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INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO

CAMPUS GARANHUNS
CURSO TÉCNICO INTEGRADO DE INFORMÁTICA – TARDE

Estados Unidos da América na Geopolítica Globalizada


(1° UNIDADE – 1° BIMESTRE)

BRUNO HONORATO
DANIEL OLIVEIRA ROSENDO
GUSTAVO PEDRO DE ARAÚJO UBIRAJARA
GREICIANY DE LIRA MOREIRA
JULIO MEDES DE LIRA ALVES

Garanhuns –PE
31 de julho de 2023
GUSTAVO PEDRO DE ARAÚJO UBIRAJARA

Estados Unidos da América na Geopolítica Globalizada


(1° UNIDADE-1°BIMESTRE)

Trabalho apresentado ao
professor João Paulo Gomes
Aragão como pré-requisito
avaliativo do I bimestre da
disciplina de Geografia do curso
Técnico Integrado em
Informática, 2º Ano, período da
tarde.

Garanhuns– PE
04 de março de 2023
1. Introdução a Geopolítica Mundial

A geopolítica é uma área que se concentra na interseção entre geografia, relações


internacionais e dinâmica de poder global. Suas raízes remontam ao início do século XX
e se fortalecem com o passar dos anos. Hoje, esses estudos englobam a análise de
diversos fatores que podem impactar as relações econômicas, políticas e culturais entre
diferentes países, por isso tornam-se cada vez mais importantes. Ao compreender esse
campo da geografia, é possível aprofundar o entendimento sobre as relações de poderes,
ações diplomáticas e militares, guerras e movimentos mundiais.

1.1 O que é geopolítica

Geopolítica é um ramo da ciência que aborda a relação entre a geografia,


acontecimentos históricos e políticos, com o objetivo de interpretar fenômenos globais.
Para isso, a área estuda temas como guerras, movimentos migratórios e acordos entre
países, por exemplo. A ideia é entender como os humanos interagem com seu ambiente,
considerando as relações de poder, para então compreender suas posições políticas e
impactos das ações a nível global. Esses estudos podem, por exemplo, examinar como os
líderes aproveitam as vantagens geográficas para criar estabilidade econômica e militar,
como os recursos são divididos entre os países e como as diferenças locais ou regionais
afetam o cenário internacional.

1.2 Origem da geopolítica

O termo surgiu pela primeira vez no início do século XX, apresentado em uma
obra de Rudolf Kjellén, um cientista político sueco que cunhou o conceito durante seus
estudos sobre geografia política. Na época, Kjellén definiu o Estado como principal
agente político e delineou o conceito no contexto da Suécia, ampliando o conceito de
geografia política. O momento, marcado pela Primeira Guerra Mundial e por disputas
territoriais, fortaleceu esses estudos. Contudo, foi durante a Segunda Guerra Mundial e
a Guerra Fria que as questões territoriais se intensificaram e o termo realmente ganhou
destaque. Neste período, o cenário mundial estava à frente de uma disputa ideológica,
com disputas econômicas e políticas envolvendo as relações internacionais. Com isso, os
estudos geopolíticos se concentraram na análise das relações militares e diplomáticas da
época. Após o fim da Guerra Fria, o período histórico da Nova Ordem Mundial, marcado
pela multipolaridade, trouxe uma abordagem mais econômica para os estudos. Desde
então, essa área da geografia evoluiu e incluiu outras dinâmicas em suas pesquisas sobre
o cenário político internacional, como questões populacionais, por exemplo.

1.3 O que a geopolítica estuda?

O campo de estudo geopolítico busca interpretar as relações de poder, seja de um


país com o seu território ou entre diferentes Estados, observando assim os
acontecimentos globais. Essa pesquisa envolve diferentes fatores, como as associações
diplomáticas, os interesses de cada país e as estratégias adotadas por eles diante de
diferentes situações. Para isso, a área avalia temas como:
 Conflitos mundiais;
 Relações de dominação entre países;
 Relações econômicas, políticas e culturais entre diferentes países;
 Papel de diferentes agrupamentos, como blocos econômicos, no cenário global;
 Atuação de organizações supranacionais, como a ONU (Organização das Nações
Unidas).
A partir disso, os estudos buscam compreender as motivações, os comportamentos e os
impactos das relações de poder no cenário territorial e também mundial.

