Resumo do texto: Programa de residência pedagógica da UNIFESP: Avanços e
desafios para implementação de propostas inovadoras de estágio Panizzolo, et al., 2012
O presente texto apresenta um breve histórico do PRP, ressaltando seus
princípios e forma de organização e expõe as trajetórias que colaboraram para a sua consolidação na universidade e sua inserção nos espaços públicos. Finalmente, apresenta os desafios a serem enfrentados com o objetivo de fomentar o debate sobre essa temática (PANIZZOLO, et al., 2012). Nesse sentido, aborda, a priori, sobre as condições em que a escola se encontra, a qualidade da escola pública, o fracasso da aprendizagem dos alunos e o nível de formação dos professores, em que a formação continuada é de suma importância para os profissionais da educação para que ocorra uma qualidade na educação. Tal como, narra a trajetória do Programa de Residência Pedagógica, iniciada em 2009 na região de Pimentas, como uma tarefa de ressignificar os estágios curriculares como espaços de aprendizagem da docência e da gestão educacional. Assim, ela pode ser entendida como uma experiência inovadora de estágio que tem como alicerce fundamental a manutenção de um diálogo estreito e constante com o sistema público. Ela é exercida por três modalidades: docência em Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, e na Gestão Educacional, totalizando a carga horária de 300 horas, mínimo estabelecido pelas Diretrizes Curriculares para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. (BRASIL, 2006). O acesso regular e qualificado à cultura escolar e/ou educacional possibilita ao Residente conhecer e analisar a rotina da instituição ocorre pela supervisão e orientação de um professor do curso de Pedagogia, denominado Preceptor. O PRP prevê ainda a elaboração de intervenções pedagógicas sob a orientação do Preceptor com o apoio do professor formador. Desenvolvidas por meio de um Plano de Ação Pedagógica (PAP) – na Educação Infantil e no Ensino Fundamental ou - Ação Pedagógica (AP) – na EJA. Orientação metodológica específica: Manual do PRP, Roteiro de Observação, Caderno de Campo, Roteiro de Elaboração do PAP ou AP, Relatório Parcial e Relatório Final. Suas atribuições: colaborar na implantação do PRP nas escolas-campo integrando os esforços de formação inicial e continuada de docentes e gestores escolares; fornecer subsídios e suporte necessário para a formulação contínua de estratégias de desenvolvimento do PRP no âmbito das escolas-campo; apresentar as demandas formativas dos professores e gestores formadores das escolas campo e propor plano de contrapartidas da universidade. Do ponto de vista da universidade o PRP apresenta-se como uma contribuição para a tomada de consciência sobre a importância de se conhecer a realidade em que se instalam as escolas públicas, demarcando, dessa forma, o princípio da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão.