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Objetivos Gerais

1 - Desenvolver a curiosidade em torno da história religiosa dos povos pré-


colombianos;
2 – Aumentar o interesse e a busca pelo Assunto;
3 – Promover um ambiente de discussão;
4 – Buscar um contexto similar dentro das histórias do grupo de estudos;
5 – Analisar as possibilidades de associação entre os fatos históricos pré-
colombianos e mundiais com a realidade e a necessidade simbólica do grupo no
seu desenvolvimento gnóstico.

Objetivo Específico

Através do contexto histórico pré-colombiano buscar a importância dos rituais de


sacrifício, principalmente humano, no desenvolvimento espiritual da humanidade.

Temas abordados

1 – Introdução: textos base sobre a religião dos povos Maia, Inca e Asteca;
2 – Exemplos de rituais de sacrifício humano na antiguidade: Egito, Grécia,
Roma, Hebreus;
3 – Cristianismo x Antropofagia e Sacrifício Humano;
4 – As Grandes Guerras no Contexto de Sacrifício Humano;
5 – O Islã e a Jirad;
6 – Ataque ao World Trade Center.

Metodologia

Através de texto introdutório levar a público o conhecimento enciclopédico sobre


a religião pré-colombiana, desenvolver as idéias sobre a importância do sacrifício
humano nas diversas sociedades e abrir espaço para o grupo explanar outras
afirmações e questões.

Duração

45 minutos.

INTRODUÇÃO

REGIME SOCIAL ERA TEOCRÁTICO, OU SEJA: O REI ERA O CHEFE


POLÍTICO E TAMBÉM TINHA A REPRESENTAÇÃO DIVINA.

Os Povos Maias

1. Povo ligado a sua realidade social e, portanto, extremamente dependente


da natureza em volta. Logo, seus deuses assumiam formas antropomorfas
(parecidas com o ser humano), fitomorfas (com forma de plantas),
zoomorfa (forma de animais) e astral (em formas de energia e espírito).
2. Para o Maia o tempo é cíclico e portanto os acontecimentos naturais
tendem a se repetir. O popo vuh (livro sagrado maia), fala que os deuses
criaram primeiro os seres que não possuíam consciência de si e, portanto,
não podiam adora-los. O homem como nós conhecemos surgiu após dois
grandes dilúvios que destruíram as primeiras versões humanas: Os homens
de barro e de madeira que eram imperfeitos. Na terceira tentativa criaram o
homem a partir do milho e ganharam consciência de si e o sangue dos
próprios deuses. Mas, com isso os homens deveriam reverenciar os deuses.
Observa-se por tanto a idéia dos fins dos ciclos que lembram que o
terceiro ser humano também não é perfeito e seus dias na terra estão
contados (referencia ao calendário maia).
3. Acreditavam também no submundo habitat dos mortos. Para eles, os
rituais magísticos e religiosos serviam para manter o equilíbrio do
universo. Assim, para manter o equilíbrio do mundo espiritual, havia
necessidade de fazer oferendas aos deuses através de comida, bebida e
principalmente sangue, animal ou humano, dependendo da importância ou
finalidade do sacrifício.
4. Assim como os egípcios, os mais acreditavam em uma vida após a morte e
também dedicavam rituais especiais para os falecidos tomando
providências para que o espírito levasse tudo o que fosse necessário para
garantir sua boa estadia no mundo dos espíritos.

OS ATECAS

1. Sua religião era um misto de deuses ligados a natureza dos camponeses


com os seres astrais dos guerreiros.
2. A religião Asteca foi uma combinação de elementos do politeísmo, do
{xamanismo} e da crença de que todos os seres, animados ou inanimados,
tivessem uma alma,
3. Era uma grande honra ser oferecido em sacrifício aos deuses porque esses
tinham sua entrada no império do sol, principal deus asteca, assim como os
mortos em combate.
4. Uma prática comum da religião asteca era a da “recriação” das divindades.
Os eventos mitológicos eram recriados e pessoas vivas personificavam os
deuses. Elas eram reverenciadas como sendo deuses e ao final de cada
ritual eram sacrificadas.
5. Como o mundo dos deuses e o mundo dos mortais eram muito instáveis,
somente uma religião severa poderia assegurar a permanência do
equilíbrio das energias possibilitando que o sol renasce todos os dias.
6. Da mesma forma que acreditavam em um mundo superior, atribuíam ao
inferno o lugar em que os indignos habitavam. O Inferno Asteca era
chamado de Mictlan, que se traduz em “Lugar da Morte”. A existência
para os astecas era prevista como um ciclo entre os dois mundos
acessíveis. O ciclo era: nascer, viver, morrer e renascer (ou reencarnar).
Acreditavam os Astecas que, assim como o Sol (que passava pelo Mictlan
na noite) e o milho (que renascia na primavera após um período de morte),
os humanos seguiriam o mesmo destino.
7. O céu e o inferno eram divididos em camadas. Mictlan tinha nove camadas
nas quais eram habitadas por diferentes divindades e seres mitológicos. O
céu possuía 13 camadas, onde a mais alta era chamada de Omeyocan (“O
Lugar da Dualidade”), no qual permanecia o deus Ometeol (dualidade
entre “Ometecutli/Omecihuatl”). Outro lugar místico era Tlalocan (“O
Lugar de Tlaloc”), que possuía um aroma primaveril e água abundante –
era onde as pessoas que morriam afogadas tinham a sua pós-vida e
Tamoanchan, o local da origem dos deuses.
8. A idéia Asteca sobre vida após a morte, para os guerreiros e para as
mulheres que morriam durante o parto, era de que suas almas seriam
transformadas em beija-flores, que seguiriam na direção da trajetória do
Sol no céu. As pessoas que morriam de forma menos gloriosa iam para
Mictlan.
9. Na “Visão dos Mundos” Asteca, assim como na Mesoamérica em geral, as
cavernas e montanhas eram vistas como “portais”, ou lugares de conexão
dos dois mundos – o “inferior” e o “superior”. Até mesmo as direções
cardeais eram tidas como símbolos que se associavam com cores e deuses.
10. Também acreditavam que a humanidade passou por quatro destruições. A
quinta geração de humanos vive apenas uma vez e sua vida é cheia de
alegria e de tristeza. Para se alcançar a imortalidade deveria se tornar
famoso. O defunto teria que ser lembrado após a sua morte.
11. Teotl é um conceito central da religião Asteca. No idioma Nahuatl é
interpretado como “Deus”, mas pode ser muito mais abrangente,
referindo-se a todo “poder” divino ou energia, assim como o conceito dos
polinésios sobre Mana.
12. Essa crença pode ter possibilitado a queda do império Asteca, pois,
segundo algumas fontes, a chegada de Cortés foi comemorada e ele foi
reverenciado como sendo um Teotl.

