de dois anos sem apresentar fraturas. Al- co com experiência em OI, equipe multidiscipli-
guns estudos apontam a estabilização dos gan- nar, recursos para internação, atendimento am-
hos ósseos após alguns anos do uso do PD. Po- bulatorial, diagnóstico laboratorial e de imagem.
rém, a descontinuidade do uso da medicação Embora a flexibilização das exigências seja um
pode ter efeitos deletérios para a mineralização facilitador para a expansão da rede de tratamen-
óssea, sobretudo em indivíduos que ainda não to da OI, a moderação dos requisitos pode levar
completaram o crescimento do seu esqueleto21. ao surgimento de equipes pouco capacitadas para
Nesse cenário, portanto, a discussão sobre lidar com os desafios impostos por ela face sua
modos de manter os benefícios auferidos pela raridade, sua complexidade clínica e etiológica.
terapia medicamentosa é mais do que oportuna. Ademais, a regulação de vagas para interna-
Em centros de referencia mundiais após a estabi- ção deve levar em conta a internação de mais de
lização dos ganhos de massa óssea e do turnover um paciente ao mesmo tempo, no mesmo local,
ósseo, o tratamento é continuado com doses com vistas ao compartilhamento de doses de
anuais menores de PD até a maturação do es- medicamento, diminuindo seu desperdício, e, por
queleto, sendo reavaliado em momento oportu- outro lado, considerar o melhor aproveitamen-
no22. Na nova portaria, contudo, as recomenda- to da equipe de saúde e não somente a disponibi-
ções para acompanhamento pós-tratamento são lidade de vagas. A ambiguidade na definição dos
incompletas. O texto indica exclusivamente o locais de tratamento é um retrocesso no fortale-
acompanhamento clínico e recomenda que so- cimento da rede de centros de referência para
mente com o surgimento de fraturas outros exa- doenças raras no país.
mes deverão ser realizados, claramente não mi- À guisa de sintetizar e elaborar algumas con-
rando estratégias de prevenção de agravos. Na siderações finais devemos recordar que a nova
OI as fraturas são a extremidade aparente de uma Portaria incluiu outros tipos de OI nos critérios
cadeia de eventos que ocorre na microarquitetu- para tratamento, além de contemplar o uso de
ra óssea. O desbalanceamento do turnover ósseo medicações orais, embora sejam escassos os es-
em favor da reabsorção, a diminuição de trabé- tudos que favoreçam o uso de alendronato na
culas ósseas e da espessura cortical são algumas OI. Todavia, a exclusão de parâmetros laborato-
das características que precedem a fratura e que riais do acompanhamento de pacientes com OI
podem ser avaliadas através de exames comple- deve ser tomada com cautela, sobretudo após a
mentares como a dosagem dos marcadores de interrupção do tratamento medicamentoso. Os
turnover ósseo, radiografias, densitometria ós- efeitos deletérios clinicamente identificáveis da
sea, entre outros21. doença, as fraturas e as deformidades, são a con-
Prosseguindo, cabe ainda ressaltar que o pa- sequência de alterações fisiopatológicas na mi-
pel dos centros de referencia não foi claramente croarquitetura óssea que podem, por vezes, ser
estabelecido pelo novo documento. Lê-se no seu precocemente inferidos pelos exames comple-
texto: mentares.
pacientes com diagnóstico de OI, dependendo Os centros de referencia possuem todo o po-
da idade, devem ser atendidos em serviços especi- tencial para serem pontos centrais na implanta-
alizados com capacidade de atendimento médico, ção de tais políticas em território nacional. A exis-
inclusive ortopédico e fisioterápico. Tais serviços tência de tais centros justifica-se pelo previamen-
serão responsáveis pela indicação do tratamento, te exposto e pode ser sintetizado em (1) melho-
inclusive com bifosfonato oral (alendronato) [...]. rar o acesso ao tratamento das doenças raras ao
A regulação do SUS deve organizar os fluxos de reunir experiência clínica e infraestrutura em lo-
internações e acompanhamento ambulatoriais. cais determinados, o que também impacta o seu
Portaria 714/201016. custo; (2) superar a inexperiência dos profissio-
Dentre as normas da Portaria 2305/2001 esta- nais que lidam com doenças raras, uma vez que
va a exigência de cadastramento dos hospitais para (re)conhece-las requer grandes investimentos no

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treinamento destes indivíduos3; e, (3) a capaci-
dade que tais centros dispõe para produzir co-
nhecimentos sólidos através de pesquisas cienti-
ficas favorecendo a apreciação da nossa realida-
de. É interessante notar que, já em 2001, a políti-
ca de tratamento da OI reconhecia as vantagens
da construção de uma rede de centros de refe-
rência integrada, assim como as políticas atuais
voltadas para outras doenças raras, tal como a
doença de Gaucher, também a reconhecem24, o
que, talvez, seja o modo mais adequado de atin-
gir os objetivos propostos por uma das poucas
políticas públicas brasileiras voltadas ao atendi-
mento de indivíduos com doenças raras.

Colaboradores

MAFD Lima e DDG Horovits participaram da


pesquisa, metodologia, concepção final e prepa-
ração do manuscrito.

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