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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Residente: Gustavo Queiroz da Silva


CPF: 073.603.612-14
Instituição: Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do estado do Pará
Campus-Bragança
Curso: Licenciatura em Geografia
Séries nas quais se desenvolveu as atividades: Ensino Fundamental II
Escola onde se desenvolveu as atividades: Escola Municipal Prof° Rosa
Athayde
Docente Orientadora: Nila Luciana Vilhena Madureira
Preceptora: Maria Goretti da Silva Mesquita

ATUAÇÃO DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA (PRP) EM


GEOGRAFIA, NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL
PROF.ª ROSA ATHAYDE (ERA), AUGUSTO CORRÊA/PA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA DO MÓDULO II.

Resumo: O presente trabalho tem como finalidade relatar a atuação do


Programa Residência Pedagógica (PRP) de Geografia durante o segundo
módulo de sua atuação na Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof.ª
Rosa Athayde, Augusto Corrêa/PA, no período do início de maio ao final de
outubro de 2023, e evidencia a importância do PRP para a nossa formação
docente. O texto apresenta as observações e atividades vividas sob supervisão
da preceptora responsável, sendo que a nossa atuação, nesse segundo
módulo, passou a ser mais ativa, onde participamos no planejamento das
atividades e na organização das aulas da preceptora, para desenvolver a
regência e contribuir no desempenho dos educandos. Os resultados
encontrados indicam que o PRP contribui, de forma positiva, para a prática
docente dos residentes, para as aulas da preceptora, assim como para a
formação dos discentes. O PRP permitiu uma maior aproximação entre o
ensino superior e a Educação Básica, articulação que trouxe a nós estudantes,
um aprofundamento e enriquecimento na nossa formação, nos auxiliando a ter
um panorama mais amplo da realidade educacional, especialmente da sala de
aula.
Palavras chaves: Residência Pedagógica. Ensino de Geografia.
Experiência docente.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é relatar, e destacar a importância do programa


de residência pedagógica para a minha formação docente, descrevendo as
atividades que aconteceram no módulo II, e que continuam se desenvolvendo
na escola Rosa Athayde, localizada no município de Augusto Corrêa, no estado
do Pará. A participação como aluno residente está me propiciando viver um
período muito rico de experiências no ambiente escolar, onde estou
conhecendo o cotidiano da escola sob diferentes aspectos, bem como me
aproximando e criando cada vez mais “intimidade” com a sala de aula, local
que desejo na minha sonhada futura profissão de docente. Busca-se também
neste texto, destacar a relevância e importância do Programa Residência
edagógica, programa que é financiado pela Coorrdenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A Residência Pedagógica (RP) é um projeto inovador, que foi colocado
em prática no ano de 2018, e chegou aos cursos de licenciatura do Instituto
Federal de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (IFPA), Campus –
Bragança no segundo semestre de 2022. O PRP é uma das ações que
integram a política Nacional de Professores e tem por objetivo induzir o
aperfeiçoamento da formação de professores nos cursos de licenciatura,
promovendo uma vivência planejada e sistemática do aluno de licenciatura em
ambiente da escola de educação básica. Visando o fortalecimento das práticas
pedagógicas aprendidas na teoria, conciliando o ensino aprendizagem com as
metodologias adquiridas durante a formação. Essa vivência deve comtemplar,
entre outras atividades, a experimentação de situações concretas do cotidiano
escolar, regência da sala de aula e intervenção pedagógica, acompanhadas de
um professor da escola na área de ensino do licenciando, nesse caso a
geografia, e orientada por um docente da instituição formadora, nessa situação,
o IFPA/Campus-Bragança.
Nesse sentido, compreende-se a Residência Pedagógica como premissa
básica no entendimento de que a formação de professores nos cursos de
licenciatura deve assegurar aos seus discentes, habilidades e competências
que lhes permitam realizar um ensino de qualidade nas escolas de educação
básica. O programa permite articular os estudos teóricos dos discentes
licenciandos e a prática, através das análises realizadas em ambiente escolar,
bem como da ação, reflexão e planejamento constantes, que permite uma
grande contribuição para a formação do professor de geografia.
O programa tem duração de 18 meses, e esse relato é do módulo II,
onde os relatos de experiencias são o foco principal desse texto, partindo das
diversas atividades realizadas por mim e mais dois alunos; Jéssica Silveira e
João Pedro da Costa, licenciandos do curso de Geografia do IFPA e da minha
turma 2020, sendo orientados pela professora preceptora; Maria Goretti da
Silva Mesquita e a docente orientadora; Nila Vilhena Madureira da Silva,
seguindo as propostas discutidas e planejadas junto à coordenação do
programa. Serão elencadas as práticas executadas em sala de aula e as que
aconteceram fora desse ambiente, assim como nosso planejamento e as
reuniões realizadas com a preceptora e coordenação.

A IMPORTÂNCIA DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA, E RELATO


DE EXPERIÊNCIA DO MÓDULO II, DA RP NA DISCIPLINA
GEOGRAFIA, EM DUAS TURMAS DO SEXTO ANO NA ESCOLA
ROSA ATHAYDE.
O subprojeto da Residência Pedagógica, interdisciplinar:
licenciatura em Educação do Campo e licenciatura em Geografia do
IFPA, em conformidade com o edital n. 24/2022 da CAPES, integra e
consolida as políticas de ensino, pesquisa e extensão estabelecidas pelo
IFPA. Mais especificamente, permite repensar o significado do estágio
supervisionado na formação dos estudantes dos cursos de licenciatura
do citado instituto. O projeto possibilitou a nossa imersão, como no
estágio curricular obrigatório, na realidade escolar, em situações e
problemáticas concretas inerentes à atividade docente, bem como em
situações extracurriculares e diversas que de forma ou de outra fazem
parte da atividade escolar. Essa imersão está nos favorecendo muito,
pois como futuros professores, estamos observando, conhecendo,
ajudando e aprendendo concretamente as diversas experiências do
contexto escolar.
A Residência do IFPA Campus Bragança está acontecendo em
duas escolas do ensino básico, localizadas em Tracuateua e Augusto
Corrêa, e no IFPA em Bragança. Entre as diversas ações que o projeto
pretende, vale destacar: a melhoria da qualidade da oferta das
licenciaturas no âmbito do IFPA; melhoria nos índices de permanência e
êxito nos mesmos cursos; ampliação do diálogo entre o IFPA e as
escolas públicas dos municípios; formação de professores com
compromisso social e sensibilidade critica, capazes de avaliar, elaborar
e implementar atividades inovadoras e procedimentos que garantam a
aprendizagem significativa dos alunos da educação básica, ações que
mesmo “pequenas”, já se mostram frutuosas para ambos os lados
durante esse período de progresso do programa.
O IFPA, através da RP também está se esforçando em deixar
como legado algumas contribuições, dentre elas: novas técnicas de
ensino desenvolvidas a partir das tecnologias à disposição da escola
campo; fortalecimento da pesquisa colaborativa e da produção
acadêmica entre o IFPA e a rede pública de ensino e suas escolas
campo, com base nas experiências vivenciadas em sala de aula;
diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem, com possíveis
soluções para situações problemas do cotidiano escolar e com
sugestões para a implementação de experiências educacionais
inovadoras e exitosas na escola campo. Outro fator importante é a
remuneração, que ainda é pouca, mas valiosa, para auxiliar nas diversas
despesas do licenciando, especialmente dos que se deslocam de outro
município para estudar, como é o meu caso, ajudando significativamente
para minha permanência na faculdade.
A formação de professores atualmente enfrenta diversos
desafios, entre os quais, está o de atuar em um mundo com constante
transformações, e que precisa ensinar nesse contexto de mundo. E
pensar em novas práticas e metodologias, se faz sempre necessário,
para que o processo de ensino/aprendizagem obtenha êxito nas
escolas, nas disciplinas, e no ensino de Geografia, por isso é importante
pensar a organização das licenciaturas e os profissionais que são
oriundos desses cursos. Nessa perspectiva, Gomes e Lago (2019)
afirma que:
O programa da Residência pedagógica emerge como
experiência de estágio, que pode potencializar e repensar o formato
dos estágios supervisionados nas licenciaturas, visto que esse
permite uma maior imersão do residente no ambiente da escola, por
um período de tempo maior, e tendo a figura do preceptor e do
professor orientador como parceiros no seu processo formativo.
(GOMES e LAGO, 2019, p. 4)

