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Eletrotécnica
Módulo I
Instituto Edison
Orgulho em construir o futuro
Centro - São Paulo - SP
Tel: (11) 3106-5580
www.institutoedison.com.br
Prezado Aluno,
Insta salientar que serão essenciais para sua aprovação no decorrer dos
módulos: a sua disciplina no tocante ao acompanhamento das aulas,
estudo complementar fora da escola, se preparando assim, para a
realização das provas, não faltar às aulas, salvo em casos de extrema
necessidade, bem como, nunca esquecer que estas se excedidas,
serão motivo de reprovação.
Desta forma, o Instituto Edison tem certeza que você chegará ao final
dos 4 (quatro) módulos do curso com extrema facilidade, fazendo parte
do grupo de Técnicos em Eletrotécnica mais capacitados do mercado.
Um abraço.
Victor Guiotto
Diretor de Serviços
REGIMENTO INTERNO
1.6 – A Instituição reserva-se ao direito de alterar 4.1 – De acordo com as determinações do Regimento
alunos de salas na promoção dos módulos, a fim de Escolar desta Instituição de Ensino a verificação do
otimizar a formatação das mesmas. aproveitamento do aluno ocorrerá da seguinte forma:
5.2 – A frequência mínima para a promoção deverá 6,5+8,0 =7,25+8,00x2 =23,25=7,75 (Promovido)
ser igual ou superior a 75% por disciplina/módulo. 2 3
6.1 - As avaliações terão início e término: 11,25 + 5 (Nota da Recuperação) = 16,25 = 5,4
• Turmas Matutinas – 8h às 11h15m. 3
• Turmas Noturnas – 19h às 22h15min. 10. REPROVAÇÃO
6.2 – Quando houver ausência justificada por 10.1 – O aluno será considerado reprovado em duas
atestados a provas e outras avaliações, o aluno situações:
poderá recorrer à prova substitutiva previamente
agendada pela secretaria. • Quando a soma das três notas do componente
curricular (disciplina) mais a nota da recuperação,
7 - RECUPERAÇÃO resultarem em um média inferior a 5,0 (cinco);
7.1 - A cada módulo (trimestre) o aluno que obtiver a • Quando a frequência do aluno em sala de aula for
média inferior a 5,0 (cinco) em qualquer área, inferior a 75%.
poderá recorrer a Recuperação, desde que o mesmo
não tenha alcançado a média necessária no máximo
em 2(duas) disciplinas.
Falta Justificada:
- Atestado de Trabalho DIRETORIA DE SERVIÇOS
- Acompanhar familiares e outros.
Nestes casos o aluno terá o direto de
realizar provas e entregas de
trabalho, desde que autorizados pela
Diretoria Pedagógica.
Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 3
ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................................................... 3
LINGUA PORTUGUESA x LINGUAGEM EMPRESARIAL .......................................................................... 4
DIVISÃO GRAMATICAL ..................................................................................................................................... 4
MORFOLOGIA ................................................................................................................................................. 5
SINTAXE .......................................................................................................................................................... 7
SEMÂNTICA .................................................................................................................................................... 8
REGRAS GRAMATICAIS ................................................................................................................................. 10
VOCABULÁRIO ................................................................................................................................................ 10
PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................... 12
HÍFEN................................................................................................................................................................ 15
ACENTUAÇÃO ................................................................................................................................................. 16
CRASE .............................................................................................................................................................. 19
CONCORDÂNCIA ............................................................................................................................................ 20
CONETIVO ....................................................................................................................................................... 21
COMUNICAÇÃO ESCRITA .............................................................................................................................. 21
ELABORANDO UM TEXTO ............................................................................................................................. 25
PRINCIAPAIS FERRAMENTAS DA COMUNICAÇÃO ESCRITA ................................................................... 30
ENCERRAMENTO ........................................................................................................................................... 36
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................. 37
INTRODUÇÃO
Você sabia que a Língua Portuguesa está entre os 10 idiomas mais falados do mundo? Que ela possui
uma significativa lista de regras e acordos coordenados pela Academia Brasileira de Letras?
O curso de hoje é sobre esse assunto: LÍNGUA PORTUGUESA. O Português pode assumir culturalmente
duas normas: língua coloquial e língua culta.
• A primeira é similar a fala cotidiana, sem muitas regras, e pode ser representada em cartaz, fábula e
cartoon.
• Já a segunda, segue as normas mais rígidas e são mais utilizadas na produção de textos para
reportagem, redação, romance e uso empresarial.
O objetivo deste curso é ajudá-lo a entender melhor o que é a Língua Portuguesa, as características de uma
boa escrita e fornecer modelos de textos, juntamente com suas características principais. Devemos sempre
ter o interesse em escrever melhor, para isso é importante conhecer os elementos básicos para uma escrita
eficiente e correta.
Podemos ajudar! Esperamos passar conhecimento de aspectos importantes para que sua comunicação
seja eficaz, clara e objetiva. Mas antes, vamos conhecer a origem da Língua Portuguesa.
A língua, primeiramente, nos remete a um órgão do corpo que é usado na comunicação, e é a partir daí
que começamos a entender que o idioma escrito hoje foi, um dia, apenas falado.
A partir desse princípio de fala, nós definimos língua como o conjunto de letras que formam palavras com
sentidos diversos. E a relação dessas palavras e suas significações nós chamamos de sistema. Logo, a
língua é um sistema, ou seja, um conjunto de elementos que relacionam entre si e formam um significado.
Nossa língua recebe adjetivação de “portuguesa” porque veio de Portugal, colonizador do Brasil. Porém, o
português de Portugal não permaneceu em sua colônia de maneira pura e simples, mas recebeu uma
conotação abrasileirada e, por isso, falamos do português do Brasil.
No entanto, não só o Brasil foi colonizado pelos portugueses e fala o português, mas também outros países:
Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e
Príncipe.
Como vimos, a língua, acima de tudo, é um código social, um acordo de letras, que em combinações entre
si adquirem significado para um determinado grupo social. Contudo, há uma convenção linguística, a qual
permanece em uma sociedade para que a comunicação possa existir entre os falantes. Porém, não quer
dizer que todo indivíduo vai escrever e falar da mesma maneira, já que cada um tem a sua particularidade e
um objetivo ao se comunicar.
Como citamos no início desse curso, há distinção da Língua Portuguesa. Ela pode aparecer como:
• Linguagem coloquial - nos remete àquela mais próxima da fala
• Linguagem culta - obediência a normas e regras da comunicação
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Por isso, há o estudo da gramática da língua portuguesa, que é a averiguação da correspondência entre o
que se fala ou escreve e as normas ou leis vigentes para o uso da comunicação de forma culta, polida.
No mercado de trabalho, principalmente profissionais de nível técnico, utilizam muito do recurso verbal e
escrito. E como todo recurso, devemos utilizá-lo da forma correta.
É de costume que nossos relatórios cheguem até a diretoria. Não podemos fazer feio frente aos nossos
gestores. Então abandone o dialeto repleto de gírias regionais. Nossa linguagem deve ser formal e não
coloquial. Com certeza irá destacar-se.
O uso incorreto da língua portuguesa traz prejuízos para a imagem da organização, além de impactar no
entendimento de uma ordem, no fechamento de um contrato ou no entendimento de um relatório.
Não precisamos ter um vocabulário com palavras de difícil entendimento, mas que pelo menos que
coloquemos as vírgulas, os acentos e os pontos nos locais corretos.
Devemos redigir textos que sejam entendidos na primeira leitura e até no modo de falar devemos prestar
atenção, pois nossos superiores hierárquicos podem querer que ministremos palestras ou treinamentos e
eles não querem ser representados, de forma alguma, por alguém que fale “você estar certo”, “para mim
fazer”, “seje”, “agente” e “pobrema”.
Quem está presenciando uma palestra percebe quando houve um erro no falar, ou pior, quando vê um erro
de escrita em um slide de apresentação. Na verdade, não só percebe, mas também em muitos casos irá
criticar a pessoa na primeira oportunidade.
Os erros mais comuns que encontramos são: conjugação dos verbos e ausência de pontuação (ponto,
vírgula e interrogação), além dos erros de letras trocadas.
DIVISÃO GRAMATICAL
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MORFOLOGIA
SUBSTANTIVO - Nomeia pessoas, cidades, estados, países, objetos, animais, vegetais, sentimentos,
enfim, as coisas de maneira geral.
• “Maria”, “Rio de Janeiro”, “Minas Gerais”, “boné”, “cobra”, “alface”, “amor” e milhares de outras são
chamadas de substantivos.
NUMERAL - Palavras variáveis que indicam termos numéricos, atribuindo aos termos e seres quantidades
ou os situando em alguma sequência.
ARTIGO - Classe gramatical em que as palavras são variáveis em gênero e número e servem para
determinar os substantivos de modo vago ou preciso. Podem ser:
• Artigos definidos - “O menino é legal.”
• Artigos indefinidos - Lute como uma garota.”
ADJETIVO - São palavras que atribuem características positivas ou negativas a um determinado nome.
São palavras variáveis e isso significa que elas sofrem variação de número, gênero e grau.
• “Minha amiga é inteligente.” - A palavra “inteligente” é uma característica relacionada à palavra
“amiga” e, portanto, é um adjetivo.
ADVÉRBIO - Classe morfológica invariável. Isso significa que eles não sofrem flexão de número, gênero ou
pessoa. Além disso, eles são sempre utilizados próximos a verbos, adjetivos e outros advérbios, pois
modificam de alguma maneira o sentido dessas palavras dentro da oração.
• “Os alunos saíram tarde” - O advérbio “tarde” está modificando o verbo “saíram”, indicando uma
circunstância temporal.
PRONOME - Classe gramatical que sofre flexão em relação ao gênero (feminino e masculino) e ao número
(singular e plural). Usado para acompanhar, substituir ou fazer referência ao nome. Podem substituir os
substantivos, adjetivos ou toda uma oração.
Também serve para apontar uma das pessoas do discurso ou situá-lo no espaço e no tempo.
• “A Maria é superinteligente, ela é minha crush eterna.”
Neste caso, o pronome “ela” substitui Maria, para que não seja necessário repetir o seu nome.
Existem várias classes de pronomes, o que dificulta, muitas vezes, a aplicação correta dele. A seguir vamos
acompanhar algumas formas, muito comum, em que o pronome é aplicado erroneamente, inclusive em
ambiente corporativo.
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PREPOSIÇÃO - Grupo de palavras invariáveis que tem a função de relacionar dois termos de uma mesma
oração, subordinando um ao outro.
• “Vou à escola.” ou “Maria trabalhou com vigor.”
• “À” e “COM” são preposições porque subordinam um termo a outro dentro das sentenças
CONJUNÇÃO - Palavras invariáveis com a função de ligar sentenças e ideias dentro de um texto ou
mesmo termos de uma mesma função sintática, atribuindo a eles, um papel semântico.
• Comprei um vestido e uma saia. / Queria comprar um vestido, mas estava sem dinheiro.
INTERJEIÇÃO - São palavras invariáveis que servem para exprimir sentimentos e emoções, podem vir
acompanhadas graficamente de pontos de exclamação.
• “Ah! se já perdemos a noção da hora. Se juntos já jogamos tudo fora.” (Chico Buarque e Tom Jobim).
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SINTAXE
Tanto quem lê quanto quem escreve precisa estar a par dos conhecimentos de
sintaxe, pois ele é fundamental na hora da construção e leitura dos textos.
COMPLEMENTO - É um termo integrante da oração. Usado para completar o sentido dos verbos ou nomes.
Quando completa o verbo pode ser dividido em objeto direto, indireto e direto e indireto ao mesmo tempo.
Quando for nominal, completa o sentido dos substantivos, adjetivos ou advérbios.
• Ana comprou uma casa / uma casa: complemento verbal, objeto direto.
• Pablo era consciente de tudo / de tudo: complemento nominal.
PREDICADO - Essencial na oração. É aquilo que se diz sobre o sujeito ou a informação sem o sujeito. É
dividido em:
• Verbal: O núcleo é o verbo – Eu comi um brigadeiro.(predicado verbal em destaque) – Sujeito: EU.
• Nominal: Construído com verbo de ligação – Pedro é feliz. (predicado nominal em destaque) – Sujeito:
PEDRO.
• Verbo nominal (apresenta como núcleo o predicativo do sujeito ou objeto e um verbo que indica ação)
– A menina chegou cansada - Predicado verbo nominal está em destaque, enquanto o sujeito – A
MENINA
OBJETO DIRETO- Complemento verbal que, geralmente, não é acompanhado por preposição.
• Ana vende livros.
• O pai abraçou o filho.
• Você conhece o José?
OBJETO INDIRETO - Função de completar o verbo trânsito, o qual sozinho não consegue fornecer
informação com sentido completo.
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ADJUNTOS - São termos acessórios da oração. Normalmente são os últimos a aparecer: Divide-se em
adverbial, adnominal, vocativo e aposto.
Vocativo – Não exerce nenhuma função na sintaxe. É um chamamento ou invocação e deve ser separado
por vírgula do restante da frase.
• Ana, eu comprei seu relógio.
SEMÂNTICA
A semântica está ligada a sintaxe, pois qualquer alteração sintática que houver em
uma sentença, em um ponto que for, todo o sentido também mudará.
Assim, é a parte da linguística que estuda os significados das palavras, das frases,
dos símbolos e imagens etc.
SINONÍMIA - Duas palavras com significados diferentes, colocadas em um contexto que passam a ser
sinônimas. Não são sinônimas, mas dentro da oração têm significados iguais.
• A paz e a tranquilidade reinava na casa de Marcelo.
• A ponte da esquina quebrou porque era frágil e fraca.
“Paz", "tranquilidade", “frágil” e "fraca“, separados do contexto não são sinônimos. Mas, dentro do
contexto de cada sentença, possuem o mesmo significado.
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ANTONÍMIA - Duas ou mais palavras não são necessariamente contrárias, mas ao serem colocadas
dentro de um contexto assumem sentido de antônimos.
• Marcia é uma pessoa caridosa, já seu irmão Marcos é agressivo.
• Marcos é um homem mau, já Marcia é uma pessoa boa.
“Caridosa” e “agressivo” não são antônimos, mas transmitem esse sentido dentro desse contexto. As
palavras “mau” e “boa” também são palavras antônimas, pois o contrário de mau é bom e vice e versa.
HIPERÔNIMO - Palavras que tem um sentido mais abrangente, ou seja, englobam um conjunto de palavras
relacionadas a ela e que estão dentro do mesmo grupo semântico.
• Profissão: é um hiperônimo, pois dentro desse grupo há várias outras palavras. Como médico,
jornalista, cozinheiro, entre outros.
• Inseto: hiperônimo de barata, mosquito, mosca etc.
• Mamíferos: hiperônimo de ser humano, baleia, vaca etc.
HIPÔNIMO - Ao contrário do “hiper” que é algo mais amplo, “hipo” é mais restrito. Isto é, está relacionado
a elementos mais específicos dentro do conjunto dos hiperônimos.
• Escritor e Jornalista são hipônimos de profissão
• Mosquito e mosca são hipônimos de inseto
• Gato e cachorro são hipônimos de mamíferos.
POLISSEMIA - Quando uma mesma palavra pode ser interpretada com vários significados,
Proporciona mais de uma leitura. Apesar dos vários significados das palavras o sentido muda, conforme o
contexto em que forem inseridas.
• Pé: pode ser pé de moleque (doce), parte do corpo humano ou o pé da cadeira.
• Banco: pode ser a instituição comercial financeira ou o local de sentar-se.
• Cabo: pode ser cabo de vassoura, da faca ou o policial militar.
• Manga: pode ser a fruta ou parte da roupa.
AMBIGUIDADE - Não está atrelada a vários significados, mas sim as possíveis interpretações em uma
frase. É a abertura que uma palavra ou oração deixam para interpretações.
• O policial prendeu o suspeito em sua casa. (Casa de quem? Suspeito ou policial?).
• A estudante falou para a professora que era alemã. (Quem era alemã? Estudante ou professora?).
PARONÍMIA - Escrita e pronúncia são semelhantes, mas com diferentes significados. A relação acontece
quando duas ou mais expressões possuem significados distintos, mas são parecidas na sonoridade e
ortografia.
• Absolver (perdoar, inocentar) e absorve (aspirar, sorver).
• Recrear (divertir) e recriar (criar novamente).
• Eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente).
HOMONÍMIA - Relação presente entre duas ou mais palavras de mesma pronúncia ou escrita, mas
diferentes significados:
• Palavras homógrafas: expressões com sentidos diferentes, mas mesma escrita - sede (vontade de
beber) e sede (matriz).
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• Palavras homófonas: expressões que têm a escrita diferente, mas pronúncia é igual - Sessão,
secção, seção ou cessão e acerto (ato de acertar) e asserto (afirmação).
• Perfeitas: são palavras homógrafas e homófonas ao mesmo tempo, ou seja, tem a escrita e a
pronúncia iguais, mas diferentes significados - Gosto (substantivo) e gosto (verbo gostar).
REGRAS GRAMATICAIS
Gramática é o conjunto de regras que indicam o uso mais correto de uma língua. No início, a gramática
tinha como função apenas estabelecer regras quanto à escrita e à leitura. É por isso que a palavra gramática,
de origem grega (grámma), significa “letra”. Há 4 tipos de gramáticas:
1. Normativa - É sinônimo de norma culta. Ela estabelece os usos certos e errados em oposição ao uso
popular. Isso porque, apesar de ser compreensível, no cotidiano, há sérias transgressões ao modelo
estabelecido. Essa é a gramática oficial e, que, portanto, é ensinada nas escolas.
2. Descritiva - Analisa a língua, no que respeita ao seu uso oral, num período específico do tempo, ou
seja, é sincrônica.
3. Histórica - Trata justamente da história da língua ao longo do tempo, desde a sua origem às
transformações, ou seja, é diacrônica
4. Comparativa - Estuda a gramática fazendo uma comparação com as gramáticas pertencentes às
mesmas famílias linguísticas.
