Você está na página 1de 1

Perdido no ciberespaço já não sei meu paradeiro!

Ei, você que está lendo esta página,


digo, este monitor, Abre-te, página! Abre-te, Sésamo!
você do outro lado da tela do computador, Valha-me, São Longuinho!
eu preciso de sua ajuda! Eu já dei meus três pulinhos,
mas não consigo me achar!
Pode ficar tranquilo, Não fique me olhando de lado,
não sou nenhum marginal, com cara desconfiada,
sou um escritor perdido, pensando “que cara maluco!”.
um cara quase normal. Tente me ajudar, tente me explicar.
Que lugar é este aqui?
Por favor, não vá embora,
por favor, não clique em nada, E quando eu digo aqui,
não mude de site agora, aqui é onde?
leia a história até o final. Atrás da tela, dentro dela?
Em cima, embaixo, perto ou longe?
Veja o meu drama, amigo ou amiga: Pense bem, você aí.
estou perdido na Internet, Se estou perto, como é que você não me vê?
fui fisgado pela rede, Se estou longe, como é que você responde?
não encontro a saída. [...]
Leo Cunha. Perdido no ciberespaço. São Paulo:
Maldita hora em que inventei Larousse do Brasil, 2007.
de navegar por esses lados.
Qualquer coisa deu errado
de uma hora pra outra, tudo ficou escuro,
tudo ficou estranho,

Você também pode gostar