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MANUAL DE TRANSPORTES

AQUAVIÁRIO
CARTA ABERTA IPIRANGA

Prezado Parceiro Transportador Ipiranga,

Com grande entusiasmo, estamos avançando em nossa missão de


abastecer a vida em movimento por meio do programa MOVER.

Agora, estamos ampliando nossas operações para além do transporte


rodoviário, adentrando o modal aquaviário, reforçando nosso
compromisso contínuo com um transporte de excelência.

Acreditamos firmemente que essa nova ferramenta garantirá a


sustentabilidade de nossos negócios, fortalecendo toda a cadeia logística
envolvida. Estamos consolidando nosso compromisso em assegurar um
transporte seguro, preservando a vida e o meio ambiente, por meio de um
sistema logístico eficiente. Ao levar a imagem e a cultura da Ipiranga pelas
diversas estradas, águas, clientes e unidades operacionais, estamos
contribuindo para o desenvolvimento do nosso país.

Reforçamos o convite para que unamos nossas forças e abasteçamos


juntos a vida em movimento!

Sebastião Furquim Bruno Baptista


Vice Presidente de Operação Diretor de Logística

01 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual


MÓDULO 1
LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO

MÓDULO 2
MOVER

MÓDULO 3
GESTÃO DA VIAGEM

MÓDULO 4
GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

MÓDULO 5
GESTÃO DO COMBOIO

MÓDULO 6
GESTÃO DA TRANSPORTADORA
módulo 1

LIDERANÇA E
COMPROMETIMENTO
MÓDULO 1 | LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO
LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO
MÓDULO 1 | LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO

LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO
A liderança desempenha um papel fundamental na garantia da qualidade e
segurança das operações de transporte e deve demonstrar o
comprometimento com os valores da sua organização e da Ipiranga.

Entende-se por uma gestão de logística eficiente:

Demonstrar, no exercício de sua liderança, o comprometimento com seu


sistema de gestão, zelar pela vida e segurança das pessoas, incentivar e
garantir a integridade das operações, além de adotar medidas para gerar
as melhorias necessárias para a obtenção e manutenção do contrato com
a Ipiranga;

Ser referência em suas ações, liderando pelo exemplo, visto que


determinados comportamentos são aprendidos por meio da observação,
assim como zelar pela manutenção de um ambiente de trabalho saudável,
limpo e organizado;

Definir objetivos, políticas e normas organizacionais que sejam acessíveis


a toda a força de trabalho;

Estabelecer estratégias futuras, definir expectativas internas e fornecer


recursos para o bom desempenho operacional, garantindo a
sustentabilidade do negócio;

Desenvolver matriz de responsabilidade para promoção de SSMAQ e uma


operação logística eficiente;

Comunicar a importância do bom desempenho nas operações e fomentar


o engajamento de toda a equipe em relação aos objetivos operacionais.

05 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 1 | LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO

A Ipiranga, comprometida com seus objetivos, estabelece, aos seus parceiros,


as condições obrigatórias para a Operação de Transporte, fundamentada nas
seguintes diretrizes:

Cumprir todas as exigências estabelecidas neste Manual;

Respeitar todas as leis, normas e regulamentos vigentes;

Adotar medidas preventivas com o objetivo de preservar a vida de seus


colaboradores e da sociedade, contribuindo para um trânsito mais seguro;

Manter as boas práticas de conduta e compliance comerciais e


concorrenciais;

Manter as balsas em conformidade com o padrão exigido para a operação


de transporte de produtos perigosos;

Realizar todos os treinamentos exigidos, garantindo sua eficácia;

Implantar um conjunto de normas e regulamentos internos que


possibilitem desempenhar as operações com qualidade, eficiência e
segurança.

Portanto, a liderança da transportadora é a grande responsável por


orquestrar todo o time de colaboradores na busca pela combinação dos
fatores de competitividade, qualificação, estratégia do negócio e nível de
serviço. Desse modo, as ações e condutas serão pautadas nesses pilares e
pavimentarão o caminho da excelência operacional.