Existem regras gramaticais básicas para garantir a boa qualidade das redações. A seguir, vamos ver
algumas dicas e regras básicas que ajudam a garantir a boa qualidade das redações: Vocabulário,
Pontuação, Hífen, Acentuação, Crase, Concordância e Conetivos.
VOCABULÁRIO
Vocabulário é o conjunto de termos e expressões que pertencem a uma língua, mas também pode se
referir ao grupo de palavras conhecidas de determinada pessoa ou grupo, seja ele social, etário, regional,
entre outros. O vocabulário pode ser considerado o mesmo que glossário, léxico ou dicionário, ou seja,
um acumulamento de diferentes palavras e seus significados.
O vocabulário pode ser entendido como a totalidade de palavras que pertencem ao idioma de determinado
país, assim como do dialeto de determinado povo, e como a linguagem técnica que é típica de determinado
grupo de profissionais. Cada indivíduo possui o seu vocabulário próprio, formado pela junção de todas as
palavras que conhece, utiliza e que sabe o seu significado. Quando se diz que determinada pessoa possui
um “vocabulário rico” ou um “vocabulário erudito”, quer dizer que conhece e utiliza uma grande
variedade de vocábulos (palavras), assim como as suas acepções.
A “riqueza” do vocabulário é construída de acordo com o nível de instrução educacional que a pessoa recebe
ao longo de sua vida. O ser humano está sempre em comunicação, e o bom uso do vocabulário permite
que relações pessoais e profissionais sejam construídas por meio da confiança. Além disso, é preciso
reconhecer que o diálogo e a escolha das palavras dependem do ambiente em que se está.
Utilizar as palavras corretas faz toda a diferença na vida pessoal e profissional. O vocabulário utilizado em
um texto também mostra uma imagem sobre o autor.
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Portanto, procure sempre aperfeiçoar seu vocabulário com muita leitura e um bom dicionário. A seguir, veja
alguns exemplos em que é possível optar por um vocabulário mais refinado e preciso.
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PONTUAÇÃO
A pontuação na linguagem funciona como uma espécie de sinalização, guiando e organizando o texto a ser
lido. Como num trânsito, os sinais apontam onde deve haver pausas ou o que chama a atenção. Se, mesmo
com toda a sinalização, o trânsito nas cidades já é complicado, imagine sem.
Assim como no tráfego de veículos, no texto os sinais dão ritmo, fluidez e evitam confusão. A pontuação
é superimportante. O texto mal pontuado se torna ininteligível. Não é possível compreender as ideias do
texto.
Um dos sinais mais importantes é a vírgula. Ela indica uma pequena pausa, na fala e, naturalmente, na
escrita. Como exemplo, temos: ‘um homem para ser respeitado tem que ser médico, advogado, engenheiro,
sei lá mais o que’. Veja que há várias pausas ascendentes. É a hora exata de usar vírgula”. A vírgula ainda
serve para separar o aposto explicativo, um vocativo ou adjunto adverbial deslocado. O ponto e vírgula, no
português, funciona mais como ponto do que como vírgula. Na incerteza, na dúvida, faça a opção do ponto.
É muito normal o uso após algumas vírgulas ou quando há ideias compostas.
Na hora em que se vai citar alguém, é preciso usar dois pontos. “Já afirmara Rui Barbosa: a pátria não é
ninguém, são todos”. Outra situação é quando se quer criar uma expectativa “precisamos de duas coisas:
da vida e da liberdade”. Quando são três pontos seguidos, há as reticências, usadas para indicar que a
frase não termina, que a pessoa hesita, está insegura.
Vamos conhecer melhor como aplicar os principais Sinais de Pontuação, usados em nossa Gramática:
Ponto Final, Dois pontos, Vírgula, Ponto e Vírgula, Ponto de Exclamação, Pontos de Interrogação,
Reticências, Aspas, Parêntese, Travessão.
PONTO
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DOIS PONTOS
VÍRGULA - A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não formam
uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração. Esse é o sinal de pontuação que exerce o
maior número de funções, por isso aparece em várias situações.
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PONTO E VÍRGULA
PONTO DE INTERROGAÇÃO
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
RETICÊNCIAS
ASPAS
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OBSERVAÇÃO - Se necessário usar aspas dentro de uma sentença que já contém aspas, usar como
marcação simples ('), não dupla (").
PARENTÊSES
TRAVESSÃO
HÍFEN
+++++++-
Com a Reforma Ortográfica (2009), houve algumas mudanças em relação à aplicabilidade do hífen. Ele é
um sinal gráfico cujas funções estão associadas a uma infinidade de ocorrências linguísticas. Entre essas
funções, podemos citar:
• Ligar palavras compostas e também algumas palavras precedidas de prefixos
• Fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais;
• Separar as sílabas de um dado vocábulo; etc.
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ACENTUAÇÃO
A acentuação serve para auxiliar a representação escrita da linguagem. Quando ouvimos, distinguimos com
facilidade uma sílaba tônica de uma sílaba átona. Quando lemos, entretanto, não é tão fácil, o que pode
dificultar a leitura.
O acento indica a forma como as palavras devem ser lidas, não permitindo que haja confusões com duas
palavras que possuem a escrita parecida, mas a pronúncia completamente diferente, como por exemplo as
palavras "dúvida" e "duvida".
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Além disso, a acentuação nos auxilia na leitura de palavras que desconhecemos, visto que os acentos gráficos
designam as sílabas tônicas e os sons mais abertos ou fechados. Os acentos mais usados na língua
portuguesa são: Agudo, Grave, Circunflexo, Til, Cedilha.
ACENTO AGUDO (´) - Esse acento é usado por diversos idiomas com o objetivo de assinalar uma vogal
longa ou aberta. Especialmente na Língua Portuguesa, é utilizado:
• Em todas as vogais tônicas localizadas na antepenúltima e em várias na última sílaba;
• Em muitas das letras I e U dentro de um hiato (Ex.: saúde, saída);
• Em grupos de palavras oxítonas que terminam com “EM” ou “ENS” (Ex.: além, armazéns).
ACENTO CIRCUNFLEXO (^) - Tem a finalidade de marcar a posição da sílaba tônica com som fechado.
No uso formal do português, esse acento é usado sobre as vogais A, E e O quando são tônicas na
antepenúltima e na última sílaba (Ex.: pêssego, supôs).
TIL (~) - Em português, essa forma de acentuação gráfica é utilizada para indicar uma nasalização das
vogais, sendo especialmente utilizada nos ditongos ÃO, ÃE e ÕE ou de forma isolada na vogal Ã.
CEDILHA (¸) - Trata-se de um acento que indica que a consoante precisa ser pronunciada de maneira
sibilante. Na Língua Portuguesa esse acento é usado sob a letra C (Ç).
TREMA ( ̈ ) - Sinal gráfico que foi abolido da Língua Portuguesa, em 2009 com a implantação do Novo Acordo
Ortográfico, porém é usado nas línguas românicas, germânicas e no espanhol.
A exceção para essa regra são palavras estrangeiras que tenham trema no original. O sinal deve ser mantido
na palavra original, assim como nos seus derivados. Exemplo: müsli, mülleriano.
REGRAS FUNDAMENTAIS
• Proparoxítonas: todas são acentuadas. - Ex.: analítico, hipérbole, jurídico, cólica.
• Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas terminadas em "A", "E", "O", "EM", seguidas ou
não do plural(s). - Ex.: Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
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REGRAS ESPECIAIS
• Os ditongos de pronúncia aberta "EI", "OI", que antes eram acentuados, perderam o acento com o
Novo Acordo. Veja na tabela a seguir alguns exemplos:
A exceção para essa regra são as palavras oxítonas (aquelas com acento na sílaba final), terminadas
nos ditongos abertos “ÉI”, “ÉU” e “´ÓI”, seguidos ou não de S, ficam mantidos.
Exemplo: papéis, fiéis, chapéu, véu, Bordéus, herói, dói.
Não existe acento quando esses ditongos são pronunciados fechados, como: calei, correi, lei, rei, foi
etc.
• Quando "I" e "U" tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de "s", desde
que não sejam seguidos por "-NH", haverá acento: Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
EXCEÇÃO - Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de
ditongo:
• Não se acentuam as vogais "I" e "U" dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica:
Ex.: Xiita (xi-i-ta),Paracuuba (pa-ra-cu-u-ba).
No entanto, em se tratando de palavra proparoxítona, haverá o acento, já que a regra de acentuação
das proparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos.
Ex.: Friíssimo (fri-ís-si-mo), Seriíssimo (se-ri-ís-si-mo).
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A exceção para essa regra são palavras proparoxítonas (palavras com acento na antepenúltima sílaba),
como alcoólico. Neste caso o acento não é obrigatório.
• As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz com "U" tônico precedido de "G" ou "Q" e
seguido de "E" ou "I" não serão mais acentuadas.
• Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos TER e VIR e dos seus
compostos (conter, reter, advir, convir etc.).
• Essas regras foram alteradas, pois a maior parte dos acentos diferenciais, só servem para distinguir
duas palavras, com significados diferentes, porém com a mesma grafia.
✓ Pelo (preposição), pelo (cabelo) e pelo (do verbo pelar).
✓ Apoio (substantivo) e apoio (do verbo apoiar).
✓ Para (preposição) e para (do verbo parar).
CRASE
Tem por objetivo marcar a crase. Esse tipo de acento também é utilizado com outras finalidades em idiomas
como latim, grego, italiano, francês, norueguês e romeno. A Crase é a contração entre a preposição “A” e
o artigo “A”. Sendo assim, algumas dicas são bastante eficazes. Portanto, a seguir vamos conhecer alguns
modelos de documentos. Exemplo:
• Ficou em casa devido à chuva.
• Viajarei à França na próxima semana.
DICAS:
1. Na dúvida se há crase ou não, antes de uma palavra feminina, basta trocá-la por uma masculina.
Obedeça às mães. - (Obedeça AOS pais) – apareceu AOS, então crase no A.
2. Se ao trocar, a preposição AO for utilizada, isso indica que ocorre a crase com a palavra feminina.
Entreguei a carta. - (Entreguei O cartão) – não apareceu AO, não ocorre crase.
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CONCORDÂNCIA
A regra para concordância é simples: se um substantivo ou pronome está no plural, tudo que se relaciona a
ele vai para o plural, se está no feminino, tudo vai para o feminino. A dica é procurar sempre encontrar quem
está fazendo a ação para concordar o verbo com ele. Porém os seguintes casos que merecem atenção:
• Concordância de sujeitos longos –a regra é achar o núcleo do sujeito e quem está praticando a ação.
Exemplo: O alcance das mídias tradicionais, em relação à internet, dá a elas um papel predominante.
(O que dá o papel? O alcance, não as mídias).
• Concordância de sujeitos compostos com “ou” – se o sujeito tem dois ou mais núcleos unidos por
“ou”, o verbo vai para o plural se a ideia for de inclusão, e para o singular se a ideia for de exclusão.
Exemplos: Júlio ou Luísa será eleito presidente da associação.
Júlia ou Luísa têm chances de se eleger deputados.
• Concordância em frases invertidas – você sabe que as orações em português costumam ter uma
ordem direta: sujeito, verbo e complementos de verbo. Mas é possível mudar os elementos de lugar,
colocando o complemento na frente do verbo, ou o verbo na frente do sujeito. Nesse caso, a
concordância dos elementos não muda.
Exemplo: “Para manter a saúde em ordem, é necessária limpeza.” (e não: é necessário limpeza).
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CONETIVO
Quando se coloca mais de uma frase da mesma oração, geralmente é necessário o uso de uma palavrinha
que mostre a relação entre as duas: o conetivo. Os conetivos também aparecem para unir duas palavras
ou expressões que ocupam a mesma função na frase. Além disso, o uso correto das conjunções ajuda a
melhorar a clareza de seu texto. Conheça alguns a seguir:
• Conetivos que indicam oposição, contraste - Mas, porém, senão, contudo, entretanto, todavia, no
entanto, não obstante.
Exemplo: Regina dorme cedo, mas está sempre com sono.
Fomos para a praia, contudo não entramos no mar.
• Conetivos que indicam conclusão, consequência - Portanto, logo, então, assim, pois (depois do verbo),
por isso, por conseguinte.
Exemplo: Um cão é um ser vivo, logo merece ser bem tratado.
De manhã estava frio, por isso vesti um casaco.
• Conetivos que indicam causa, motivo - Porém, pois, como, já que, uma vez que, visto que, por isso que.
Exemplo: Vou me deitar porque estou com dor de cabeça.
Joana voltou para casa, já que terminara seu trabalho.
• Conetivos que indicam finalidade ou o objetivo da oração principal - Que, para que, a fim de que.
Exemplo: Envie o e-mail para que ela fique ciente do caso.
É preciso melhorar as escolas a fim de que os alunos tenham melhor formação.
Agora que relembramos e revisamos muito sobre nossa Língua Portuguesa, vamos aplicá-la na linguagem
empresarial.
COMUNICAÇÃO ESCRITA
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A ideia é apresentar algumas características e técnicas para que seus textos sejam seus aliados
profissionais. Na era das tecnologias e redes sociais, multiplicaram-se as maneiras de as pessoas se
comunicarem de forma rápida e prática. Mas a principal dificuldade encontrada não é em utilizar as novas
tecnologias e sim em se fazer entender claramente, tanto na linguagem falada quanto na escrita. Não é só
a forma que é importante, mas também o conteúdo e a linguagem que será utilizado para esse fim.
Por isso, vamos entender um pouco melhor desse assunto, abordando alguns exemplos de cinema. A ideia
é apresentar algumas características e técnicas para que seus textos sejam seus aliados profissionais. A
seguir veja o que você acha dos dois textos apresentado nos exemplos de e-mail.
Prezado sr Souza
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Se você escolheu o e-mail 2, está perfeito. Ele está mais bem estruturado. Mostra que o remetente é um
bom profissional. Escreveu um bom texto, com clareza e correção, já que o e-mail pode ser o cartão de
visita. Tanto do profissional quanto da empresa. Importante que essas características estejam presentes em
textos de todos os tipos.
Já o e-mail 1, do remetente Mauro Sergio, está descuidado. Sem organização ou clareza, cheio de erros
ortográficos e com diversos outros erros. Dessa forma, pode não ser animador para que o destinatário, leia
o currículo deste profissional. A linguagem escrita obriga alguns cuidados por parte de quem escreve, como
levar em consideração a quem se destina o texto, tipo de vocabulário que vai utilizar a clareza do texto etc.
O autor do texto deve garantir que a comunicação será eficiente. Para tanto, ele deve levar em consideração
o Sistema de Comunicação. E, como vimos no exemplo dos e-mails, um bom texto, com clareza e correção,
é o cartão de visita tanto do profissional quanto da empresa.
Devemos perceber que essas características estão presentes em textos de todos os tipos. O Sistema de
Comunicação funciona, basicamente com os seguintes elementos:
• Emissor - aquele que emite a mensagem
• Mensagem - conteúdo da informação transmitida
• Código - sistema linguístico utilizado para a transmissão e recepção da mensagem
• Receptor / destinatário - a quem se destina a mensagem
• Canal de comunicação - meio utilizado para transmitir a mensagem
• Referente - contexto, as condições em que se encontram o emissor e o receptor.
Todo o Sistema de Comunicação é constituído por esse conjunto de elementos, que são fundamentais para
assegurar a troca de informações. Na comunicação escrita não é diferente. Por isso, vamos entender um
pouco melhor desse assunto, abordando alguns exemplos de cinema. A ideia é apresentar algumas
características e técnicas para que seus textos sejam seus aliados profissionais.
No processo de construção de sentido dos textos, a escrita se baseia em formas padrão e relativamente
estáveis de estruturação. Geralmente, a redação pode ser dividida em três principais tipos:
• Descrição
• Narração
• Argumentação
DESCRIÇÃO
Descrição é o texto em que se descreve algo ou alguém. Então, sempre que você
mostra com detalhes um objeto, uma pessoa ou uma paisagem a alguém, está
fazendo uso da descrição. Veja um exemplo:
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Esse tipo de texto também aparece em seus negócios. Veja o trecho de um e-mail:
“Esse objeto que estamos tratando tem três metros de diâmetro, é azul escuro, pesa oito toneladas e será
utilizado na fabricação de embalagens descartáveis.
Fico à disposição para maiores esclarecimentos.”
NARRAÇÃO
“Aos vinte e três de janeiro de 2018, às dezessete horas e trinta minutos, sob o comando do diretor
Jorge Marc, da gerente Lúcia Mota e demais colaboradores, realizou-se a primeira reunião referente
ao 1º bimestre, tendo por objetivo a análise do rendimento de todos os profissionais.
Dentre as propostas sugeridas pelo diretor, se destacam as medidas a serem tomadas no que diz
respeito às possíveis falhas obtidas mediante o processo avaliativo, com vistas e contorná-las.
Constatados e discutidos os propósitos, a reunião se encerrou. Eu, Joana da Silva, lavrei a ata, lida e
assinada por todos os presentes.”
Nota que um texto narrativo utiliza os seguintes elementos Verbos de ação, Personagens, Advérbios de
lugar e Advérbios de tempo.
ARGUMENTAÇÃO
A todo instante nos deparamos com situações que exigem a exposição de ideias,
argumentos e pontos de vista e, muitas vezes, precisamos expor aquilo que
pensamos sobre determinado assunto.
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Veja como o autor expõe sua opinião no exemplo de uma crítica de filme:
Em um ambiente corporativo, a argumentação também é muito utilizada. Afinal de contas, você encontrará
momentos em que terá que discutir um tema e defender sua opinião. No e-mail abaixo, é relatado o porquê
de uma medida não ser tomada.
Em um ambiente corporativo, a argumentação também é muito utilizada. Afinal de contas, você encontrará
momentos em que terá que discutir um tema e defender sua opinião. Algumas expressões indicadoras de
causa e consequência são muito importantes em uma argumentação:
• Causa – por causa de, graças a, em virtude de, em dista de, devido a, por motivo de.