O Programa Residência Pedagógica vem neste sentido de aprimorar os


estudantes, futuros professores já em fase final do curso. A participação de
graduandos em programas de iniciação à docência, é extremamente exitosa, e
uma ótima ferramenta para o melhor preparo dos futuros docentes, pois traz
consigo a importância da valorização da profissão professor, possibilitando
assim a expressão na prática de tudo o que se aprende durante a licenciatura.
Deste modo o discente é capaz de criar, fortalecer e aprimorar técnicas e
ferramentas que auxiliem na sala de aula. Para Passini (2010, p.29);

[...] para nos tornamos professores, precisamos construir


conhecimento profissional, que não é algo pronto e que podermos
compreender estudando a experiência dos outros. O conhecimento
metodológico das ações em sala de aula será construído pela
vivência em sala de aula, ao longo da carreira como professor. O
nosso desempenho docente dependerá não exclusivamente, mas
grande parte, de nosso histórico acadêmico e das reflexões sobre a
prática de ensino nos momentos de sala de aula.

Sendo assim, podemos compreender a RP como uma importante


ferramenta para os cursos de licenciaturas, especialmente no curso de
Geografia, pois com ela podemos aprimorar e melhorar o ensino nas escolas
públicas nos diversos âmbitos, particularmente na sala de aula, assim como no
processo iniciado na Universidade.
As turmas em que estamos fazendo Residência Pedagógica são do 6º
ano, a 601 e 602, com três aulas semanalmente em cada uma, no turno da
manhã, às terças-feiras. A faixa etária dos discentes é de 10 a 12 anos, sendo
moradores da cidade e da zona rural, que pegam ônibus para chegar até a
escola, enfrentando uma série de dificuldades. A turma 601 é preenchida
somente de alunos que moram no núcleo urbano do município, e a 602 apenas
dos que moram nas comunidades da zona rural. E por conta da distância, não
conseguem participar de nenhuma atividade no contraturno, sendo que a
escola tem um projeto de apoio aos alunos que tem dificuldades com a leitura,
e funciona na biblioteca, e nessa turma, alguns alunos tem problemas em ler,
mas não conseguem participar do projeto, impossibilitando esses alunos de
terem um melhor desenvolvimento nessa área, que é primordial para a
aprendizagem.
Nesse segundo módulo desenvolvemos diversas atividades, entre
algumas; observação, correção de atividades, e a regência, assim como
buscamos estudar materiais, como; livros com propostas de metodologias para
o ensino de Geografia, e a BNCC e suas competências especificas para o
componente curricular Geografia (ciências humanas) no Ensino Fundamental
II. Para essa disciplina, a proposta é explorar o mundo em que se vive, de
modo a falar sobre as ações humanas, construídas em vários locais do mundo.
O documento declara que a chave principal do ensino da Geografia é
desenvolver o raciocínio geográfico, e para que isso ocorra, o estudante devera
aprender os principais conceitos atuais da Geografia: espaço, lugar, região,
paisagem, natureza e sociedade. Deve se desenvolver habilidades para cada
série do Ensino Fundamental II. Que no 6º ano, entre outras são: Comparar
modificações das paisagens rurais e urbanas nos lugares de vivência e os usos
desses lugares em diferentes tempos; analisar modificações de paisagens por
diferentes diferentes de sociedade, com destaque para os povos originários;
orientação e localização no espaço geográfico; cartografia e coordenadas
geográficas; descrever os movimentos do planeta e sua relação e sua relação
com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões
climáticos. Todas trabalhadas em andamento nesse segundo módulo.
No mês de maio, foram realizadas atrasadas, as avaliações do primeiro
bimestre, por conta de alguns imprevistos na escola e no calendário letivo. Mas
as turmas tiveram um bom desempenho, tendo boas notas na prova e nas
atividades acontecidas em sala de aula. Também aconteceu nesse mês a
jornada pedagógica do município, e participamos desse momento de muito
aprendizado, que tinha como tema: Amazonizar o currículo e a formação de
professores da Escola Urumajoense. Na palestra para os professores de
humanas o tema foi: por uma práxis de humanas decolonial. Foi executada
nesse mês a aplicação da avaliação da OBMEP (Olimpíada Brasileira de
Matemática das Escolas Públicas).
Os assuntos trabalhados no mês de junho foram orientação e
localização no espaço geográfico, bem como cartografia e coordenadas
geográficas. A localização e orientação no espaço geográfico são elementos
que proporcionam ao aluno entender o espaço em que vive e fazer relações
com outros lugares. Através da cartografia como ferramenta constroem-se
conceitos utilizando-se da linguagem cartográfica em escalas de níveis
diferentes: locais, regionais e até globais. Fizemos nas aulas de localização no
espaço geográfico, um momento na sala de aula, e depois em um espaço
aberto da própria escola, onde eles puderam perceber na prática a localização
dos pontos cardeais com base no sol (figuras 1 e 2).