06 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


módulo 2
MÓDULO 02 | MOVER

AUDITORIA

COMPETITIVIDADE

FIT ESTRATÉGICO

NÍVEL DE SERVIÇO

QUALIFICAÇÕES
MÓDULO 02 | MOVER

O programa de excelência é a base sobre a qual construiremos, junto com


nossos parceiros transportadores, um patamar de excelência em
performance, segurança, nível de serviço e sustentabilidade. Para isso, o
Programa será sustentado por quatros pilares, que são: competitividade, fit
estratégico, nível de serviço e qualificação.

Cada pilar contará com itens essenciais, que serão medidos por meio de
indicadores, e suas pontuações formarão a nota da transportadora. O
processo de avaliação será realizado de forma multicritério, atribuindo pesos
a cada item e estabelecendo condições mínimas para determinar o resultado.
Todos os itens estão dispostos de forma resumida abaixo. No anexo “Critérios
de Avaliação do Programa”, encontra-se todo o memorial descritivo e sua
devida explicação.

AUDITORIA

Aderência geral na inspeção

COMPETITIVIDADE

Volume operado com a Ipiranga Competitividade em BIDs


(precificação em fluxos) – Item Bônus
Faturamento Ipiranga
Desconto nos casamentos de frete inbound
Competitividade nos fluxos – Item Bônus
– Benchmark

Débitos vencidos

FIT ESTRATÉGICO

Mix de frota Vetting

Tamanho de frota Relacionamento Ipiranga


(Postos de Gasolina/Consumo) – Item Bônus
Dependência Ipiranga
Regionalização – Item Bônus
Idade média da frota

09 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 02 | MOVER

NÍVEL DE SERVIÇO

Disponibilidade de embarcações Perdas/Sobras

Tempo de trânsito NPS – Indicador Ipiranga


– Item Bônus
Carta protesto

Percentual de aderência
ao cadenciamento

QUALIFICAÇÕES

Ocorrências controláveis Gestão do equipamento – Tecnologias

Gestão da transportadora Sustentabilidade – Boas práticas


– Indicadores de segurança
Reporte de quase acidentes,
Gestão da viagem desvios comportamentais
- Item bônus
Gestão do aquaviário

A somatória dos pontos obtidos pela transportadora resultará em uma nota


final, que será utilizada para classificá-la nas seguintes categorias:

10 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 02 | MOVER

Diamante – A transportadora atende todos os pilares com excelência e


está alinhada à estratégia da Ipiranga. Nesta classificação, a
transportadora deverá manter seu desempenho, buscando sempre uma
melhoria contínua.

Ouro – A transportadora atende a maioria dos pilares com excelência e


necessita realizar pequenos ajustes para estar alinhada à estratégia a
longo prazo da Ipiranga. Nesta classificação, a transportadora deverá
desenvolver um plano estratégico para os itens que requerem
aprimoramento e buscar a melhoria contínua nos critérios que estão em
conformidade.

Prata – A transportadora atende alguns pilares com excelência e


necessita realizar determinados ajustes na organização para estar
alinhada à estratégia da Ipiranga. Nesta classificação, a transportadora
deverá desenvolver um plano de ação para os pilares que requerem
melhoria, apresentando soluções em dois (2) meses, para aprimorar sua
classificação.

Bronze – A transportadora não atende os pilares com excelência e


necessita realizar ajustes rápidos e estruturantes para manter a parceria
com a Ipiranga. Nesta classificação, a transportadora deverá apresentar,
de forma rápida, um plano de ação com o cronograma de melhorias com
prazo de até dois (2) meses.

É importante destacar que, no anexo “Critérios de Avaliação do Programa”,


alguns itens, além de obrigatórios, devem atingir uma pontuação mínima para
alcançar determinada classificação. Em caso de não cumprimento desses
itens, a posição geral da transportadora será reavaliada. Neste mesmo anexo,
encontra-se a Política de Reconhecimento e Consequências relacionada ao
Programa de Excelência.

Cada item tem sua periodicidade de avaliação, conforme demonstrado no


anexo, sendo de responsabilidade da transportadora enviar as informações
para a avaliação no prazo correto. Caso a transportadora não responda nas
datas estipuladas, a pontuação será zerada neste critério.