• Consequência – consequentemente, em decorrência de, como resultado, como efeito de.
ELABORANDO UM TEXTO
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2. Qualidade do texto
Conhecendo a estrutura básica de um texto é importante que o autor consiga se comunicar de maneira
eficaz com seu leitor.
ESTRUTURA BÁSICA DE UM TEXTO
INTRODUÇÃO
É um bom início de texto que desperta no leitor vontade de continuar a lê-lo. Na introdução é que se define
o que será dito, e é nessa parte que o escritor deve mostrar para o leitor que seu texto merece atenção. O
assunto a ser tratado deve ser apresentado de maneira clara, existem assuntos que abrem espaço para
definições, citações, perguntas, exposição de ponto de vista oposto, comparações, descrição.
A introdução pode apresentar uma:
• Afirmação geral sobre o assunto
• Consideração do tipo histórico-filosófico
• Citação
• Comparação
• Uma ou mais perguntas
• Narração
CONCLUSÃO - A conclusão é a parte final do texto, um resumo forte e breve de tudo o que já foi dito, cabe
também a essa parte responder à questão proposta inicialmente, expondo uma avaliação final do assunto.
QUALIDADE DO TEXTO
O ato de redigir, perante a concepção de muitos, representa algo complexo. O emissor, vendo-se diante de
uma folha em branco, sente-se atordoado com tal procedimento: as ideias parecem escapar-lhe à mente.
A competência? Essa também parece se esvair a cada instante. Afinal, será que o que nos resta é deixar
tudo de lado, ou fazer de tais obstáculos um trunfo para que possamos aprimorar nosso desempenho?
Diante desse impasse, cabe ressaltar a importância de estarmos aptos mediante o cumprimento da referida
incumbência. Estabelecer familiaridade com a leitura no sentido de aprimorar o vocabulário, bem como o
conhecimento de mundo, revelam sua palavra de ordem. Para isso, alguns fatores são essenciais à boa
qualidade de todo e qualquer texto: Clareza, Coerência, Precisão, Concisão, Objetividade e Coesão.
CLAREZA - É a expressão do assunto de maneira que ela seja entendida rapidamente pelo leitor. Para
que a redação seja clara, os seguintes aspectos devem ser seguidos:
• Utilizar frases curtas, pois muita informação pode ficar confusa.
• Evitar frases ambíguas (imprecisas, com mais de um sentido).
• Evitar palavras desconhecidas. Utilize palavras simples para facilitar o entendimento.
• Interligar as ideias: não se esqueça de que deve haver começo, meio e fim.
• Utilizar conetivos: eles são essenciais na ligação das ideias.
• Utilizar a ordem direta da frase: sujeito, verbo e complemento.
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COERÊNCIA - É a articulação das ideias por meio da conexão lógica dos fatos na redação. Para que a
ligação dos acontecimentos seja harmoniosa, deve-se dar atenção ao encadeamento lógico dos fatos e,
para isso, levar em consideração as relações:
• De tempo,
• De espaço,
• De causa e consequência etc.
PRECISÃO - É a característica de um texto dinâmico, que não desperdiça tempo com palavras
desnecessárias. Um bom texto precisa utilizar frases curtas, como dito anteriormente, e vocábulos
conhecidos pelo leitor. A simplicidade é sempre o melhor caminho em uma redação. Evite o emprego de
palavras vagas que causam imprecisão, como: diversos, muitos, vários, poucos, quase todos, alguns, há
tempos.
CONCISÃO - É a característica de um texto que possui equilíbrio: a redação não é muita extensa e nem
resumida demais, pois, em ambos os casos, a compreensão do texto fica comprometida. Um texto conciso
é agradável, possui palavras bem selecionadas e frases claras. Para escrever um texto com concisão, evite
os seguintes itens:
• Uso excessivo de pronomes pessoais (eu, nós, ele etc.) e conjunções (mas, porém, portanto etc.).
• Repetições desnecessárias
• Pleonasmos: subir para cima, fato real, panorama geral, consenso geral, etc.
OBJETIVIDADE - É a qualidade da redação que possui apenas informações relevantes. Aqui é importante
que o autor defina as principais informações que deseja transmitir, pois as informações desnecessárias
podem tirar o foco do assunto abordado e confundir o leitor. As mesmas dicas dadas anteriormente, nesse
ponto, são importantes:
• Construa frases curtas e independentes
• Escolha vocábulo simples.
COESÃO - É a articulação gramatical entre palavras, orações, frases e parágrafos. A coesão é uma maneira
de recuperar/retomar um termo citado na frase anterior. Por exemplo: “Por favor, verifique os memorandos.
Depois, prenda-os com um clipe de papel”. O pronome “os” recupera a expressão “os memorandos”. Em
geral, as palavras responsáveis pela coesão são os pronomes e as palavras de ligação. Os pronomes podem
ser:
• Pessoais: ela, ele, nós, o, a, lhe
• Possessivos: seu, teu, meu, nosso
• Demonstrativos: aquele, aquilo, esse, este
Ainda tratando das qualidades de um texto, há alguns problemas muito comuns que atrapalham na hora de
deixar um texto com uma compreensão eficaz. São eles: o paralelismo, o queísmo e as abreviações.
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PARALELISMO - O paralelismo é a semelhança entre os termos de uma frase que estão na mesma
situação. Por exemplo, em um texto escrito com verbos presente, espera-se que todos os verbos estejam
no mesmo tempo e modo verbal. Isso tem a ver com a coerência do texto: estruturas semelhantes
representam ideias semelhantes. Frases sem paralelismo perdem a elegância e podem até mesmo dar a
impressão de que estão erradas. Por isso ele é importante em vários casos. Veja a seguir:
1. Quando há vários termos relacionados a outro
2. Em certas estruturas de frase
3. Numa lista em tópicos
1. Quando há vários termos relacionados a outro
• Uso de substantivos, adjetivos, verbos: Se estão enumerando substantivos, é importante que não
haja nenhum adjetivo ou verbo.
Assim: “Na alegria, na tristeza, na saúde ou na doença.”
E não: “Na alegria, na tristeza, na saúde ou doente.”
• Uso do mesmo tempo verbal: As frases devem ter construção equivalente e combinar umas com as
outras. Se um verbo está no passado, por exemplo, o outro não pode estar no presente.
Assim: “Disse que iria para casa e depois passaria na festa.”,
E não: “Disse que iria para casa e depois passará na festa.”
• Uso de artigos: Se você começa usando artigos, use-os até o fim ou então somente no início.
Assim: “Na alegria, na tristeza, na saúde ou na doença.” ou “Na alegria, tristeza, saúde ou doença”.
E não: “Na alegria, tristeza, na saúde ou doença”.
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QUEISMO
O queísmo é o uso excessivo do pronome relativo “que”. O “que” serve para ligar orações, entretanto,
quando se tem um vocabulário inadequado, pobre, uma das tendências é se apoiar no “que” de forma
exagerada. E como eliminar o “queísmo” das frases? Abaixo algumas dicas:
ABREVIAÇÕES
Entretanto, não se pode esquecer que isso só pode ser utilizado em uma
comunicação casual e não é aconselhável utilizá-la em uma comunicação
formal.
Abreviações existem e podem ser usadas, mas nem tudo deve ou pode ser
abreviado. Existe a forma correta para as abreviações e, em alguns casos,
é utilizado um símbolo.
Hora ou horas:
• Abreviado sempre em minúsculo, sem ponto nem espaço: 1h.
• Para abreviar horas e minutos, utiliza-se em minúsculo, sem ponto:
10h15min.
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E-mails, cartas, relatórios, memorandos, atas etc. fazem parte das atividades que são desenvolvidas em
uma empresa. Eles possibilitam a formalização da escrita, ou seja, representam o registro da comunicação
interna e externa.
Além disso, vale mencionar que as pessoas não dispõem de tempo para decifrar possíveis truncamentos
feitos por causa de uma comunicação que não se realizou de forma plena. Sendo assim, algumas dicas são
bastante eficazes. Portanto, a seguir vamos conhecer alguns modelos de documentos.
E-MAILS CORPORATIVOS
O quão dependente do e-mail é nosso trabalho hoje em dia? Poucas são as profissões em que e-mails
diários não ditam a rotina laboral. Por isso, ter um e-mail com o nome da companhia é fundamental para
qualquer negócio, seja ele pequeno, médio ou grande. O endereço personalizado passa credibilidade aos
clientes e fornecedores e permite a inserção de uma assinatura profissional.
Além de transmitir mais credibilidade, o endereço de e-mail com o nome da companhia pode oferecer alguns
benefícios para o negócio. Tão importante como ter um e-mail corporativo, é saber usá-lo adequadamente
e redigir os textos com clareza e objetividade. Veja a seguir algumas dicas:
1. DESTINATÁRIOS
Ao enviar um e-mail formal, é preciso decidir quem deve estar incluído no e-mail. Envie o e-mail somente
para aqueles para quem o e-mail é relevante, seja porque você espera uma ação da pessoa ou porque
ela precisa saber que este e-mail foi enviado.
O ideal é conhecer seus destinatários para saber se eles se importam em estar copiados em e-mails
que não precisa tomar ações. Se você não os conhece, uma boa prática é colocar nos destinatários do
e-mail somente quem precisa tomar uma ação ao ler a mensagem, e colocar em cópia quem deve
apenas saber que o e-mail foi enviado.
2. ASSUNTO
O assunto do e-mail é importantíssimo. Muita gente julga se deve ou não abrir um e-mail baseando-
se no assunto. No assunto, deixe claro do que se trata e a importância da mensagem. Tente comunicar:
• A urgência, importância, tema;
• Se há uma ação para ser tomada ou se é apenas informativo.
3. ANEXOS
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• Formato: tente utilizar um formato de arquivo que será facilmente aberto em qualquer tipo de
computadores ou celulares (sugere-se os aplicativos do Office ou IOS). Envie em PDF se não é
para o arquivo ser editado.
• Segurança: se estiver enviando dados confidenciais, sejam seus ou de outras pessoas/empresas,
é importantíssimo se preocupar com isso. “Zipe” o arquivo, coloque uma senha e envie encriptado.
Não envie a senha no corpo do mesmo e-mail, e de preferência dê a senha por telefone.
4. SAUDAÇÃO
Ao contrário das mensagens que você troca com amigos, os e-mails formais necessitam de uma
saudação apropriada. Evite começar com “oi” ou “olá”, a não ser que conheça o destinatário e saiba
que ele estará confortável com essa saudação. Comece o e-mail com “Caro [nome]”, “Prezado
[nome]”, “Senhor [nome]” ou “Senhora [nome]”.
Sempre tente encontrar o nome de quem vai ler seu e-mail, pois isso torna a mensagem mais pessoal
e garante que a pessoa lerá com atenção. Se não for possível encontrar o nome de quem lerá o e-mail,
use outras saudações formais como: “Ao diretor de recursos humanos da [nome da empresa]”, ou em
último caso “A quem possa interessar”.
5. INTRODUÇÃO
Se você está enviando um e-mail formal e não conhece a pessoa que vai ler, é necessário se apresentar,
para que a pessoa entenda quem você é e por que está enviando o e-mail. Pode ser algo simples como:
Não inclua dados confidenciais no e-mail, sempre assume que alguém que você não espera pode ler a
mensagem.
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7. ENCERRAMENTO
Na maior parte dos provedores de e-mail, é possível incluir uma assinatura automática. Assim você
economizará tempo, ao invés de ter que assinar todos os seus e-mails.
8. REVISÃO
Muita gente tem a mania de, assim que envia um e-mail, ir para a seção de enviados e ler a mensagem
algumas vezes, procurando erros. Ao invés disso, é sempre uma boa ideia revisar seu e-mail formal
lendo e relendo antes de enviar. Nesta etapa três problemas comuns em e-mails que você deve revisar
especialmente são: quem está em cópia; ortografia; se o anexo está lá.
2 Orientação de Estudo
4 Caros alunos,
5 Sou Monica Klemps, a tutora do curso de Segurança do Trabalho. Irei acompanha-los até a
formação.
6 Nosso curso é composto de 4 módulos, com duração de 3 meses cada um. A média de aprovação é
5 para cada disciplina, composta da seguinte forma:
Lembrando que:
1 - Destinatários 5 - Introdução
2 - Assunto 6 - Mensagem
3 - Anexos 7 - Encerramento
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CARTA
Diferente das cartas de amor, uma carta formal pode ser uma correspondência profissional, motivacional,
atestado, sumário, relatório de estágio, um comunicado formal, uma carta formal para embaixada, dentre
outras possibilidades.
Fato é que para escrever uma carta formal, independente da motivação, é necessário um ter um estilo
formal, quer seja para cartas de negócios ou para ocasiões em que se pretende mostrar respeito pela
pessoa com a qual se mantém correspondência ao mesmo tempo em que se passa uma mensagem clara
e cordial para evitar qualquer mal-entendido.
Além da escrita impecável, é importante ter em conta as orientações padrão para escrever uma carta
formal. Escrever uma carta formal, começa pela escolha um formato de papel estilizado e de alta qualidade
para este tipo de carta.
Deverá ser de uma cor neutra como o branco, o creme ou bege. Evite os desenhos de fundo com cores
brilhantes ou distrações com elementos gráficos. Se a carta é para estabelecer um negócio, utilize papel
timbrado da empresa. A seguir, algumas dicas para a elaboração de uma carta formal:
1. No cabeçalho você deverá incluir o seu endereço (remetente) no canto superior esquerdo da carta.
Acrescente também o endereço do destinatário.
2. Deixe duas linhas em branco e escreva cidade (com abreviatura do Estado entre parênteses) e a
data. Certifique-se de escrever também o mês e o ano.
3. Deixe novamente duas linhas em branco e comece a carta com uma saudação apropriada. Todas
as cartas precisam começar com um vocativo, ou seja, um chamado ao destinatário.
4. Pule duas linhas e comece a escrever a
introdução. No primeiro parágrafo da
carta formal você deve se identificar ou Cabeçalho LOGO
se apresentar, principalmente se o
destinatário não te conhece, de acordo
com a situação ou pedido da carta.
5. Próximo passo é indicar o propósito da
carta formal, quer seja para solicitar
informação sobre um trabalho, Destinatário
apresentar uma queixa ou informar
Saudação Corpo da carta
sobre alguma necessidade. Não seja
vago ou impreciso.
6. No corpo principal da carta formal
inclua informação relevante que apoie o
propósito da carta e os justifique.
7. Crie um parágrafo final onde você
comunica ao receptor o que espera dele.
8. A simpatia final é muito importante Encerramento
então finalize a carta formal usando as
palavras cordiais. Não esqueça de Assinatura
assinar.
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RELATÓRIO
Um relatório traz informações sobre um decreto, uma decisão, um projeto, uma atividade, uma pesquisa ou
algo semelhante com a finalidade de prestas contas, sejam financeiras ou administrativas. Verifique a quem
se dirige as informações que deseja transmitir. De acordo com o destinatário, você deve adotar o estilo de
linguagem mais adequado: protocolar, formal ou informal, sintético ou analítico. O texto de um relatório deve
ser claro, objetivo, conciso e exato. O redija com começo, meio e fim:
1. Começo - deve ser bem criativo e trazer as informações principais que interessam ao leitor.
2. Meio - deve convencer o leitor sobre a informação transmitida. Para isso, utilize depoimentos, dados
estatísticos, entre outros argumentos para dar consistência ao se relatório.
3. Fim - precisa ser marcante, assim como o começo. Faça um breve resumo do que foi apresentado e
conclua com as assinaturas e dados complementares necessários para garantir a veracidade da
informação.
1 – Destinatário
2 – Saudação e Introdução
3 – Corpo do E-mail
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MEMORANDO
ATA
A ata tem como intencionalidade ou objetivo a realização de registros de ideias, informações e decisões
tomadas por uma coletividade. É um importante e eficiente recurso para se documentar tudo o que foi
discutido e deliberado em assembleias, congressos, conferências, e, principalmente, reuniões. Trata-se de
um documento de caráter formal e que pode gerar efeitos jurídicos.
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As atas são produzidas geralmente por uma pessoa que assume um cargo específico em uma corporação,
instituição, condomínio ou entidade – chamada, muitas vezes, de secretário-geral – e que possui a
atribuição de escrever o texto, realizar a leitura ao final do evento, colher as assinaturas, guardar o livro
ata e, se for o caso, registrar o documento em cartório.
Como as atas não podem sofrer qualquer tipo de modificação posteriormente à sua redação, é fundamental
que todas as possíveis correções sejam realizadas no ato da escrita, não se admitindo, portanto, rasuras
ou o uso de corretivos.
Independentemente do tipo de reunião, em todas as atas devem constar data e local de realização do
evento, além de informações como a pauta que foi discutida, as decisões sobre cada ponto da reunião,
bem como os assuntos mais relevantes tratados pelo grupo e as assinaturas.
Embora a estrutura textual da ata seja simples, exige-se que o(a) redator(a) domine a norma-padrão da
língua portuguesa, por se tratar de texto técnico, e que também saiba articular de forma eficiente
sequências narrativas e descritivas, a fim de ser fiel ao que foi exposto durante o evento.
ENCERRAMENTO
É importante ter em mente que na redação empresarial a escrita é coletiva, ou seja, você está falando
em nome da organização que trabalha. Assim, na hora de escrever qualquer documento, pense que você
está escrevendo junto com a Empresa, em nome da dela. Então pense em “nós” e não mais em primeira
pessoa. Algumas dicas para te ajudar com esse pensamento:
1. Se preocupe com o interlocutor da outra empresa, busque entender a forma que ele pensa e se há
especificidades ou limitações, reflita a forma como ela vai reagir ao conteúdo do texto produzido por
você e enviado por sua empresa.