Figura 1. Aula ao ar livre na escola.

Fonte: Gustavo Queiroz Fonte: Gustavo Queiroz


Data: 06/06/2023 Data: 06/06/2023
Figura 2. Aula Expositiva.

Diante da experiência de sair da


sala de aula com os estudantes, podemos perceber uma reação muito positiva
dos alunos, que se sentiram animados em sair da sala de aula, depois de ver a
teoria, e até mesmo está em um ambiente na própria escola, diferente, mas
como um local de aprendizado. Pudemos perceber que o engajamento e o
interesse dos estudantes são bem maiores diante da possibilidade de
materializar aquilo que foi transmitido durante as aulas convencionais.
É preciso destacar que, as aulas em sala de aula e as atividades
extraclasse são iniciativas pedagógicas que se complementam e apresentam o
mesmo objetivo: desenvolver as capacidades, potenciais, e habilidades dos
alunos e alunas. Realizar atividades com os estudantes fora da classe é uma
maneira de permitir que eles tenham uma vivência prática dos conhecimentos
vistos em classe, ajudando nas diversas disciplinas, e especialmente na
Geografia, onde possam aplicá-lo no dia a dia.
No mês de julho foram feitas reuniões com a professora preceptora, pelo
google meet, em que alinhamos os conteúdos que seriam trabalhados no
próximo semestre, assim como fizemos Levantamento bibliográfico, e leitura
dos temas do livro didático, da coleção; Tempo Geografia, editora Brasil,
propostos para ser trabalhado no segundo semestre. Além disso, esse período
foi usado para construção de planos de aulas, em que podemos ver e conhecer
melhor os diversos modelos de plano de aula, e buscamos inserir nos mesmos,
metodologias e formas de avaliação que auxiliassem e conseguissem um
melhorar o aprendizado dos educandos.
Através dos planejamentos, percebemos que para um bom
desenvolvimento das aulas, o professor precisa planejar, tornando assim o ato
de ensinar propicio a aprendizagem, do mesmo modo que o assunto na qual
será trabalhado esteja de acordo com a necessidade de cada turma. E
principalmente, incluir a realidade do aluno nos assuntos trabalhados, o que
tanto busca a Geografia, mas que muitas vezes, por diversos motivos, o
professor deixa de fazer, deixando os conteúdos meio distantes do lugar vivido
pelos discentes. Sendo assim, o professor, especialmente o professor de
Geografia, tem que buscar trazer sempre, o lugar do dia a dia da sua turma
para dentro dos temas trabalhados, pois não existe Geografia escolar de
qualidade sem uma ponte que ligue a disciplina à vida cotidiana dos alunos
(Cavalcanti, 2012).
O início das aulas no segundo semestre de 2023, na primeira semana
de agosto, começaram com a aplicação da 2ª avaliação nas turmas, que