11 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 02 | MOVER

Ao final de cada mês, a transportadora receberá as notas em cada critério, de


acordo com a periodicidade de avaliação. Com isso, a transportadora terá sua
classificação parcial definida. Sua classificação final será determinada pela
pontuação acumulada ao longo dos meses pertencentes ao clico de avaliação
do Programa de Excelência vigente. A periodicidade de avaliação de cada
critério está disposta no anexo abaixo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

12 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


módulo 3

GESTÃO DA VIAGEM
MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

3.1. TECNOLOGIAS EMBARCADAS


3.1.1. - TELEMETRIA
3.1.2. - MONITORAMENTO
3.1.3. - SISTEMA DE CÂMERAS

3.2 - EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO


3.2.1 - Rádio portátil
3.2.2 - Ecosonda/Ecobatímetro sonda
3.2.3 - Odômetro
3.2.4 - Luzes de navegação
3.2.5 - Sistema de Identificação Automática (AIS)
3.2.6 - Sistema de Comunicação Interna
3.2.6.1 - Fonoclama
3.2.6.2 - Alarme geral
3.2.7 - Cartas de navegação

3.3 - PREPARAÇÃO PARA VIAGEM


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

GESTÃO DA VIAGEM

3.1. - TECNOLOGIAS EMBARCADAS

Toda a frota (Empurradores/Rebocadores e Balsas Autopropelidas) a serviço


da Ipiranga deve estar equipada com sistema de monitoramento e/ou
rastreamento eletrônico, estando em pleno funcionamento no dia da Vistoria
de Conformidade Operacional, no decorrer do período em que estiver em
atendimento das operações Ipiranga e quando houver solicitação de
disponibilização por parte da Ipiranga, o que poderá ocorrer em qualquer
transporte sob sua contratação.

A transportadora deverá disponibilizar, à Ipiranga, acesso ao seu sistema de


rastreamento satelital por meio de espelhamento de conta/registro com login
e senha. Esse acesso deve ser restrito apenas aos equipamentos
(embarcações) da frota utilizados na operação a serviço da Ipiranga. A
transportadora também deverá informar, diariamente, o posicionamento da
frota que está à serviço da Ipiranga, conforme o modelo anexo a seguir.

MODELO INFORMAÇÕES MONITORAMENTO DIÁRIO

Nota: Caso a Ipiranga decida aderir a novas tecnologias (lacre eletrônico,


ponto de rastreamento nas balsas-tanque etc.), as partes se comprometem a
selar acordo de adequação mediante celebração de termo aditivo no Contrato
de Transporte.

O uso de tecnologias, conforme tabela abaixo, auxilia o transportador na


gestão da operação e da tripulação e na melhoria da tomada de decisão,
sendo fundamental para a prevenção de acidentes e garantia de uma
operação eficiente.

TECNOLOGIA IMPLANTAÇÃO

Telemetria Obrigatório

Câmeras Obrigatório

Avaliação das câmeras Obrigatório

15 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

A implantação das tecnologias deverá seguir um plano de evolução para


garantir a continuidade do negócio e o atendimento mínimo dos requisitos de
segurança da Ipiranga ao longo dos anos. Essas diretrizes constam no anexo
“Tecnologias Homologadas”.

TECNOLOGIAS HOMOLOGADAS

Deverão ser observadas as determinações para as tecnologias constantes. As


intenções de implantação de tecnologias diferentes das constantes deverão
ser encaminhadas previamente à Ipiranga, a fim de consultar uma possível
homologação. A lista de tecnologias homologadas pela Ipiranga encontra-se
no anexo citado anteriormente.

Tão importante quanto possuir as tecnologias é geri-las de forma adequada e


eficiente. O tratamento dos desvios evita ocorrências e preserva vidas. A
transportadora deverá manter a gestão e o controle dos desvios
identificados, criando análises e registros dos tratamentos (em coerência com
o seu Plano de Reconhecimento e Consequências), que devem ser reportados
à Ipiranga através do Padrão de Reporte de Indicadores Ipiranga.