2. Reforçando, no seu texto você está representando toda a empresa, a apresentação é primordial,
cuidado com uma carta sem clareza, rasurada, mal formatada, sem correção, demonstrando uma
imagem pouco confiável.
3. Dentre as orientações para a produção textual está sempre apresentar o foco da conversa logo no
início, deixando tudo muito claro e facilitando o entendimento, para isso escreva o texto com frases
curtas, elas são mais fáceis de processar.
4. Não complique. Use palavras simples, elas são facilmente compreendidas e também utilize uma
diagramação arejada, ou seja, parágrafos curtos, o que faz com o que o texto não se torne cansativo.
5. Antes de escrever, se tiver dificuldade, pontue todos os temas que deseja abordar, se forem muito
distintos estabeleça subtítulos. Por fim, leia tudo o que escreveu e revise, achando possíveis erros e
expressões incorretas. Lembre-se: quanto mais escrever, mais se aprimorará.
Na guia de Download do AVA, você encontrará uma lista de exercícios sobre o aprendizado de hoje. Veja
com seu Tutor a forma e o prazo para a entrega desse trabalho.
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BIBLIOGRAFIA
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2013.
800 p.
CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48ª ed. São Paulo: Companhia Editora
Nacional. 2009. 696 p.
Desenvolvimento e Elaboração;
Monica Klemps
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ÍNDICE
Eletricidade Aplicada
8.4 Exercícios ....................................................................................................................................48
9- POTÊNCIA ELÉTRICA ..................................................................................................................... 49
9.1 Exercícios .................................................................................................................................... 49
10- DIVISOR DE TENSÃO E CORRENTE ..............................................................................................50
10.1 Divisor de tensão ...................................................................................................................... 50
10.2 Exercícios .................................................................................................................................. 52
10.3 Divisor de corrente ................................................................................................................... 53
10.4 Exercícios ..................................................................................................................................54
11- LEIS DE KIRCHHOFF .................................................................................................................... 62
11.1 Primeira lei de Kirchhoff........................................................................................................... 63
11.2 Segunda lei de Kirchhoff ...........................................................................................................65
Eletricidade Aplicada
PROCEDIMENTOS NA UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE LABORATÓRIO
Em primeiro lugar, é necessário que você seja cuidadoso e aja sempre com
segurança:
Eletricidade Aplicada
1. NOÇÕES DE ELETROSTÁTICA
EXEMPLO: Um corpo que inicialmente tem carga elétrica equilibrada (carga nula) é
submetido a um processo de eletrização no qual perde 5 elétrons. Calcule a carga
elétrica deste corpo após a eletrização.
Eletricidade Aplicada 5
RESPOSTA: Um corpo que tem carga elétrica nula possui a mesma quantidade de
prótons e elétrons. Se o corpo perdeu 5 elétrons, significa que agora ele possui 5 prótons
a mais do que a quantidade de elétrons. Sendo assim, aplica-se a equação Q e n [C]
escolhendo o sinal positivo (pois trata-se de prótons em excesso) e fazendo n = 5:
Como certos átomos são capazes de ceder elétrons e outros capazes de receber
elétrons, é possível produzir uma transferência de elétrons de um corpo para outro.
Portanto, um corpo conterá um excesso de elétrons e a sua carga terá uma polaridade
elétrica negativa, ou excesso de prótons e a sua carga terá uma polaridade positiva.
Quando um par de corpos contém a mesma carga, isto é, ambas positivas (+) ou
ambas negativas (-), diz se que os corpos têm cargas iguais, e quando têm cargas
diferentes, um tem carga (+) e outro carga (-), nesse caso apresentam cargas desiguais
ou opostas. Portanto a lei das cargas elétricas pode ser enunciada da seguinte forma:
CARGAS IGUAIS SE REPELEM, E CARGAS OPOSTAS SE ATRAEM ENTRE SI.
A quantidade de carga elétrica que um corpo possui é determinada pela diferença
entre o número de prótons e o número de elétrons que o corpo contém. O símbolo que
representa a quantidade de carga elétrica de um corpo é Q, que é expresso numa
unidade chamada de Coulomb (C). A carga de um coulomb negativo, -Q, significa que o
corpo contém uma carga de 6,25x10+18 mais elétrons do que prótons.
Eletricidade Aplicada 6
Quando duas cargas idênticas são colocadas próximas uma da outra, as linhas de
força repelem-se mutuamente como mostra a figura abaixo.
Eletricidade Aplicada 7
Unidade de potencial elétrico:
Onde:
V= Tensão (V)
Epot= Energia Potencial (J)
q= Carga (C)
Em 1745 nasceu Alessandro G. A. Volta, na Itália cidade de Como, que aos 24 anos
escreveu seu primeiro livro Da força magnética, do fogo elétrico e dos fenômenos daí
dependentes. Sendo que sua maior contribuição à física foi a invenção da pilha elétrica.
Analisando as equações abaixo podemos encontrar uma equação que defina melhor o
potencial elétrico para alguns casos.
Temos que:
Onde:
q2 é a valor da carga elétrica que gera o campo (C).
k é a constante elétrica do meio.
d a distância entre as cargas dado em metros.
Exemplo:
Vamos supor que temos uma partícula carregada com carga q = 4 μC e que ela seja
colocada em um ponto A de um campo elétrico cujo potencial elétrico seja igual a 60 V.
Se essa partícula ir, espontaneamente, para um ponto B, cujo potencial elétrico seja 20
Eletricidade Aplicada 8
V, qual será o valor da energia potencial dessa carga quando ela estiver no ponto A e
posteriormente no ponto B?
Resposta:
Por definição, a energia potencial elétrica armazenada pela carga elétrica em qualquer
ponto do campo elétrico é dada pela relação E = q.V. Sendo assim, temos:
Para o ponto A:
Para o ponto B
Resposta: Alternativa A
Eletricidade Aplicada 9
Para o caso de diversas cargas interagindo em um determinado campo temos que o
potencial resultante no ponto P é dado pela soma dos potenciais parciais assim obtidos,
levando em consideração os respectivos sinais, pois cada potencial será convertido em
uma grandeza escalar.
vresultante = v1 + v2 ... + vn
Uma carga elétrica gera em seu redor um campo elétrico. Dá-se o nome de potencial
elétrico a medida associada ao nível de energia potencial de um ponto de um campo
elétrico. Colocando uma carca de prova q em um ponto P de um campo elétrico, essa
carga adquire uma energia devido ao potencial elétrico deste ponto. A unidade de medida
do potencial elétrico é o volt (V) Apresenta-se na Figura abaixo uma carga elétrica e o
seu potencial elétrico.
Eletricidade Aplicada 10
1.5 EXERCÍCIOS
1- Considerando duas cargas elétricas positivas e idênticas com valores de 1µC, que se
repelem no vácuo com uma força de 3,6 .10-2N, calcule qual a distância entre essas
duas cargas elétricas.
a) -12 J
b) 0,012 J
c) -0,12 J
d) -12 x 10-6
e) 1,2 x 10-3 J
3- Uma carga de 2,0 . 10-7C encontra-se isolada, no vácuo, distante 6,0cm de um ponto
P. Dado: K0 = 9,0 . 109 unidades SI Qual a proposição correta?
a) O vetor campo elétrico no ponto P está voltado para a carga.
b) O campo elétrico no ponto P é nulo porque não há nenhuma carga elétrica em P.
c) O potencial elétrico no ponto P é positivo e vale 3,0 . 104
d) O potencial elétrico no ponto P é negativo e vale -5,0 . 104
e) Em P são nulos o campo elétrico e o potencial, pois aí não existe carga elétrica.
4- No campo elétrico criado no vácuo, por uma carga Q puntiforme de 4,0 . 10-3C, é
colocada uma carga q também puntiforme de 3,0 . 10-3C a 20cm de carga Q. A energia
potencial adquirida pela carga q é:
5- Quando se aproximam duas partículas que se repelem, a energia potencial das duas
partículas:
Eletricidade Aplicada 11
a) Aumenta
b) diminui
c) fica constante
d) diminui e, em seguida, aumenta;
e) aumenta e, em seguida, diminui.
Eletricidade Aplicada 12
2.1- Potências de base 10 (Revisão)
Potências de 10
3.000 = 3000, = 3, x 1000 = 3 x 103 => a vírgula é deslocada três casas para a esquerda.
6.500 = 6500, = 65, x 100 = 65 x 102 => a vírgula é deslocada duas casas para a
Eletricidade Aplicada 13
esquerda.
880.000 = 880.000, = 88, x 10.000 = 88 x 104 => a vírgula é deslocada quatro casas para
a esquerda.
42,56 = 4,256 x 10 = 4,256 x 101 = a vírgula é deslocada uma casa para a esquerda.
Regra 2: Para se escrever números menores do que 1 como um número inteiro vezes
uma potencia de 10, desloca-se a casa decimal para a direita tantos algarismos quantos
forem necessários. A seguir, multiplica-se o número obtido por 10 elevado a uma
potência negativa igual ao níumero de casas decimais deslocadas, exemplo:.
Regra 3: Para converter um número expresso como uma potência positiva de 10 num
número decimal, desloca-se a casa decimal para a direita tantas casas ou posições
quanto o valor do expoente, Exemplo:.
0,615 x 103 = 615, = 615 => ( a vírgula deslocou 3 casas a direita (expoente +3))
0,615 x 106 = 615.000, = 615.000 => ( a vírgula deslocou 6 casas a direita (expoente +6))
Regra 4: Para converter um número expresso como uma potência negativa de 10 num
número decimal, desloca-se a vírgula para a esquerda tantas casas quanto o valor do
expoente.
70 x 10-3 = 0,070 = 0,07 => (desloca-se a vírgula três casas para a esquerda). 82,4 x 10-2
= 0,824 => (desloca-se a vírgula duas casas para a esquerda)
Regra 5: Para se multiplicar dois ou mais números expressos como potências de 10,
multiplica-se os coeficientes para se obter o novo coeficiente e soma-se os expoentes
para se obter o novo expoente de 10.
300000 = 3 x 105
Comprimento Metro m
Massa Quilograma Kg
Tempo Segundo s
Eletricidade Aplicada 15
2.3 - Outras unidades derivadas do SI
Energia Joule J
Força Newton N
Potencia Watt W
Frequencia Hertz Hz
A diferença de potencial é igual ao trabalho que deve ser feito, por unidade de carga
contra um campo elétrico para se movimentar uma carga qualquer.
Uma diferença de potencial pode representar tanto uma fonte de energia (força
eletromotriz), quanto pode representar energia "perdida" ou armazenada (queda de
Eletricidade Aplicada 16
tensão).
É a tensão que não muda sua polaridade em relação ao tempo, este tipo de tensão
pode ser armazenada em forma de baterias.
Neste tipo de tensão existem dois tipos:
Eletricidade Aplicada 17
b) Tensão continua variável:
5. CORRENTE ELÉTRICA
1A = Q / T, onde:
I = corrente (A)
Q = carga, (C)
Eletricidade Aplicada 18
T = tempo, (s)
Q=I.T
Num condutor como, por exemplo, num fio de cobre, os elétrons livres são cargas que
podem ser deslocadas com relativa facilidade ao ser aplicada uma diferença de potencial.
Se ligarmos às duas extremidades de um fio de cobre uma diferença de potencial, a
tensão aplicada (1,5V) faz com que os elétrons livres de desloquem.
Essa corrente consiste num movimento dos elétrons a partir do ponto de carga
negativa, -Q, numa das extremidades do fio, seguindo através do fio, e voltando para a
carga positiva, +Q, na outra extremidade.
Qualquer circuito pode ser analisado tanto através do fluxo de elétrons como do fluxo
convencional em sentido oposto. Para nosso estudo vamos adotar sentido de fluxo
convencional.
Eletricidade Aplicada 19
5.2 - Corrente Contínua
Uma fonte de corrente alternada (Corrente CA) inverte ou alterna periodicidade a sua
polaridade, o exemplo típico é a energia usada nas residências e indústrias e comércios.
Eletricidade Aplicada 20
6. RESISTORES
Eletricidade Aplicada 21
6.2 - Simbologias dos resistores
Eletricidade Aplicada 22
6.4 - Exercícios
AMARELO-AMARELO-AMARELO-VERDE
AZUL-VERDE-AMARELO-VERDE
VERDE-VERMELHO-VERDE-SEM COR
MARROM-PRETO-MARROM-MARROM
VERMELHO-VERMELHO-VERMELHO-VERMELHO
AMARELO-PRETO-AMARELO-PRATEADO
MARROM-VERDE-DOURADO-DOURADO
Eletricidade Aplicada 23
VIOLETA-BRANCO-PRATEADO-PRATEADO
BRANCO-CINZA-PRETO-DOURADO
LARANJA-LARANJA-VERDE-SEM COR
VERMELHO-LARANJA-LARANJA-PRATEADO
VIOLETA-BRANCO-DOURADO-SEM COR
CINZA-VERDE-AZUL-DOURADO
AZUL-BRANCO-LARANJA-VERDE
VERDE-VIOLETA-AZUL-DOURADO
BRANCO-LARANJA-LARANJA-PRATEADO
VERMELHO-PRETO-PRETO-MARROM
AMARELO-BRANCO-MARROM-SEM COR
AZUL-VIOLETA-VERMELHO-VERMELHO
CINZA-VERMELHO-LARANJA-VERDE
10KΩ/10% ______________________________________________________________
8,2Ω/5% ______________________________________________________________
4,7Ω/20% ______________________________________________________________
3,3KΩ/1% ______________________________________________________________
56KΩ/20% ______________________________________________________________
96KΩ/10% ______________________________________________________________
0,22MΩ/1%______________________________________________________________
100Ω/20%_______________________________________________________________
0,82KΩ/5%______________________________________________________________
Eletricidade Aplicada 24
470KΩ/10% _____________________________________________________________
22KΩ/0,5%______________________________________________________________
100KΩ/10% _____________________________________________________________
10Ω/1% ________________________________________________________________
470Ω/2% _______________________________________________________________
820Ω/5% _______________________________________________________________
1MΩ/10%_______________________________________________________________
560KΩ/5%______________________________________________________________
39KΩ/2%_______________________________________________________________
57KΩ/10%______________________________________________________________
28KΩ/0,5%______________________________________________________________
Objetivos
Material Experimental
1 Multímetro digital
1 Matriz de pontos (Protoboard)
Resistores de diversos valores
Procedimento Experimental
Curto Circuito
Eletricidade Aplicada 25
1. Selecione a menor escala de resistência (200Ω). Enrole em cada ponta de prova do
multímetro um pedaço de fio rígido que possa ser introduzido no furo da matriz de
pontos.
2. Insira os fios em furos na mesma vertical como indicado no desenho e foto a seguir.
R = __________
3. Insira os terminais em duas horizontais (da parte de cima ou da parte de baixo) como
no desenho visto.
R = __________
Circuito Aberto
Observe a indicação no display. Experimente mudar de escala (2000, 20K, 200K, 2000K).
Eletricidade Aplicada 26
Código decores
1° 2° Fator
Cor Tolerância
Algarismo Algarismo Multiplicador
Preto - 0 X100 -
Marrom 1 1 X101 ±1%
Vermelho 2 2 X102 ±2%
Laranja 3 3 X103 -
Amarelo 4 4 X10 4 -
Verde 5 5 X105 ±0,50%
Azul 6 6 X106 ±0,25%
Roxo/Violeta 7 7 - ±0,10%
Cinza 8 8 - ±0,05%
Branco 9 9 - -
Ouro - - X10-1 ±5%
Prata - - X10-2 ±10%
Observações
Dicas:
Não segure os terminais com as duas mãos, você pode estar medindo a resistência do
Eletricidade Aplicada 27
corpo também.
Use uma escala adequada, isto é se estiver medindo 10K não use a escala de 2000K
(a precisão diminui) ou a escala de 2K (não será possível medir). Use a escala de 20K
Caso encontre dificuldade para inserir o terminal do componente, use um alicate de
bico para facilitar a inserção do terminal no furo.
Aperte bem as pontas de prova contra os terminais do resistor.
PARTE PRÁTICA
FAIXA Valor
Resistor 1ª 2ª 3ª 4ª Nominal Má Mín Medido
x
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Potenciômetro Linear
Eletricidade Aplicada 28
RAC=________ RCB=_________ RAB=________
Conclusão:
Eletricidade Aplicada 29
6.5 - Associação resistores
Req = R1 + R2+ RN
6.7 - EXERCÍCIOS
Eletricidade Aplicada 30
6.8 - Associação Paralela de resistores
6.9 - EXERCÍCIOS
a) Três resistores idênticos de R = 30Ω estão ligados em paralelo . Pode-se afirmar que a
resistência equivalente do circuito é de
a) Req = 10Ω.
b) Req = 20Ω.
c) Req = 30Ω .
d) Req = 40Ω .
e) Req = 60Ω .
Eletricidade Aplicada 31
c) Calcular REQ nos circuitos abaixo:
Eletricidade Aplicada 32
6.10 - Associação mista de resistores
6.11 - EXERCÍCIOS
a) No circuito abaixo, R1=300 ohm, R2= 150 ohm, R3= 300 ohm, calcular o valor de
Req
Eletricidade Aplicada 33
b) Nos circuitos abaixo, calcular o valor de Req
Eletricidade Aplicada 34
7 - CIRCUITOS ELÉTRICOS
OBJETIVOS
MATERIAL EXPERIMENTAL
2 pilhas de 1,5volts;
1 bateria de 9volts;
1 conjunto de resistores;
1 potenciômetro;
Multímetro;
Protoboard;
Fonte de Alimentação.
Eletricidade Aplicada 35
Multímetro
Partes de um Multímetro
Eletricidade Aplicada 36
Voltímetro
Amperímetro
Eletricidade Aplicada 37
no a toda medição.
Circuito Simples
PARTE PRÁTICA
U = __________
4. Use a menor escala de tensão (200mV) para a medir a tensão da pilha. Qual a
indicação?
