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PROFISSIONAL E
NOVAS TECNOLOGIAS
FICHA TÉCNICA
Preparação de Conteúdo:
Professora Laury Costa
Diagramação:
Ediane Souza
Impressão:
Provisual Gráfica e Editora
1 MATRÍCULA
1.1 O(a) aluno(a) deverá, no ato da matrícula, fazer a leitura do regulamento interno e do
contrato de prestação de serviços com bastante atenção, para que possa conhecer seus
direitos e deveres no decorrer do curso.
2 DIAS/HORÁRIOS
2.1 Turmas de segunda, quarta e sexta-feira, nos turnos da manhã, tarde e noite.
2.2 Turmas de terça e quinta-feira, nos turmas da manhã e noite, e aos sábados, pela manhã
e tarde.
2.3 O curso de Enfermagem, exclusivamente, tem turmas de segunda à sexta, nos turnos da
manhã, tarde e noite. Em breve, terá o formato de três dias, assim como os demais
cursos.
2.4 A pontualidade e a assiduidade, bem como a postura pessoal serão pontuadas como
indicadores do processo de avaliação.
Atenção: observe em seu contrato os dias e horários das aulas.
3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
3.1 As atividades extraclasse (palestras, seminários, Visitas Pedagógicas Orientadas (VPOs)
serão obrigatórias para o complemento da carga horária, sendo realizados nos mesmos
horários das aulas, em dias alternados ou de acordo com a disponibilidade da escola ou
da empresa (no caso das VOPs).
3.2 As visitas pedagógicas orientadas acontecerão de acordo com a disponibilidade da
escola e das empresas parceiras. Cabe ao aluno interessado realizar o pagamento da
taxa de transporte na secretaria, se houver.
3.3 O uso do fardamento é obrigatório para todas as visitas e aulas práticas (dentro e fora
da instituição).
4 CERTIFICAÇÃO
4.1 A frequência nas aulas deve ser igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) em
cada disciplina.
4.2 A média em cada disciplina deve ser igual ou superior a 7,0 (sete).
4.3 O(a) aluno(a) que for reprovado(a) em alguma das disciplinas deverá pagar o valor de
uma parcela para cursar novamente a disciplina, a fim de obter frequência e nota
necessárias para a aprovação e para o recebimento do certificado.
4.4 Estar com todas as parcelas pagas.
4.5 Estar com toda documentação exigida pela Secretaria Estadual de Educação, conforme
1
O regimento em vigor será sempre a última versão, informada no título deste documento.
5 REPOSIÇÃO DE AULA
5.1 Em caso de falta justificada, o(a) aluno(a) terá o direito de realizar a aula ou atividade
perdida em outra turma, de acordo com a disponibilidade da escola, sem custo
adicional.
5.2 A falta só poderá ser justificada perante atestado médico ou documento comprovando o
motivo da ausência.
5.3 Em caso de falta sem justificativa, o(a) aluno(a) poderá requerer na secretaria a
reposição da aula ou atividade, efetuando o pagamento referente à taxa do serviço.
5.4 Observa-se que a justificativa não anula a falta, apenas faz valer o direito de reposição
da aula ou atividade.
6 CONSERVAÇÃO
6.1 No caso de danos ao espaço da escola ou a equipamentos pertencentes à mesma, o(a)
aluno(a) ou seu representante legal será responsabilizado pelos gastos com o reparo,
bem como, se necessário, submetido(a) às medidas disciplinares quando for cabível.
6.2 Ao término de cada aula, teórica ou prática, a sala ou laboratório utilizado deverá ser
deixado organizado para a próxima turma.
8 BIBLIOTECA/ACESSO À INTERNET
8.1 A utilização da biblioteca será mediante agendamento com a coordenação pedagógica,
fora do horário normal, com apresentação de documento para uso de livros.
8.2 O uso desta sala é exclusivo para estudo e pesquisa, portanto deverá ser mantido o
silêncio e a disciplina, para não interferir na concentração dos demais alunos.
9 AVALIAÇÃO
9.1 As provas serão realizadas durante o turno que o aluno estuda e sempre na última aula
da disciplina, tendo a duração média de 1h30.
9.2 O(a) aluno(a) que faltar à prova deverá comparecer à coordenação pedagógica da escola
para requerer a avaliação em segunda chamada, agendar uma data para a realização
desta, bem como efetuar o pagamento da taxa na secretaria.
9.3 As provas de recuperação ou segunda chamada acontecem na última semana de cada
mês, conforme informado pela coordenação, no site e nos quadros de avisos.
10 CANCELAMENTO DO CONTRATO
10.1 O cancelamento do contrato poderá ocorrer a qualquer momento, sob autorização da
diretoria da escola, em caso de indisciplina por parte do(a) aluno(a). Quanto a sua
defesa, caberá aos dispositivos legais vigentes.
10.2 O cancelamento por parte do(a) aluno(a) deverá ser feito na coordenação da escola,
mediante requerimento e pagamento da multa de cancelamento, conforme contrato
de prestação de serviços.
10.3 O(a) aluno(a) que cancelar e desejar retornar ao curso poderá reverter sua multa em
pagamentos de parcelas, sendo o valor descontado das últimas parcelas restantes.
10.4 Para o(a) aluno(a) retornar, deverá ser efetuado o pagamento do valor de uma
parcela.
10.5 O aluno que for cancelado por motivo de indisciplina não poderá voltar a estudar no
Grau Técnico.
11 PORTAL ACADÊMICO
11.1 Todos os informativos, notas, oportunidades e materiais extras serão disponibilizados
Portal Acadêmico, no Website do Grau Técnico.
11.2 O acesso ao portal acadêmico é por meio do endereço eletrônico:
www.grautecnico.com.br, no qual o(a) aluno(a) colocará o seu número de matrícula
tanto no campo ‘usuário’, como naquele referente à ‘senha’.
11.3 Para a solicitação de declarações, deve-se respeitar o prazo de até 05 dias.
12 TRANSFERÊNCIA DE TURMA/SALA/INSTRUTOR/UNIDADES
12.1 A transferência de turma estará sujeita à disponibilidade de vagas nas turmas em
andamento.
12.2 A transferência de Unidade terá o valor de uma parcela com desconto. Para tanto, o(a)
aluno(a) tem que estar com as parcelas em dia, bem como a transferência deverá estar
condicionada à confirmação da unidade destino, conforme disposição nas turmas.
12.3 O (a) aluno(a) que requerer transferência de Unidade sem nunca ter cursado na
unidade de origem e desejar outro curso adiantará uma parcela com desconto na
Unidade de origem e efetuará matrícula na unidade destino, se adequando ao plano
de pagamento desta.
15 ENFERMAGEM/RADIOLOGIA/ANÁLISES CLÍNICAS
15.1 O estágio é obrigatório para os cursos de Enfermagem e Radiologia, podendo ser
realizado no decorrer ou ao final do curso. Ocorrerá, preferencialmente, em turnos no
qual ele esteja estudando, porém em dias diferentes. Pode ocorrer, ainda, de acordo
com a disponibilidade da unidade de saúde (hospitais, postos de saúde, clínicas, etc.).
Caso o aluno não conclua a disciplina do estágio, deverá realizar o pagamento de uma
taxa referente a uma parcela, para poder refazer a disciplina.
Ciente e de acordo.
_____________________________________________
Aluno(a)/Responsável
SEJA BEM-VINDO(A)!
Atenciosamente,
A Direção.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11
2 OBJETIVO DO CURSO............................................................................................................. 11
4 IMUNOLOGIA CLÍNICA........................................................................................................... 15
6 RELAÇÕES HUMANAS............................................................................................................ 63
10 EMPREENDEDORISMO ......................................................................................................219
2 OBJETIVO DO CURSO
Atenciosamente,
Este quarto e último módulo habilitará o aluno como Técnico de Nível Médio em
Análises Clínicas, desde que o mesmo tenha concluído o Ensino Médio, tenha sido aprovado
em todos os módulos e obtido frequência mínima de 75% no curso, conforme preceitua a
LDB 9394/96.
Esta Disciplina sobre Imunologia Clínica, do Curso Técnico em Análises Clínicas, tem
como objetivo apresentar ao estudante as principais técnicas imunológicas utilizadas para
auxiliar no diagnóstico laboratorial, seja de doenças causadas por micro-organismos de difícil
isolamento e cultivo, como os vírus da hepatite e HIV, como de bactérias como o Treponema
Pallidum, causador da Sífilis, ou até mesmo de doenças autoimunes cujo gene responsável já
nasce com o indivíduo.
4.1 Introdução
Imunidade:
Do inglês immunity, a palavra imunidade tem origem no latim, que significa ‘isento’
ou ‘livre’. Assim, se pode afirmar que, na área médica, imunidade se refere aos mecanismos
utilizados pelo organismo como proteção contra os agentes do ambiente estranhos ao
corpo.
Antígenos:
Autores como Caldeira Jr.; Teago; Silva (2008) observam que os Antígenos (Ag) são
moléculas complexas, contendo, em sua maioria, proteínas, polissacarídeos ou
lipossacarídeos. Para que uma substância seja reconhecida como estranha, precisa ser muito
diferente de todas as outras existentes no organismo. Os micro-organismos contam com
vários componentes antigênicos, que são capazes de provocar uma resposta imune, como
paredes celulares bacterianas, cápsulas, fímbrias, flagelos e as toxinas, que podem ser
notadas como antígenos, assim como o capsídeo e os componentes internos dos vírus.
Anticorpos:
Os mesmos autores pesquisaram acerca dos Anticorpos (Ac) e observaram que são
glicoproteínas produzidas por plasmócitos, que são os linfócitos B diferenciados e com a
capacidade de produzir anticorpos ativamente. Os anticorpos são produzidos para aumentar
a capacidade da resposta celular em reconhecer, neutralizar e eliminar o antígeno que
estimulou a sua produção. Os anticorpos também são conhecidos como gamaglobulinas ou
imunoglobulinas, sendo classificados em 5 classes: IgG, IgA, IgM, IgD, IgE.
4.2.1 Aglutinação
Figura 1- Exemplo de placa mostrando aglutinação no látex positiva no primeiro círculo e negativa
nos outros círculos
Quanto à aplicação da técnica, na placa específica para este teste, colocar 20µL do
controle negativo no Círculo nº 1; no Círculo nº 2 colocar 20µL do controle positivo; no
Círculo nº 3 colocar 20µL da amostra; colocar 20µL do reagente nº1 em todos os círculos;
homogeneizar com o auxílio de uma espátula, utilizando toda a extensão de cada círculo da
lâmina; logo após, agitar a lâmina com movimentos circulares por dois minutos; efetuar a
leitura com uma luz artificial, utilizando um fundo escuro para facilitar a interpretação do
teste. Uma aglutinação clara indica a presença de Antiestreptolisina numa concentração
igual ou superior a 200 UI/mL. Neste caso, realizar a prova semiquantitativa, e expressar o
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
19
resultado como negativo ou menor que 200 UI/mL (BIOCLIN,2013).
Waaler-Rose:
Paul-Bunnel:
Reação de Widal:
4.2.2 Imunoprecipitação
4.2.3 Nefelometria
É utilizada para mensurar concentrações de IgA, IgM e IgG, além de outras proteínas
séricas ou dispostas em outros sistemas biológicos e necessita de padrões conhecidos, assim
como anticorpos específicos (SCUTTI, 2014).
4.2.5 Imunofluorescência
Quimioluminescência:
Eletroquimioluminescência:
Hepatite A:
Hepatite B:
A amostra com resultado não reagente no imunoensaio para detectar o HBsAg será
definida como: “Amostra não reagente para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B
(HBsAg)”. O laudo deverá ser liberado com a seguinte ressalva: “Em caso de suspeita de
infecção pelo HBV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta
desta amostra para a realização de um novo teste” (BRASIL, 2015).
Hepatite C:
Na amostra com resultado não reagente no TR, o laudo deverá ser liberado com a
seguinte ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HCV, uma nova amostra deverá ser
coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra, para a realização de um novo teste”.
4.3.2 Sífilis
Trabulsi; Alterthum (2015) afirma em seus estudos que a Sífilis ou lues é uma
doença sexualmente transmissível e sistêmica, cujo agente etiológico é o Treponema
pallidum, subespécie pallidum, espiroqueta que tem o homem como seu único reservatório,
onde sobrevive e se dissemina. A doença apresenta 3 fases: primária, secundária e terciária.
Caso o paciente não seja tratado na fase primária aguda, a doença torna-se crônica
(TRABULSI; ALTERTHUM, 2015).
Técnica Testes
Afresco em campo escuro Coloração
Pesquisa direta do T.
Microscopia (Fontana-Tribondeaux ou Imunfluorescência
pallidum
Direta)
VDRL (Venereal Disease Laboratory)
RPR (Rapid Test Reagin)
Floculação
USR (Unheated Serum Reagin)
TRUST (Toluidine Red Unheated Serum Test)
Testes não treponêmicos
Aglutinação Testes Rápidos – TR
ELISA (Enzyme – linked immunossorbent
Imunoenzimáticos
assay)
Imunocromatográficos Testes Rápidos – TR
FTA-abs (Fluorescent treponemal antibody
Imunofluorescência indireta
absorption)
MHA-TP (microhemaglutinação para
Hemaglutinação
Treponema pallidum)
TPPA (Treponema pallidum particle
Aglutinação de partículas
agglutination assay)
ELISA (Enzyme-linked immunossorbent
Testes treponêmicos
Imunoenzimáticos e suas assay)
variações CMIA (Ensaio imunológico
quimioluminescente magnético).
Imunocromatografia Testes rápidos
Reação de amplificação do DNA da bactéria
Testes moleculares como a PCR (Reação em Cadeia da
Polimerase)
Fonte: Disponíel www.telelab.aids.gov.br Acesso em janeiro de 2016
Figura 4- Observação de floculação na reação de VDRL. A presença de floculação indica que o teste é
reagente; a ausência de floculação indica que é não reagente. À direita teste de FTA-ABS, mostrando
a espiroqueta vista pela imunofluorescência
Fenômeno de Prozona:
Etapa I:
Etapa II:
ALMEIDA, José Ricardo Chamhum de; PEDROSA, Núbia de Lima; LEITE, Juliana Brovini;
FLEMING, Tânia Ribeiro do Prado; CARVALHO, Vanessa Henriques de; CARDOSO, Antônio de
Assis Alexandre. Marcadores Tumorais: Revisão de Literatura. Revista Brasileira de
Cancerologia, n.53,v3, p.305-316, 2007.
BIOCLIN. Kit para triagem na detecção de anticorpos da sífilis no soro, plasma ou líquor. Kit
de VDRL pronto para uso (bula). Fevereiro, 2013.
BIOCLIN. Kit para triagem na detecção de antiestreptolisina O no soro, plasma ou líquor. Kit
BIOLÁTEX ASO (bula). Março, 2013. Disponível em:
http://www.bioclin.com.br/sitebioclin/wordpress/wp-
content/uploads/arquivos/instrucoes/INSTRUCOES_BIO_LATEX_ASO.pdf Acesso em maio
2016.
MIGUEL, Marina Pacheco; MENEZES, Liliana Borges de; ARAÚJO, Eugênio Gonçalves de.
Western Blotting: a técnica e aplicações na pesquisa e rotina diagnóstica em medicina
veterinária. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.8, n.15; p. 1704-
1719, 2012.
TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flavio. Microbiologia. São Paulo: Editora Atheneu,
2015.
XAVIER, Ricardo. M.; ALBUQUERQUE, Galton, C.; BARROS, Elvino. Laboratório na prática
clínica: consulta rápida. Porto Alegre: Artmed, 2007.
WAMA Diagnóstica. Imuno-látex PCR (bula). Kit para pesquisa de PCR, em amostras de soro,
usando-se partículas de látex revestidas com anticorpo nomoclonal anti-PCR por aglutinação
indireta. VI edição, Fevereiro, 2011. Disponível em:
http://www.wamadiagnostica.com.br/bulas/imuno-latex/PCR-1.pdf
Rins:
Ureteres:
O ureter é um tubo que liga a pelve do rim à bexiga. Cada ureter mede 25 a 30 cm
de comprimento e 3mm de diâmetro; são originados da confluência dos vários cálices renais,
reunindo-se na pelve renal, descem do abdômen superior até a pelve por trás do trato
gastrointerstinal e entram na bexiga posteriormente (CALDEIRA JUNIOR; TEAGO; SILVA,
Bexiga:
É o local onde fica armazenada a urina até ser excretada, apresenta tamanhos
variados, de acordo com a massa corpórea do indivíduo. Em mulheres grávidas tem seu
tamanho reduzido devido à compressão mecânica do útero em crescimento, por isso elas
urinam com mais frequência (CALDEIRA JUNIOR; TEAGO; SILVA, 2008).
Uretra:
Os néfrons são as unidades funcionais dos rins. É dividido em: glomérulo e cápsula
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
41
de Bowmann, responsáveis pela filtração do sangue, e região tubular (túbulo contorcido
proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e duto coletor) responsável pela reabsorção
de substâncias. Sua estrutura pode ser vista na Figura 2.
5.3 Coleta
Existem vários tipos de conservantes que podem ser utilizados, como clorofórmio,
formol, ácido bórico, entre outros, mas todos alteram os resultados das análises físico-
químicas e de sedimento da urina. Hoje a refrigeração é utilizada como principal
conservante, pois impede a proliferação bacteriana por até 24 horas, além de não interferir
no exame da urina, desde que a urina esteja na temperatura ambiente antes de realizar a
análise (CALDEIRA JUNIOR; TEAGO; SILVA, 2008).
Em relação à coloração da urina, esta pode variar de acordo com vários fatores,
como ingestão de alguns medicamentos ou alimentos. A primeira urina da manhã apresenta
cor amarelo-citrino pela presença de urocromo, e em indivíduos que urinam em excesso a
urina pode apresentar cor amarelo-claro (CALDEIRA JUNIOR; TEAGO; SILVA, 2008). A Figura 3
mostra as diferentes tonalidades de amarelo dependendo, do nível de hidratação do
paciente.
Fonte: Disponível em
http://www.controllab.com.br/qualifique/pop_ed25_experiencia_compartilhada.htm Acesso em
maio de 2016
Fonte: www.alibaba.com/product-detail/Reagent-Strips-for-Urinelysis-10-
paras_1326128964.html Acesso em maio de 2016
Observe que cada teste tem um tempo determinado para ocorrer a reação
Glicose:
Proteína:
Em seus estudos, Caldeira Júnior; Teago; Silva (2008) observaram que pessoas com
Mieloma Múltiplo excretam uma proteína chamada de Bence Jones, na qual ocorre um
distúrbio na proliferação de plasmócitos produtores de imunoglobulina, e quando em
excesso passam a ser excretadas na urina.
Cetonas:
Sangue:
Bilirrubina:
Urobilinogênio:
Leucócitos:
Nitrito:
Densidade:
pH:
Após a análise química da urina, ela será centrifugada em tubo com fundo cônico,
por 5 minutos, na velocidade de 1500 a 2000rpm (400 FCR). O sobrenadante será descartado
e o sedimento que ficará no fundo do tubo será ressuspendido com 0,2ml da urina restante,
aspira 0,02ml com micropipeta, colocada em lâmina de vidro com lamínula, e levada ao
microscópico óptico, utilizando as objetivas de 10x (para observação panorâmica) e 40x
(identificação e contagem de estruturas) (ROCHA, 2014). As estruturas pesquisadas em um
exame de urina tipo 1 são: células epiteliais, leucócitos, hemácias, cristais, fios mucosos,
cilindros, bactérias, fungos, espermatozoides e artefatos.
Hemácias:
Leucócitos:
a) b)
Fonte: Disponível em http://es.slideshare.net/graff95/atlas-sedimento-urinario Acesso em maio de
2017
Células epiteliais:
Como observam Caldeira Júnior; Teago; Silva (2008), as células epiteliais são
originadas de tecido de revestimento do sistema urogenital. Podem ser observados 3 tipos
de células epiteliais, que são classificadas de acordo com o local de origem: células
escamosas (mais frequentes e menos significantes, originam-se do revestimento da vagina e
das porções inferiores da uretra masculina e feminina, são células grandes com citoplasma
abundante e irregular e núcleo central com o tamanho aproximado de uma hemácia);
células transicionais ou caudadas (originam-se do revestimento da pelve renal, da bexiga e
porção superior da uretra; raramente têm importância patológica); células tubulares renais
(são as células mais importantes, pois o número elevado indica necrose tubular e rejeição do
enxerto renal; as células são redondas e um pouco maiores que os leucócitos com núcleo
redondo) (Figura 6).
Cristais:
Cilindros:
Fios mucosos:
Em seus estudos, Rocha (2014) denominou de muco uma proteína fibrilar produzida
pelo epitélio tubular renal e pelo epitélio vaginal. Não é considerado clinicamente
significativo. O aumento da quantidade de filamentos de muco na urina costuma ser
associado à contaminação vaginal.
Espermatozoides:
A presença de espermatozoides não tem importância médica, mas deve ser relatada
em exames de urina masculinos e omitida nos exames de urina femininos. Não tem
significado clínico se o achado for casual e encontrado em urinas colhidas após relação
sexual, e ejaculação noturna (ROCHA, 2014).
Exercícios propostos:
5- Quais são os produtos do metabolismo das gorduras que podem ser identificado
com a fita reativa?
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
52
6- Em que parte do néfron, em pacientes normais, deve ser reabsorvida a glicose?
7- Quais são os principais cuidados para o armazenamento e uso das fitas reativas?
8- Cite a diferença entre hematúria e hemoglobinúria com relação ao aspecto da
urina.
5.5 Espermograma
O volume deve ser medido com um cilindro graduado de base cônica ou com pipeta
estéril de 5 ou 10ml. O volume considerado normal é de 2 a 5ml. Quando o volume
ejaculado é menor que 2ml, é associado a uma deficiência na secreção das vesículas
seminais; se menor que 1,5ml (hipospermia), pode estar relacionado à obstrução dos ductos
ejaculatórios, ausência da vesículas seminais, ejaculação retrógrada, hipogonadismo ou
processo inflamatório crônico, estresse, abstinência inadequada ou perda da amostra
durante a coleta. Se for maior que 6ml, pode ser varicocele ou longos períodos de
abstinência.
Aparência:
Liquefação:
Viscosidade:
pH:
Com a amostra liquefeita e antes de 1hora da coleta, coloca-se uma alíquota sobre
o papel de pH e observa após 30 segundos a cor obtida. O pH é determinado pelas secreções
da próstata (ácida) e vesícula seminal (básica). O valor considerado normal é de 7,2 a 7,8. As
amostras com pH maior que 7,8 devem ser avaliadas quanto à infecção ou anormalidade da
próstata. Quando o pH é menor que 6,5 em amostras sem espermatozoides (azoospermia),
pode-se suspeitar de oclusão ou anormalidade da função das vesículas seminais.
Aglutinação espermática:
Concentração:
Motilidade:
Morfologia:
Teste de vitalidade:
Exercícios propostos:
a) negros
b) laranjas
c) vermelhos
d) brancos
ALBINI, Carlos Augusto Albini; SOUZA, Helena Aguiar Peres Homem de Mello; SILVEIRA,
Alessandro Conrado de Oliveira. Infecções urinárias: uma abordagem multidisciplinar. 1ª
ed.; Curitiba: CRV, 2012.
CALDEIRA JUNIOR, Antônio Marmoro; TEAGO, Christiano Nogueira; Silva, Luciano Fernandes.
Manual de Biodiagnóstico. Goiânia: AB Editora, 2008.
LABTEST. A tira reagente no exame de urina. Informativo Técnico Labtest, Ano III, Número 3,
p.1-8, 2005.
MUNDT, Lilian A.; SHANAHAN, Kristy. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff. 2ª
edição, Porto Alegre: Artmed, 2012.
WHO-World Health Organization. Laboratory manual for the examination and processing of
human semen. 5th edition,Switzerland: WHO Press, 2010.
A Psicologia existiu amorfa e indiferenciada por pelo menos dois séculos, dado que
estava fundida à Filosofia, e tinha por preocupação embrionária o homem enquanto um ser
possuidor de “algo” além de seu corpo material e sensorial. Assim, a primeira grande
definição de Psicologia como estudo da alma perdurou durante muito tempo. A própria
origem da palavra psicologia deriva da mitologia grega (Psyché = alma) (MARIANO, 2009).
Mueller (1978 apud MARIANO, 2009) afirma que o conceito de alma mudou com o
tempo, conforme as teorias que explicam a realidade. Neste sentido, desde os séculos VII e
VI A.C., alguns pensadores como Tales (625-558 A.C.), Pitágoras (580-497 A.C.), Heráclito
(540-470 a.C.), Parmênides (530-460 a.C.), que discutem uma abordagem racional e buscam
um princípio ordenador do universo, entendem que a alma humana é parte da realidade
universal, ou seja, se o homem é capaz de respirar, é porque no universo existe ar; se é
capaz de pensar, é porque existe a razão.
Seguindo dentro da Filosofia Grega, Aristóteles (384-322 A.C.) considera que a alma
é a causa e o princípio do corpo vivo, ela é a essência presente em cada indivíduo em
particular, desaparecendo com a morte do mesmo. Historicamente, entre os séculos III a.C. e
III d.C., os romanos apropriaram-se da cultura grega e, a partir de várias escolas (estoicismo,
ceticismo), continuaram as reflexões sobre a alma, sua relação com a realidade e seu
significado no ser humano.
Severino (1992 apud MARIANO, 2009) afirma que a partir das ideias de Descartes
surge nesse período uma nova posição, que se opõe radicalmente a John Locke. O filósofo
Gottfried Leibniz (1646-1716) propõe um sistema novo de compreensão do ser. Para ele “o
homem não é uma coleção de atos, nem simplesmente o local dos atos; a pessoa é a fonte
de atos… para conhecer o que uma pessoa é, torna-se necessário sempre consultar o que ela
pode ser no futuro, pois todo estado da pessoa é apontado na direção de possibilidades
futuras”.
No início do século XIX nasce a Psicologia como ciência, e a partir da matriz filosófica
adotada, surgem diferentes posturas de investigação científica, segundo Mariano (2009). As
linhas filosóficas irão definir a prática posterior. Para entender a prática, é necessário
reconhecer a matriz filosófica na qual esta se apoia. Desta forma, se tem, entre outras, a
Psicologia Behaviorista, a Humanista, a Psicologia Cognitiva, a corrente sócio-histórica da
Psicologia, Gestalt, e a Psicanálise, que embora não tenha nascido no seio da Psicologia,
caminha junto com ela na sua preocupação com o homem interior.
Segundo Alves e Sá (2008), antes mesmo de Aristóteles, com seus estudos sobre a
Retórica, o homem já tinha o desejo de se expressar e deixar registradas as suas vivências.
Para tanto, buscaram recursos no sentido de tornar comuns os seus pensamentos e o seu
cotidiano. São exemplos destes recursos as inscrições rupestres (homens da caverna), como
se pode observar na Figura 1, e os hieróglifos (egípcios), ilustrados pela Figura 2, e também
os tambores utilizados pelos povos africanos e os sinais de fumaça, que os índios americanos
faziam para emitir as suas mensagens.
Figura 2- Hieróglifos
O trabalho dos profissionais de saúde está baseado nas relações humanas que
estabelece, sendo o processo comunicativo, portanto, inserido em todas as atividades de seu
cotidiano. Sobre a importância deste fenômeno, de acordo com Silva (2003 apud ALVES e SÁ,
2008), a equipe de profissionais de saúde deve conhecer os mecanismos de comunicação
que irão facilitar o desempenho de suas funções voltadas para o paciente, além de melhorar
o relacionamento entre os membros da própria equipe.
Deve-se ter em vista que um mesmo problema (ou fenômeno) pode ser
compreendido quando abordado por formas complementares de
informações e conhecimentos: um objeto e múltiplas facetas – biológicas,
culturais, nutricionais, políticas e outras. É na interseção destas faces que
está situada a interdisciplinaridade, se contrapondo às formas
fragmentadas/especializadas do conhecimento em saúde.
Ainda de acordo com Rodrigues (2007, p. 203 apud PORTAL EDUCAÇÃO, 2013), “a
percepção social é condição para a interação humana. O processo perceptivo é permeado
por variáveis que se intercalaram entre ‘o momento da estimulação sensorial e a tomada de
consciência daquilo que foi responsável pela estimulação’”. Estas variáveis influenciam na
forma como as pessoas percebem determinado comportamento.
Em relação à percepção social, os autores afirmam que quando se ouve uma pessoa
falando de outra, algumas características, sendo mais centrais que outras, permitem que nos
atenhamos a elas, fazendo com que as informações recebidas em primeiro plano se
sobressaiam. Outra variável que influencia na percepção que teremos de determinada
pessoa são os estereótipos, de acordo com Rodrigues (1996 apud PORTAL EDUCAÇÃO,
2013). Tais estereótipos podem ser positivos ou negativos, e consistem em designar
características às pessoas de determinado grupo, ao qual inferimos atributos típicos. Uma
vez interpretamos o comportamento do outro, é comum que tentemos explicá-lo. Para
entender este processo, é necessário atentar para as considerações a respeito da teoria da
atribuição de causalidade. Por esta teoria se compreende como se atribuem causas e
motivos aos comportamentos das pessoas. As causas podem ser internas, por exemplo,
quando se diz que o outro é assim mesmo, ou externas, quando se afirma que a pessoa agiu
daquele modo por outro lhe fizera algo irritante (RODRIGUES, 2007; LEYENS, 1999 apud
PORTAL EDUCAÇÃO, 2013).
A percepção social é um dos processos que mais interfere nas relações humanas.
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
71
Ela dá ênfase à atribuição de intenções. Nela, o sujeito, além de perceber, também é possível
ser percebido. A percepção em si é um processo que segue uma trajetória que parte de uma
estimulação sensorial e vai até a tomada de consciência, de acordo com Rodrigues (1996
apud PORTAL EDUCAÇÃO, 2013). É algo extremamente complexo, sujeito a uma série de
importantes interferências cognitivas que serão determinantes para o resultado perceptivo
final.
De acordo com Rodrigues; Assmar & Jablonski (2002 apud PORTAL EDUCAÇÃO,
2013), alguns fatores interferem no processo perceptivo. São eles:
Além disso, Rodrigues (1996 apud PORTAL EDUCAÇÃO, 2013) advoga que há
valores, atitudes, tendenciosidades, interesses, estereótipos, preconceito e atribuições de
causalidade, que também são capazes de interferir e distorcer o estímulo percebido
inicialmente.
O autor afirma ainda, que, para a percepção social, todas estas interferências são de
extrema relevância, uma vez que permitem compreender como um indivíduo muitas vezes
coloca significado nas ações de outras pessoas. A maneira como a ação do outro é percebida,
independente do seu significado real e dependente das interferências cognitivas, é que vai
determinar o tipo de resposta que será dada.
De origem inglesa, feedback é uma palavra que significa realimentar, dar resposta a
determinado pedido ou acontecimento. É um termo muito comum, utilizado, sobretudo, em
áreas como administração, psicologia ou engenharia elétrica.
6.7 Empatia
Pinheiro & Mattos (2005 apud PEREIRA; LIMA, 2008) afirmam que cuidar deriva do
latim cogitare, que significa imaginar, pensar, meditar, julgar, supor, tratar, aplicar a
atenção, refletir, prevenir e ter-se. Cuidar é o cuidado em ato. A origem da prática de cuidar
teve seu início restrito ao espaço doméstico, privado, particular. A prática do cuidar vem
sendo exercida nas famílias desde a Grécia Antiga. Para tanto, exigia-se um saber prático,
que era adquirido no fazer diário, passado de uma geração para a outra. Há época, a gestão
do cuidado era uma tarefa apenas destinada às mulheres, que cuidavam da casa, dos filhos,
dos escravos e também dos doentes. Tal responsabilidade se repete até os dias atuais em
alguns contextos familiares.
Os autores advogam que em determinado momento boa parte desse saber foi
concebido como profissão de mulheres para mulheres. Na saúde, a enfermagem foi a
profissão que mais incorporou a prática do cuidar como campo de domínio próprio. Ao longo
dos séculos a prática do cuidar manteve-se histórica e culturalmente ligada ao feminino,
dado que esta atividade sempre esteve atrelada à trajetória desenvolvida pela mulher nas
sociedades ocidentais modernas.
Para Pinheiro & Mattos (2005 apud PEREIRA; LIMA, 2008), o cuidado em saúde não
deve ser visto apenas como um nível de atenção do sistema de saúde ou um mero
procedimento técnico. Deve, antes, ser entendido como uma ação integral que tem
significados e sentidos voltados à compreensão da saúde como o direito de ser.
O cuidado em saúde deve reunir pessoas numa ação integral, como efeitos e
repercussões de interações positivas entre usuários, profissionais e instituições, traduzindo
atitudes em tratamento digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. Deve
incluir, ainda, o envolvimento e o relacionamento entre as partes, compreendendo o
acolhimento como escuta do sujeito, o respeito pelo seu sofrimento e sua história de vida.
Deste modo, como advogam Pinheiro & Mattos (2005, p. 114 apud PEREIRA; LIMA,
2008):
Para Kübler-Ross (2005 apud SILVA e WENDLING, 2012), a morte, atualmente é vista
como um acontecimento trágico. Em sua pesquisa, a autora identificou cinco estágios
quando da tomada de consciência por parte do paciente, de seu estágio terminal, os quais
serão descritos a seguir.
Segundo a autora, a negação é uma defesa mental, onde há recusa de um fato que
gera sofrimento emocional. É a fase em que o paciente se defende da ideia da morte e se
recusa a assumi-la enquanto realidade.
É momento no qual o paciente coloca toda sua revolta diante da notícia de que seu
fim está próximo. Neste momento, o paciente não pode mais negar sua doença. É a fase em
que, muitas vezes, o paciente chega a ficar agressivo com as pessoas que o rodeiam, tomado
pelo ódio e tendo muitas vezes condutas violentas, o que evidencia seu inconformismo com
a situação.
Uma vez que são dependentes do contexto e da história de vida do paciente, estes
estágios podem coexistir em tempos distintos e exercem certa dinamicidade. Pereira; Dias
(2007 apud SILVA e WENDLING, 2012) salientam a importância da família e da equipe
médica, que passam pelas mesmas fases durante o processo da doença até a morte.
Para Campos (1995 apud SILVA e WENDLING, 2012), refere que antes do advento da
tecnologia o homem era mais familiarizado com a morte. A família se fazia mais presente no
leito de morte, as cerimônias possibilitavam maior expressão de sentimentos, como a
tristeza e a dor. Porém, em que pesem os avanços da medicina, como por exemplo, o
surgimento de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o paciente passou a ficar
mais solitário e a família menos presente. Tal afastamento contribuiu para que expressões
de dor e tristeza fossem banidas, dificultando, desta forma, a elaboração do luto. Entretanto,
é importante observar que adaptação não quer dizer resolução. A aceitação completa e
definitiva jamais existirá. Apenas se percebe que há diferentes maneiras de seguir em frente
com a vida (WALSH; McGOLDRICK, 1995 apud SILVA e WENDLING, 2012).
O contato com o paciente terminal, segundo os autores, ensina uma nova forma de
vida, onde esta passa a ter mais autenticidade. Observam, ainda, que o momento em que se
esgotam os recursos de cura e que o paciente se encaminha para a morte não significa o fim.
Neste instante, abre uma gama de condutas que podem ser oferecidas ao paciente e sua
família, buscando aliviar a dor, diminuir o desconforto e criar a possibilidade de se situar
frente ao momento do fim da vida acompanhado daqueles que podem ouvi-lo. É importante
reconhecer, quando possível, o seu lugar ativo, sua autonomia, suas escolhas, permitindo
que o paciente mantenha-se vivo até o último instante, sem a necessidade de antecipar a
sua morte, com o abandono e o isolamento (GUTIERREZ, 2001 apud SILVA e WENDLING,
2012).
Silva (2009) relata que o número de casos de câncer tem se elevado nos últimos
anos, principalmente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. O aumento da
expectativa de vida da população, a padronização de hábitos e estilos de vida que
predispõem à doença e o desenvolvimento técnico-científico na área de Oncologia, que
ampliou as possibilidades diagnósticas, apresentam-se como as principais causas deste
incremento.
Imbaut-Huart (1985 apud SILVA, 2009) afirma que o câncer “é aquele mal que não
se pode olhar de frente”. Diz respeito ao arquétipo da nossa impotência no controle da
doença e da morte. Para o autor, cada época investe numa doença a sua angústia diante da
fragilidade da condição humana, procurando por todos os meios negá-la, ocultá-la, afastá-la
do seu horizonte. Para autores como Kowalski e Souza (2002 apud SILVA, 2009), desde o
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
80
início do século XX, sociólogos e antropólogos demonstraram que a doença, a saúde e a
morte não são somente ocorrências orgânicas, naturais e objetivas, mas elas adquirem
significados relacionados com as características de cada sociedade e que, portanto, a doença
é uma realidade construída e o doente é um personagem social.
Citados por Silva (2009), Labate e Cassorla (1999) advogam que o profissional de
saúde se defronta no seu dia a dia com situações que influenciam no emocional, muitas
vezes de forma bastante intensa. Isto dificulta o trabalho dos profissionais da área, além de
confundi-lo diante dos aspectos técnicos, o que pode gerar sofrimento pessoal.
Para Oliveira (2002 apud SILVA, 2009), os profissionais que lidam com pacientes
graves, ao perceberem que estão lidando com seres humanos como eles, parecem
experimentar uma vivência de extrema angústia. Para eles, é difícil defrontar-se com
pacientes adultos utilizando-se de fraldas, imobilizados, conectados a aparelhos, chorando,
às vezes inconscientes, além de outras situações constrangedoras. Os profissionais se veem
diante da precariedade da existência humana. Aproximar-se do paciente que está morrendo,
lembra-o de que ele também é mortal.
CARDOSO, C. L. Relações interpessoais na equipe do programa saúde da família. Revista APS, v.7, n.1,
p.47-50, jan./jun. 2004.
MARIANO, A.P.R. Um pouco da história da psicologia. Portal Espaço Cuidar, 2009. Disponível em:
http://www.espacocuidar.com.br/psicologia/artigos/um-pouco-sobre-a-historia-da-psicologia Acesso
em novembro de 2014.
MASSIMI, M. História da psicologia brasileira. São Paulo: Ed. Pedagógia Universitária, 1990.
PORTAL EDUCAÇÃO. Percepção social: artigos. Publicado pelo Portal Educação, em 05/02/2013.
Disponível em http://www.portaleducacao.com.br/Artigo/Imprimir/32179 Acesso em setembro de
2014.
SILVA, L.C. da. O sofrimento psicológico dos profissionais de saúde na atenção ao paciente de câncer.
Revista Psicolatina, no 16, junho, 2009.
SILVA, R. T. da; WENDLING, M. I. Família, paciente terminal e morte: o inevitável trajeto frente a dor
da perda. Artigo de pesquisa apresentado ao Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de
Taquara (FACCAT). Rio Grande do Sul, 2012.
Com o advento das redes sociais, a capacidade de comunicação cresceu ainda mais,
ficou muito mais fácil conectar-se e falar com outras pessoas do mundo inteiro, por isso
aprender inglês, que já era uma coisa importante, tornou-se algo indispensável.
Provavelmente você já deve ter ouvido falar nas vantagens profissionais que o
aprendizado de um novo idioma oferece, são inúmeras. Além de expansão na comunicação e
diferencial profissional, o aprendizado da língua inglesa proporciona o conhecimento de uma
nova cultura, capaz de complementar ainda mais o indivíduo no aspecto sociopessoal. Inglês
é a língua universal, falada em mais de 50 países. A pessoa que o domina é capaz de se virar
em qualquer lugar do mundo.
Assim como no português, o idioma varia de acordo com a região. Entretanto, isso
não é problema, visto que o necessário para a comunicação são dialetos formais, que podem
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
86
ser entendidos e utilizados independentemente de variação regional. Aprender inglês, além
de tudo isso já dito anteriormente, pode ser algo divertido e fácil, tudo depende da maneira
como se ensina. E, claro, do quão você está disposto a estudar e praticar, pois as
informações guardadas com mais rapidez pelo nosso cérebro são aquelas que utilizamos
com maior frequência.
Uma sentença ou frase em inglês é composta por três partes: sujeito (subject),
verbo (verb) e complemento (complement). A ordem, tanto de fala quanto de escrita, é
importante. Por exemplo, em perguntas, o sujeito sempre vem depois do verbo.
Exemplo:
Nas respostas, o sujeito virá antes do verbo. Ex.: Yes, I’m single/Sim, eu sou
solteiro(a).
Diante do exposto, apreende-se que, num primeiro momento, faz-se uma leitura
que possibilita a formulação de hipóteses globais sobre o conteúdo do texto e numa segunda
etapa, passa-se a uma leitura integral, linear ou não. Estimula-se, então, a formulação de
hipóteses mais finas, de ordem semântica, que intervêm para ajudar a reconstruir o
significado do texto.
Prediction:
Cognates:
Trata-se de identificar palavras de origem grega ou latina que são bem parecidas,
como são escritas em português. Os cognatos podem ser: idênticos (exemplos - chocolate,
crime, vírus, ródio, social, hotel); semelhantes (exemplos - telephone, apartment, industry,
violence); vagamente parecidos (exemplos - activity, drug, responsible, computer); obs:
atenção com os falsos cognatos. Exemplo: pretend não significa pretender, mas sim, fingir; é
importante observar se a palavra se encaixa no contexto.
Repeated words:
Outro recurso é observar quando uma determinada palavra aparece diversas vezes
no texto. Desta forma, a palavra repetida com frequência terá importância para a
compreensão do sentido do texto.
Typographical evidences:
Observa a análise dos símbolos do texto, tais como: letras maiúsculas, números,
sinais de pontuação, palavras em negrito ou itálico, etc., que darão dicas e sinais favoráveis
sobre o texto, facilitando a compreensão.
Dictionary:
O texto que inicia esta seção demonstra que, apesar de a língua inglesa ser
disciplina curricular obrigatória nas escolas brasileiras, muito dificuldade ainda existe com a
sua leitura e compreensão de textos. Entretanto, interpretar ou traduzir pode se tornar uma
tarefa simples. Leia as dicas abaixo que facilitam a compreensão:
As estratégias de leitura são técnicas ou métodos que os leitores usam para adquirir
a informação, ou ainda procedimentos ou atividades escolhidas para facilitar o processo de
compreensão em leitura. São planos flexíveis adaptados às diferentes situações que variam
de acordo com o texto a ser lido e a abordagem elaborada previamente pelo leitor para
facilitar a sua compreensão. Dentre as estratégias de leitura as mais utilizadas são descritas a
seguir.
Skimming:
Scanning:
Scan vem de escanear. Como o próprio nome sugere, você vai "varrer" o texto à
procura de informações específicas. Utilizando-se dessa técnica, a necessidade de ler o texto
inteiro é dispensada.
Flexibilidade:
Seletividade:
Organização textual:
Para facilitar sua leitura, o leitor precisa identificar as várias partes do texto,
introdução, desenvolvimento, conclusão, para depois entender e analisar as relações que
existem entre elas. Em outros termos, o entendimento de um texto pressupõe que se possa
reduzir e organizar seu conteúdo global, recuperando a intenção comunicativa do autor:
descrever, narrar, informar, persuadir, etc. Tal organização do sentido permite ao leitor
obter uma compreensão intensiva e crítica do texto lido.
Sequência cronológica:
A day at work
Back at the office, a colleague of mine asked me if I had realized that the proposed
agreement would be partially against the company policy not to accept workers that have
already retired. I pretended to be really busy and late for an appointment, and left for the
cafeteria. Actually, I didn’t want to discuss the matter at that particular moment because
there were some strangers in the office.
After lunch I attended a lecture given by the mayor, who is an expert in tax
legislation and has a graduate degree in political science. He said his government intends to
assist welfare programs and senior citizens, raise funds to improve college education and
build a public library, and establish tougher limits on vehicle emissions because he assumes
this is what the people expect from the government
7.3.4 Greettings
Expressão Tradução
Kate: Hello! My name is Kate. Kate: Olá! Meu nome é Kate.
Mike: Hello, Kate! My name is Mike. Mike: Olá, Kate! Meu nome é Mike.
Kate: Nice to meet you. Kate: Prazer em conhecer você.
Mike: Nice to meet you too. Mike: Prazer em conhecer você também.
Bob: Hi, Julie! Good Morning! Bob: Oi, Julie! Bom dia!
Julie: Good morning, Bob! Are you ok? Julie: Bom dia, Bob! Você está bem?
Bob: Yes, I am. Thanks. And you? Bob: Sim, eu estou. Obrigado. E você?
Julie: I am fine. Thank you. Julie: Eu estou bem. Obrigada.
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
Expressão Tradução
Good evening / Good night Boa noite (ao entrar). / Boa noite (ao sair)
Good afternoon Boa tarde.
Please Por favor.
How are you? / How are you doing? Como vai você?
You're welcome Por nada.
What is your name? Qual é o seu nome?
Welcome Bem-vindo (a)
Goodbye Adeus
Excuse me Licença
Sorry Desculpe
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
O present continuous tense deve ser utilizado para expressar uma situação que está
em curso, uma ação que ainda está a acontecer. A construção do presente contínuo deve ser
dada de acordo com a forma estrutural: SUBJECT + VERB TO BE + VERB WITH "ING" +
COMPLEMENT.
a) Afirmative form:
a) verbos que terminam com a letra ‘E’, perdem esta letra e ganham ‘ING’. Ex.:
write = writing;
b) Negative form:
a) Apenas adiciona-se ‘not’ depois do verbo ‘To be’ (am, is, and, are). Ex.: I’m not
writing (eu não estou escrevendo).
c) Interrogative form:
a) Muda apenas a posição do sujeito e do verbo ‘To be’. Ex.: Is she crying? (ela está
chorando?).
d) Exemplos:
Para escrever na forma negativa basta acrescentar not após o verbo, conforme se
observa no Quadro 5 a seguir.
e) Exemplos:
Interrogative form
Am I?
Are You?
Is He?
Is She?
Is It?
Are We?
Are You?
Are They?
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
f) Exemplos:
a) Are you still working at IBM? (Você ainda está trabalhando na IBM?)
b) Is he your boyfriend? (Ele é seu namorado?)
c) Are they here for work? (Eles estão aqui a trabalho?).
O verbo to have no presente simples possui duas formas. Sua utilização é bastante
simples. Com os pronomes "I, You, We, They" utiliza-se “have”. E com "He, She, It", é
utilizado “has”. O verbo To Have significa "ter" em português. Observe no Quadro 7 a seguir
a flexão do verbo To have nas formas afirmativa, negativa e interrogativa.
Para sentenças negativas, você deverá utilizar o do/does entre o pronome pessoal e
o verbo have. Para sentenças interrogativas, você deverá usar o do/does antes de cada
pronome. Observe, então, os exemplos a seguir.
g) Regra geral:
a) Verbos terminados em ‘E’: adiciona-se apenas ‘D’. Ex.: dance = danced; to free =
to freed; like = liked;
b) Verbos terminados em consoante + ‘Y’: perde o ‘Y’ e recebe ‘IED’. Ex.: to dry = to
dried; study = studied;
c) Verbos terminados em vogal + ‘Y’: apenas recebem ‘ED’. Ex.: play = played;
d) Verbos terminados em CVC (consoante+vogal+consoante): dobra-se a última
consoante e acrescenta-se ‘ED’. Ex.: stop = stopped; to plan = to planned.
h) Exemplo:
Note que quem está no passado é o auxiliar DID, o verbo principal continua em sua
forma básica, ou seja, no infinitivo.
i)Exemplo:
a) I did not stop here yesterday (Eu não parei aqui ontem)!
b) This table was not here yesterday (Esta mesa não estava aqui ontem).
c) She didn't sleep (Ela não dormiu).
Pronoun To be To have To do
I Was Had Did
You Were Had Did
He Was Had Did
She Was Had Did
It Was Had Did
We Were Had Did
You Were Had Did
They Were Had Did
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
j)Exemplo:
a) Affirmative: Jackie brought his printer this morning (Jackie trouxe sua impressora
esta manhã).
b) Negative: He didn't bring his printer this morning (Ele não trouxe sua impressora
esta manhã).
c) Interrogative: Did Jackie bring his printer this morning? (Jackie trouxe sua
impressora esta manhã?).
Assim como no português, a gramática inglesa possui muitos verbos. Aqui foram
selecionados os mais comuns, aqueles que utilizamos com maior frequência na linguagem
informal (Quadro 9). Pratique elaborando frases e diálogos nas mais diversas situações. O
aprendizado desses verbos será de grande importância nos estudos da língua.
O futuro simples é a forma verbal usada para designar ações que ainda não
aconteceram. É formado pelo auxiliar ‘WILL’ com o infinitivo do verbo sem o ‘TO’. Esse
tempo verbal não sofre nenhuma flexão, é usado para todas as pessoas. A forma contraída é
'll. Também devemos utilizar o futuro simples para falar de ações que acontecerão num
futuro não imediato.
Na forma afirmativa, esse auxiliar deve vir sempre após o sujeito. Observe a
estrutura da frase: SUBJECT + WILL + VERB IN INFINITIVE (WITHOUT TO).
k) Exemplo:
Diferentemente do ‘will’, o futuro com ‘going to’ é usado para designar ações
imediatas, ou seja, um futuro próximo. Algo que está prestes a acontecer. Observam-se a
seguir as suas formas e usos.
Para formar a sentença afirmativa, usa-se o ‘GOING TO’ depois do sujeito, seguido
pelo infinitivo do verbo. O verbo ‘To be’ posiciona-se como auxiliar, e vem após o sujeito.
Observe a estrutura: SUBJECT + VERB TO BE + GOING TO + VERB IN INFINITIVE.
l)Exemplo:
Na forma negativa, coloca-se o ‘NOT’ entre o verbo ‘To be’ e o ‘Going to’. Observe a
estrutura: SUBJECT + VERB TO BE + NOT + GOING TO + VERB IN INFINITIVE.
m) Exemplo:
E para formar uma sentença interrogativa, basta colocar o verbo ‘To be’ antes do
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
103
sujeito. Observe a estrutura: VERB TO BE + SUBJECT + GOING TO + VERB IN INFINITIVE.
n) Exemplo:
a) Are they going to see the patients (Eles vão atender os pacientes)?
Em muitos casos podemos usar tanto o ‘will’ quanto o ‘going to’, ambos com o
mesmo sentido. Quando formos nos referir a algo que acontecerá muito em breve, devemos
usar o ‘going to’.
Learning Activities:
________________________________________________. (affirmative)
________________________________________________. (negative)
________________________________________________? (interrogative).
Bel Air, MD, December 19, 2007 -- (PR.com)-- On Christmas Eve this year, Jennifer
Branson will be celebrating her 28th week of pregnancy and having a 4D ultrasound
performed, while her husband, SPC Shawn Branson will be serving his country in Iraq. Thanks
to cutting-edge technology, however, he will not miss a beat of the upcoming ultrasound. He
will actually be able to see his baby boy for the very first time -live- from a computer in
Baghdad as it is being performed on his wife in Maryland.
Last month, Precious Previews Ultrasound, a Bel Air-based, 3D/4D prenatal imaging
center, introduced their newest service for expectant parents and their families. This state-
of-the-art technology, known as 4D UltraShare, enables the secure video transmission of an
ultrasound over the internet to virtually any broadband-connected, Windows-based
computer in the world. The broadcast is password protected to ensure client’s privacy and is
easy for end-users with connections typically made in minutes.
3) Retire do texto:
a) 3 dicas tipográficas
b) 6 palavras cognatas
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
104
c) 1 mês
d) 1 expressão que indique posse
e) O verbo ser no presente
Learning Activities:
_____________ a monkey.
o) Can:
a) I can get on the computer programming all night (Eu consigo ficar no computador
programando a noite inteira).
p) Could:
a) I could swim when I was five years old (Eu conseguia nadar quando tinha 5 anos).
r) Might:
Usado para referenciar uma possibilidade muito remota de acontecer sobre algo no
passado e no presente.
a) She might have come to the party (Ela poderia ter vindo à festa).
s) Must:
a) You must not smoke here (Você não deve fumar aqui).
b) They must write right now( Eles devem escrever agora).
t) Should:
Na forma negativa, você também pode escrever/ler o verbo contraído Ex.: Can't,
couldn't, musn't, shouldn't...
Há outros modais como: would, ought to, que possuem a mesma finalidade dos
vistos anteriormente, entretanto, estes não são usados com tanta frequência.
Verbo TO GO = ir
Please be sure any precertification requirements of your healthplan are met prior to
your appointment.
If you need to check out your x-rays, please call us 24 hours in advance.
If you have any questions about preparation or your exam, please contact us a the
appropriate number.
Mary is showing the machine of radiography to her friend, John. She is showing him
what each command means.
- Look, John! There are a lot of commands here, very similar to the commands used
in computers. See: DEL, we use for deleting files; ENTER, we use for initializing something.
Here we use keyboard, mouse, CPU, HD. As you can see, we have to know a lot of computing
and English if we want to operate those machines well.
- Wow! These things are very interesting. And these buttons, what are these for?
- The buttons are the basic ones. If you want to start the process, you will press start
or enter. If you want to save the information, you will press save button just like computer.
- Well, It is a little more complex. Pay attention! I will not do it in the machine, I will
only suppose. For example: If I used the command “PULL”, “RECEIVE” or “GET”, I would
receive the data.
- But if you had used the command “ACCEPT” or “ALLOW”, what would have
happened?
- If I had used “ACCEPT” or “ALLOW”, I would have accepted the receipt of the data.
- Very good, Mary. You are going to be a great professional. You know everything!
Os pronomes são palavras que substituem os substantivos. Tratamos a seguir acerca dos pronomes
pessoais, demonstrativos, relativos, reflexivos e possessivos.
Na língua inglesa, os pronomes pessoais referem-se a pessoas, lugares ou objetos, conforme ilustra o
Quadro 11 a seguir.
Nominative Objective
I - eu Me - me / mim
You - tu / você You - você
He - ele Him - ele/ lhe
She - ela Her - ela/ lhe
It - ele / ela (objeto) It - lhe / o / a
We - nós Us - nós
You - vós / vocês You - vós / lhes / vocês
They - eles / elas Them - lhes / os / as
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
É indispensável que lhe seja absolutamente clara a diferença entre sujeito e objeto.
Pronouns Translation
This Este, esta, isto
These Estes, estas
That Aquele, aquela, aquilo, esse, essa, isso
Those Aqueles, aquelas, esses, essas
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
Usa-se “This” para referir-se a algo que está muito perto de quem fala. O termo
“these” é o plural de “this”. Os demonstrativos estão ilustrados na Figura 1 a seguir.
Usa-se “That” para referir-se a algo que está longe de quem fala. O plural de that é
“those”, como ilustra a Figura 2.
Relative pronouns são aqueles pronomes utilizados para introduzir uma oração
subordinada a uma oração principal. Referem-se a termos que já foram mencionados
anteriormente na frase. Podem exercer a função de sujeito ou objeto da frase. Para o uso de
cada pronome, há uma regra básica, conforme ilustra o Quadro 13 a seguir.
Exemplo:
a) Key = Keys
b) Boy = boys
a) Wish = wishes
b) Tax = taxes
c) Bush = bushes
Em palavras terminadas em Y precedido por uma consoante, troca-se o ‘Y’ pelo ‘I’, e
depois se acrescenta ‘ES’.
a) Story = stories
b) City = cities
c) Fly = flies
a) Life = lives
b) Wife = wives
c) Half = halves
a) Book = books
b) Hand = hands
c) Wall = walls
Também há aquelas palavras cujo plural é irregular.
a) Foot = feet
b) Louse = lice
c) Man = men
d) Mouse = mice
e) Thoot = teeth
f) Child = children
g) Woman = women
Exemplos:
The body of the patient = The patient´s body
The bodies of the patients = The patients ` bodies
Atenção:
O “dono” deverá ser uma pessoa ou animal, nunca uma coisa.
The glass of the window nunca poderá ser The window`s glass
Outros exemplos:
A mãe de Helen = The mother of Helen = Helen`s mother.
O boné do menino = The cap of the boy = The boy´s cap.
O marido da Mary = The husband of Mary = Mary`s husband.
Os brinquedo das crianças = The toys of the children = The children`s toys.
O uniforme das meninas = The uniforms of the girls = The girls` uniforms.
Outros exemplos:
My car is gray (possessive adjective).
Meu carro é cinza (pronome possessivo adjetivo).
Traduza:
Algumas palavras são escritas sendo iniciadas por vogais, entretanto sua pronúncia
não é considerada como um som vocálico, mas semivocálico, como é o caso de University e
European. Seria o mesmo que Y. Para estes casos à parte, usa-se o artigo indefinido A: a
university / a european.
Na língua inglesa há apenas um único artigo definido: THE. Ele é bem versátil.
Podendo ser utilizado para designar feminino e masculino, singular e plural. Significa: O, A,
OS, AS. Observe a seguir quando usar o artigo The.
a) Antes de substantivos que podem ser precedidos (ou não) por adjetivos. Ex.: The
girls (As meninas) / The sweet girl (A menina doce);
b) Antes de nomes de oceanos, mares, ilhas, navios, hotéis, cinemas, teatros,
montanhas. Ex.: The Pacific Ocean (O Oceano Pacífico) / The Titanic (O Titanic);
c) Antes de nomes de instrumentos musicais. Ex.: The drum (A bateria);
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
116
d) Antes de nome de famílias. Ex.: The Lannisters (Os Lannisters);
e) Nome compostos de países. Ex.: The United States (Os Estados Unidos).
Do e Does podem atuar em uma sentença de duas maneiras, como verbo principal,
ou como verbo auxiliar. Como verbo auxiliar no presente simples, para formação de frases
negativas e interrogativas, encurtando a sentença, observe o Quadro 16 a seguir.
Usa-se Does apenas para He, She e It. E todas as outras pessoas restantes usam Do.
Observem os exemplos a seguir ilustrados pelo Quadro 17.
7.8 Prepositions
Uma preposição liga dois ou mais termos da sentença que estabelecem entre si
alguma relação. Expressa lugar, posição, direção, tempo, modo ou instrumento (Figura 3).
Figura 3- Prepositions
u) Exemple:
( ) Um conselho.
( ) Uma obrigação.
( ) Uma proibição.
( ) Might.
( ) Can.
( ) Must.
7.9 Adjectives
Adjetivos são palavras utilizadas para qualificar substantivos. No inglês, eles são
utilizados sempre, ou na maioria das vezes, antes do substantivo. O Quadro 18 abaixo
demonstra alguns adjetivos separados por classificação.
Realizar uma leitura crítica significa ser capaz de analisar um texto em seus vários
aspectos, desde seu conteúdo referencial, suas informações, até sua estrutura e sua
expressão, e, a partir dessa análise, compará-lo com textos anteriores. Em outras palavras,
Fazer anotações:
Elaborar resumos:
O resumo é uma estratégia que facilita a revisão do texto lido, já que constitui uma
forma condensada e seletiva de suas ideias principais. É necessário respeitar a ordem do
texto original, sua organização e seu sentido. Sem utilizar as mesmas palavras, deve-se
respeitar o sistema de enunciação. Vale lembrar que o resumo, sem ser uma colcha de
retalhos do texto original, deve ser, sobretudo, uma síntese do texto original, clara e concisa,
pois resumir é dizer o essencial.
Elaborar resenhas:
A resenha visa igualmente a ajudar o leitor a organizar o texto, mas exige de sua
parte uma postura crítica, já que tal exercício consiste não apenas em organizar e condensar
as ideias principais como também em analisá-las minuciosamente.
7.11.1 Prefixos
Exemplos:
7.11.2 Sufixos
Sílaba ou letras que são colocadas após as raízes das palavras para indicar sua
flexão, ou torná-las derivadas.
Os sufixos ED e ING formam adjetivos que podem causar uma certa dúvida porque
as duas formas são similares. A forma ED expressa como alguém se sente, como está. A
forma ING descreve a coisa ou a pessoa que faz alguém se sentir daquela maneira.
Exemplo:
Palavras cuja formação é composta por ING podem apresentar diferentes classes
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
121
gramaticais: LEARNING = Pode significar aprendendo; aprender ou aprendizagem,
dependendo de como é apresentada na sentença.
They are learning how to get more information. = (após o verbo to be)
GERÚNDIO - Eles estão aprendendo como conseguir mais informações.
This is a way of learning about management. = (após preposições)
INFINITIVO - Esta é uma maneira de aprender sobre gerenciamento.
This is part of the learning process. = (parte de um grupo nominal)
SUBSTANTIVO - Isto é parte do processo de aprendizagem.
Resulting
Called
Easily
Disagreement
Remove
Uncomfortable
Exemplos:
Radioactive atoms
Átomos radioativos
Radioactive atom
Átomo radioativo
Observe que o adjetivo permanece igual tanto no singular quanto no plural, porém
quando fazemos a tradução para o português é preciso fazer a concordância do adjetivo com
o substantivo.
Exemplo:
Bad boy
Garoto malvado
Bad girl
Garota malvada
Percebe-se no exemplo acima que, em inglês, o adjetivo ficou igual tanto para o
masculino quanto para o feminino, porém em português, foi feita a concordância
apropriada.
1) Regra geral
Acrecenta-se S ao substantivo
Atom =atoms (átomo)
3) Substantivo terminado em Y
- Acrescenta-se S se o Y for precedido de Vogal
Boy = boys (garoto)
-Troca-se o Y por IES se o Y for precedido de Consoante
City = cities (cidade)
4) Substantivo terminado em F ou FE
Geralmente troca-se o F ou FE por VES
Shelf =shelves (estante)
a) key
b) image
c) injury
d) copy
e) tooth
f) child
g) box
h) screen
i) ray
j) knife
k) wife
l) man
Em inglês há, pelo menos, duas formas diferentes de se fazer comparações, que
variam de acordo com os adjetivos que se pretende comparar – se eles são “longos” ou
“curtos”.
Além das formas comparativas comuns, que comparam um objeto, uma situação ou
um indivíduo com outro – She is taller than me (Ela é maior do que eu) – há também a
categoria dos superlativos, que comparam um objeto, situação ou indivíduo ao conjunto
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
124
restante – She is the tallest in the classroom – (Ela é a maior da classe).
Exemplos:
1) cold = frio
2) as cold as = tão frio quanto
3) colder than = mais frio que
4) the coldest = o mais frio
5) high = alto(a)
6) as high as = tão alto(a) quanto
7) higher than = mais alto(a) que
8) the highest = o mais alto(a)
9) hot = quente
10) as hot as= tão quente quanto
11) hotter than = mais quente que
12) the hottest = o mais quente
13) ugly = feio
14) as ugly as = tão feio quanto
15) uglier than = mais feio que
16) the ugliest = o mais feio
17) intelligent = inteligente
18) as intelligent as= tão inteligente quanto
19) more intelligent than = mais inteligente que
20) the most intelligent = o mais inteligente
21) expensive = caro
22) as expensive as = tão caro quanto
23) more expensive than = mais caro que
24) the most expensive = o mais caro
25) good = bom
26) as good as = tão bom quanto
27) better than = melhor que
28) the best = o melhor
29) bad = mau
30) as bad as = tão mau quanto
31) worse than = pior que
32) the worst = o pior
Exemplos em frases:
Comparativos:
Comparativos:
1) Climbing is more difficult than skiing. (Escalar é mais difícil do que esquiar).
2) Boxe is more dangerous than volleyball. (O boxe é mais perigoso do que voleibol).
3) Soccer is more popular than golf. (O futebol é mais popular do que o golf).
Superlativos:
1) In Brazil, soccer is the most popular sport. (No Brasil, o futebol é o esporte mais
popular).
2) I think swimming is the most tiring sport that I practice. (Eu acho que a natação é
o esporte mais cansativo que eu pratico).
3) I think chess is the most intelligent game that exists. (Eu acho que o xadrez é o
jogo mais inteligente que existe).
4) I think horror movie is the most boring kind of movie. (Eu acho que filme de
terror é o tipo mais chato de filme).
Comparativo de igualdade:
3) The red dress costs 25,00, the blue dress costs 15,00.
a) The red dress costs less than the blue dress.
b) The blue dress costs less than the red dress.
c) The blue dress costs more than the red dress.
8) Johnny was bad, Wendy was very bad, Billy was very, very bad.
a) Johnny was the worst.
b) Wendy was the worst.
c) Billy was the worst.
DOWNING, D. et al. Dictionary of computers and internet terms. Ed. Paperback, 2012.
MARTINEZ, R. Como dizer e escrever tudo em inglês. Rio de Janeiro: Ed Elsevier, 2012.
Aplicando as Técnicas:
Learning Activities:
Gram staining is a quick procedure used to look for the presence of bacteria in
tissue samples and to characterize bacteria as Gram-positive or Gram-negative, based on the
chemical and physical properties of their cell walls.
Steps: 1. Get a tissue sample for the Gram stain. 2. Add 1-2 drops of the tissue
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
130
sample onto a glass slide. 3. Heat fix the smear, by quickly passing it two to three times
through a flame or heat it on top of an electric slide warmer. 4. Flood the smear with crystal
violet. 5. Gently rinse off the crystal violet with tap water. 6. Flood the smear with iodine. 7.
Gently rinse off the iodine with tap water. 8. Decolorize by adding alcohol or acetone to the
smear while holding the slide at an angle to allow the decoloriser to drain. 9. Gently rinse off
excess decoloriser with tap water. 10. Flood the smear with safranin counterstain. 11. Gently
rinse off excess safranin with tap water. 12. Drain slide and allow it to air dry. 13. Examine
the slide under the light microscope.
The most common bacterial species are classified in four groups: Gram positive
cocci are generally Staphylococci (meaning cocci in clusters) or Streptococci (meaning cocci
in chains). Gram positive rods include Bacillus, Clostridium, Corynebacterium, and Listeria.
Gram negative cocci are most commonly Neisseria spp. Gram negative rods are E. coli,
Enterobacter, Klebsiella, Citrobacter, Serratia, Proteus, Salmonella, Shigella, Pseudomonas
and many others.
10) Quais os tipos de micro-organismos que podem ser encontrados utilizando esse
método?
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Glossário:
Existem palavras que irão fazer parte da rotina de trabalho na área de análises
clínicas e que serão fundamentais que o técnico se familiarize com elas e as conheça. No dia
a dia, elas estarão escritas nos documentos (exames) e em programas de computador das
várias técnicas aplicadas na sua atividade laboral.
Esta seção abordará acerca da evolução das políticas de saúde no Brasil, com seus
aspectos históricos, a implementação da reforma sanitária no Brasil e a construção do
Sistema Único de Saúde (SUS).
Em princípio, a intervenção médica nos espaços urbanos foi vista com desconfiança
e medo por parte da população, uma vez que esta era retirada á força dos ambientes a
serem saneados, com o acompanhamento da vigilância policial, para que não houvesse
represália e agressão aos agentes sanitários. Muitas vezes, porém, a polícia agia com
violência desmedida, repetindo as formas repressoras comumente empregadas pelo regime
oligárquico contra os protestos coletivos como passeatas e greves (BERTOLLI FILHO, 1996), o
que fortalecia ainda mais o medo das pessoas.
A oposição ao modo como eram feitas (as campanhas) pode ser evidenciada na
revolta contra a vacina obrigatória (contra varíola), em 1904. A este respeito, constatamos:
Liderados por um grupo de cadetes positivistas que eram oposição ao
governo, que se revoltaram acusando o governo de despótico, de devassar
a propriedade alheia com interdições, desinfecções, da derrubada maciça
de bairros pobres, de arrombamentos de casas para nelas entrarem à
força. A revolta é reprimida, pois a questão saúde ainda era concebida
como uma questão policia (CEFOR, 2000).
Impressionado e desgastado com os acontecimentos, o governo revogou a
obrigatoriedade da vacina, tornando-a opcional para todos os cidadãos (BERTOLLI FILHO,
1996).
Previdência Social:
Cunha e Cunha (1998) observaram em seus estudos que as CAPs eram financiadas
com recursos dos empregados e empregadores e administradas por comissões formadas de
representantes da empresa e dos empregados. Cabia ao setor público apenas a resolução de
conflitos. No modelo previdenciário dos anos 1920, a assistência médica era vista como
atribuição fundamental do sistema, o que levava, inclusive, à organização de serviços
próprios de saúde.
Em seus estudos, Bertolli Filho (1996) observou que, dada a revolução de 1930,
Getúlio Vargas procurou de imediato livrar o Estado do controle político das oligarquias
regionais, promovendo ampla reforma política e administrativa, suspendendo a vigência da
Constituição de 1891 e passando a governar por decretos até 1934, quando o Congresso
Constituinte aprovou a nova Constituição.
Esta época foi marcada pelo auge do sanitarismo campanhista, no que trata da
saúde coletiva. Entre 1938 e 1945, o Departamento Nacional de Saúde foi reestruturado e
dinamizado, promovendo a articulação e centralização das atividades sanitárias de todo o
Brasil. Em 1942, foi criado o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), que tinha atuações
voltadas para as áreas não cobertas pelos serviços tradicionais, conforme advogam Cunha e
Cunha (1998). Neste período, foram criados os institutos de seguridade social, denominados
Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), organizados por categorias profissionais,
favorecendo as camadas de trabalhadores urbanos mais aguerridos em seus sindicatos e
fundamentais para a economia dominante há época.
No que diz respeito aos principais avanços na assistência médica, durante aquele
período, observa-se a luta dos sindicatos para que todos os institutos de seguridade social
prestassem assistência médica aos seus associados. Os IAPs que possuíam recursos
suficientes construíram hospitais próprios, surgindo, então os primeiros serviços médicos
particulares contratados pelas empresas. Este processo deu início aos convênios das
empresas, com grupos médicos, denominados ‘medicina de grupo’, que iriam caracterizar a
previdência social posteriormente (CEFOR, 2000). Outra característica do período, conforme
Cefor (2000) foi: “[...] o investimento na assistência médica hospitalar em detrimento da
atenção primária (centros de saúde), pois aquele era compatível com o crescente
desenvolvimento da indústria de equipamentos médicos e da indústria farmacêutica”.
Bertolli Filho (1996) afirma que, no dia 31 de março de 1964, se deu o golpe de
Estado liderado pelos chefes das Forças Armadas, que colocou fim à agonizante democracia
populista. “Sob o pretexto de combater o avanço do comunismo e da corrupção e garantir a
segurança nacional, os militares impuseram ao país um regime ditatorial e puniram todos os
indivíduos e instituições que se mostraram contrários ao movimento autoproclamado
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
139
Revolução de 64”.
De acordo com o autor (Op. Cit.), o primeiro efeito do golpe militar sobre o
Ministério da Saúde foi a redução das verbas destinadas à saúde pública. Aumentadas na
primeira metade da década de 60, tais verbas decresceram até o final da ditadura. Apesar da
pregação oficial de que a saúde constituía um 'fator de produtividade, de desenvolvimento e
de investimento econômico', o que se via, na prática, era que o Ministério da Saúde
privilegiava a saúde como elemento individual e não como fenômeno coletivo, alterando
profundamente sua linha de atuação (BERTOLLI FILHO, 1996)
Naquele período, se deu também a fusão dos IAPs, com a criação do Instituto
Nacional de Previdência Social (INPS), fato que marcou a perda da representatividade dos
trabalhadores na gestão do sistema. Excetuando os trabalhadores do mercado informal de
trabalho, todos os demais eram cobertos pela Previdência Social. Em relação à assistência
médica, observa-se um movimento ainda mais expressivo de ampliação de cobertura.
Certamente que tal política teve uma série de efeitos e consequências institucionais
e sociais, dentre elas a progressiva predominância de um sistema de atenção médica 'de
massa' (no sentido de 'massificado') sobre uma proposta de medicina social e preventiva.
Além disso, observou-se o surgimento e o rápido crescimento de um setor empresarial de
serviços médicos, constituídos por proprietários de empresas médicas centradas mais na
lógica do lucro do que na da saúde ou da cura de sua clientela.
Este período ficou marcado também por difundir a medicina comunitária, em apoio
à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Organização Pan-americana de Saúde
(OPAS/OMS). A medicina comunitária tinha como propósito técnicas de medicina
simplificada, utilizando a mão de obra local, os chamados agentes de saúde, e a participação
da comunidade. Dentre os trabalhos que buscaram a participação da comunidade na área de
saúde, observam-se aqueles ligados à igreja católica, os projetos ligados às universidades,
financiados por órgãos externos, e os projetos assumidos pelo governo, como o Programa de
Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass), que objetivava a extensão dos
serviços de saúde à população carente.
De acordo com Cunha e Cunha (1998), após algum tempo de funcionamento, o INPS
enfrentou uma grave crise financeira, o que resultou no aumento de gastos, aumento da
demanda, dando origem a fraudes mediante inexistência de fiscalização dos serviços
executados pela rede privada. Assim, em 1978 houve nova tentativa de racionalização da
previdência e foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas). Esse
período foi marcado pela definição das bases que permitiram a hegemonia do modelo
assistencial privatista, sustentado pelo seguinte tripé:
Estes planos tinham como ideia a integração da saúde pública com a assistência
médica individual. Era uma aspiração antiga, que encontrava interesses contrários a sua
concretização nos grupos médicos privados e na própria burocracia do então Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). Cunha e Cunha (1998)
afirmam que em 1986 foi realizada a VIII Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, com a
participação dos trabalhadores, do governo, usuários e parte dos prestadores de serviços de
saúde. Esta conferência, segundo os autores, foi um marco na formulação das propostas de
mudança do setor de saúde, já consolidadas pela Reforma Sanitária brasileira, e em seu
documento final:
Entende-se o SUS como um sistema, posto que é formado por várias instituições
dos três níveis de governo (União, Estados e Municípios), e pelo setor privado contratado e
conveniado, como se fosse um mesmo corpo. Assim, o serviço privado, quando é contratado
pelo SUS, deve atuar como se fosse público, usando as mesmas normas deste tipo de
serviço. É denominado de ‘único’, porque tem a mesma doutrina, a mesma filosofia de
atuação em todo o território nacional, sendo organizado de acordo com a mesma
sistemática. As suas principais características são, de acordo com Rodrigues Neto (1994):
Os artigos 196º ao 200º são específicos sobre a saúde. A seguir, seguem trechos
destes da Carta Magna, publicada em 1988.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa
física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
As Leis 8080/90 e 8142/90 são chamadas Leis Orgânicas da Saúde (LOS). Trata-se de
leis complementares que detalham a organização e o funcionamento do novo sistema de
saúde estabelecido pela Constituição Federal.
Vigilância epidemiológica:
No que diz respeito à vigilância em saúde do trabalhador, esta se caracteriza por ser
um conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de
trabalho.
Vigilância sanitária:
A segunda via deste documento ficará retida no cartório, enquanto que a primeira e
terceira vias devem ser recolhidas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Nos óbitos por
causas acidentais ou violentas, o médico legista do Instituto Médico Legal (IML) deverá
preencher a DO (nos locais onde não exista IML um perito é designado para tal finalidade),
seguindo-se o mesmo fluxo adotado para os hospitais.
Em todos os níveis, sobretudo no municipal, que está mais próximo do evento, deve
ser realizada a crítica dos dados, buscando a existência de inconsistências como, por
exemplo, causas de óbito exclusivas de um sexo sendo registradas em outro, causas
perinatais em adultos, registro de óbitos fetais com causas compatíveis apenas com nascidos
vivos e idade incompatível com a doença.
Estudos revelam que a utilização dos dados deste sistema para o planejamento e
tomada de decisões nas três esferas de governo ainda é incipiente. De modo geral, como
denominador para o cálculo de taxas como as de mortalidade infantil e materna, por
exemplo. Apesar disso, alguns indicadores vêm sendo propostos - a grande maioria voltada à
BERTOLLI FILHO, C. História da saúde pública no Brasil. São Paulo: Ática, 1996. 71p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde no Brasil: desafios e perspectivas. Brasília: MS, 1998.
45p.
CEFOR. Breve história das políticas de saúde no Brasil. São Paulo, 2000.
CUNHA, J.P.P., CUNHA, R.E. Sistema Único de Saúde - SUS: princípios. In: CAMPOS, F.E.,
OLIVEIRA JÚNIOR, M., TONON, L.M. Cadernos de Saúde. Planejamento e Gestão em
Saúde. Belo Horiozonte: COOPMED, 1998. Cap.2, p. 11-26.
FRANÇA, S.B. A presença do Estado no setor saúde no Brasil. Revista do Serviço Público,
v.49, n.3, p.85-100, 1998.
LUZ, M.T. Notas sobre as políticas de saúde no Brasil de "transição democrática" - anos
80. Physis, Rio de Janeiro, v.1, n.1, p. 77-96, 1991.
RODRIGUEZ NETO, E. A reforma sanitária e o Sistema Único de Saúde: suas origens, suas
propostas, sua implantação, suas dificuldades e suas perspectivas. In: MINISTÉRIO DA
SAÚDE. NESP. Incentivo a participação popular e controle social no SUS: textos para
Conselheiros de Saúde. Brasília: MS, p.7-17, 1998.
CAPÍTULO I
DO SISTEMA
Art. 1º O Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública – SISLAB é um conjunto
de redes nacionais de laboratórios, organizadas em sub-redes, por agravos ou programas, de
forma hierarquizada por grau de complexidade das atividades relacionadas à vigilância em
saúde - compreendendo a vigilância epidemiológica e vigilância em saúde ambiental,
vigilância sanitária e assistência médica.
CAPÍTULO II
Art. 2º O SISLAB será constituído por quatro redes nacionais de laboratórios, com as
seguintes denominações:
Seção II
Dos Conceitos e Competências
Art. 14. Os Laboratórios Locais são unidades laboratoriais que integram a rede
estadual ou municipal de laboratórios de saúde pública, com as seguintes competências:
CAPÍTULO III
DA GESTÃO DO SISTEMA
Art. 16. Fica criado o Comitê Diretor Interinstitucional, integrado pelos dirigentes
máximos dos seguintes órgãos:
I - convocar as reuniões;
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
164
II - manter controle dos assuntos discutidos nas reuniões que demandem
providências por parte dos seus membros;
III - elaborar as atas das reuniões; e
IV - cuidar de outros assuntos relativos a seu funcionamento.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 23. O Comitê Diretor instituído nesta Portaria editará, quando necessário,
instruções complementares para implementação do SISLAB.
Parágrafo único. Cada um dos gestores nacionais tem competência para editar
normas orientadoras no que se refere às redes e sub-redes sob sua responsabilidade.
HUMBERTO COSTA
Nos anos 40, Edwin Joseph Cohn desenvolveu uma metodologia para precipitação
de plasma por álcool etílico, que consiste na precipitação das proteínas plasmáticas por
diferentes concentrações de etanol a baixa temperatura a partir de ajustes de pH e
constante dielétrica, originando uma fração proteica purificada rica em albumina. A partir
deste método, se iniciou a produção mundial de hemoderivados (ADATI et al., 2009).
Em 1985, o primeiro método utilizado para inativação viral foi por calor seco,
seguido pelo tratamento com solvente-detergente, que diminuiu perdas dos fatores durante
a produção industrial e acarretou um aumento da segurança viral dos produtos
hemoderivados. Além destes métodos, a inativação viral era complementada com a triagem
sorológica do plasma e pela aplicação das boas práticas de fabricação (SOARES, 2002).
No Brasil, nos anos 70, a multinacional Hoechst no Rio de Janeiro iniciou a produção
de albumina, e na década de 80 surgiram o Instituto Santa Catarina no Rio de Janeiro e
HEMOPE (Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco) (MONTEIRO, 2013). O
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
170
HEMOPE foi pioneiro no preparo tanto do plasma quanto do crioprecipitado liofilizado,
assim como no fracionamento da albumina (SOARES, 2002). Na década de 90, outros dois
centros surgiram: a Fundação Hemocentro de Brasília (DF) e o Laboratório LIP (RS).
Basicamente, estes dois grupos se diferenciam pelo método ao qual foram obtidos a
partir do sangue total ou plasma.
Quando ocorre dano vascular, o fator tissular é exposto, liga-se ao fator F VII e F
VIIa, iniciando o processo de coagulação. O complexo fator tissular (FT) – F VIIa – F Xa
desencadeia uma série de reações bioquímicas de ativação e inativação da qual participam
proteínas plasmáticas, células (plaquetas e células endoteliais) e íons (cálcio). Este processo
resulta na formação de coágulo constituído por plaquetas e fibrina. Para que se verifique a
coagulação, é fundamental que haja ativação plaquetária pela trombina, ADP, tromboxane
A2 ou epinefrina e acontece como resposta ao dano vascular e/ou estímulo químico. A
adesão plaquetária resulta da ligação do complexo de superfície glicoproteína (Gp) Ib/Gp IX
(GpIb/IX) (presente nas plaquetas) ao fator von Willebrand (FVW). A agregação plaquetária é
resultante da liberação de grânulos pelas plaquetas, tais como ADP e tromboxane A2, que
ativam e recrutam outras plaquetas para o sítio de lesão. As plaquetas ativadas expressam,
em sua superfície, o complexo plaquetário IIb/IIIa (GPIIb/IIIa), que se liga ao fibrinogênio
circulante, mediando a formação do tampão plaquetário (REZENDE, 2010).
Plasma comum:
Plasma comum (plasma não fresco, plasma normal ou plasma simples) é o plasma
cujo congelamento não se deu dentro das especificações técnicas de obtenção de PFC, ou
ainda pode resultar da transformação de um plasma fresco congelado, cujo período de
validade expirou (MONTEIRO, 2013).
Crioprecipitado:
Plasma 24 horas:
Além destes quatro produtos de base, existem hoje cerca de vinte diferentes tipos
de hemoderivados disponíveis no mercado mundial, que podem ser classificados em três
grandes grupos, de acordo com os Quadros 1, 2 e 3 abaixo (CGEE, 2006).
Proteínas de Coagulação
Produto Indicações clínicas
Complexo protrombínico (Fatores, II, VII, IX, Hemofilia B; reversao do uso de
X) anticoagulantes; cirrose hepatica.
Septicemia; coagulacao intravascular;
Concentrado de fibrinogênio
disseminada.