abordou os assuntos de coordenadas geográficas e instrumentos de
localização trabalhados no semestre passado. E foi realizado, na semana
seguinte um trabalho de recuperação da 2ª avaliação nas turmas 601 e 602,
para alguns alunos que não tiveram bom desempenho, mas também os que
conseguiram um bom desempenho, sendo esses a grande maioria da turma,
pois conseguiram aprender e discutir os assuntos que foram trabalhados em
sala.
Foi realizado visitas a biblioteca, onde constatamos um ótimo trabalho
que os profissionais responsáveis desenvolvem nesse espaço, realizando um
projeto de apoio a leitura que funciona no contraturno, e auxilia os educandos
que mais tem dificuldades com a leitura na sala de aula, ficando a cargo dos
professores das disciplinas, comunicarem o projeto que passa a ajudar esses
alunos. Vale destacar que a biblioteca da escola é utilizada e são emprestados
livros com bastante frequência pelos alunos. Realizamos a produção de um
resumo expandido, eu, Jéssica Silveira e João Pedro, sobre nossa experiencia
do programa residência pedagógica na escola Rosa Athayde, para submissão
no XV SICTI (Seminário de Iniciação Cientifica, tecnológica e Inovação), IFPA/
campus – Paragominas, que foi aceito e apresentado em outubro em forma de
banner pela aluna Jéssica.
Foi realizado no início de setembro o plantão pedagógico, com a
entrega das avaliações do primeiro semestre da turma 602, assim como uma
conversa com os pais dos alunos da referida turma, quando esses iam buscar
as avaliações, onde aproveita-se para mostrar o desempenho e o
comportamento dos educandos durante o semestre passado. Assim, os pais ou
responsáveis por essas crianças e adolescentes ficaram sabendo como estava
acontecendo o processo de ensino/aprendizagem, e quais as maiores
dificuldades desses educandos, bem como suas qualidades e boas práticas
dentro da sala de aula.
Aconteceram aulas expositiva dialogadas, com três aulas ministradas
por mim em uma turma e pelo Pedro em outra sala, sendo os assuntos:
atmosfera e suas camadas, clima e seus elementos. Exercidos na turma 601,
com atividade no final da aula. E na turma 602, aulas expositivas dialogadas
com o assunto: litosfera, com atividade de pintura do conteúdo ministrado.
Invertemos os conteúdos e as turmas na semana seguinte, e continuamos a
regência. Utilizamos algumas ferramentas metodológicas, como; projetor
multimídia, abacate e algumas rochas como material para entendimento do
assunto litosfera, e desenhos e imagens para ajudar na compreensão da
atmosfera e suas camadas (figuras 3 e 4).
Figura 4. Aula Expositiva sobre a Atmosfera.
Figura 3. Atividades sobre a litosfera.