PLANO DE REPORTE DE INDICADORES

Todas as tecnologias exigidas neste Manual deverão respeitar integralmente


as legislações aplicáveis à proteção de dados (LGPD), com elaboração de um
Termo de Aceite para uso de dados, imagens e outras informações coletadas
por meio dos sistemas, sendo necessária a assinatura do colaborador antes do
início da operação para a Ipiranga.

3.1.1 - TELEMETRIA

As informações de uma viagem devem ser gerenciadas para fornecer suporte


à tomada de decisão da gestão e garantir a segurança e qualidade das
operações logísticas e, consequentemente, a redução dos custos de consumo
de combustíveis e manutenção. Nesse contexto, é importante avaliar, de
forma abrangente, os desvios de reporte obrigatório à Ipiranga.

16 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

Os dados gerados pela telemetria poderão ser solicitados, de forma periódica


ou contínua, para a manutenção de uma gestão ativa da sua viagem, gerindo o
perfil da tripulação para propor ações de contingência, controle e mitigação dos
riscos identificados. Independentemente da gestão dos dados pela Ipiranga, a
transportadora deverá realizar um monitoramento ativo de sua operação,
utilizando inteligência da informação no mapeamento dos locais com maior
frequência de violações e/ou desvios, adotando medidas para sua correção.

A embarcação monitorada é equipada com um receptor de GPS e dispositivo


de comunicação, o que possibilita a troca de mensagens entre o comboio e a
central de monitoramento. O sinal ou posicionamento da embarcação deverá
ser disponibilizado de forma on-line, a cada período predeterminado,
preferencialmente segundo a segundo, não excedendo dois (2) minutos para
sistema de comunicação via GPRS e não sendo inferior a sessenta (60)
minutos para sistema via satélite.

De forma complementar, o sistema deverá disponibilizar e registrar


informações de RPM (rotação por minuto) dos motores em intervalos de
segundo a segundo, para detalhamento e análise da forma de navegação ao
longo dos trechos de viagens.

A análise dos tempos de viagem, das horas de funcionamento dos motores e


da duração dos trechos ajuda os transportadores a tomarem decisões
rapidamente e registrarem informações de acordo com os períodos sazonais
na linha do tempo.

Para manter o empurrador em perfeitas condições, é importante ter acesso


às informações de consumo de combustível dos motores propulsores e de
energia. Com isso, o transportador pode, rapidamente, tomar uma decisão em
relação à dirigibilidade e aos impactos nas viagens. Além disso, é possível
analisar o impacto de gás carbônico na atmosfera. Acompanhando as
manutenções por meio de indicadores de horas de funcionamento, é possível,
por meio de alertas, informar sobre a necessidade de trocar peças, óleos e
filtros de forma preventiva.

17 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

3.1.2 - MONITORAMENTO

Deverá ser mantido controle diário das embarcações e tripulação, a fim de


garantir a segurança e produtividade da operação de transporte, respeitando
os limites estabelecidos no Manual e na Lei, quando esta for mais restritiva.

A telemetria, as câmeras e demais tecnologias embarcadas para


monitoramento são ferramentas essenciais para o gerenciamento ativo
do transportador. Para a manutenção do monitoramento pela torre de
controle da Ipiranga, o envio do sinal e o posicionamento do comboio
deverão ser garantidos por meio de integrações e espelhamentos de
forma contínua e ininterrupta. As atividades de monitoramento da
operação devem avaliar no mínimo:

SEGURANÇA: com o cumprimento das regras e dos limites operacionais


no carregamento, no trânsito e no descarregamento.

LOGÍSTICA: com a previsão de chegada e entrega do produto


transportado. A transportadora deve avaliar a frequência e localização de
violações, adotando medidas para sua prevenção, seguindo o seu
Programa de Reconhecimento e Consequências, garantindo a realização
de medidas para prevenir ocorrências em todo o ciclo de operação,
atuando ativamente nos desvios, aplicando lições aprendidas e
capacitando e reciclando as tripulações para evitar novas violações e
recorrências.

Além de monitorar todos os índices de segurança, é importante controlar a


eficiência na navegação, incluindo aspectos como consumo de combustível,
tempos de viagem etc., sendo a transportadora responsável por avaliar o
perfil de navegação e fornecer feedbacks às tripulações.