Concentrado de Fator XIII Déficit congenito de Fator XIII
Concentrado de Fator VIII rico em Doença de von Willebrand
Proteínas da Anticoagulação
Produto Indicações clínicas
Concentrado de proteína C Trombose por déficit congênito de proteína C
Trombose por déficit congênito de proteína C;
Concentrado de antitrombina III
septicemia
Efinsema pulmonar por déficit de α-1 anti-
Concentrado de α-1 anti-tripsina
tripsina
Concentrado de inibidor de C1-esterase Edema de Qüincke recidivante
Fonte: CGEE (2006)
Imunoglobulinas Específicas
Produto Indicações clínicas
Imunoglobulina anti-D Prevenção da doença hemolítica perinatal
Imunoglobulina anti-CMV Prevenção e tratamento da infecção por CMV
Imunoglobulina anti-hepatite B Prevenção da hepatite B
Imunoglobulina anti-Pertussis Prevenção e tratamento da coqueluche
Imunoglobulina anti-tétano Prevenção e tratamento do tétano
Imunoglobulina anti-raiva Prevenção da raiva
Imunoglobulina anti-varicela zoster Prevenção do herpes zoster
Imunoglobulina anti-hepatite A Prevenção da hepatite A
Fonte: CGEE (2006)
O fato VIII é obtido a partir de um pool de plasma humano, com pureza variável e
submetido a processo de inativação viral ou por meio de técnicas de produção de proteínas
recombinantes. Indicado no tratamento de manifestações hemorrágicas ou em uso
profilático em procedimentos fisioterápicos ou cirúrgicos em pacientes portadores de
hemofilia A (Figura 6) (BRASIL, 2013).
O Fator VIII liofilizado é uma fração de proteínas plasmáticas que contém Fator VIII,
glicoproteínas que intervém na coagulação, juntamente com quantidades variáveis de Fator
de von Willebrand. A potência da preparação, reconstituída de acordo com as indicações do
produtor, não deve ser menor que 20 UI de Fator VIII:C por mililitro. A atividade específica,
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
181
previamente à adição de qualquer proteína estabilizante, não deve ser menor que 1 U.I. de
Fator VIII:C por miligrama de proteína total (ANVISA, 2000).
Fator IX da coagulação:
A matéria-prima para a obtenção do Fator IX pode ser plasma fresco, plasma fresco
congelado ou unidade de plasmaférese devendo cada unidade ser identificada de maneira
que permita relacioná-la corretamente ao doador e à respectiva data de doação (ANVISA,
2000).
Complexo Protrombínico:
Imunoglobulinas:
Albumina:
Produtos recombinantes:
Figura 10- Fator VIII recombinante distribuído pelo Sistema Único de Saúde, Brasil
A maioria das indústrias fracionadoras usa a precipitação pelo etanol para obter
uma pasta com albumina e imunoglobulinas e o crioprecipitado rico em fatores da
coagulação que são purificados pelo método de cromatografia (SOARES, 2002).
Fração Proteínas
I Fibrinogênio, Fator VIII, Fator XIII e Fator V W
II + III IgG, IgA, IgM, Fatores II, VII, IX e X
IV Alfa e beta-globulinas, At-III, alfa1-antitripsina, componentes do complemento
IV Alfa e beta-globulinas, transferrina, ceruloplasmina, haptoglobina
V Albumina, traços de alfa e beta-globulina
Fonte: Monteiro (2013)
Figura 11- Fotos com a representação de alguns processos realizados no fracionamento do plasma
Albumina humana:
ADATI, M.C.; GEMAL, A.L.; GUEDES, H.C.B. Resultados do controle de qualidade de produtos
hemoderivados - Análise sanitária. Rev Bras Hematol Hemoter, v. 31 (4). 2009.
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC N.º 17, de 16 de abril de
2010. DOU de 21/08/2006, em reunião realizada em 12 de abril de 2010.
CARLOS, M.M.L.; FREITAS, P.D.F.S. Estudo da cascata de coagulação sangüínea e seus valores
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CORAL-GHANEM, R.; OLIVEIRA, R.F.; FURLANETTO, E.; GHANEM, M.A.; GHANEM, V.C.
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REZENDE, S.M. Distúrbios da hemostasia: doenças hemorrágicas. Rev Med Minas Gerais,
20(4): 534-553. 2010.
[...]
Seção V
Do Controle de Qualidade dos Hemocomponentes
[...]
[...]
CAPÍTULO I
OBJETIVO
[...]
[...]
[...]
C.4.7. PRODUTO ACABADO
[...]
D - FATOR VIII HUMANO DE ORIGEM PLASMÁTICA
...
D.4.4. PRODUTO ACABADO
O diluente que acompanha as preparações liofilizadas deve cumprir com os
requisitos para Água Estéril para Injetáveis, descritos na Farmacopéia dos Estados Unidos
(USP) ou Farmacopéia Européia, última edição.
D.4.4.1.7. Identificação
D.4.4.1.7.1. Prova de Identidade
Uma amostra do Produto Acabado deve ser testado quanto a sua origem, frente a
antisoros específicos e funcionantes de pelo menos de quatro espécies diferentes (anti-
humano, anti-bovino,anti-eqüino, anti-caprino e anti-porcino) por imunodifusão ou por
imunoeletroforese. A amostra deve apresentar reatividade somente frente ao soro anti-
humano, segundo metodologia descrita na Farmacopéia Européia, última edição. Os
antisoros das demais espécies devem apresentar reatividade exclusivamente frente à seus
antígenos específicos
[...]
[...]
E.4.4.1.6. Identificação
E.4.4.1.6.1. Prova de Identidade
Uma amostra do Produto Acabado deve ser testado quanto a sua origem, frente a
antisoros específicos e funcionantes de pelo menos de quatro espécies diferentes (anti-
humano, anti-bovino, anti-eqüino, anti-caprino e anti-porcino) por imunodifusão ou por
imunoeletroforese, segundo metodologia descrita na Farmacopéia Européia, última edição.
A amostra deve apresentar reatividade somente frente ao soro anti-humano Os antisoros
das demais espécies devem apresentar reatividade exclusivamente frente à seus antígenos
específicos.
[...]
F.4.4.1.8. IDENTIFICAÇÃO
F.4.4.1.8.1. PROVA DE IDENTIDADE
Uma amostra do Produto Acabado deve ser testado quanto a sua origem, frente a
antisoros específicos e funcionantes de pelo menos de quatro espécies diferentes (anti-
humano, anti-bovino, anti-eqüino, anti-caprino e anti-porcino) por imunodifusão ou por
imunoeletroforese,segundo metodologia descrita na Farmacopéia Européia, última edição. A
amostra deve apresentar reatividade somente frente ao soro anti-humano. Os antisoros das
demais espécies devem apresentar reatividade exclusivamente frente aos seus antígenos
específicos.
[...]
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta,
processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, de seus componentes e
derivados, vedada a compra, venda ou qualquer outro tipo de comercialização do sangue,
componentes e hemoderivados, em todo o território nacional, seja por pessoas físicas ou
jurídicas, em caráter eventual ou permanente, que estejam em desacordo com o
ordenamento institucional estabelecido nesta Lei.
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
208
Art. 2º Para efeitos desta Lei, entende-se por sangue, componentes e
hemoderivados os produtos e subprodutos originados do sangue humano venoso,
placentário ou de cordão umbilical, indicados para diagnóstico, prevenção e tratamento de
doenças, assim definidos:
Art. 3º São atividades hemoterápicas, para os fins desta Lei, todo conjunto de ações
referentes ao exercício das especialidades previstas em Normas Técnicas ou regulamentos
do Ministério da Saúde, além da proteção específica ao doador, ao receptor e aos
profissionais envolvidos, compreendendo:
TÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE SANGUE, COMPONENTES E HEMODERIVADOS
CAPÍTULO I
DO ORDENAMENTO INSTITUCIONAL
Parágrafo único. Os serviços privados, com ou sem fins lucrativos, assim como os
serviços públicos, em qualquer nível de governo, que desenvolvam atividades
hemoterápicas, subordinam-se tecnicamente às normas emanadas dos poderes
competentes.
CAPÍTULO III
DO CAMPO DE ATUAÇÃO
CAPÍTULO IV
DA DIREÇÃO E GESTÃO
CAPÍTULO V
DO FINANCIAMENTO
TÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Na língua francesa o verbo ‘entreprendre’ significa fazer algo. O que nos leva a crer
que a raiz da palavra empreendedor data de mais de 800 anos, ainda com o verbo francês
entreprendre, que significa “fazer algo”. Entre os economistas modernos, Joseph
Schumpeter foi quem mais versou sobre o tema, que teve grande influência sobre o
desenvolvimento da teoria e prática do empreendedorismo. Para ele, o empreendedorismo
viria ser a “máquina propulsora do desenvolvimento da economia. A inovação trazida pelo
empreendedorismo permite ao sistema econômico renovar-se e progredir constantemente”.
Ele postulava que “sem inovação, não há empreendedores, sem investimentos
empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona”.
Apesar das várias definições, não há consenso entre os estudiosos que defina o
termo de forma definitiva. O conceito pode variar, de acordo com quem responde a
pergunta acerca dele. Do que se pode apreender, empreendedor é aquele que age, busca o
sonho e o concebe. E nisto entra o papel da educação, que é aquele que visa estabelecer a
congruência para que este sonho possa ser realizado.
Em que pese as várias definições acerca do tema, percebem-se alguns aspectos que
são comuns a todas elas, especialmente no que diz respeito ao comportamento
empreendedor, tais como:
Isto posto, se conclui, então, que o empreendedor é aquele que faz as coisas
acontecerem; se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. O empreendedor
é uma pessoa inovadora, que introduz novos produtos, serviços, técnicas de produção e até
mesmo novas formas de organização, tomando as decisões que irão nortear o futuro do
negócio. Ele assume não apenas os riscos pessoais, mas também aqueles dos investidores e
de todos os envolvidos em seu negócio.
Empreendedorismo de negócios:
Uma inovação nem sempre é uma criação de um novo produto ou um novo serviço.
É possível oferecer ao mercado um mesmo produto ou serviço, porém, de forma mais
barata, mais rápida ou de melhor qualidade em relação aos seus concorrentes. Isso é
empreendedorismo.
Empreendedorismo social:
Intraempreendedorismo:
Quando uma pessoa apresenta ideias, soluções, projetos e as põe em prática, ela
está demonstrando um comportamento empreendedor dentro da empresa. Isto pode se dar
tanto no âmbito público quanto no privado. O funcionário pode apresentar um
comportamento empreendedor dentro da organização, independentemente do cargo que
ocupa.
a) iniciativa - são pessoas que não ficam esperando que os outros (o governo, o
empregador, o parente, o padrinho) venham resolver seus problemas. Pessoas
que começam coisas novas. A iniciativa, enfim, é a capacidade daquele que,
tendo um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução;
b) autoconfiança - o empreendedor tem autoconfiança. Se não tivesse, seria difícil
tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar,
oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais
empreendedor;
c) aceitação do risco - o empreendedor aceita riscos. Ainda que muitas vezes seja
cauteloso e precavido contra o risco, a verdade é que ele o aceita em alguma
medida;
d) sem temor do fracasso e da rejeição - o empreendedor fará tudo o que for
necessário para não fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do
fracasso. Pessoas com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
225
tentar correr o risco de não acertar - ficam, então, paralisadas;
e) decisão e responsabilidade - o empreendedor não fica esperando que os outros
decidam por ele. Ele toma decisões e aceita a responsabilidade que estas
acarretam;
f) energia - é necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações,
que usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa
reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação;
g) automotivação e entusiasmo - pessoas empreendedoras são capazes de
automotivação relacionada com desafios e tarefas em que acreditam. Não
necessitam de prêmios externos, como compensação financeira. Igualmente, por
sua motivação, são capazes de entusiasmarem-se com suas ideias e projetos;
h) controle - o empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e
não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se vê como capaz de
controlar a si mesmo e de influenciar o meio, de tal modo que possa atingir seus
objetivos;
i) voltado para equipe - o empreendedor em geral não é um fazedor, no sentido
obreiro da palavra. Ele cria equipe, delega, acredita nos outros, obtém resultados
por meio de outros;
j) otimismo - o empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou
iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na
possibilidade de solução dos problemas, acredita no seu potencial de
desenvolvimento; e,
k) persistência - o empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e
crente nas possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a
funcionar adequadamente.
a) são visionários: eles têm a visão de como será o futuro para seu negócio e sua
vida e, o mais importante, eles têm a habilidade de implementar seus sonhos;
b) sabem tomar decisões: eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões
corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo isso
um fator-chave para o seu sucesso;
c) são indivíduos que fazem a diferença: os empreendedores transformam algo de
difícil definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona,
transformando o que é possível em realidade;
d) sabem explorar ao máximo as oportunidades: para a maioria das pessoas, as
boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por sorte ou acaso. Para os
empreendedores, as boas ideias são geradas daquilo que todos conseguem ver,
mas não identificam algo prático para torná-la em oportunidade, por meio de
dados e informações. O empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e
inova, criando mercado com uma oportunidade identificada. O empreendedor é
aquele que cria um equilíbrio encontrando uma posição clara e positiva em um
ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem
presente. O empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo
um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
226
melhoram quando seu conhecimento aumenta;
e) são determinados e dinâmicos: eles implementam suas ações com total
comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos,
com uma vontade ímpar de fazer acontecer. Mantêm-se sempre dinâmicos e
cultivam certo inconformismo diante da rotina;
f) são dedicados: eles se dedicam 24 horas por dia, 7 dias por semana, ao seu
negócio, comprometem o relacionamento com amigos, com a família, e até
mesmo com a própria saúde. São trabalhadores exemplares, encontrando
energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente. São
incansáveis e loucos pelo trabalho;
g) são otimistas e apaixonados pelo que fazem: eles adoram o trabalho que
realizam. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os mantêm
cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores
vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem como ninguém como fazê-
lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o
fracasso;
h) são independentes e constroem o próprio destino: eles querem estar à frente
das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser independentes, em
vez de empregados, querem criar algo novo e determinar os próprios passos,
abrir os próprios caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos;
i) ficam ricos: ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles
acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios;
j) São líderes e formadores de equipes: os empreendedores têm um senso de
liderança incomum. E são respeitados e adorados por seus funcionários, pois
sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno
de si;
k) são bem relacionados: os empreendedores sabem construir uma rede de
contatos que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes,
fornecedores e entidades de classe;
l) são organizados: os empreendedores sabem obter e alocar os recursos
materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o
melhor desempenho para seu negócio;
m) planejam, planejam, planejam: os empreendedores de sucesso planejam cada
passo desde seu rascunho do plano de negócios, até a apresentação do plano a
investidores, definição das estratégias de marketing do negócio, etc., sempre
tendo como base a forte visão de negócio que possuem;
n) possuem conhecimento: são sedentos pelo saber e aprendem continuamente,
pois sabem quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior a sua
chance de êxito;
o) assumem riscos calculados: talvez esta seja a característica mais conhecida dos
empreendedores;
p) criam valor para a sociedade: os empreendedores utilizam seu capital intelectual
para criar valor para a sociedade, com geração de empregos, dinamizando a
economia, e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de soluções
para melhorar a vida das pessoas.
