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Globalização

Os fatores e as dinâmicas da globalização são predominantemente de carácter económico e financeiro mas também cultural.

Globalização: processo de aprofundamento da integração económica, social, cultural e política a nível mundial.
Verifica-se uma crescente interdependência entre os países, pois o processo de globalização ao envolver os países faz com
que todos dependam uns dos outros.

Domínios da globalização:
 Mundialização das trocas
 Empresas transnacionais
 Globalização financeira
 Globalização da informação
 Movimentos da população (migrações e turismo)
 Globalização cultural (valores, comportamentos e símbolos culturais)

Globalização Económica:
Empresas transnacionais (ETN) -> deslocalizam a sua produção para outros países -> aumento da circulação de bens e
serviços, informação, tecnologia e capitais -> Globalização Financeira (investidores, empresas, instituições financeiras,
particulares, localizados em qualquer parte do mundo, podem movimentar largas somas de dinheiro (movimentação de
capitais à escala mundial).)

Empresas transnacionais: contribuem para o aumento da circulação de informação e tecnologia a nível mundial

Globalização Cultural:
× Produtos culturais circulam pelo mundo (filmes, series, músicas…)
× Difusão à escala mundial de valores, comportamentos e símbolos culturais
× O contacto entre culturas origina uma nova cultura resultante da absorção mútua das características e costumes-
aculturação
× A cultura globaliza-se pela proximidade das sociedades

A globalização cultural é associada à hegemonia dos países ocidentais pois uma parte significativa dos bens culturais são
produzidos e consumidos pelos países ocidentais.

Consumo e estilos de vida:


- Nas sociedades modernas os indivíduos têm possibilidade de escolher o seu estilo de vida, pois havendo grupos que se
diferenciam pelas suas práticas quotidianas, os indivíduos podem escolher o grupo de pertença com que se identificam.
Consumo (para satisfazer necessidades) -> varia no tempo e no espaço, depende de vários fatores e está associado a um valor
simbólico
Como vivemos em coletividade o consumo será sempre um ato de responsabilidade. Os excessos de consumo traduzem-se
em desperdício e lixo que impedem uma vida saudável e o bem-estar de todos.
O consumo tem consequências (pessoais, sociais, económicas, ambientais, políticas…)
Interiorização dos padrões de consumo -> criação de hábitos de consumo
Estilos de vida (variam no tempo e no espaço, grande diversidade) -> práticas de consumo diferenciadas
Ambiente, riscos e incertezas

Os riscos adquiriram, atualmente, uma dimensão global, devido aos processos mundiais de interdependência e integração.
Como os riscos afetam, potencialmente, todas as populações do planeta, a sociedade atual é designada como sociedade de
risco.

Família

Tipos de família:
 Família nuclear: constituída por dois adultos que vivem juntos no seu agregado com filhos biológicos e/ou adotados.
 Família extensa: inclui parentes próximos (avós, tios, primos…) além de um casal e dos seus filhos, que ou vivem na
mesma casa ou vivem numa relação contínua e estreita com os outros.
 Família monoparental: composta pelo pai ou pela mãe que podem estar na condição de solteiros, separados,
divorciados ou viúvos, e pelos seus filhos biológicos e/ou adotados.
 Família recomposta: é aquela em que pelo menos um dos adultos tem um filho de um relacionamento anterior,
podendo viver no seio do agregado familiar ou próximo.
 Família homossexual: é constituída por dois adultos do mesmo sexo que podem ter adotado crianças.
 União de facto: respeita as duas pessoas que viva maritalmente, mas não oficializaram a sua união pelo casamento.

 As famílias monoparentais e as famílias recompostas são consequência de uma sociedade em evolução.

Indicadores sociodemográficos e familiares:


× Taxa de nupcialidade (casamento): atualmente é menor o nº de casamentos celebrados, e a idade com que se casam
pela primeira vez aumentou (era em média 25 anos e agora é em média 33 anos), logo a taxa de nupcialidade
diminuiu
× Taxa de fecundidade: atualmente uma mulher em idade fértil tem menos filhos, logo a taxa de natalidade
diminuiu
× Taxa de divórcios: aumento do número de divórcios, o que contribui para o aumento de famílias monoparentais e
famílias recompostas
× Taxa de coabitação: aumento do nº de pessoas a viverem em coabitação, fazendo-o antes de se casarem- muitas
vezes antes do nascimento dos filhos- ou assumindo esta opção como alternativa ao casamento, mesmo tendo filhos.
 A redução das taxas de natalidade e mortalidade, associada ao aumento da esperança média de vida, tem
contribuído para o envelhecimento crescente da população.
Portugal é um dos países com maior número de idosos da União Europeia.
Houve um decréscimo da percentagem de jovens e um aumento significativo do nº de idosos.
O envelhecimento demográfico tem muitas consequências: despovoamento de muitas zonas do interior do país,
acréscimo dos custos dos sistemas de saúde e da segurança social…

(unidade 7.3/7.4 ver resumo matilde)


Novos tipos de família e novos papeis parentais:
 Desde 1974, o conceito família tem vindo a ser alterado, modificado para algo mais “igualitário e democrático”.
 Emancipação das mulheres e Distribuição dos deveres familiares:
- criação famílias dupla carreira (tanto o homem como a mulher trabalham e desempenham atividades domésticas)
- igualdade de direitos e deveres
- direitos atribuídos: abono família, não discriminação de crianças nascidas fora do casamento, direitos da mulher
trabalhadora, salário igual perante as mesmas condições de trabalho
 Relações pais e filhos: um modelo mais próximo e mais democrático
- os filhos dos casais passam a ter direitos, os deveres de respeito, assistência e auxilio devem ser mútuos entre
pais e filhos
- desenvolvimento de uma relação menos autoritária entre pais e filhos, ao seja, apesar de uma relação conjugal
poder ser desfeita, a relação parental é contínua
- existe uma maior preferência do modelo de pai e marido compreensivo e presente face ao modelo de pai distante e
autoritário
 Coabitação e união de facto:
- cada vez é mais normal haver casais a se casarem mais tarde ou a nem sequer se casarem
- hoje em dia, já é normal a situação de coabitação (“viver juntos”)
 Namoro e vida sexual:
- desde 1974, que o namoro e as relações sexuais antes do casamento se tornam mais aceites, são consideradas
coisas completamente normais e necessárias
- o homem inicia a sua vida sexual mais cedo e somam mais parceiros, enquanto a mulher usa a vida sexual orientada
por uma maior necessidade de afeto e compreensão
 Famílias homossexuais:
- homofobia e transfobia é um assunto ainda recorrente, mas tem vindo a diminuir
- desde os anos 90 que os movimentos LGBTQIA+ vêm a surgir
- casamento gay aprovado em 2010 em Portugal, e a possibilidade de casais do mesmo género poderem adotar
crianças aprovada em 2016
 O papel social da criança:
- criança deixa de ter uma função económica para a família, têm função afetiva
- marcam um grande gasto nas famílias (educação, necessidades básicas…)
- consequências: surgiu um mercado vocacionado para a ajuda de pais a educar os filhos (este mercado também gera
pressão sobre os educadores)

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