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O mundo industrial viu a emersão da Indústria 4.

0 com expectativas de
revolução na área produtiva, transformando a comunicação entre homens e
máquinas, também entre próprias as máquinas, utilizando informações para
otimização dos processos produtivos, tendo o escopo de alcançar um maior grau de
uso das tecnologias digitais e da automação pelo uso da Inteligência Artificial, Big
Data e Machine Learning, tornando a produção mais ágil, econômica e autônoma.
O Fordismo, quando em sua emergência, tem laços estritos com os princípios
do Taylorismo, estabelecendo-se a clássica separação entre planejamento e
execução, assim como uma detalhada divisão do trabalho para consequentes
ganhos de eficiência e produtividade nas fábricas.
O Taylorismo se caracteriza pelo desenvolvimento de profissionais no
exercício de suas funções, uma vez que quanto maior for o desenvolvimento do
profissional maior será sua aptidão para o exercício de suas atividades em menor
tempo, contribuindo diretamente para o aumento da produtividade, portanto,
aumento dos lucros.
Já o Fordismo, segue os mesmos princípios, entretanto, com o
desenvolvimento dos fundamentos de planejamento, preparação dos trabalhadores,
controle do trabalho e distribuição das responsabilidades e funções, resultando em
aumento da produção em razão da diminuição do tempo gasto e o consequente
aumento da lucratividade.
A Indústria 4.0 se caracteriza pelas chamadas fábricas inteligentes com
integração vertical se dando, em grande parte, pela utilização de sistemas
ciberfísicos compostos de partes físicas (sensores, atuadores) e de elementos de
computação, os quais monitoram e controlam a parte física. A integração vertical
envolve a associação e conexão entre sistemas de gestão empresarial, sistemas de
planejamento e controle da produção, sistemas de manutenção, robôs, esteiras
transportadoras etc., permitindo uma produção hiper automatizada.
Tal condição de operação adota ganhos muito expressivos de produtividade
pela redução da necessidade de mão-de-obra, áreas ocupadas; redução de tempos
de ciclo, dos gastos com manutenção, insumos e energia, redução de falhas e
retrabalho. Tudo isso aliado ao avanço no campo da inteligência artificial em
aprendizagem das máquinas, processamento computacional e disponibilidade de
grande massa de dados.
Ante o exposto, tem-se a prejudicialidade de diversas características do
Taylorismo e Fordismo diante da inteligência artificial, pois esta assumirá funções
mais cognitivas, tendo como consequência a sua aplicação em processos de
supervisão de trabalhadores humanos e de autômatos.
Se por um lado surge possibilidades para alívio do trabalho rotineiro e
repetitivo, próprios do Taylorismo e Fordismo, quer para o desenvolvimento de
habilidades dos funcionários, quer para ganho de qualidade na vida privada em
razão de menor demanda de tempo de dedicação e menor dependência de ciclos de
máquinas e equipamentos.
Por outro lado, as tecnologias digitais estimulam a substituir o trabalho
humano, podendo afetar a qualidade do trabalho que remanesce, pois o trabalhador
se torna um mero assistente de sistemas e máquinas, tornando-se um trabalho
enfadonho e pouco significativo.
Por fim, tem-se uma revolução das formas de execução e organização do
trabalho em todos os setores da vida econômica com a intensificação de todas as
consequências sociais da reestruturação produtiva do século XX. Cabe ao ser
humano se unir contra a inteligência artificial através da sabedoria natural, criando
novas formas de sustento das famílias com o aumento da qualidade de vida,
deixando a inteligência artificial fazer o papel pesado e enfadonho.

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