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Dércio Marcos Cavele

Edson Arlindo Nhatuve

Neima Florinda Orlando

Ricardo Micas Nhavoto

Teorema de Desargues e suas Particularidades

Licenciatura em Matemática

Universidade Save

Chongoene

2023
Dércio Marcos Cavele

Edson Arlindo Nhatuve

Neima Florinda Orlando

Ricardo Micas Nhavoto

Teorema de Desargues e suas Particularidades

Trabalho a ser apresentado ao


Departamentode Ciências Naturais e Exactas,
Curso de Liceciatura em Matemática para
efeitos de avaliação, na cadeira de Geometria
Projectiva sob orientação do MSc: Sebastião
Matimule

Universidade Save

Março

2023
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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4

2. OBJECTIVOS.........................................................................................................................5

2.1. Geral.....................................................................................................................................5

2.2. Específicos...........................................................................................................................5

3. METODOLOGIAS.................................................................................................................5

4.0. O TEOREMA DE DESARGUES E SUAS PARTICULARIDADES................................6

4.1. Teorema de Desargues.........................................................................................................6

5.2.0. Casos particulares de Desargues.......................................................................................8

5.2.1. Teorema de Desargues com centro no infinito.................................................................8

5.2.2. Teorema de Desargues com eixo no infinito....................................................................9

5.2.3. Teorema de Desargues com centro no infinito e eixo no infinito.....................................9

6.0. CONCLUSÃO...................................................................................................................10

7.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................11


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1. INTRODUÇÃO

O Renascimento foi um período marcado por profundas transformações do pensamento


humano em particular, as artes plásticas e as geometrias, dois campos com estreitas ligações e
cristalizados por mais de doze séculos, passaram por uma revolução que as libertou do jugo
do classicismo grego antigo.
A geometria euclidiana, com as suas noções de semelhanças e de equivalência de figuras
mediante as congruências, não era capaz de atender as novas necessidades. Foi então surgindo
de modo intuitivo a noção de perspectiva nos trabalhos dos pintores do inicio do seculo XV.
A primeira sistematização matemática do conceito de perspectiva foi feita em 1435 pelo
italiano Leone Battista Albert. A ideia de Albert foi a de simplificar o complexo mecanismo
da visão. Para este trabalho nos interessa particularmente o teorema de Desargues.
Este teorema é o primeiro novo da geometria projectiva que relaciona dois triângulos em
perspectiva. Duas figuras dizem-se em perspectiva a partir do ponto O, quando elas são
secções de uma mesma projecção do centro O.
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2. OBJECTIVOS

2.1. Geral

 Compreender a representação do teorema do Desargues e suas particularidades

2.2. Específicos

 Definir teorema de Desargues


 Efectuar demonstrações em volta do teorema de Desargues
 Mencionar os procedimentos para representação do teorema de Desargues
 Mencionar casos particulares de Desargues

3. METODOLOGIAS
Para a realização do presente trabalho, baseou – se numa primeira fase na pesquisa a qual
consistiu na consulta de diversas obras bibliográficas e recolecção de informação atinente ao
tema em causa. Em seguida usou – se o método analítico, que consistiu na analise da
informação recolhida e seguiu – se com a respectiva compilação.

Segundo Gil (2019), o método bibliográfico é desenvolvido a partir do material já elaborado,


sobretudo os manuais, as teses científicas já publicadas que tem como vantagem garantir que
o investigador consiga fazer a colecta e a sistematização das matérias a serem analisadas. Este
método permite que o investigador faça a cobertura de fenómenos muito mais amplos do que
a daquelas que poderiam ter directamente
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4.0. O TEOREMA DE DESARGUES E SUAS PARTICULARIDADES

O teorema de Desargues resulta da negação do famoso postulado das paralelas da Geometria


Euclidiana, notando – se que:

 Duas rectas coplanares distintas se intersectam em um e somente um ponto.


 Se dois triângulos são perspectivos por um ponto, então eles são perspectivos por uma
recta.

1. Teorema é uma proposição que é garantida por uma prova, ou seja, que demonstra ser
verdadeira baseada em proposições anteriores. (Bispo. 2011). Ou, é uma dedução lógica que é
provada a partir de deduções baseadas em axiomas ou postulados.

2. Axioma é um ponto de partida de raciocino, uma proposição assumida como verdadeira e


que não precisa de prova. (Bispo. 2011). Ou, é um conceito matemático que não precisa de
demonstrações para ser verdadeiro.

4.1. Teorema de Desargues


É uma propriedade dos triângulos que estão em perspectiva.
Diz – se que figuras são perspectivas se os seus pontos podem ser colocados em uma
correspondência biunívoca de forma que par de pontos correspondentes definem rectas
concorrentes ou se as suas rectas podem ser colocadas em uma correspondência biunívoca de
forma que par de rectas correspondentes definem pontos colineares. A primeira
correspondência é dita perspectividade por um ponto, chamado centro da perspectividade,
enquanto a segunda correspondência é dita perspectividade por uma recta chamada eixo da
perspectividade.