Fonte: Gustavo Queiroz


Data: 05/09/2023

No ensino da geografia, “o uso de


imagens (fotografias, filmes, desenhos,
slides, fotos aéreas, cenas de telejornal,
novelas etc.) é sempre um recurso
interessante” (FANTIN, 2013, p.142). O uso das imagens e de objetos,
oportuniza a visualização dos fatos, acontecimentos e ações, podendo mostrar
uma ideia da realidade das coisas e dos fenômenos, além de ser um grande
auxílio para o estudo de alguns conceitos da geografia, como a paisagem.
Podemos perceber nos alunos o interesse pelos conteúdos, assim como uma
maior facilidade em entender e dialogar em sala de aula, com a visualização
das coisas relacionadas ao tema da aula, nos slides, desenhos, objetos e
atividades.
No final desse mês foi realizada uma aula-passeio na comunidade
pesqueira do Perimirim, zona rural de Augusto Correa, com a turma 601, e
alunos e profissionais do AEE
(Atendimento Educacional Especializado) Figura 5. Aula-passeio.
da escola Rosa Athayde. Nessa aula
diferente, visitamos a orla, algumas embarcações, a geleira da comunidade, e
conversamos com alguns moradores desse lugar. Foi observado e trabalhado
os conteúdos de: vegetações litorâneas, paisagem, e dinâmica dos rios e
trabalho do lugar, assim como conscientização acerca da preservação dos
ecossistemas da região (figuras 4, 5, 6 e 7).
Fonte: Gustavo Queiroz
Figura 6. Aula-passeio. Data: 26/09/2023
Figura 7. Aula-passeio.
Figura 8. Aula-passeio.

Fonte: Gustavo Queiroz


Data: 26/09/2023

A aula passeio é muito importante,


pois permite ao aluno estabelecer relações com a região ou lugar visitado, que
muitas vezes fazem parte das suas vidas ou tem alguma relação com a família
com a sua comunidade, e principalmente com os temas da sala de aula, e o
professor deve colaborar para que haja este elo entre o objeto de estudo, a
leitura e a interpretação da realidade do aluno. A pedagogia Freinet, por
exemplo, supõe uma mudança no âmbito escolar e oferece a criança a
liberdade de expressão que contribuíra para a formação da sua personalidade,
vida discente e cidadania.
Nessa aula orientamos os alunos sobre os principais pontos a serem
observados, também trabalhamos aspectos de locomoção: cuidados ao
atravessar a rua, entrada e saída de veículos, normas sociais adequadas no
relacionamento com outras pessoas, segurança pessoal e do grupo, e outros
aspectos, tais como tempo disponível, e alimentação, que foi realizada no final
da aula, embaixo de uma arvore com vista para o mar. Vale destacar que foi
um momento de muita interação e de estreitamento dos laços entre
professores e alunos, e os educandos que tem necessidades especiais e
participaram da aula se sentiram extremamente felizes, pois a inclusão
aconteceu de fato, e foi um momento de muita aprendizagem para todos.
Na semana seguinte, último mês desse segundo módulo, foi realizado
uma atividade para a turma que participou da aula-passeio, onde eles
desenharam as paisagens que mais chamou atenção de cada um, fazendo
uma explicação desses desenhos, em um momento dialogado sobre a aula-
passeio, em que eles falaram o que tinham apreendido, o que mais
observaram e se tinham gostado, sendo resposta unanime de todos, que tinha
sido um momento maravilhoso, devendo ser pensado mais vezes.
Vale destacar que a professora realiza as aulas-passeios todos os
semestres, nesse intuito de estabelecer relação entre teoria e prática, e
estabelecer vínculos e conhecimento da nossa realidade paraense e
municipal. A educação é uma prática social, porém exige uma relação teórica
com ela, ou seja, teoria e prática são indissociáveis como práxis, embora com
diferentes níveis e formas. A aula passeio é uma atividade que se vê
intrinsecamente inserida nesse processo educacional, na busca da
transformação, do “novo”, que possa dar mais eficácia ao processo de
ensino/aprendizagem, e integrada a realidade da escola.
Por último, realizou-se a aplicação da 3ª avaliação nas turmas 601 e
602, assim como planejamento de algumas propostas para o final do semestre
letivo, como: uma palestra sobre educação antirracista para as séries do 7º e
8º ano; desenvolvimento de atividades e ferramentas metodológicas, que
possam auxiliar no ensino de Geografia para os alunos atendidos pelo AEE; e
uma aula na praça da cidade. Também participamos, de uma formação
continuada promovida pelo AEE da escola, na semana da inclusão da escola
Rosa Athayde, que tinha como tema: incluir não é pedir que eu me adapte, é
aceitar com sou. Sendo um momento de muito aprendizado, e importantíssimo
para os professores, diante de um público com alguma deficiência, felizmente,
cada vez maior nas escolas, necessitando de verdadeira inclusão e mais
formação dos docentes para atuar em sala de aula.