3.1.3 - SISTEMA DE CÂMERAS

As embarcações a serviço da Ipiranga devem possuir, no mínimo, oito (8)


câmeras instaladas da seguinte forma:

18 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

VISÃO DA POPA – 1 (uma) câmera instalada no teto da cabine de comando


do empurrador (rebocador), direcionada para a popa (com visão de toda a
parte traseira do empurrador/rebocador), com infravermelho.

VISÃO DA PROA – 2 (duas) câmeras instaladas no teto da cabine de comando


do empurrador (rebocador), sendo 1 (uma) direcionada para a proa/bombordo
e 1 (uma) direcionada para a proa/estibordo/boreste, com infravermelho.

BOMBORDO – 1 (uma) câmera instalada no teto da cabine de comando do


empurrador (rebocador), com visão de toda a lateral esquerda do
empurrador (rebocador) e da área ao redor, com infravermelho.

ESTIBORDO ou BORESTE - 1 (uma) câmera instalada no teto da cabine de


comando do empurrador (rebocador), com visão de toda a lateral direita do
empurrador (rebocador) e da área ao redor, com infravermelho.

CABINE DE COMANDO – C 1 (uma) câmera instalada na parte superior


frontal interna da cabine de comando do empurrador (rebocador), com
grau mínimo de proteção IP55 e infravermelho, com o objetivo de registrar
as ações do marinheiro condutor durante o período de operação.

CASA DE MÁQUINAS – 1 (uma) câmera instalada na parte superior da casa de


máquinas, com o objetivo de registrar as ações e serviços na área dos motores.

COMANDO 1
2 3
1 - POPA DO COMANDO 4

2 - PROA DO COMANDO

3 - SALA DE COMANDO (INTERNA)

4 - CORREDOR BOMBORDO

19 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

CONVÉS PRINCIPAL 8
5
5 - CORREDOR BORESTE 6 7

6- CONVÉS COZINHA

7 - PRAÇA DE MÁQUINAS

8 - POPA DO CONVÉS

Recomendamos o uso de tecnologia de monitoramento on-line conectada à


telemetria, com possibilidade de intervenção e registro de situações durante
a viagem. Os sistemas de monitoramento por câmeras deverão seguir os
padrões de instalação do fabricante, garantindo proteção quanto ao risco de
incêndio e proteção aos equipamentos.

Os limites de armazenamento das imagens e os critérios de proteção contra


furtos e violações das imagens deverão ser atendidos conforme descrito abaixo:

Identificação de paradas de funcionamentos de antenas;

Câmeras e módulos embarcados;

Identificação de interrupções contínuas de captação de imagens;

Possuir sistema que impeça violação (edição ou exclusão) por pessoas não
autorizadas no sistema da embarcação;

Para garantir uma gestão eficiente das câmeras, a transmissão das


imagens poderá ser realizada de forma exclusivamente on-line para
câmeras (coleta por wi-fi ou memória expansiva) ou de forma on-line
(tecnologias móveis).

20 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

A coleta das imagens das câmeras deverá ser realizada no limite máximo de
sete (7) dias após o término da viagem, independentemente do tipo de
operação, garantindo a integridade de 100% dos vídeos.

As imagens captadas devem conter data e hora, identificação do


empurrador, velocidade do momento e, preferencialmente, coordenadas
geográficas da posição.

A transportadora deverá garantir, em suas instalações, o armazenamento, pelo


período mínimo de um (1) mês, de todas as imagens geradas nos empurradores.

Na hipótese de acidentes/incidentes que tenham gerado danos à Ipiranga


e/ou a terceiros, qualquer tipo de conduta criminosa ou que constitua falta
grave de acordo com a legislação trabalhista, as imagens deverão ser
guardadas pelo período mínimo de cinco (5) anos pela transportadora.

Sempre que solicitadas pela Ipiranga, as imagens deverão ser disponibilizadas


em até quarenta e oito (48) horas.