NB: Se duas figuras são perspectivas, então os vértices e os lados de ambas são todos
distintos.

 Dois triângulos são perspectivos em relação a um centro se e somente se forem


perspectivos em relação a um eixo.

Estamos perante a proposição 1: Duas rectas coplanares distintas se intersectam em um e

somente um ponto.
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Figura 1: Ilustração do teorema de Desargues em dois triângulos perspectivos

Poncelet define duas figuras como sendo homólogas, quando uma pode ser obtida da outra,
mediante uma sequência de projecções e seções. O teorema de Desargues nos fornece um
critério de definirmos a homologia entre dois triângulos.
Dois triângulos são homólogos se e somente se existir uma transformação geométrica que
estabeleça uma relação biunívoca entre pontos e rectas de maneira que dois pontos
correspondentes estejam alinhados a um terceiro ponto fixo, denominado centro da
homologia, e rectas correspondentes se encontrem sobre uma mesma recta, denominada Eixo
da homologia.

Figura 2:O Teorema de Desargues e a homologia de triângulos

Proposição 2: Se dois triângulos são perspectivos por um ponto, então eles são perspectivos
por uma recta.
' ' '
Demostração: Se P P , Q Q , R R , passam pelo ponto O, então os pontos:
' ' ' '
A=QR⋅Q R B= RP⋅R' P' C=PQ⋅P Q são colineares.

1. O teorema é trivial quando os dois triângulos estão em planos distintos. Os pontos A, B e C

estão ambos nos planos α=PQR e β=P Q R portanto estão sobre a recta α⋅β .
' ' '

Se os triângulos estejam em um mesmo plano temos dois pontos S e S , numa recta qualquer
'

incidente a O e fora do plano PQR . As rectas P P , Q Q , R R e S S passam todos por O. Como


' ' ' '
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P , P ' , S e S' estão sobre o plano OPS , segue que PS e P' S ' se intersectam em um ponto P1,
' ' ' ' ' '
similarmente, determinamos os pontos Q 1 =QS⋅Q S , P1=PS⋅P S e R1 =RS⋅R S .
' ' '
Aplicando o teorema para os triângulos QRS ,Q R S , que estão em planos distintos então:
R1 =RS⋅R S , Q 1 =QS⋅Q S , A=QR⋅Q ' R' , são colineares. Assim A ∈Q1 R 1 . De uma
' ' ' '

forma análoga, B∈ P1 R1 e C ∈ P1 Q1 . Logo os três pontos ABC estão sobre a recta


PQR=P1 Q1 R1 . E sua reciproca.

Figura 3: Planos distintos

5.2.0. Casos particulares de Desargues


Os casos particulares de Desargues são:

 Teorema de Desargues com centro no infinito


 Teorema de Desargues com eixo no infinito
 Teorema de Desargues com centro no infinito e eixo no infinito

5.2.1. Teorema de Desargues com centro no infinito


As rectas que unem os vértices correspondentes serão paralelas dado que o centro é um ponto
de infinito. Pode – se se notar com a construção que o eixo não esta no infinito apesar de o
centro estiver no infinito.

Figura 4:Teorema de Desargues com centro no infinito


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5.2.2. Teorema de Desargues com eixo no infinito


Para o eixo estar no infinito é necessário representar o teorema de Desargues de modo que os
lados correspondentes sejam paralelos ou seja, intersectem-se em pontos M, N e O de
infinitos. O centro não está no infinito embora a perspectividade foi obtida a partir de um eixo
do infinito.

Figura 5:Teorema de Desargues com eixo no infinito

5.2.3. Teorema de Desargues com centro no infinito e eixo no infinito


Os lados correspondentes se intersectam em pontos do infinito e as rectas que unem vértices
correspondentes também concorrem num ponto do infinito.

Figura 6:Teorema de Desargues com centro no infinito e eixo no infinito


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6.0. CONCLUSÃO

O teorema de Desargues assim como os respectivos casos particulares ajudam bastantes a


resolver exercícios de construção geométrica muitas das vezes sem necessidade de recorrer –
se ao uso completo de materiais de desenho ou de conhecer todos os elementos necessários
para a construção de figuras. Nas particularidades de Desargues qualquer ponto (recta) pode
ser tomado como centro (eixo) de perspectividade.
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7.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Gonsavel, T. d. (2013). Uma introdução à Geometria Projectiva para o Ensino


Fundamental. Rio Grande, Brasil.

 Muchanga, F. A. (2017). Manual de Geometria Projectiva. Maputo.

 Valentim, A. C. (2003). Introdução à Geometria Projectiva. Vítoria.

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