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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

KÉZIA JOYCE RIBEIRO MARTINS


Enfermagem- 221030713

A Osteoporose aos cuidados da Enfermagem

Ceilândia- DF
Dezembro/2022

No estudo da doença é evidenciada a deterioração da microarquitetura óssea, isso


significa que o osso perde suas características e funções fisiológicas (comuns), ficando sujeito
a modificações e enfraquecimento, causando dores, luxações e perda funcional na maioria dos
casos. Isso ocorre, pela baixa densidade mineral óssea (DMO), que sofre redução e também é
caracterizado por sua atividade osteoclástica desproporcional. A Osteoporose é comumente
diagnosticada como uma causa do envelhecimento, visto que o corpo humano começa perder
osso após os 40 anos e afeta em sua grande maioria, mulheres, pois o corpo feminino após a
menopausa passa por queda de estrogênios e hormônios que exercem o auxílio da fixação do
cálcio. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a doença atinge 20 milhões de pessoas
no mundo, sendo um dos maiores problemas de assistência sanitária, no Brasil os gastos do
Sistema de Saúde (SUS) são altos para com a doença. O diagnóstico da Osteoporose (OP),
geralmente, se dá por uma sequência de queixas de dores contínuas, através do histórico
clínico do paciente e um exame de densitometria óssea obtém-se o resultado.
Existem duas classificações para a doença, que são divididas em Osteoporose primária
ou secundária. A primeira citada é chamada de Osteoporose (idiopática) e ela é classificada
em tipo I e tipo II, a tipo I pode ser denominada de pós-menopausa e o tipo II é derivado do
envelhecimento. Gali, cita em seu estudo a forma como a doença ocorre na Osteoporoses
secundária.

“A osteoporose secundária é decorrente de processos inflamatórios, como a artrite


reumatóide; alterações endócrinas, como hipertireoidismo e desordens adrenais;
mieloma múltiplo; por desuso; por uso de drogas como heparina, álcool, vitamina A
e corticóides.” (Gali, 2001)

Além de ser uma doença que deteriora a qualidade vida, ela ocasiona- com constância-
dores nas vértebras, no rádio distal e no fêmur proximal, isso leva a um intenso
desencadeamento de dores. Muitas vezes o diagnóstico se torna mais perceptível com a
presença de uma lesão e pequenas fraturas recorrentes. O profissional da saúde pede um
detalhamento de exames físicos (como peso e altura), laboratoriais e radiográficos para
mostrar a diminuição da massa óssea. É essencial que se verifique não só a Osteoporose
(diminuição de densidade mineral óssea) mas também a Osteopenia (perda gradual da massa
óssea.)
Existe um fator de risco que já foi determinado para os grupos que apresentam casos
com maior frequência: mulheres, brancas e pardas, em início da menopausa e histórico
familiar (para investigar se alguém da família já apresentou a doença). Gali também cita
fatores externos que são fatores de risco ambientais.
“Representam fatores ambientais o álcool e o cigarro (inibidores da multiplicação
dos osteoblastos) ; cafeína (aumenta excreção de cálcio); inatividade, má nutrição,
dieta rica em fibras, proteínas e sódio (diminuem a absorção de cálcio);
nuliparidade; amenorréia por exercícios; menopausa precoce e endocrinopatias.”
(Gali,2017)

Quando há a identificação da doença, na maioria dos casos, são diagnosticados


tardiamente, a aplicação de medicamentos é composta por drogas bloqueadoras de reabsorção
óssea, estrogênios e 17-beta-estradiol juntamente com a vitamina D. Segundo estudos sobre o
cuidado da enfermagem para com a doença, é primordial que o primeiro passo seja
conscientizar as pessoas da doença, de como ela acontece, como se lida, como se trata e como
se convive com ela de forma saudável. Uma terapêutica muito utilizada, que os enfermeiros
aconselham, é repousar/dormir em colchões duros e retos, alternando a postura e flexionando
os joelhos.
Outro fator muito importante é a ocorrência da doença em pacientes idosos, a
assistência e os cuidados dos profissionais da enfermagem são primordiais para a manutenção
da melhoria dos pacientes. É necessário que seja realizada uma dieta específica para o
tratamento, juntamente com práticas da atividade física e exposição regrada ao sol.

“O maior desafio na atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que,


apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, elas possam redescobrir
possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade possível.
Essa possibilidade aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto
familiar e social e consegue reconhecer as potencialidades e o valor das
pessoas idosas.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)

O tratamento da saúde da pessoa idosa depende de vários fatores internos e externos,


sendo levado em consideração o contexto social e econômico ao qual aquele indivíduo vive e
do apoio familiar que recebe. Esse cuidado é importante até na alimentação do idoso, o
consumo de cálcio, laticínios, alguns legumes, algumas verduras e nozes. A forma de se
prevenir é um papel que a enfermagem exerce ao paciente.

“O atendimento multidisciplinar nas Unidades de Saúde da Família é a base para o


acompanhamento da osteoporose, onde o enfermeiro deverá promover orientações
direcionadas para a realidade da população por meio do levantamento do perfil
epidemiológico e dietético, além de organizar ações terapêuticas, por meio de grupos
operativos voltados à educação em saúde, visando estimular reflexões sobre o
processo saúde/doença, promoção de saúde e prevenção de complicações.” (Souza,
2010, p. 398-405.)