Considerações finais

A participação como residente no Programa Residência Pedagógica está


sendo uma experiencia única e muito enriquecedora para minha formação. No
dia a dia da sala de aula estamos vivenciando e nos confrontando com
situações conflituosas, que causam medo e outras sensações, mas também
muita alegria e satisfação de ver o aprendizado sendo realizado nas atividades
com eles, o diálogo, o respeito e o carinho dos alunos, que me aumenta o
desejo de ser professor e de esforça-me para ser um bom docente e contribuir
com a educação de forma determinada e eficaz.
A experiencia e convivência que estamos tendo nesse segundo módulo
do programa RP, nos fez perceber que é muito necessário o uso e
aprimoramento de metodologias para se utilizar nas aulas, especialmente de
geografia, onde existe uma tendencia da aula ficar cansativa e sem diálogo e
criticidade, também a importância de trabalhar com temas que possam
favorecer a elevação da autoestima dos estudantes, assim como seu senso
crítico. Foi um período em que estreitamos a ligação com os professora
preceptora, e os alunos, assim como toda comunidade escolar, sendo esse um
dos principais benefícios da RP, por nos permitir ficar por um longo tempo na
escola em que fazemos residência.
Como residente está sendo muito gratificante poder contribuir com a
formação de adolescentes que tem sonhos e objetivos, e apreciar e aprender
com a diversidade que é a sala de aula. Igualmente, o reconhecimento da
preceptora que com paciência e na medida do possível está nos ajudando
bastante, assim como nossa orientadora, a escola que estamos estagiando,
que busca fazer um bom trabalho, sendo referência na região e ao IFPA junto a
CAPES que está proporcionando tudo isso.

REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTI, Lana de Sousa. O ensino de Geografia na escola. Campinas,


SP: Papirus, 2012.

FANTIN, Maria Eneida; TAUSCHECK, Neusa Maria; NEVES, Diogo Labiank.


Metodologia do Ensino de Geografia. 2.ed. Curitiba: intersaberes, 2013.

XIX Colóquio Internacional: “Educação e Contemporaneidade”. Relato de


experiência do Programa Residência Pedagógica de Geografia:
contribuições e reflexões, 24 a 25 de setembro de 2020, Santa Catarina.

SOUZA, Bibiana Barbosa de; SOUZA Mariana Barbosa de. A importância do


espaço físico escolar no ensino e na aprendizagem. Disponível em:
<https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sidspp/article/viewFile/
11835/1664> Acessado em 20 de abril de 2023.

Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular, Brasília,


2023.

Escola Municipal Prof. Rosa Athayde. Projeto Político Pedagógico – PPP.


Augusto Corrêa, 2023.
BRASILIA (DF). EDITAL CAPES n.24/2022. Chamada pública para
apresentação de projetos institucionais. Minuta, anexo II. Acesso em 20 de abril
de 2023.

SILVA, Camila Coutinho Da et al... Atuação do programa residência


pedagógica (PRP) em geografia, na escola estadual de ensino
fundamental (E.E.E.F) Antenor Navarro, Guarabira/Pb: relato de
experiencia do módulo II. Anais do VIII ENALIC... Campina Grande: Realize
Editora, 2021.

A importância da aprendizagem fora de sala de aula. https://ph.com.br/a-


importancia-da-aprendizagem-fora-de-sala-de-aula/#:~:text=para%20a
%20sociedade.-,Est%C3%ADmulo%20ao%20aprendizado,outro%20ambiente
%20na%20pr%C3%B3pria%20escola.

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