OS INCAS

1. Viracocha ou o velho homem do céu criou o universo e ensinou ciência,


agricultura, arte, e tudo o mais ao ser humano. Os Incas adoravam-no mas,
acredita-se que não lhes rendiam sacrifícios nem tributos. Ao contrário,
Inti ou o deus sol era um deus agrícola que exigia sacrifícios para que os
laços entre ele e o povo Inca se fortalecesse. Ou seja: O principal deus
Inca, em forma astral, não exigia sacrifícios enquanto os deuses naturais,
no momento em que se ofendiam com os humanos, castigavam-nos com
desastres naturais e doenças. Para aplacar a ira dos deuses os Incas
encaminhavam a eles inúmeros sacrifícios humanos. A religião Inca era
dualista, constituída de forças do bem e do mal. O bem era representado
por tudo aquilo que era importante para o homem como a chuva e a luz do
Sol, e o mal, por forças negativas, como a seca e a guerra.
2. Os Incas ofereciam sacrifícios tanto humanos como de animais nas
ocasiões mais importantes, na maioria das vezes em rituais ao nascer do
sol. Grandes ocasiões, como nas sucessões imperiais, exigiam grandes
sacrifícios que poderiam incluir até duzentas crianças. Não raro as
mulheres a serviço dos templos eram sacrificadas, mas a maioria das vezes
os sacrifícios humanos eram impostos a grupos recentemente conquistados
ou derrotados em guerra, como tributo à dominação.
3. Os Incas acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra,
ama sua, ama llulla, ama chella (não roube, não minta e não seja
preguiçoso), quando morressem iriam viver ao calor do sol enquanto os
desobedientes passariam os dias eternamente na terra fria.
4. Os Incas também praticavam o processo de mumificação, especialmente
das pessoas falecidas mais proeminentes. Junto às múmias era enterrada
uma grande quantidade de objetos do morto. De suas sepulturas,
acreditavam, as múmias mallqui poderiam conversar com ancestrais ou
outros espíritos.
5. (inca = o senhor = deus)

Em Resumo:
A importância do ritual de sacrifício humano

1. De acordo com suas crenças cosmológicas, os sacrifícios serviam para


manter o equilíbrio do cosmos e de apaziguar os deuses que presidiam
sobre ele. Os povos pré-colombianos não só ofereciam membros de sua
própria comunidade como também conduziam guerras rituais para ganhar
vítimas sacrificais. Eles aperfeiçoaram as táticas de batalha de modo que
essa fosse um meio eficaz de manter uma produção de vitimas de
sacrifício.
2. Os mesoamericanos e peruanos antigos acreditavam que era uma honra
ser sacrificado aos deuses. As culturas elogiava aos cativos bravos que
voluntariamente ofereciam seus corpos. As mulheres e as crianças
entregues aos sacrifícios recebiam tratamento especial.

O jogo de bola: maia e asteca.

3. O jogo poderia ser praticado por dois jogadores ou duas equipes.


Simbolizava a guerra do inframundo contra os seus adversários terrenos.
Tem como base a idéia de movimento do universo e renascimento,
principalmente quando relacionado com a guerra entre a luz e as trevas, o
dia e a noite. O fim e o recomeço. O sacrifício dependia da aposta. Por
hora os jogadores inimigos poderiam ser sacrificados. Ou o líder do time
vencedor. De qualquer maneira, o sacrifício servia naturalmente para
saudar aos deuses e fortalecer os laços entre os homens e os deuses bem
como garantir, a partir do derramamento do sangue e do movimento da
bola e dos times, o movimento do cosmo e o renascimento do dia após
cada noite.

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