Ademais, os cuidados devem ser baseados de forma total com embasamento científico
e visando a promoção da saúde com pacientes que apresentam a Osteoporose, dando devida
atenção a mulheres em fase de menopausa e idosos, especificando a ingestão de cálcio e
medicamentos combinados com atividade físicas, bem estar mental e avaliações clínicas.

“O enfermeiro deve priorizar o embasamento científico para a sua prática


assistencial em detrimento de práticas rituais e prestar cuidados de excelência
tornando-se protagonista do cuidar em saúde, onde a Sistematização da Assistência
de Enfermagem (SAE) apresenta-se como ferramenta chave para auxiliar nesse
processo, a fim de otimizar a qualidade no atendimento e com olhar
multidimensional para o indivíduo e comunidade assistidos. O profissional da
enfermagem deve atentar para a ocorrência de osteoporose em eventos de fraturas
em indivíduos com maior predisposição ao distúrbio, em especial na população
idosa, uma vez que o tratamento precoce reduz significativamente as chances de
novas fraturas. O conhecimento da fisiopatologia da osteoporose capacita o
profissional da enfermagem para atuar de forma mais integrada tanto na prevenção,
através da identificação dos seus fatores de risco, como também no tratamento
multidisciplinar.” (Farias, 2015, pág. 234)

“A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e a Sociedade Brasileira de


Geriatria e Gerontologia recomendam um programa de atividade física para a
população idosa, que deve incluir condicionamento cardiorrespiratório,
força muscular e flexibilidade, priorizando a maximização do contato social,
reduzindo a ansiedade e a depressão que muita s vezes acometem o idoso, pela
redução de sua capacidade funcional.” (CASTRO et al., 2010)

Portanto, com os avanços já existentes da recuperação da Osteoporose torna-se claro o


quão importante o trabalho da enfermagem pode ser para a prevenção, acompanhamento,
melhoria e recuperação da doença. Torna-se, de extrema importância, o cuidado redobrado na
situação da doença em pessoas idosas, que já possuem quadro clínicos com determinadas
doenças, entende-se que esses paciente já se medicam por outras doenças, sem negligenciar a
importância das drogas usadas no tratamento, é interessante uma abrangência e insistência
maior em cuidados paliativos, estabelecendo de diversas formas atividades físicas que ajudam
na recuperação.

Referências:
FARIAS, Lailla; LAGO, Cristiano; ANDRADE, Jorge. OSTEOPOROSE uma análise
fisiopatológica voltada para os profissionais da enfermagem. Revista Enfermagem
Contemporânea, 2015. Disponível em: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/Admin,
+13-OSTEOPOROSE.pdf. Acesso em: 26 de dez. de 2022.

FREITAS, Marcela. Relatório técnico/científico: Fraturas por Osteoporose: Desenvolvimento


de material instrutivo orientado para atenção à saúde. PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E
PÓS-GRADUAÇÃO Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas em Saúde, 2022.
Disponível em:
https://mestradosaude.universidadedevassouras.edu.br/arquivos/dissertacoes/
Relatorio_tecnico_cientifico_oficia2l.pdf . Acesso em: 24 de dezembro de 2022.

FRIZO, Alessandra; PRADO, Cintia; DALL´ASTA, Adriana. Assistência de Enfermagem na


Prevenção da Osteoporose. Disciplinarium Scientia, 2000. Disponível em:
https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/view/778/722 . Acesso em: 26
de dez. de 2022.

GALI, Julio. Osteoporose. SciELO, 2001. Disponível em:


https://www.scielo.br/j/aob/a/HrYxqDxKjnYTHnVxFySk6dn/?lang=pt. Acesso em: 26 de
Dezembro de 2022.

Sebastião Cezar Radominski a, Wanderley Bernardo b, Ana Patrícia de Paulac , Ben-Hur


Albergariad, Caio Moreirae , Cesar Eduardo Fernandesf , Charlles H.M. Castro g, Cristiano
Augusto de Freitas Zerbini h, Diogo S. Domicianoi , Laura M.C. Mendonc¸aj , Luciano de
Melo Pompeif , Mailze Campos Bezerrak, Marco Antônio R. Louresl , Maria Celeste Osório
Wender m, Marise Lazaretti-Castro g, Rosa M.R. Pereirai , Sergio Setsuo Maedag, Vera
Lúcia Szejnfeldg e Victoria Z.C. Borbaa. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento
da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. REVISTA BRASILEIRA DE
REUMATOLOGIA, 2017.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbr/a/p8S8hk4qKxTC6gf45R48zwq/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 26 de dezembro de 2022.

SILVA PoubelC.; DUARTE MarcosN.; CUNHA Gama Carvalho. A ATUAÇÃO DA


ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE ÓSSEA DE PACIENTES IDOSOS.
Revista Interdisciplinar Pensamento Científico, v. 5, n. 4, 22 maio 2020. Disponível em:
http://reinpeconline.com.br/index.php/reinpec/article/view/363 Acesso em: 23 de dez. de
2022.

SOUZA, L. B. de; MAZETO, G. M. F. da S.; BOCCHI, S. C. M. Autogerindo o tratamento


da osteoporose no regaste do bem-estar, mediado pela (in)visibilidade de indicadores da
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https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/4168. Acesso em: 26 dez. 2022.
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