1.4 Importância da geopolítica

Essas análises são fundamentais para entender questões políticas, sociais e econômicas
do mundo, bem como o papel de cada país e organização no contexto maior. Além de
ajudar a compreender a conjuntura política mundial passada, os estudos geopolíticos
contribuem para a interpretação de questões atuais, trazendo uma visão mais analítica dos
fatos. Com isso, é possível obter informações sobre o nível de influência de países e,
assim, prever o decorrer de relações internacionais e movimentos globais. A partir dessas
análises, o conceito geopolítico fornece uma estrutura para desenvolver e executar ações
para lidar com diversos cenários, buscando atender interesses comuns e preservar a
segurança dos países.
1.5 Geopolítica mundial

O contexto geopolítico mundial teve muitas transformações ao longo dos anos,


impulsionadas por acontecimentos históricos, como a Primeira e Segunda Guerra
Mundial, Guerra Fria, queda do Muro de Berlim e a Nova Ordem Mundial, por exemplo.
Além desses pontos, outro fato que direcionou a construção do cenário atual foi o
desenvolvimento do capitalismo, que levou também à dinamicidade de processos
econômicos e políticos. Atualmente, é possível observar outras questões relacionadas ao
conceito geopolítico acontecendo nos territórios internacionais, como a guerra entre
Rússia e Ucrânia. O conflito envolve motivações culturais, econômicas e políticas, e
afeta a conjuntura global. A mesma visão é válida para os confrontos recorrentes
no Oriente Médio, que abrangem também questões étnicas. Tudo isso acontece diante de
um cenário de multipolaridade mundial, que tende a impulsionar a ascensão de novos
pólos de poder e, com isso, criar tensões e conflitos como esses.

2. Ascensão dos EUA como potência global

Ninguém duvida que os Estados Unidos é a maior potência mundial na atualidade.


Inclusive, esse cenário no qual o país é o líder na economia mundial não é de ontem, pois
faz muitos anos que já é dessa maneira. Mesmo esse cenário não ter mudado em anos, nem
sempre os Estados Unidos foi uma superpotência. A história mostrou que o país soube se
aproveitar de boas oportunidades para crescer e chegar no patamar de hoje.

2.1 Estados Unidos antes do século XX

Se você lembra de suas aulas de história, sabe muito bem que o país foi colônia da
Inglaterra por muito tempo. A colonização dos países anglo-saxões da América do Norte
foi bem diferente da ocorrida na América Latina, pelos espanhóis e portugueses. Nos
países latinos predominou a exploração, ou seja, as colônias serviam para serem exploradas
e os colonizadores se preocupavam em encontrar matéria prima e metais preciosos. Nos
Estados Unidos, apesar de ter havido exploração, principalmente no sul do país, o local
servia mais como uma colônia de povoamento. Desde muitos anos, cerca de 3 ou 4 séculos
atrás, o país começou a se comportar de uma maneira que poderia colocá-lo entre países
fortes. Basicamente, a história dos Estados Unidos é uma história de guerras, e foi isso que
conseguiu posicionar o país no patamar que é encontrado nos dias atuais. Ao longo de pelo
menos 300 anos, o país teve que se tornar uma potência econômica e militar. Primeiro, o
país começou resolvendo seus conflitos internos, tanto políticos quanto econômicos.
Depois, unificou o povo, expandiu o território, deixou o território favorável ao capitalismo
e por último, abandonou sua neutralidade e começou a entrar em conflitos armados
internacionais. Desde muito cedo, o país incentiva a iniciativa privada, ajudando
empreendedores a abrirem seu próprio negócio e garantia que o Estado não se metesse
muito na economia.