Eletricidade Aplicada 38
5. Meça a tensão da fonte e complete a tabela
6. Mudar o botão seletor para a escala CA para a medida da tensão da rede comercial.
Medir a ddp nas tomadas disponíveis no laboratório.
V = ________volts.
7. Use a escala de tensão contínua para medir a tensão da rede comercial. Qual a indicação
e por quê?
Conclusão:
Eletricidade Aplicada 39
8 - LEI DE OHM
A primeira Lei de Ohm afirma que a corrente elétrica que atravessa um dispositivo
qualquer é sempre diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada a esse
dispositivo.
Imagine um aparelho submetido a uma diferença de potencial (ddp) em que flui uma
corrente elétrica de intensidade i.
Caso o gráfico da ddp e da corrente seja retilíneo, a resistência do dispositivo
independerá da variação da ddp, e esse equipamento será reconhecido como ôhmico.
Eletricidade Aplicada 40
A razão entre a corrente elétrica e a ddp no gráfico acima fornece a inclinação da reta,
que é a mesma para qualquer valor de ddp. Logo, podemos dizer que o material que foi
submetido à voltagem obedece à lei de Ohm, pois a corrente elétrica que o atravessa é
proporcional à ddp e a sua resistência é constante.
Dispositivos que não apresentam um valor de corrente elétrica proporcional à ddp são
denominados de não ôhmicos. Na Microeletrônica, a maior parte das tecnologias é feita
com dispositivos que não obedecem à chamada Primeira lei de Ohm, como celulares,
calculadoras etc.
A equação U = R.i é frequentemente denominada de 1ª lei de Ohm, mas essa
equação é utilizada para definir o conceito de resistência e pode ser também aplicada
para materiais não ôhmicos.
onde:
V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou d.d.p.) medida em volt (V);
I é a intensidade da corrente elétrica medida em ampère (A)
R é a resistência elétrica medida em ohm (Ω).
8.2 - Exercícios
1) Os valores nominais de uma lâmpada incandescente, usada em uma lanterna, são: 6,0
V; 20 mA. Isso significa que a resistência elétrica do seu filamento é de:
a) 150 Ω.
b) 300 Ω.
c) 30 Ω.
d) 100 Ω.
e) 180 Ω
2) Um resistor de 10 Ω no qual flui uma corrente elétrica de 3,0 ampères está associado
em paralelo com outro resistor. Sendo a corrente elétrica total, na associação, igual a 4,5
ampères, o valor do segundo resistor, em ohms, é:
a) 5,0
Eletricidade Aplicada 41
b) 10
c) 20
d) 30
e) 60
OBJETIVO
MATERIAL EXPERIMENTAL
1 conjunto de resistores;
Multímetro;
Protoboard;
Fonte de Alimentação;
Calculadora;
Lei de Ohm
Eletricidade Aplicada 42
Para alguns materiais, o valor da sua resistência elétrica R,independe dos valores de V
e I, isto é,para estes materiais V/I é uma constante. Esses materiais são denominados de
ôhmico se a representação gráficada tensão,V, versus a corrente,I, (ou VxI)é uma função
linear.
Esta relação entre VxI é uma descoberta experimental de Georg Simon Ohm que foi
um físico e matemático alemão e a reta característica é mostrada a seguir:
Porém há muitos materiais que não obedecem à lei de ohm, esses materiais são
chamados de dispositivos não lineares.
Ou
P=V.I
P= (R.I). I
P= R . I2.
Eletricidade Aplicada 44
Para os resistores, onde a energia elétrica é convertida exclusivamente em energia,
essa potência passa a ser denominada potência dissipada no resistor. Desse modo,
podemos escrever:
P=V.I
P= (R.I). I
P= R . I2.
Ou
P= v² / R
Lembre-se disso: para calcular a potência dissipada por resistores podemos usar as
expressões:
● P = V.I ou
● P = R.I2 ou
● P= V²/R
PARTE PRÁTICA
Eletricidade Aplicada 45
TABELA PRÁTICA
R1 R2 R3
TENSÃO V(V) I(A) P(W) V(V) I(A) P(W) V(V) I(A) P(W)
DA
FONTE
1,5V
3,6 V
4,8 V
6V
7,2V
TABELA TEÓRICA
R1 R2 R3
TENSÃO V(V) I(A) P(W) V(V) I(A) P(W) V(V) I(A) P(W)
DA
FONTE
1,5V
3,6 V
4,8 V
6V
7,2V
Conclusão:
Eletricidade Aplicada 46
8.3 - Segunda lei de ohm
Fórmula
Onde:
R é a resistência elétrica do condutor (Ω)
L é o comprimento desse condutor (m)
A é a área da secção transversal do condutor (m²)
ρ é uma constante de proporcionalidade característica do material, conhecida como
resistividade elétrica. (Ω.m)
Eletricidade Aplicada 47
Sendo assim, podemos concluir que quanto melhor condutor for o material, menor
será sua resistividade. De uma maneira geral, a resistividade de um material aumenta
com o aumento da temperatura.
8.4 – Exercícios
2- Você constrói três resistências elétricas, RA, RB e RC, com fios de mesmo comprimento
e com as seguintes características:
I. O fio de RA tem resistividade 1,0·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,50 mm.
II. O fio de RB tem resistividade 1,2·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,50 mm.
III. O fio de RC tem resistividade 1,5·10–6 Ω·m e diâmetro de 0,40 mm.
Pode-se afirmar que:
a) RA > RB > RC.
b) RB > RA > RC.
c) RB > RC > RA.
d) RC > RA > RB
.e) RC > RB > RA.
a) 1,05 X 102
b) 2,05 X 10- 2
Eletricidade Aplicada 48
c) 1,05 X 10-2
d) 1,05 X 102
e) 1,05 X 102
4- Em um fio metálico, a aplicação de uma d.d.p. entre seus extremos provoca, nele, uma
corrente de 10A durante 10 minutos. O número de elétrons que chegam ao pólo positivo,
nesse tempo, é, aproximadamente:
a) 3,75 x 1022
b) 2,67 x 1022
c) 2,67 x 1019
d) 3,75 x 1016
e) 375 x 1016
9 - POTÊNCIA ELÉTRICA
9.1 - EXERCÍCIOS
1- Um chuveiro elétrico está instalado numa casa onde a rede elétrica é de 110 V. Um
eletricista considera aconselhável alterar a instalação elétrica para 220 V e utilizar um
chuveiro de mesma potência que o utilizado anteriormente, pois, com isso, o novo
chuveiro:
a) consumirá mais energia elétrica.
b) consumirá menos energia elétrica.
c) será percorrido por uma corrente elétrica maior
d) será percorrido por uma corrente elétrica menor
e) dissipará maior quantidade de calor.
2- Um resistor, submetido à diferença de potencial de 8,0 V, é percorrido por uma
corrente elétrica de intensidade i = 0,4 A. Determine:
a) a potência dissipada por esse resistor;
b) a potência dissipada por esse resistor quando ele é percorrido por uma corrente de
intensidade i = 2,0 A, supondo que sua resistência seja constante.
Eletricidade Aplicada 49
3- Ao aplicarmos uma diferença de potencial 9,0 V em um resistor de 3,0Ώ, podemos
dizer que a corrente elétrica fluindo pelo resistor e a potência dissipada, respectivamente,
são:
a) 1,0 A e 9,0 W
b) 2,0 A e 18,0 W
c) 3,0 A e 27,0 W
d) 4,0 A e 36,0 W
e) 5,0 A e 45,0 W
A solução de circuitos, ou partes deles, pode ser simplificada por meio da aplicação de
técnicas conhecidas como divisor de tensão e divisor de corrente, as quais são descritas
nesta apostila. As regras de aplicação dos divisores são obtidas a partir das regras de
associação série e paralela de resistors.
Eletricidade Aplicada 50
A resistência equivalente do circuito é dada pela relação:
Req = R1 + R2 + R3 + …Rn (ohm)
I= V/Req (A)
Desta forma, a tensão sobre cada resistor será dada pelas seguintes equações:
VR1= R1 x I (V)
VR2= R2 x I (V)
VR3= R3 x I (V)
E assim por diante…
Eletricidade Aplicada 51
10.2 – Exercícios
Eletricidade Aplicada 52
10.3 - Divisor de corrente
Desta forma, a corrente em cada um dos resistores será dada pelas seguintes
equações:
Eletricidade Aplicada 53
I4= V/R4 (A)
I= I1+I2+I3+I4 (A)
10.4 - Exercícios
2- No circuito abaixo, calcular os valores das correntes nos resistore R1, R2, R3, R4
Eletricidade Aplicada 54
Experiência nº 04 - Circuito série e circuito paralelo de resistores
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um circuito em
série e de um circuito em paralelo de resistores.
MATERIAL EXPERIMENTAL
1 conjunto de resistores;
Multímetro;
Protoboard;
Fonte de Alimentação;
Calculadora;
Associação de Resistores
Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, o que
chamamos de associação de resistores. O comportamento desta associação varia
conforme a ligação entre os resistores, sendo seus possíveis tipos:série e paralelo.
Para o resultado de uma associação de resistores atribuímos o nome de:
Resistência total = RT ou Resistência equivalente = Req
Para suprimirmos as palavras série e paralelo, atribuímos símbolos: Associação em
série, utilizamos o símbolo de +.
Eletricidade Aplicada 55
Circuito Série de Resistores
Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida
por toda a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar
conforme a resistência deste, para que seja obedecida a 1ªLeide Ohm,assim:
Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:
Eletricidade Aplicada 57
PARTE PRÁTICA
Req Req
SÉRIE V1(V) I1(A) P1(W) V2(V) I2(A) P2(W)
Calculada (Ω) Medida (Ω)
A) R1+R2
B) R1+R3
C) R7+R7
D) R4+R5
Req Req
PARALELA V1(V) I1(A) P1(W) V2(V) I2(A) P2(W)
Calculada (Ω) Medida (Ω)
E) R1//R2
F) R1//R3
G) R7//R7
H) R4//R5
Conclusão:
Eletricidade Aplicada 58
Experiência nº 05 - Circuito misto de resistores
OBJETIVO
MATERIAL EXPERIMENTAL
1 conjunto de resistores;
Multímetro;
Protoboard;
Fonte de Alimentação;
Calculadora;
Circuito Misto
Exemplo 1:
Eletricidade Aplicada 59
RA = 50 Ω
Exemplo 2:
Eletricidade Aplicada 60
RA = R 1 + R2 RA = 10 + 20 RA = 30 Ω
RB = R3 + R4 RB = 15 + 15 RB = 30 Ω
REQ = 15 Ω
PARTE PRÁTICA
Req Req V1 I1 P1 V2 I2 P2 V3 I3 P3 V4 I4 P4
MISTO
calculada(Ω) medida(Ω) (V) (A) (W) (V) (A) (W) (V) (A) (W) (V) (mA) (mW)
R1+(R3//R3)
I
)
R1+(R3//R3//R
J
)
3)
R1//(R3+R3)
K
)L
R1//(R3+R3+R
)3)
Conclusão:
Eletricidade Aplicada 61
11 - LEIS DE KIRCHHOFF
Ramo: é o caminho entre dois nós, sendo que ao ao longo do ramo, a corrente elétrica é
a mesma.
Malha: caminho fechado seguido sobre ramos.
Eletricidade Aplicada 62
O ponto a é um nó, pois ligam os terminais da fonte de tensão de 10V e a resistência de
5 Ω.
O ponto b também é um nó, pois liga os terminais das resistências de 5 Ω, 2 Ω, 3 Ω e a
fonte de tensão de 2 A, o mesmo ocorre com o ponto c.
Ramos:
Do ponto a à b temos um ramo, os 3 caminhos do ponto b até o ponto c formam 3 ramos
e o caminho do ponto a ao ponto c forma outro ramo.
Malhas:
A primeira malha é formada pela fonte de tensão de 10V e resistências de 5Ω e 2Ω.
A segunda malha é formada pelas resistências de 2Ω e 3 Ω;
A terceira malha é formada pela resistência de 3Ω e fonte de corrente 2A.
Exercício:
11.1 - Primeira Lei de Kirchhoff (Lei das Correntes ou Leis dos Nós)
Em qualquer nó, a soma das correntes que o deixam (aquelas cujas apontam para
fora do nó) é igual à soma das correntes que chegam até ele, isto é em um nó, a soma
das correntes elétricas que entram é igual à soma das correntes que saem, ou seja, um
nó não acumula carga.
A Lei é uma consequência da conservação da carga total existente no circuito. Isto é
uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós.
Eletricidade Aplicada 63
Vejamos a ilustração abaixo:
A primeira Lei de Kirchhoff, afirma que a soma das intensidades das correntes que
chegam a um nó é igual à soma das intensidades das correntes que dele saem.
É o que explica a figura acima (I1= I2 + I3)
A Lei dos Nós determina que, em qualquer instante, é nula a soma algébrica das
correntes que entram num qualquer nó.
De acordo com as correntes representadas na Figura 1, a lei dos nós permite obter a
equação:
Note-se que se considerou o simétrico das correntes e uma vez que o seu sentido
de referência representado é o de saída do nó. Obter-se-ia uma equação equivalente se,
no enunciado da lei dos nós, a palavra “entram” fosse ser substituída pela palavra
“saem”.
Se, em algum instante, a soma das correntes que entram no nó não fosse nula, isso
quereria dizer que o nó estava a acumular carga (pois corrente, é um deslocamento de
cargas). Contudo, um nó é um condutor perfeito e, portanto, não pode armazenar carga.
Eletricidade Aplicada 64
Figura - Correntes do circuito
No nó A
No nó B
No nó C
11.2 - Segunda Lei de Kirchhoff (Lei das Tensões ou Lei das Malhas)
Eletricidade Aplicada 65
3. O funcionamento de qualquer um dos consumidores depende do funcionamento dos
consumidores restantes.
OBJETIVOS
● Conhecer as duas leis de Kirchhoff
● Comprovar experimentalmente as leis de Kirchhoff
MATERIAL EXPERIMENTAL
● 1 Multímetro digital
● 1 Matriz de pontos
● 1 Pilha de 9V com terminais
● 2 Pilhas de 1,5V com suporte
● Resistores diversos valores
Procedimento Experimental
1. Monte o circuito a seguir na matriz de pontos.
1. Meça as correntes nos resistores e anote o valor e o sentido das mesmas (coloque a
ponta das setas para indicar o sentido).
I R1 =________(afastando/aproximando de A)
I R2 =________(afastando/aproximando de A)
I R3 =________(afastando/aproximando de A)
Eletricidade Aplicada 66
2. Para o nó A escreva:
4. Conclusão
Eletricidade Aplicada 67
Fig 02: Esquema das tensões nas malhas
5. Verifique se a soma das tensões horárias é igual à soma das tensões anti-horário.
Eletricidade Aplicada 68
ÍNDICE
3- DIODO ........................................................................................................................ 08
3.1 Polarização do Diodo ................................................................................................ 09
3.2 Polarização direta ..................................................................................................... 09
3.3 Polarização reversa .................................................................................................. 10
Eletrônica Aplicada
7.5 Resistência Direta ...................................................................................................... 16
7.6 Resistência Reversa ................................................................................................. 17
8- O TRANSFORMADOR ............................................................................................... 19
10- CAPACITOR............................................................................................................. 32
10.1 Detalhes sobre os capacitores ................................................................................ 33
10.2 Carga e descarga do capacitor ............................................................................... 34
10.3 Circuitos com capacitor e resitor ............................................................................. 34
Eletrônica Aplicada
1. DIODOS, SEMICONDUTORES E RETIFICAÇÃO.
FÍSICA DOS SEMICONDUTORES
1.1 A Estrutura do Átomo
Eletrônica Aplicada 4
1.5 Resistividade dos Materiais
Na tabela está apresentado um quadro com os valores das resistividades de
diversos materiais. Embora não haja uma separação bem definida entre os
semicondutores e os condutores e isolante, observa-se que os semicondutores
SUBSTÂNCIA RESISTIVIDADE
(ohm cm)
Prata 1,6x10-6
Cobre 1,7x10-6
Ouro 2,3x10-6
Alum ínio 2,8x10-6
Germânio (puro) 47
Silício ( pur o) 21,4x10 4
Vidro 1012 a1013
Âmbar 5x1016
Mica 9x1016
Quart zo fundido 75x1018
Eletrônica Aplicada 5
Figura 1-1
Se nas estruturas com germânio ou silício não fosse possível romper as ligações
covalentes, elas seriam materiais isolantes. No entanto com o aumento da
temperatura algumas ligações covalentes recebem energia suficiente para se
romperem, fazendo com que os elétrons das ligações rompidas passem a se
movimentar livremente no interior do cristal, tornando-se elétrons livres.
Figura 1-2
Com a quebra das ligações covalentes, no local onde havia um elétron de valência,
passa a existir uma região com carga positiva, uma vez que o átomo era neutro e um
elétron o abandonou. Essa região positiva recebe o nome de lacuna, sendo também
conhecida como buraco. As lacunas não têm existência real, pois são apenas espaços
vazios provocados por elétrons que abandonam as ligações covalentes rompidas.
Sempre que uma ligação covalente é rompida, surgem simultaneamente um elétron e
uma lacuna. Entretanto, pode ocorrer o inverso, um elétron preencher o lugar de uma
lacuna, completando a ligação covalente (processo de recombinação). Como tanto os
elétrons como as lacunas sempre aparecem e desaparecem aos pares, pode-se
afirmar que o número de lacunas é sempre igual à de elétrons livres. Quando o cristal
de silício ou germânio é submetido a uma diferença de potencial, os elétrons livres se
movem no sentido do maior potencial elétrico e as lacunas por consequência se
movem no sentido contrário ao movimento dos elétrons.