Para operar uma empresa com sucesso, o empreendedor deve possuir alguns
conhecimentos diferenciados, de acordo com cada etapa na qual a empresa se encontra.
Apesar desta diferenciação, é possível fazer uma descrição dos principais conhecimentos,
necessários para o empreendedor, como descrito a seguir:
Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é lidar com
pessoas; administrar é lidar com recursos, papéis, coisas, processos. Um chefe pode ser
nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir ou não as qualidades
necessárias. É possível ser um gerente e não conseguir ser o líder da equipe e pode. Por
outro lado, se pode ser o líder da equipe sem ser o chefe.
Assim sendo, para se tornar um bom líder, é preciso procurar estar preparado, ser
proativo e ser reflexivo. É importante ainda se autoavaliar, melhorar continuamente e ter
entusiasmo e otimismo.
Uma vez que se decide pela criação de uma empresa, é importante que se defina
por escrito quais as principais variáveis do negócio. Estas deverão compor um documento
chamado de Plano de Negócios. Elaborar um plano de negócios é de fundamental
importância para o empreendedor. Além da busca por recursos, é uma forma de o
empreendedor sistematizar as suas ideias, planejar de forma mais eficiente, antes de
adentrar num mercado competitivo. Abrir uma empresa não é tão somente cuidar dos
procedimentos necessários para a sua legalização. É preciso, antes de tudo, que o
empresário tome posse de uma série de conhecimentos fundamentais, tais como: conhecer
o ramo de atividade onde vai atuar, o mercado, fazer um planejamento do que vai ser
Existem muitas atividades a ser exploradas, mas é preciso ficar atento a uma série
de fatores que influenciam e limitam a escolha do seu ramo de negócio. Para se abrir uma
empresa, deve-se levar em conta que o sucesso de qualquer negócio depende, sobretudo,
de um bom planejamento. Embora qualquer negócio ofereça riscos, é preciso prevenir-se
contra eles. Numa visão mais ampliada, o plano de negócio tem as seguintes funções:
É importante que seja feita uma análise dos riscos acerca de um novo
empreendimento. Há que se ter conhecimento de alguns aspectos da vida das empresas
deve permitir a avaliação do grau de atratividade do empreendimento, subsidiando a
decisão do futuro empresário na escolha do negócio que pretende desenvolver.
Basicamente, os riscos do negócio referem-se a:
h) processo operacional - este item trata do como fazer. Devem ser abordadas tais
questões: que trabalho será feito e quais as fases de fabricação/venda/prestação
de serviços; quem fará; com que material; com que equipamento; e quando fará.
É preciso verificar quem tem conhecimento e experiência no ramo: você? Um
futuro sócio? Ou um profissional contratado?;
Além da CLT há várias outras fontes legislativas que regem o Direito do Trabalho,
sejam elas gerais, como a Constituição Federal do Brasil, sejam elas específicas, como a Lei
do Empregado Doméstico, por exemplo. Observemos a seguir alguns dos mais importantes
conceitos que cercam o empregado, o empregador, os direitos e deveres de ambos.
Conceito de empregado:
Admissão:
Registro do empregado:
De acordo com o Art. 41 da CLT, Decreto Lei 5452/43, em todas as atividades será
obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho. Em seu parágrafo único, dispõe que, além da qualificação civil ou
profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos a sua
admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais
circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador.
O registro pode ser feito em livros, fichas, sistema eletrônico ou informatizado, que
utilize meio magnético ou ótico (neste caso necessário fazer um memorial descritivo e
protocolado junto à Delegacia Regional do Trabalho (DRT)).
Salário:
Contribuição sindical:
Vale-transporte:
INSS:
IRRF:
O décimo terceiro salário foi instituído no Brasil pela Lei 4.090, de 13/07/1962,
como uma gratificação de Natal, e que garante que o trabalhador receba o correspondente a
1/12 (um doze avos) da remuneração por mês trabalhado.
Direito do trabalho:
Contrato de trabalho:
O contrato de trabalho é um acordo tácito ou expresso, pelo qual uma pessoa física,
chamada de empregado se compromete, mediante o pagamento de uma contraprestação
salarial, a prestar trabalho não eventual e subordinado em proveito de outra pessoa, física
ou jurídica, chamada de empregador.
O trabalho deve ser prestado por pessoa física, para caracterizar a relação de
emprego, não podendo o trabalhador ser pessoa jurídica. São requisitos caracterizadores da
relação de emprego o trabalho prestado por pessoa física:
Contrato escrito é aquele onde as partes firmam um contrato escrito por meio de
assinatura, nele contendo o nome e a qualificação do empregador e empregado, o objeto do
contrato, os direitos e as obrigações dos contratantes, a jornada diária de disponibilidade do
empregado no serviço e a remuneração que será efetuada em troca da prestação de
serviços. A simples assinatura da CTPS já caracteriza um contrato escrito.
O contrato por prazo determinado só poderá durar dois anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, e desde que esta prorrogação não ultrapasse este limite. Em se
tratando de contrato de experiência, o contrato só poderá durar noventa dias, podendo ser
prorrogado uma única vez, desde que não ultrapasse este limite. Entre o final de um
contrato por prazo determinado e o início de outro, é preciso que se tenha decorrido mais
de seis meses. Caso isso não ocorra, poderá este segundo contrato ser considerado contrato
por prazo indeterminado.
Contrato de experiência:
Transferência de empregados:
Férias:
Quando as férias não forem concedidas dentro do prazo, será paga a remuneração
em dobro pelo empregador. É permitido ao empregado, com a concordância do
empregador, fracionar as férias em dois períodos, mas nenhum deles poderá ser inferior a
dez dias. É permitido ao empregador conceder aos empregados de determinado setor da
empresa ou mesmo a todos eles as férias coletivas, dando com quinze dias de antecedência,
publicidade sobre esta concessão.
Não será devida a remuneração do repouso semanal e dos feriados, nos casos em
que o empregado, sem nenhum motivo relevante ou justificado, não tiver trabalhado
durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o sua jornada, seu horário de
trabalho. Contudo o empregado que apenas faltou ou chegou atrasado sem justificativa não
perderá o direito ao repouso semanal remunerado e ao feriado, apenas a remuneração do
dia em que faltar ao trabalho.
Jornada de trabalho:
É importante fixar a jornada de trabalho para que seja preservada a saúde dos
empregados, pois todo trabalho realizado em excesso pode gerar doenças profissionais e
acidentes de trabalho. A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XIII, fixou a jornada de
trabalho diária em 8 horas e a semanal em 44 horas, sendo possível haver a compensação de
horários ou a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva. A Consolidação
das Leis do Trabalho, em seu artigo 58, também fixa a jornada diária em 8 horas.
O Tribunal Superior do Trabalho admite que haja a escala de revezamento que fixe a
jornada na modalidade de 12 x 36 horas, mas para que isto seja possível, é preciso que seja
estabelecida a jornada por acordo ou convenção coletiva de trabalho.
O intervalo intrajornada é aquele que ocorre dentro de uma mesa jornada diária de
trabalho, que tem por finalidade o repouso e alimentação do empregado. Se a jornada do
empregado excede de seis horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para
alimentação e repouso do empregado de, no mínimo, uma hora, mas se houver convenção
ou acordo coletivo, este intervalo poderá durar até duas horas, não sendo computado o
intervalo na duração da jornada. Já se a jornada de trabalho exceder de quatro horas, mas
não ultrapassar seis horas, o intervalo intrajornada será de duração de quinze minutos, não
sendo computado o intervalo na duração da jornada.
Prorrogação de jornada:
A jornada de trabalho poderá ser prorrogada por meio de acordo escrito, individual
ou também coletivo, em tempo que não exceda de duas horas, com o acréscimo no
pagamento do serviço extraordinário superior, no mínimo em cinquenta por cento a mais do
que a hora normal de trabalho. Configura-se, então, como hora-extra, conforme o artigo 7º,
XVI, onde a remuneração do serviço extraordinário deverá ser superior, no mínimo, em
cinquenta por cento à do normal.
Horário noturno:
Atividades insalubres são aquelas que, por sua natureza ou pelos métodos de
trabalho, exponham os obreiros a agentes que são nocivos à saúde, como, por exemplo, o
ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidades e agentes químicos. O adicional de
insalubridade deve ser calculado em razão de dez por cento, vinte por cento ou quarenta por
cento, para os graus mínimo, médio e máximo, respectivamente.
Estabilidade:
O empregado estável é aquele que por algum motivo não poderá ser demitido sem
justa causa. A estabilidade poderá ser de duas formas, a definitiva e a provisória. A
estabilidade definitiva é aquela que vai produzir efeitos por toda a relação de emprego. Ela é
adquirida após três anos de efetivo exercício em razão de nomeação para cargo de
provimento efetivo em função de concurso público. Já a estabilidade provisória é aquela que
apenas produz efeitos enquanto durar, enquanto persistir uma causa especial que a motivar.
Trabalhador eventual:
O trabalhador eventual é aquele que não é fixo, que apenas trabalha em uma
ocasião, em um evento específico, para um determinado serviço ou acontecimento. É aquele
trabalho realizado de forma esporádica, temporária, que tenha curta duração, que, de regra,
ocorre em atividades meio e não atividades fim da empresa. Terminando o evento, o
trabalhador é imediatamente desligado, pois não há relação de emprego. A diarista é uma
ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV
246
trabalhadora eventual, pois, eventualmente, faz uma faxina; o pintor também pode ser
considerado um trabalhador eventual; e também um encanador.
Trabalhador autônomo:
O menor não poderá trabalhar em locais que prejudiquem a sua saúde, ao seu
desenvolvimento físico ou a sua moralidade. É proibido o menor trabalhar em boates,
cassinos, dancings, assim como é proibido o trabalho em locais de venda de bebida alcoólica,
o trabalho com produção, composição, entrega e vendas de escritos e outros objetos que
prejudiquem a sua formação moral.
a) acidente de trabalho ou doença, após o décimo quinto dia. Neste caso, dá-se a
suspensão pelo fato de o empregado entrar em gozo do auxílio doença, que é
pago pela Previdência Social;
b) durante a prestação do serviço militar obrigatório. Embora o acidente de
trabalho e a prestação de serviço militar obrigatória sejam hipóteses para a
suspensão do contrato de trabalho, haverá contagem de tempo de serviço, e
haverá também o recolhimento de FGTS;
c) empregado eleito para o cargo de dirigente sindical, quando estiver no exercício
das suas funções sindicais. Caso haja cláusula no contrato de trabalho ou acordo
ou convenção coletiva de trabalho, o empregador poderá manter a obrigação do
pagamento da remuneração e das outras vantagens do empregado. Neste caso,
não será mais suspensão, e sim interrupção do contrato de trabalho;
d) afastamento do empregado em caso de prisão;
e) aposentadoria por invalidez.
O contrato pode terminar por iniciativa das partes, sem que nenhuma delas tenha
cometido falta grave, como, por exemplo, na dispensa sem justa causa do empregado, no
pedido de demissão do empregado, no acordo ou distrato que ocorre quando ambas as
partes do contrato decidem em conjunto terminá-lo sem justo motivo, ou quando chegar o
fim do período do contrato por prazo determinado.
O contrato de trabalho também poderá ser encerrado quando uma das partes ou as
duas cometerem falta grave. Se a falta for por parte do empregado, é facultado ao
empregador demiti-lo por justa causa. Poderá ocorrer também de o empregador cometer
uma falta grave, dando razão para o empregado romper o contrato, que é o caso da rescisão
ou despedida indireta. Por fim, poderá ocorrer de as duas partes cometerem falta grave,
ocorrendo a culpa recíproca.
Aviso prévio:
De regra, o aviso prévio será aplicado nos contratos por prazo indeterminado, pois,
nos casos de contrato por prazo determinado, o prazo para o término do contrato já foi
anteriormente estabelecido entre o empregado e empregador.
O aviso prévio deverá ser concedido com pelo menos trinta dias de antecedência.
Mas, a depender do tempo de trabalho do empregado, este prazo poderá ser superior a
trinta dias. A cada um ano de trabalho o empregado terá direito a três dias a mais de aviso
prévio, sendo que o limite máximo será de noventa dias.
A dispensa por justa causa ocorre pela quebra da confiança, o que prejudica a
continuidade da relação de emprego. É configurada quando a conduta do empregado for
dolosa ou culposa. São hipóteses de dispensa por justa causa:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta e mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia, sem permissão do empregador
e quando constituir ato de concorrência à própria;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido
suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa,
ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra e da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o
empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria
ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
O contrato de trabalho poderá ser extinto pela prática de faltas graves cometidas
MÓDULO IV ANÁLISES CLÍNICAS
249
pelo empregador, impedindo e dificultando a permanência do empregado no serviço, dando
razão a rescisão ou despedida indireta.
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos
bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador com as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador, ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família,
ato lesivo da honra ou da boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu salário, sendo este por peça ou tarefa.
NASCH, L. Conceito de ética. Ética nas Empresas. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1993.
QUEIROZ, A. Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.
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ANÁLISES CLÍNICAS MÓDULO IV