2.2 Acontecimentos marcantes

A guerra e o crescimento econômico sempre andaram lado a lado nesse país. Confira agora
alguns acontecimentos antes do século XX que contribuíram para deixar os Estados Unidos
mais forte:
 1776: ano da independência do país, o que resultou em grandes conflitos armados;
 1865: o norte do país, que era desenvolvido, derrota o Sul, que era escravocrata, na
Guerra de Secessão. Depois disso, o norte trabalha junto com o sul para recuperar a
economia;
 1876: o exército ganha dos indígenas, o que estimulou a expansão populacional e
conquista de novos territórios;
 1898: primeiro grande conflito armado internacional dos Estados Unidos. O país
apoiou a independência de Cuba e entraram em guerra com os espanhóis. A vitória
dos EUA deu a eles antigas colônias espanholas, como Porto Rico. Nessa época, o
país começa a se posicionar como um imperialista.
Ainda, importante citar que no final do século XIX, a expansão que desejavam exigia a
procura por novos mercados. O país possuía recursos naturais importantes para as
indústrias, o que fez a economia acelerar. O mercado interno estadunidense cresceu, houve
investimentos em mineração, empresários como Henry Ford apareceram com inovações e
assim, começou a extração do petróleo e a criação de transportes. Os índios foram
removidos para reservas e assim, houve aumento nas áreas para plantio.
2.3 Estados Unidos depois do século XX

O século XX foi decisivo para a ascensão dos Estados Unidos. Logo no início do
século, houve a Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918. Os Estados Unidos estavam
neutros e acabaram entrando no conflito ao lado dos que venceram. Sua participação foi
crucial para o resultado que teve. Mas foi na Segunda Guerra Mundial que os Estados
Unidos se tornou o líder da economia global. O país entrou na segunda guerra ao lado dos
Aliados, formado por Estados Unidos, França, Reino Unido e, posteriormente, o antigo
Império Russo (agora União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Os Aliados
guerreavam contra o Eixo, formada por Alemanha, Itália e Japão. Os Estados Unidos
começaram a vender materiais bélicos e sua economia começou a crescer rapidamente com
as políticas que o país implantava internamente. Tornou-se forte economicamente e ajudou
seus aliados a vencerem a guerra. A Segunda Grande Guerra foi decisiva porque diversos
fatores fizeram com que os Estados Unidos se tornasse uma potência mundial após 1945,
ano em que terminou a segunda guerra. A primeira delas é que a Europa ficou devastada e
sem dinheiro por causa dos conflitos. Os Estados Unidos ajudaram o continente se
reerguer, financiando empréstimos. Isso ficou conhecido como Plano Marshall. Antes, o
polo econômico mundial era a Inglaterra, que também saiu enfraquecida da II Guerra.

2.4 Guerra fria: Conflitos entre Estados Unidos e URSS

A Segunda Guerra fez os Estados Unidos se tornarem uma grande potência. O país
soube se organizar e ver oportunidades para crescer ainda mais sua economia. Contudo,
após o conflito armado e a derrota da Alemanha com seus aliados, uma outra potência
começou a mostrar forças: a URSS. Ou seja, o poderio mundial após a Segunda Guerra
Mundial ficou dividido em dois polos: o lado capitalista, comandado pelos Estados Unidos,
e o lado socialista, comandado pela URSS. Os Estados Unidos agora começariam a
“guerrear” com a URSS. Depois de diversas disputas territoriais, corrida espacial e outras
“competições”, não é preciso dizer que o capitalismo venceu. No final, a URSS “perdeu”.
Muitos países que faziam parte do bloco começaram a se tornar capitalistas e isso ajudou
na hegemonia dos EUA. Apesar de já ser considerado a grande potência logo após a II
Guerra e durante a Guerra Fria, a vitória do capitalismo ajudou muito na imagem de país
forte que os Estados Unidos construíram. Assim, os EUA até hoje pode ser considerado a
maior potencial mundial. Ou seja, uma nação com força política, militar e econômica no
cenário internacional. Um país que se enquadra como potência é aquele que consegue
exercer poder na ordem mundial e na diplomacia e que principalmente, consegue fazer
prevalecer suas opiniões, ideais entre outras nações antes de entrar em conflito. E isso, os
Estados Unidos conseguem fazer muito bem.

3. Política Externa dos EUA


Após a Guerra Fria, a política externa dos EUA mudou, com menos ênfase na
contenção do comunismo. A ideia de primazia ganhou destaque, mas sua legitimidade era
importante. O governo Clinton foi visto como bem-sucedido nesse aspecto, enquanto o
atual governo é criticado por seu foco militar e arrogância, possivelmente enfrentando
resistência da elite americana.
3.1

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