Eletrônica Aplicada 6
2.1 Impurezas
Os cristais de silício (ou germânio. Mas não vamos considera-lo, por
simplicidade e também porque o silício é de uso generalizado em eletrônica) são
encontrados na natureza misturados com outros elementos. Dado a dificuldade de se
controlar as características destes cristais é feito um processo de purificação do cristal
e em seguida é injetado através de um processo controlado, a inserção proposital de
Figura 1-2
Eletrônica Aplicada 7
Figura 1-3
Um semicondutor pode ser dopado para ter um excesso de elétrons ou
excesso de lacunas. Por isso existem dois tipos de semicondutores:
3. DIODO
Na união de um cristal tipo P e um cristal tipo N, obtém-se uma junção PN, que
é um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção.
Figura 1-5
Devido à repulsão mútua os elétrons livres do lado N espalham-se em todas
direções, alguns atravessam a junção e se combinam com as lacunas. Quando isto
Eletrônica Aplicada 8
ocorre, a lacuna desaparece e o átomo associado torna-se carregado negativamente.
(um íon negativo)
Figura 1-6
Cada vez que um elétron atravessa a junção ele cria um par de íons. Os íons
estão fixo na estrutura do cristal por causa da ligação covalente. À medida que o
número de íons aumenta, a região próxima à junção fica sem elétrons livres e lacunas.
Chamamos esta região de camada de depleção.
Além de certo ponto, a camada de depleção age como uma barreira impedindo
a continuação da difusão dos elétrons livres. A intensidade da camada de depleção
aumenta com cada elétron que atravessa a junção até que se atinja um equilíbrio. A
diferença de potencial através da camada de depleção é chamada de barreira de
potencial. A 25º, esta barreira é de 0,7V para silício e 0,3V para o germânio.
O símbolo mais usual para o diodo é mostrado a seguir:
Eletrônica Aplicada 9
haver fluxo livre de elétrons a tensão da bateria tem de sobrepujar o efeito da camada
de depleção.
Figura 1- 4
Figura 1-5
Nota-se pela curva que o diodo ao contrário de, por exemplo, um resistor, não é um
componente linear. A tensão no diodo é uma função do tipo:
Eletrônica Aplicada 10
4.3 Polarização Reserva do Diodo
Figura 1-6
Figura 1-7
Figura 1-8
Eletrônica Aplicada 11
4.5 Resistor Limitador de Corrente
Num diodo polarizado diretamente, uma pequena tensão aplicada pode gerar uma
alta intensidade de corrente. Em geral um resistor é usado em série como diodo para
limitar a corrente elétrica que passa através deles. Rs é chamado de resistor limitador
de corrente. Quanto maior o Rs, menor a corrente que atravessa o diodo e o resistor
Rs.
Figura 1-9
5. RETA DE CARGA
Equação 1-3
Equação 1-4
Se UD = 0V → I=20mA. Esse ponto é chamado de ponto de saturação, pois o
máximo valor que a corrente pode assumir. E se I=0A → UD = 2V. esse ponto é
Eletrônica Aplicada 12
chamado corte, pois representa a corrente mínima que atravessa o resistor e o diodo.
a equação 1-4 indica uma relação linear entre a corrente e a tensão (y – ax + b).
Sobrepondo esta curva com a curva do diodo tem-se:
Figura 1-10
Figura 1-11
Eletrônica Aplicada 13
A polarização do LED é similar ao um diodo comum, ou seja, acoplado em série
com um resistor limitador de corrente, como mostrado na Figura 1-15 o LED é
esquematizado como um diodo comum com a seta apontando para fora como símbolo
de luz irradiada. A corrente que circula no LED é dada pela expressão:
𝐕𝐂𝐂−𝐕𝐋𝐄𝐃
𝑰𝑳𝑬𝑫 = Equação 1-5
𝑹𝑳𝑬𝑫
Para a maioria dos LED’s disponíveis no mercado, a queda de tensão típica de 1,5
a 2,5V para correntes entre 10 e 50 mA.
6.1 Fotodiodo
É um diodo com encapsulamento transparente, reversamente polarizado que é
sensível a luz. Nesse componente, o aumento da intensidade luminosa, aumenta a
corrente reversa. Num diodo polarizado reversamente, circula somente os portadores
minoritários.
Esses portadores existem porque a energia térmica fornece energia suficiente para
que alguns elétrons de valência saiam fora de suas órbitas, criando elétrons e lacuna,
contribuindo, assim, para o aumento da corrente reversa. Quando uma energia
luminosa incide numa junção PN, fornece energia para os elétrons de valência e com
isto criam-se mais elétrons livres. Quanto mais intensa for a luz na junção, maior será
corrente reversa num diodo.
Ao analisar ou projetar circuitos com diodos se faz necessário conhecer as curvas
características dos diodos utilizados. Mas em muitos casos práticos dependendo da
aplicação pode-se fazer aproximações para facilitar os cálculos.
Eletrônica Aplicada 14
Figura 1-12
7.2 - 2ª Aproximação
Leva-se em conta o fato de o diodo precisar de 0,7V para iniciar a conduzir.
Figura 1-13
Considera-se o diodo como uma chave em série com uma bateria de 0,7V.
7.3 - 3ª Aproximação
Na terceira aproximação considera a resistência interna do diodo.
Figura 1-14
Eletrônica Aplicada 15
Exemplo 1-1
Utilizar a 2ª aproximação para determinar a corrente do diodo no circuito da Figura
1-19:
Figura 1-15
Solução:
O diodo está polarizado diretamente, portanto age como uma chave fechada em
série com uma bateria.
Eletrônica Aplicada 16
7.6 Resistência Reversa
Tomando ainda como exemplo o 1N914. Ao aplicar uma tensão de -20V a corrente
será de 25nA, enquanto uma tensão de -75V implica numa corrente de 5 µA. A
resistência reversa será de:
Rs1 = 20/25nA = 800M Ω
Rs2 = 75/5µ = 15M Ω
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um diodo
retificador e do diodo emissor de luz – LED.
Material Experimental
1 Conjunto de resistores;
Multímetro;
Protoboard;
Fonte de Alimentação;
Diodo 1N4007;
Led (cores).
Parte Prática
1) Meça com o multímetro e anote no quadro a resistência direta e reversa do diodo
RDIRETA
RREVERSA
Eletrônica Aplicada 17
2) Monte o circuito
3) Ajuste a tensão da fonte de tal forma a ter no diodo os valores de tensão do quadro.
Para cada caso, meça e anote a corrente no circuito.
ID (A)
VD (V) 0 2 4 6 8 10 12 14
ID (A)
6) Monte o circuito
Eletrônica Aplicada 18
7) Ajuste a tensão da fonte para os valores especificados na tabela. Para cada caso,
meça a tensão no resistor, no LED e a corrente do circuito.
V (V) 0 2 4 6 8 10 12 14
I (A)
VR (V)
VL (V)
8. O TRANSFORMADOR
As fontes de tensões utilizadas em sistemas eletrônicos em geral são menores que
30VCC enquanto a tensão de entrada de energia elétrica costuma ser de 127VRMS ou
220VRMS. Logo é preciso um componente para abaixar o valor desta tensão alternada.
O componente utilizado é o transformador. O transformador é grosso modo constituído
por duas bobinas (denominadas de enrolamentos). A energia passa de uma bobina
para outra através do fluxo magnético. Abaixo um exemplo de transformador:
Figura 1-16
Equação 1-6
Onde:
U1 tensão no primário
U2 tensão no secundário
N1 número de espiras no enrolamento primário
N2 número de espiras no enrolamento secundário
A corrente elétrica no transformador ideal é:
Eletrônica Aplicada 19
Equação 1-7
Exemplo 1-2 Se a tensão de entrada for 115 VRMS, a corrente de saída de 1,5ARMS e
a relação de espiras 9:1. Qual a tensão no secundário em valores de pico a pico? E a
corrente no primário?
Solução:
A onda senoidal é um sinal elétrico básico. Sinais mais complexos podem ser
representados por uma soma de sinais senoidais.
Eletrônica Aplicada 20
Figura 1-17
Equação 1-8
Equação 1-9
Equação 1-10
Valor médio
O valor médio é quantidade indicada em um voltímetro quando na escala cc. O
valor médio de uma onda senoidal ao longo de um ciclo é zero. Isto porque cada valor
da primeira metade do ciclo, tem um valor igual mas de sinal contrário na segunda
metade do ciclo.
Eletrônica Aplicada 21
9.2 Retificador de Meia Onda
O retificador de meia onda converte a tensão de entrada (USECUNDÁRIO) CA numa
tensão pulsante positiva UR. Este processo de conversão de CA para CC é conhecido
como “retificação”. Na Figura 1-18 é mostrado um circuito de meia onda.
Figura 1-18
Sem corrente elétrica circulando implica em não ter tensão sob o resistor e toda a
tensão do secundário fica no diodo. Este circuito é conhecido como retificador de meio
ciclo porque só o semiciclo positivo é aproveitado na retificação.
Figura 1-19
Eletrônica Aplicada 22
O Resistor R indicado no circuito representa a caga ôhmica acoplada ao retificado,
podendo ser tanto um simples resistor como um circuito complexo e normalmente ele
é chamado de resistor de carga ou simplesmente de carga.
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um
retificador de meia onda.
Material Experimental
Transformador 110v/12+12
Diodo 1N4007
Capacitador eletrolítico 1000 µF
Resistor Rled 1kΩ/2W
Resistor RL = 1kΩ/2W
Diodo emissor de luz “led”
Protoboard
Eletrônica Aplicada 23
XSC1
Ext Trig
+
_
A B
+ _ + _
XMM1
T2 D3
120 Vrms
60 Hz 1N4007
0° RLED
1kΩ
RL
1000uF 1kΩ
LED1
Eletrônica Aplicada 24
9.3 Retificador de Onda completa
Figura 1-20
Equação 1-13
Eletrônica Aplicada 25
Equação 1-14
FREQUÊNCIA E SAÍDA
A frequência de saída de onda completa é o dobro da frequência de entrada, pois a
definição de ciclo completo diz que uma forma de onda completa seu ciclo quando ela
começa a repeti-lo. Na figura 1-21, a forma de onda retificada começa a repetição
após um semiciclo da tensão dos secundário. Supondo que a tensão de entrada tenha
uma frequência de 60 Hz, a onda retificada terá uma frequência de 120Hz e um
período de 8,00ms.
Figura 1-21
Eletrônica Aplicada 26
EXPERIÊNCIA Nº3 – Retificador de onda completa com Center tape
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um
retificador de meia onda completa com Center tape e sua derivação central.
Material Experimental
Componentes
Transformador 110v/12+12
Diodo 1N4007
Capacitador eletrolítico 1000 µF
Resistor Rled 1kΩ/2W
Resistor RL = 1kΩ/2W
Diodo emissor de luz “led”
Protoboard
XSC1
Ext Trig
+
_
A B
+ _ + _
T1
120 Vrms XMM1
60 Hz
0°
0 Rled
1kΩ
RL
1kΩ
1000µF
LED1
Eletrônica Aplicada 27
Com multímetro digital
Medir secundário do Trafo: VRMS=
Calcular tensão de pico do secundário VP2=
Medir a carga sem capacitor VCC=
Calcular vcc sem capacitor Vcc=
Medir a carga com capacitor VCC=
Medir a corrente na carga IL=
Eletrônica Aplicada 28
Durante o semiciclo negativo da tensão U2, o diodo D4 recebe um potencial
negativo no catodo, devido à inversão da polaridade de U2. Os diodos D1 e D4
conduzem e os diodos D2 e D3 ficam reversamente polarizado.
Figura 1-22
Tabela 1-1
MEIA ONDA ONDA COMPLETA PONTE
Nº de Diodos 1 2 4
Tensão Pico de Saída Up 0,5Up Up
Tensão cc de Saída 0,318Up 0,318 UP 0,636 Up
Tensão Pico Inversa no Up Up Up
Diodo
Frequência de Saída fent 2 fent 2 fent
Eletrônica Aplicada 29
Tensão de saída (rms) 0,45 Up 0,45 Up 0,9 Up
Figura 1-23
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um
retificador de meia onda completa em ponte.
Material Experimental
Transformador 110v/12+12
Ponte retificadora 2w10
Capacitador eletrolítico 1000 µF
Resistor Rled 1kΩ/2W
Resistor RL = 1kΩ/2W
Diodo emissor de luz “led”
Protoboard
Eletrônica Aplicada 30
Instrumentos: multímetro digital, osciloscópio pc
Procedimento: monte o circuito abaixo:
XSC1
Ext Trig
+
_
A B
+ _ + _
V1 8 2 D1
120 Vrms T1
60 Hz 4 1 XMM1
0° 10
3 1B4B42
RLED
1kΩ
0 1000uF RL
1kΩ
LED1
Eletrônica Aplicada 31
10. CAPACITOR
Figura 1-24
Figura 1-25
Figura 1-26
Eletrônica Aplicada 32
Equação 1-15
Onde:
ε = constante dielétrica (F/m)
S = área de uma das placas (são iguais) (m2)
d = Espessura do dielétrico em metro (m)
C = Capacitância em Farads (F)
TIPOS DE CAPACITORES
papel cerâmica
mica eletrolítico
tântalo variável (distância / área) → (Padder; Trimmer)
Figura 1-27
Eletrônica Aplicada 33
10.2 Carga e descarga do capacitador
Figura 1-28
Equação 1-16
Equação 1-17
Figura 1-29
Eletrônica Aplicada 34
Resistor em paralelo com o capacitor
Figura 1-30
Figura 1-31
11. CAPACITOR
A tensão de saída de um retificador sobre um resistor de carga é pulsante como
mostrador por exemplo na Figura 1-33. Durante um ciclo completo na saída, a tensão
no resistor aumenta a partir de zero até um valor de pico e depois diminui de volta a
zero. No entanto a tensão de uma bateria deve ser estável. Para obter esse tipo de
tensão retificada na carga, torna-se necessário o uso de filtro.
O tipo demais comum de filtro para circuitos retificadores é o filtro com capacitor
mostrado na Figura 1-32. O capacitor é colocado em paralelo ao resistor de carga.
Para o entendimento do funcionamento do filtro supor o diodo como ideal e que, antes
Eletrônica Aplicada 35
de ligar o circuito, o capacitor esteja descarregado. Ao ligar, durante o primeiro quarto
de ciclo da tensão no secundário, o diodo está diretamente polarizado. Idealmente, ele
funciona como uma chave fechada. Como o diodo conecta o enrolamento secundário
ao capacitor, ele carrega até o valor da tensão de pico Up.
Figura 1-32
Figura 1-33
Logo após o pico positivo, o diodo para de conduzir, o que significa uma chave
aberta. Isto devido ao fato de o capacitor ter uma tensão de pico Up. Como a tensão no
secundário é ligeiramente menor que Up, o diodo fica reversamente polarizado e não
conduz. Com o diodo aberto, o capacitor se descarrega por meio do resistor de carga.
A ideia do filtro é a de que o tempo de descarga do capacitor seja muito maior que o
período do sinal de entrada. Com isso, o capacitor perderá somente uma pequena
parte de sua carga durante o tempo que o diodo estiver em corte.
O diodo só voltará a conduzir no momento em que a tensão no secundário inicar a
subir e seja igual a tensão no capacitor. Ele conduzirá deste ponto até a tensão no
secundário atingir o valor de pico Up. O intervalo de condução do diodo é chamado de
ângulo de condução do diodo. Durante o ângulo de condução do diodo, o capacitor é
carregado novamente até Up. Nos retificadores sem filtro cada diodo tem um ângulo de
condução de 180º.
Eletrônica Aplicada 36
Na Figura 1-33 é mostrada na tensão sob a carga. A tensão na carga é agora uma
tensão CC mais estável. A diferença para uma tensão CC pura é uma pequena
ondulação (Ripple) causada pela carga e descarga do capacitor. Naturalmente, quanto
menor a ondulação, melhor. Uma forma de reduzir a ondulação é aumentar a
constante de tempo de descarga (R.C.). Na prática é aumentar o valor do capacitor.
Outra forma de reduzir a ondulação é optar pelo uso de um retificador de onda
completa, no qual a frequência de ondulação é o dobro do de meia onda. Neste caso o
capacitor é carregado duas vezes a cada ciclo da tensão de entrega e descarrega-se
só durante a metade do tempo de um meia onda. Pode-se relacionar a tensão de
ondulação na seguinte fórmula:
Equação 1-18
Onde:
Eletrônica Aplicada 37
Equação 1-19
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um capacitor
em Regime DC levantando os tempos de carga e descarga.
Material Experimental
1 conjunto de resitores
Multímetro
Protoboard
Fonte de alimentação
Cronômetro
Capacitor 100µF
Resistor 27kΩ
Parte prática
1) Monte o circuito a seguir:
Eletrônica Aplicada 38
2) Com o capacitor descarregado, acione a chave S e o cronômetro similtaneamente.
Determine e anote o instante em que cada tensão for atingida, conforme a tabela
abaixo:
Eletrônica Aplicada 39
6) Repita os itens 3 e 4 utilizando o resistor de 100 KΩ.
Figura 1-34
Eletrônica Aplicada 40
Figura 1-35
O zener ideal é aquele que se comporta como uma chave fechada para tensões
positivas ou tensões negativas menores que VZ. Ele se comportará como uma chave
aberta para tensões negativas entre zero e – VZ. Veja o gráfico a seguir:
Figura 1-36
Eletrônica Aplicada 41
12.2 Segunda Aproximação
Uma segunda aproximação é considerá-lo como ideal mas que a partir da tensão
de ruptura exista uma resistência interna.
Figura 1-37
Equação 1-20
Exemplo 1-3: Se um diodo zener de 12V tem uma especificação de potência máxima
de 400mW, qual será a corrente máxima permitida?
Solução:
Eletrônica Aplicada 42
13. REGULADOR DE TENSÃO COM ZENER
Objetivo: manter a tensão sobre a carga constante e de valor Vz.
Figura 1-38
Equação 1-21
Equação 1-22
Corrente sob Rs
Equação 1-23
sob RL
Equação 1-24
sob o zener
Eletrônica Aplicada 43
Equação 1-25
Equação 1-26
Equação 1-27
Equação 1-28
Garante que sob o zener não circule uma corrente maior que IZMAX
Exemplo 1-4: Um regulador zener tem uma tensão de entrada de 15V a 20V e a
corrente de carga de 5 a 20mA. Se o zener tem VZ=6,8V e IZMAX = 40mA, qual o valor
de RS?
Solução
RS <(15-66,8) / (20m+4m) = 342 Ω e RS> (20-6,8) / (5m+40m) = 293Ω
293Ω<RS <342Ω
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento do diodo zener como regulador de
tensão
Material Experimental
Eletrônica Aplicada 44
Componentes
Diodo
Resistores 1k Ohm
Capacitores 1000 µF
Transformador 110v/12+12 v
Protoboard
XSC1
Ext Trig
+
_
A B
+ _ + _
V1 1 XMM1
T1 RS
120 Vrms
60 Hz 1kΩ
0°
Rled
1kΩ
RL
1kΩ
1000µF
LED1
Eletrônica Aplicada 45
Medir corrente do zener Ismax =
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um diodo
zener.
Material Experimental
Fonte de alimentação
Resistor de 160 Ohm
Resistor de 560 Ohm
Potenciômetro 4.7 k Ohm
Diodo Zener de 12V
Protoboard
Parte prática
Monte o circuito proposto abaixo:
Eletrônica Aplicada 46
P1
4.7 k
RS
160
Eletrônica Aplicada 47
OBJETIVO
Entender e verificar na prática o funcionamento e as características de um
retificador de onda completa em ponte com o regulador de tensão (diodo zener)
Material Experimental
Transformador 110v/12+12v
Ponte retificadora
Capacitor eletrolítico 1000µF
Resistor Rled 1KΩ
2 Resistores =1KΩ/2W
Diodo emissor de luz “led”
Protoboard
120Vrms
60 Hz
5
1kΩ
1kΩ
1KΩ
1000μF 6
LED1 5V
0
0
Eletrônica Aplicada 48
Com osciloscópio medir forma de onda conforme circuito:
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Ex. 1-1) Num dado circuito, quando um diodo está polarizado diretamente, sua
corrente é de 50mA. Quando polarizado reversamente, a corrente cai para 20nA. Qual
a razão entre a corrente direta e a reversa?
Ex. 1-2) Qual a potência dissipada num diodo de silício com polarização direta se a
tensão de diodo for de 0,7V e a corrente de 100mA?
Ex. 1-3) Faça o gráfico I V de um resistor de 2KΩ marque o ponto onde a corrente é
de 4mA.
Ex. 1-4) Suponha VS = 5V e que a tensão através do diodo seja 5V. o diodo está
aberto ou em curto?
Eletrônica Aplicada 49
Ex. 1-5) Alguma coisa faz com que R fique em curto no circuito ao lado. Qual será a
tensão do diodo? O que acontecerá ao diodo?
Ex. 1-6) Você mede OV através do diodo do circuito ao lado. A seguir você testa a
tensão da fonte, e ela indica uma leitura de +5V com relação à terra (-). O que há de
errado com o circuito?
Ex. 1-7) Uma fonte de tensão de 2,5V leva o diodo a ter um resistor limitador de
corrente de 25Ω. Se o diodo tiver a característica IxV abaixo, qual a corrente na
extremidade superior da linha de carga: a tensão na extremidade mais baixa da linha
de carga? Quais os valores aproximados da tensão e da corrente no ponto Q?
Ex. 1-8) Repita o exercício anterior para uma resistência de 50. Descreva o que
acontece com a linha de carga.
Ex. 1-9) Repita o Ex. 1-7 para uma fonte de tensão de 1,5V o que acontece com a
linha de carga?
Ex. 1-10) Um diodo de silício tem uma corrente direta de 50mA em 1V. Utilize a
terceira aproximação para calcular sua resistência de corpo.
Eletrônica Aplicada 50
Ex. 1-11) A tensão da fonte é de 9V e da resistência da fonte é de 1K. Calcule a
corrente através do diodo.
Ex. 1-14) No circuito acima qual deverá ser o valor de R para se obter uma corrente de
diodo de 10mA? (suponha VS = 5V)
Ex. 1-15) Alguns sistemas como alarme contra roubo, computadores, etc. utilizam uma
bateria auxiliar no caso da fonte de alimentação principal falhar. Descreva como
funciona o circuito abaixo
Eletrônica Aplicada 51
Ex. 1-16) Encontre a capacitância de um capacitor de placas paralelas se a dimensão
de cada placa retangular é de 1x0,5 cm, a distância entre as placas é 0,1mm e o
dielétrico é o ar. Depois, encontre a capacitância tendo a mica como dielétrico.
Ex. 1-17) Encontre a distância entre as placas deum capacitor de 0,01 F de placas
paralelas, se a área de cada placa é 0,07 m2 e o dielétrico é o vidro.
Ex. 1-18) Um capacitor possui como dielétrico um disco feito de cerâmica com 0,5 cm
de diâmetro e 0,521 mm de espessura. Esse disco é revestido dos dois lados com
prata, sendo esse revestimento as placas. Encontre a capacitância.
Ex. 1-20) No instante t = 0s, uma fonte de 100V é conectada a um circuito série
formado por um resistor de 1KΩ e um capacitor de 2µF descarregado. Qual é: A
tensão inicial do capacitor? A corrente inicial? O tempo necessário para o capacitor
atingir a tensão de 63% do seu valor máximo?
Ex. 1-21) A ser fechada, uma chave conecta um circuito série formado por uma fonte
de 200V, um resistor de 2M e um capacitor de 0,1F descarregado. Encontre a tensão
no capacitor e a corrente no instante t = 0,1s após o fechamento da chave.
Ex. 1-22) Para o circuito usado no problema 6, encontre o tempo necessário para a
tensão no capacitor atingir 50V. Depois encontre o tempo necessário para a tensão no
capacitor aumentar mais 50V (de 50V para 100V). Compare os resultados.
Ex. 1-23) Um simples temporizador RC possui uma chave que quando fechada
conecta em série uma fonte de 300V, um resistor de 16M e um capacitor
descarregado de 10F. Encontre o tempos entre a abertura e o fechamento.
Eletrônica Aplicada 52
Ex. 1-24) Um retificador em ponte com um filtro com capacitor de entrada, tem uma
tensão de pico na saída de 25V. Se a resistência de carga for de 220 e a capacitância
de 500µF, qual a ondulação de pico a pico (Ripple)?
Ex. 1-25) A figura abaixo mostra uma fonte de alimentação dividida. Devido à
derivação central aterrada, as tensões de saída são iguais e com polaridade oposta.
Quais as tensões de saída para uma tensão do secundário de 17,7Vac e C=500µF?
qual a ondulação pico a pico? Quais as especificações mínimas de ID e VZ? Qual a
polaridade de C1 e C2?
Ex. 1-26) Você mede 24 Vac através dos secundário da figura abaixo. Em seguida
você mede 21,6 Vac através do resistor de carga. Sugira alguns problemas possíveis.
Eletrônica Aplicada 53
Ex. 1-27) Você está construindo um retificador em ponte com um filtro com capacitor
de entrada. As especificações são uma tensão de carga de 15V e uma ondulação de
1V para uma resistência de carga de 68. Qual a tensão em rms no enrolamento do
secundário? Qual deve ser o valor do capacitador de filtro?
Ex. 1-28) A fonte de alimentação dividida do exercício 1-25 tem uma tensão do
secundário de 25Vac. Escolha os capacitores de filtro, utilizando a regra dos 10 por
cento para ondulação.
Ex. 1-30) O amperímetro da figura abaixo tem uma resistência de medidor de 2KΩ e
uma corrente para fundo de escala de 50µA. Qual a tensão através desse
amperímetro quando ele indicar fundo de escala? Os diodos às vezes são ligados em
derivação (Shunted) através do amperímetro, como mostra a figura abaixo Se o
amperímetro estiver ligado em série com um circuito, os diodos podem ser de grande
utilidade. Para que você acha que eles podem servir?
Ex. 1-31) Dois reguladores zener estão ligados em cascata. O primeiro tem um RS =
680Ω. O Segundo tem um RS = 1,2KΩ e RZ = 6. Se o Ripple da fonte for e 9V de pico a
pico, qual Ripple na saída?
Eletrônica Aplicada 54
Ex. 1-32) Na figura abaixo, o 1N1594 tem uma tensão de zener de 12V e uma
resistência zener de 1,4Ω. Se você medir aproximadamente 20V para a tensão de
carga, que componente você sugere que está com defeito? Explique por quê?
Ex. 1-34) Para VRL = 4,7V e IZMAX = 40mA. Quais valores VS podem assumir?
Ex. 1-35) No exercício anterior qual a tensão na carga para cada uma das seguintes
condições: (a) diodo zener em curto; (b) diodo zener aberto; (c) resistor em série
aberto; (d) resistor de carga em curto; O que ocorre com VL e como diodo zener se o
resistor em série estiver em curto?
Eletrônica Aplicada 55
Ex. 1-37) Qual o sinal sob VL?
Ex. 1-38) Um regulador zener tem VZ = 15V e IZMAX = 100Ma. VS pode variar de 22 a
40V. RL pode variar de 1KΩ a 50KΩ. Qual o maior valor que a resistência série pode
assumir?
Ex. 1-39) Um diodo zener tem uma resistência interna de 5Ω. Se a corrente variar de
10 a 20mA, qual a variação de tensão através do zener?
Ex. 1-40) Uma variação de corrente de 2mA através do diodo zener produz uma
variação de tensão de 15mV. Qual o valor da resistência?
Ex. 1-41) Qual o valor mínimo de RS para o diodo não queimar (VZ=15V e
PZMAX=0,5W)?
Ex. 1-42) No exercício anterior, se RS = 2K, qual a corrente sobre o zener, e qual a
potência dissipada no zener?
Eletrônica Aplicada 56
Ex. 1-44) No exercício anterior suponha que a fonte tenha um Ripple de 4V. Se a
resistência zener for de 10Ω, qual o Ripple de saída.
Ex. 1-45) Dois reguladores zener estão ligados em cascata. O primeiro tem uma
resistência em série de 680Ω e um RZ = 6Ω. O segundo tem uma resistência série de
1,2KΩ e RZ = 6Ω. Se a ondulação da fonte for 9V de pico a pico, qual a ondulação na
saida?
Eletrônica Aplicada 57
ÍNDICE
1- MULTIPLICAÇÃO(TABUADA)……………………………………………………… 3
6- POTÊNCIA DE 10…………………………………………………………………...13
7- NOTAÇÃO CIENTÍFICA…………………………………………………………… 21
8- ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS………………………………………………… 22
9- ARREDONDAMENTO DE NÚMEROS…………………………………………... 24
Introdução à Matemática
1. TABUADA
Ela é o primeiro passo pra quem quer aprender matemática, assim que entramos na
escola (ensino fundamental), uma das primeiras coisas que aprendemos, é justamente a
tabuada, pois ela não se aplica apenas as contas matemáticas, mas sim ao nosso dia a
dia.
Mas a ideia não é nova, Pitágoras, filósofo e matemático grego, do século IV a.C, criou
uma 'tabuada' bem mais interessante, que dar condições para que o aluno a
compreenda. Nela é possível efetuar todas as operações de multiplicação, tudo num
único lugar.
Introdução à Matemática 3
2. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)
2.1 - INTRODUÇÃO
Qualquer atividade do conhecimento humano para a sua perfeita execução, requer
ferramental específico. A Física não constitui, a exceção. Os fenômenos físicos são
observados através de experiências. Para sua melhor compreensão, é feita através da
análise de dados tabelados, gráficos e respectivas relações matemáticas.
A Matemática, é uma ferramenta necessária ao estudo da Física. Veremos adiante,
que uma fórmula matemática, antes de ser assustadora num fenômeno físico, em
muito ajudará na simplificação e compreensão deste. Evidente, entretanto, que
precisamos dominar com precisão a linguagem na qual vem expresso e fenômeno
físico, isto é, a matemática.
A eletricidade, usa o sistema métrico internacional de unidades, conhecido comumente
por SI. A abreviação SI, assim usada também em inglês, decorre das palavras Système
Internationale.
Introdução à Matemática 4
Tabela 2 - Unidades Suplementares do SI
2.1 Quando as unidades forem escritas por extenso devem ter a letra inicial escrita em
minúscula mesmo que sejam nomes de pessoas.
Exemplos: segundo, metro, joule, newton, etc.
2.3 Os plurais das unidades são dados com o créscimo de s, embora algumas vezes
contrariem as regras gramaticais. Os símbolos não se flexionam, no plural.
Exemplos: pascal = pascals mol = mols
OBS: as unidades terminadas em s, x e z não flexionam no plural siemens, luz, hertz
Exemplos: 1 siemens, 2 siemens, etc.
Introdução à Matemática 5
Não se deve grafar as unidades, misturando-se as notações por extenso com
símbolos ou abreviações.
Exemplos: metro por segundo deve ser escrito m/s, portanto, é errado escrever
m/segundo, m/seg ou metro/s.
Introdução à Matemática 6
10-1 deci d
10-2 centi c
10-3 mili m
10-6 micro
10-9 nano n
10-12 pico p
10-15 femto f
10-18 atto a
2
U.F. - Unidade Fundamental
3
Multiplica-se por 3,6 para transformar m/s para km/h
Introdução à Matemática 7
dia solar médio e que corresponde ao intervalo de tempo entre duas passagens
sucessivas de um ponto da Terra em frente ao Sol. Entretanto, face as ações das marés
que aumentam o período de rotação da Terra, alterando assim o valor definido para o
segundo, arbitrariamente adotou-se o ano de 1.900 como referência.
4
C.I.P.M. - Conferência Internacional de Pesos e Medidas
Atualmente, vale a definição dada pelo SI, que foi adotada a partir de 1.964, pelo
Comitê Internacional de Pesos e Medidas, como sendo a duração de 9.192.631.770
períodos da radiação correspondente a transição entre os dois níveis hiperfinos do
estado fundamental do átomo de Cs-133 (esta adoção se deu definitivamente em
13/10/67, pela 13ª Conferência Geral de Pesos e Medidas).
1 hora (h) = 60 minutos (min) = 3.600 segundos (s)
As recomendações quanto a grafia dos nomes são dadas pela resolução 7 da 9ª
C.G.P.M. de 1.948, a saber:
a) os símbolos das unidades serão escritos em caracteres minúsculos do alfabeto
latino;
b) os símbolos das unidades derivadas de nomes próprios serão grafados com a
primeira letra em maiúsculo do mesmo alfabeto;
c) os símbolos não são seguidos de ponto e nem flexionam no plural.
Veja abaixo algumas unidades do sistema inglês e sua correspondência com
valores mais comuns:
1 pol (polegada) = 2,54cm 1 jarda = 0,914m
1 pé = 30,48cm
1 milha marítima = 1.852m 1 milha terrestre 1.609m
Introdução à Matemática 8
1mA (miliampère), que é um submúltiplo da unidade fundamental, enquanto que uma
corrente de 0,000002A pode ser representada por 2 µA (microampère). µ
Para a conversão de uma unidade de medida maior para uma menor e vice-versa, o
processo é bem simples.
Tome como referência a tabela 4. Adote como procedimento o deslocamento no
sentido vertical, ou para cima ou para baixo e tenha sempre em mente:
I) Quando o deslocamento no sentido vertical for para cima, desloque a vírgula para a
esquerda;
II) Quando o deslocamento no sentido vertical for para baixo, desloque a vírgula para a
direita;
III) Considere sempre a unidade fundamental (UF) = 100
IV) Lembre-se de que qualquer número inteiro, pode ser mentalizado como um número
precedido de uma vírgula e zeros, de conformidade com a aproximação desejada.
Introdução à Matemática 9
5
No caso, a representação 3,8nA é mais conveniente
6
No caso, a representação 14mA é mais conveniente
Exemplos:
a) converter 12.000mV em V (volt):
Solução: analisando a tabela 4, verifica-se que para converter 12.000mV para V (volt), o
deslocamento no sentido vertical ocorre para cima. Isto significa que devemos deslocar a
vírgula para esquerda.
Mas, quantas casas devemos deslocar à esquerda?
-3 0
A diferença entre os expoentes do mV (10 ) para a unidade fundamental (10 ) é 3. Logo,
deverão ser deslocadas 3 casas à esquerda.
Assim: 12.000mV = 12V
Veja como foi o procedimento para se chegar a esse resultado:
Levando-se em conta que 12.000 pode ser escrito como 12.000,00... E deslocando-se a
vírgula 3 casas à esquerda, teremos então 12,000 que é representado por 12.
Introdução à Matemática 10
3 - (-3) 3+3
10 = 10 , portanto a diferença entre os expoentes é 6.
Assim, deslocando 6 casas à direita termos: 0,0025kV = 2.500mV
NOTA: Uma outra forma para se determinar se o deslocamento de casas de deve ser à
esquerda ou à direita, é observar atentamente o sinal resultante da operação com os
expoentes. Se o resultado da diferença entre os expoentes for positivo, o deslocamento
da virgula será à direita; se for negativo, o deslocamento será à esquerda.
Lista 1 de exercícios
25,575V para MV
6.000V para mV
12.500.000 para M
1.200k para M
900nA para mA
65.600nA para A
600mV para V
0,000048MV para mV
78.000kV para GV
12.560.000pV para nV
0,0065V para mV
7ª para mA
0,08A para mA
4.750? para k?
0,0095m? para?
Introdução à Matemática 11
Lista 2 de exercícios
Efetue as operações:
2) 235uA + 0,045mA =
4) 5600Ω + 47kΩ =
AO CUBO - Exemplo
DIGITE: 7 X3 = DISPLAY 343;
Introdução à Matemática 12
Cosseno – DIGITE: cos 60 = DISPLAY 0,5
Tangente – DIGITE: tan 30 = DISPLAY 0,577…
5.4 Raizes
Quadrada
DIGITE: Ѵ64 = DISPLAY 8
Cúbica
DIGITE: SHIFT X3 125 = DISPLAY 5
5.5 Pi
DIGITE: SHIFT EXP = DISPLAY 3,141
5.6 Frações
Exemplo: 1/5 + 1/2 = DIGITE: 1 ab/c 5 + 1 ab/c 2 = DISPLAY 7/10
5.7 Parenteses( )
DIGITE: 4 – (7) = DISPLAY 11
5.9 Porcentagem
Exemplo: 15% de 500 DIGITE: 500 X 15 SHIFT = = DISPLAY 75
6. POTÊNCIAS DE 10
Uma das formas também utilizada para a conversão de uma unidade de medida maior
para outra menor e vice-versa, é a utilização da potência de 10, muitas vezes referida
como “notação de engenheiro”.
A potência de 10 é de grande utilidade quando se deseja expressar números muito
grandes ou extremamente pequenos, como por exemplo:
(7)
● velocidade da luz no vácuo = 300.000.000m/s
(8)
● carga elétrica elementar = 0,00000000000000000016C
Não bastasse o inconveniente apresentado pela quantidade de algarismos a escrever,
devemos efetuar ainda, cálculos com esses números, o que nos traz números com mais
algarismos ainda e via de regra, desprovidos de precisão.
Introdução à Matemática 13
6.1 PROPRIEDADES:
m n (m+n)
P.1) a xa =a
m n m n (m-n)
P.2) a :a =a /a =a (a ≠ 0)
-1
D.2) =1/a (a ≠ 0)
-n -1 n n
D.3) a = (a ) = 1 / a (a ≠ 0)
7
velocidade da luz no vácuo é representada pela letra minúscula
“c”
8
A carga elementar é representada pela letra minúscula “e”
a) 10n = 10 x 10 x 10 x 10....... x 10
nº de fatores
-n -1 n n
b) 10 = (10 ) = 1 / 10
I. - Quando n ≥ 0
100 = 1
101 = 10
102 = 10 x 10 = 100
3
10 = 10 x 10 x 10 = 1.000
I. - Quando n < 0
Introdução à Matemática 14
-2 2
10 = 1 / 10 = 1 / 100 = 0,01
-3 3
10 = 1 / 10 = 1 / 1.000 = 0,001
REGRA 1:
Para se escrever números maiores do que 1 na forma de um número pequeno vezes
uma potência de 10, desloca-se a casa decimal para a esquerda, tantos algarismos
quanto desejados. A seguir, multiplica-se o número obtido por 10 elevado a uma potência
igual ao número de casas deslocadas.
Exemplo:
Escrever o número 3.000 em potência de 10.
9.600 = 96 x 102
660.000 = 66 x 104
Introdução à Matemática 15
2
678,56 = 6,7856 x 10 ou
8 7 6
c = 300.000.000m/s; portanto c = 3 x 10 m/s ou 30 x 10 m/s ou ainda 300 x 10 m/s
REGRA 2:
Para se escrever números menores do que 1 como um número inteiro vezes uma
potência de 10, desloca-se a casa decimal para a direita, tantos algarismos quantos
forem necessários. A seguir, multiplica-se o número obtido por 10 elevado a uma
potência negativa igual ao número de casas decimais deslocadas. Vejamos um
exemplo:
Escrever 0,008 em potência de 10.
-3
1ª opção: 0,008 = 8 X 10
Na primeira opção o número 10 foi elevado ao expoente -3, pois a vírgula foi
deslocada 3 casas para a direita, enquanto que, na segunda opção o número 10 foi
elevado ao expoente -2 uma vez que, a vírgula foi deslocada para a direita apenas 2
casas. Isto significa que, na 1ª opção o número 8 foi dividido por 1.000 enquanto que, na
2ª opção o número 0,8 foi dividido por 100.
0,00098 = 98 x 10-5
Introdução à Matemática 16
b) escrever o número 0,668 em potência de 10.
-2
0,668 = 66,8 x 10
-18
d) 0,00000000000000000016C; portanto, e = 0,16 x 10 C
-19 -20
ou 1,6 x 10 C ou ainda 16 x 10 C
REGRA 3:
Para converter um número expresso como uma potência positiva de 10 num número
decimal, desloca-se a casa decimal para a direita tantas casas ou posições quanto o
valor do expoente.
Exemplos:
3
a) 0,565 x 10 = 565
(como o expoente é 3, desloca-se a vírgula 3 casas para a direita)
6
b) 0,565 x 10 = 565.000 ( neste caso, como o expoente é 6, a vírgula é deslocada 6
casas para a direita)
c) 0,00067 x 103 = 0,67
3
d) 0,0088 x 10 = 8,8
REGRA 4:
Para converter um número expresso como uma potência negativa de 10 num número
decimal desloca-se a vírgula para a esquerda tantas casas quanto o valor do expoente.
Exemplos:
a) 50 x 10-3 = 0,05
(como o expoente é -3, desloca-se a vírgula 3 casas à esquerda)
b) 45.000 x 10-5 = 4,5 ( neste caso, como o expoente é -5, a vírgula é deslocada 5 casas
para a esquerda).
Introdução à Matemática 17
-2
e) 76,3 x 10 = 0,763
6.2.01 MULTIPLICAÇÃO
Exemplos:
6 3
a) multiplicar: 2 . 10 x 4 . 10
6+3 9
(2 x 4). 10 = 8 . 10
-3 2 4
b) multiplicar: 2 . 10 x 3 . 10 x 1,2 . 10
-3 + 2 + 4 3
(2 x 3 x 1,2). 10 = 7,2 . 10
-4 -2 -3
c) multiplicar: 2,2 . 10 x 3 . 10 x 0,2 . 10
-4 + (-2) + (-3) -9
(2,2 x 3 x 0,2). 10 = 1,32 . 10
6.2.02 DIVISÃO
Para se dividir dois números expressos como potência de 10, divide-se os coeficientes
para se obter o novo coeficiente e subtrai-se os expoentes para se obter o novo expoente
de 10. Exemplos:
Introdução à Matemática 18
-6 -5
II - optando por igualar ao expoente -5, teremos: 12 . 10 = 1,2 .10
Logo:
-6 -6
(12 + 40). 10 = 52 . 10 ou (1,2 + 4).
2 -2
b) subtrair: 25,6 . 10 - 12 . 10
Lista 3 de Exercícios
1. - Representar em potências de 10
a) 35.535
b) 66.666
c) 45.000.000
d) 567,9
e) 1.500.000.000.000
f) 680
g) 0,0087
h) 0,489
i) 0,000000987
Introdução à Matemática 19
j) 0,0606
k) 0,00000000000000088765
l) 0,098
m) 0,997
b) 0,00098 x 108
c) 0,008 x 104
d) 824 x 10-2
e) 0,07 x 10-2
f) 0,415 x 10-1
g) 0,5678 x 10-2
h) 1.600.000 x 10-7
i) 0,000678876789 x 109
j) 0,876 x 103
k) 1,234 x 10-1
l) 2345,6789 x 102
m) 4558976,5674 x 10-6
3. - Efetuar as operações:
Introdução à Matemática 20
a) 0,007 + 0,98 + 1,34
-6 5
b) 23 . 10 x 2,34 . 10
e) 0,0009 : 0,000000003
8 6
f) 23 . 10 : 2,5 . 10
-2
g) (0,005 + 0,025 + 0,001) : 1,23 x 10
-4 -3 -1 2 3
h) {[(1,2 . 10 + 23 . 10 - 20 . 10 )] x 12 . 10 } : 2 . 10
j) 0,000000085 : 500
k) 55 : 55 . 10-4
7. NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Introdução à Matemática 21
b) escrever em notação científica o número 0,000345
-4
0,000345 = 3,45 x 10
6
c) escrever em notação científica o número 26 x 10
6 7
26 x 10 = 2,6 x 10
-3
0,0015685 = 1,5685 x 10
8. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Introdução à Matemática 22
Chamamos de ERRO de uma medida a diferença entre o valor real (ou suposto
verdadeiro) e o efetivamente obtido.
Introdução à Matemática 23
De uma maneira geral, qualquer algarismo necessário para definir um determinado
valor, é chamado de significativo. Por exemplo, uma tensão de 115V tem três algarismos
significativos: 1, 1 e 5.
Uma tensão de 115,8 por exemplo, possui 4 algarismos significativos, onde o número
8 pode ser considerado duvidoso ou não, dependendo da precisão do aparelho que foi
usado para obter essa medição.
9. ARREDONDAMENTO DE NÚMEROS
REGRA 1:
Se o algarismo a ser suprimido for menor do que 5, deixamos o algarismo como está.
Exemplo:
Arredondar o número 4,2634 para quatro e três algarismos respectivamente: 4,2634 =
4,263 ( arredondamento para 4 algarismos)
4,2634 = 4,26 ( arredondamento para 3 algarismos )
REGRA 2:
REGRA 3:
Se o algarismo a ser suprimido for exatamente 5, procedemos da seguinte forma:
a) aumentamos o algarismo da sua esquerda de uma unidade, se este for um número
ímpar:
Introdução à Matemática 24
Exemplo: arredondar para 3 algarismos os números: 1,875 e 2,655
1,875 = 1,88
2,655 = 2,66
a) se o algarismo da sua esquerda for um número par, deixamos como está.
Exemplo: arredondar para 3 algarismos os números: 1,885 e 2,665
1,885 = 1,88
2,665 = 2,66
REGRA 4:
No arredondamento de números, o zero não é contado se ele aparecer imediatamente
após a casa decimal e se for seguido por outros algarismos significativos. Esses zeros
devem ser mantidos e a contagem dos algarismos significativos deve começar pelo
primeiro algarismo significativo além deles.
O número 0,0000012, por exemplo, tem dois algarismos significativos, que são 1 e 2,
e os zeros precedentes não são contados.
Exemplos:
9.1 arredondar o número 0,003844 para 3 algarismos significativos
0,003844 = 0,00384
9.2 arredondar o número 0,000000129 para 2 algarismos significativos
0,000000129 = 0,00000013
No entanto, o número 22,0 por exemplo, tem três algarismos significativos; neste caso,
o zero é significativo porque ele não é seguido por outros algarismos significativos.
Lista 4 de Exercícios
b) 0,02345
c) 234,577
Introdução à Matemática 25
d) 0,003567
e) 1,8665
f) 2,8875
g) 234,667
h) 305,4222
i) 496,705
j) 5,6428855
k) 0,004476565
l) 45,6222
m) 124,665 x 10-5
n) 1,0003 x 105
o) 3,86544 x 102
p) 5678,377 x 10-3
q) 0,01645 x 10-6
r) 0,000045768
s) 0,00083234
t) 0,00034459 x 10-5
u) 23,0000564
Introdução à Matemática 26
v) 2.340,9875
x) 367,00076
Introdução à Matemática 27
10. NOÇÕES DE TRIGONOMETRIA
d) RETÂNGULO: dois lados iguais ou três lados diferentes e que tenha um dos ângulos
internos 90 ( lê-se noventa graus).
Introdução à Matemática 28
10.1 DETERMINAÇÃO DOS LADOS DE UM TRIÂNGULO RETÂNGULO:
a = cateto oposto(α)
b = cateto adjacente
c = hipotenusa
a = cateto adjacente
b = cateto oposto
c = hipotenusa
Introdução à Matemática 29
Conclui-se que:
CATETO ADJACENTE: é o lado que se une com a hipotenusa para formar o ângulo
considerado.
Introdução à Matemática 30
Pitágoras, pode-se determinar outros valores faltantes, como lados e ângulos. Vejamos
alguns exemplos, considerando o triângulo retângulo abaixo:
a) Supondo: a = 3 e b = 5
Calcule α e β
Solução:
Como dispomos apenas dos valores dos catetos oposto e adjacente, usaremos a
fórmula: tgα = tgβ = cateto oposto / cateto adjacente
Logo:
onde: α + β = 90º.
OBS: Para se obter o valor do ângulo em graus, utiliza-se nas calculadoras científicas
as funções: sen-1, cos-1 e tg-1 (sin-1, cos-1 e tan-1).
O valor do ângulo α foi calculado introduzindo-se 0,6 na calculadora, pressionando-se
logo a seguir a tecla tan-1. β Idêntico procedimento foi adotado para calcular o valor do
ângulo, ou seja, foi introduzido na calculadora 1,66667, pressionando-se logo após a
tecla tan-1.
Na impossibilidade da utilização de uma calculadora para tal fim, os ângulos podem
ser determinados com o auxílio de tabelas trigonométricas disponíveis na maioria dos
livros didáticos destinados ao ensino de matemática. No entanto, precisão melhor se
obtém quando da utilização de calculadoras, uma vez que, as tabelas fornecidas
incrementam os ângulos a cada 1 , o que impossibilita precisão na determinação de
ângulos fracionários.
Introdução à Matemática 31
b) Considerando o mesmo triângulo retângulo, calcular o valor de “c”.
Solução:
Para calcular o cateto adjacente, a fórmula adequada a ser utilizada é:
Introdução à Matemática 32
senα = 0,8192 logo:
tg = sen / cos
2 2
sen + cos =1
Seja:
Β = 30
b = 15
a = 10
Introdução à Matemática 33
Calcule:
II) o ângulo ƴ
Solução:
c=7
Solução:
Introdução à Matemática 34
11. Números complexos
É uma forma na qual se inclui ângulo de fase e magnitude de uma ou mais grandezas.
Uma expressão complexa compreende uma parte real e uma parte imaginária,
conforme mostra a figura abaixo.
1) + 4 indica 4 unidades a 0º
Como j é um operador a 90º, isto significa que em 180º ele é repetido 2 vezes, em
270º é repetido 3 vezes e assim por diante.
Introdução à Matemática 35
Resumindo
0º = 1
90º = + j
2
180º = j = - 1
3 2
270º = j = j . j = - 1. j = - j
360º = 0º = 1
A expressão complexa deve ser escrita da seguinte forma: parte real parte
complexa onde j é sempre escrito antes do número. Exemplo:
5
± j2
= 3 + j4
Introdução à Matemática 36
Podemos então representar circuitos na forma complexa retangular conforme
figuras abaixo:
Z2 = R2 + XL2 Z2 = R2 + XC2
Z = 8 + j5 Z = 10 – j6
IT = 1 + j3 IT = 1 - j
O operador j indica uma relação de fase diferente de zero entre a parte real e a parte
imaginária.
Se R = 0 e XC = 10Ω Z = 0 - j10
Se R = 10Ω e XC = 0 Z = 10 - j0
Se R = 0 e XL = 10Ω Z = 0 + j10
Se R = 10Ω e XL = 0 Z = 10+ j0
Introdução à Matemática 37
Vejamos alguns exemplos abaixo de circuitos mais complexos:
ZT = (9 + j6) + (3 - j2)
ZT = 12 + j4
Introdução à Matemática 38
12.3 DIVISÃO DE UM NÚMERO IMAGINÁRIO POR UM NÚMERO
IMAGINÁRIO (divisão de um termo j por um termo j)
2
b) j3 . - j4 = j . - j = - j (3 . 4) = -(-1)(12) = 12
a) (9 + j5) . (3 - j2)
= 27 - j3 + 10
= 37 - j3
Consideremos a
expressão:
Introdução à Matemática 39
O numerador contém um número real, que é 4 e o denominador é formado por um
número complexo: 1 + j2, tornando impossível a operação.
Para concretizar a operação torna-se necessário racionalizá-la, bastando para isso
multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador.
O conjugado do denominador é 1 - j2 (basta trocar o sinal). Teremos então:
Introdução à Matemática 40
Converter para a forma retangular:
a)
b)
Resposta: 50 + j86,6
Introdução à Matemática 41
c)
sen - 60º = - 0,866 (parte imaginária) -+ 100 . - 0,866 = - 86,6 cos - 60º = 0,5 (parte
Resposta: 50 - j86,6
d)
Resposta: 0 + j10
Quando um número complexo é formado por uma parte real igual a zero, como por
exemplo: 0 + j5, a expressão na forma polar será:
Quando um número complexo é formado por uma parte imaginária igual a zero, como
por exemplo: 5 + j0, a expressão na forma polar será:
I - REAL x POLAR
a)
II - POLAR x POLAR
a)
Introdução à Matemática 42
b)
c)
I - POLAR / REAL
a)
b)
c)
II - POLAR x POLAR
a)
b)
c)
a)
b)
Introdução à Matemática 43
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS UTILIZANDO NÚMEROS COMPLEXOS
Calcule as correntes I1, I2 e I3; as impedâncias Z1; Z2 e Z3; a corrente total (IT) e a
impedância total (ZT) nas formas retangular e polar.
Solução:
Z2 = 40 + j30Ω
I1 = Vin / Z1
Introdução à Matemática 44
-+ 1 + j1A (retangular)
I2 = Vin / Z2
I3 = Vin / Z3
IT = 3,8 - j1,8A
ZT = 21,5 + j10,21Ω
Introdução à Matemática 45
I - Dado o circuito a seguir:
Solução:
ZT = 2 + j4 + 4 - j12 -+ 6 - j8
IT = VT / IT
VR1 = VL =
VC =
VR2 =
Introdução à Matemática 46
OBS: Como o operador j representa o ângulo de 90º, na forma polar a reatância
indutiva (XL) assume o ângulo de 90º ; a reatância capacitiva XC assume o ângulo - 90º e
a resistência assume o ângulo de 0º.
a) O ângulo de 53º para VR1 e VR2 mostra que as tensões nestes dois componentes
estão em fase com a corrente.
b) A tensão nos resistores está adiantada 53º em relação a VT enquanto que a tensão
no capacitor está atrasada 37º.
Introdução à Matemática 47
6) Comprovando:
OBS: a soma das tensões de cada um dos componentes deverá nos dar a tensão
aplicada na entrada.
Convertendo cada tensão para a forma polar:
VC = = 19,167 - j14,444V
VL = = 4,812 + j6,389V
Introdução à Matemática 48