O transportador deverá manter uma estrutura de monitoramento em todos os


momentos em que sua frota estiver operando, para garantir que mensagens
e/ou perda de sinal sejam devidamente tratadas. Na ausência da tecnologia de
inteligência artificial para avaliação das imagens das câmeras, deverá ser
realizada uma avaliação de todas as viagens, no mínimo uma (1) vez para cada
fluxo, conforme o procedimento interno da transportadora. Ao identificar uma
não conformidade, é fundamental tratá-la, seguindo a sua Política de
Reconhecimento e Consequência, e arquivar todo o processo durante o período
mínimo de dois (2) anos para inspeção em auditorias da Ipiranga.

A avaliação das imagens objetiva identificar e avaliar:

O perfeito posicionamento e funcionamento dos equipamentos (ângulo


das câmeras e captação das imagens);

A presença de pessoas não autorizadas na viagem;

21 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

O cumprimento dos procedimentos de início de viagem e de descarga do


produto transportado;

As hipóteses e causas dos acidentes.

Todo o sistema de sensores deverá passar por calibração periódica conforme


fabricante ou, no mínimo, de forma anual, adotando o que for mais restritivo.

3.2 - EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO

3.2.1 - Rádio portátil

A embarcação deve possuir rádios para comunicação interna, sendo no mínimo 1


(um) rádio portátil intrinsecamente seguro e em bom estado de funcionamento,
a fim de manter a comunicação (balsa – empurrador/rebocador) em toda a
extensão do comboio durante as fainas de operações e transporte.

3.2.2 - Ecosonda/Ecobatímetro sonda

O ecobatímetro deve mostrar a profundidade abaixo do quilhão.

3.2.3 - Odômetro

O odômetro deve verificar a velocidade durante a navegação.

3.2.4 - Luzes de navegação

Devem atender às exigências da CLASSE I Divisão I, Grupo “D” do artigo 500 da


Norma NEC (National Electrical Code).

3.2.5 - Sistema de Identificação Automática (AIS)

O AIS deve estar ligado durante toda a navegação e ser operado em baixa
potência quando a embarcação estiver ao lado de um terminal durante a
transferência de carga.

22 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

3.2.6 - Sistema de Comunicação Interna

3.2.6.1 - Fonoclama

Sistema de alto-falantes para comunicação interna dos


empurradores-rebocadores.

3.2.6.2 - Alarme geral

Os acionadores do alarme geral devem estar localizados nos principais locais


de circulação, sendo capazes de alarmar em todos os camarotes, refeitórios,
na cozinha, no passadiço e na praça de máquinas. Na praça de máquinas e em
qualquer outra área onde o ruído de fundo dificulte a audição do alarme geral,
deverá haver uma luz vermelha intermitente para auxiliar.

3.2.7 - Cartas de navegação

As Cartas Náuticas Eletrônicas (ENC), também conhecidas como Cartas


Náuticas Vetoriais Digitais, são conjuntos de dados criados para apoiar todos
os tipos de navegação. Uma Carta Náutica Eletrônica, ou ENC, é um banco de
dados oficial, criado por um escritório hidrográfico nacional, para uso com
uma Exibição de Carta Eletrônica e Sistema de Informação (ECDIS).

Caso a embarcação esteja equipada com um sistema de cartas eletrônicas, é


preciso garantir que ele esteja atualizado e a tripulação familiarizada com o
seu uso. No Manual de Gestão de Segurança, constam os seguintes
procedimentos:

1 Meio primário de navegação ECS (Electronic Chart System) ou cartas


de papel;

2 Perda de gráficos, sistemas de exibição e/ou publicações em um


Sistema de Gestão de Segurança;

3 Se identificado como o principal meio de navegação, o ECS é


identificado como equipamento crítico;

23 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

4 Arranjo de backup ao usar ECS (Cartas Eletrônicas);

5 O computador usado para ECS não deve ser usado para nenhuma
outra finalidade;

6 Treinamento em ECS abordando o risco de dependência excessiva de ECS


e sistemas de exibição, funções básicas de navegação, planejamento e
monitoramento de rotas, atualização de cartas etc.

3.3 - PREPARAÇÃO PARA VIAGEM

O planejamento e o controle da operação de transporte são de


responsabilidade da transportadora e devem ser gerenciados para minimizar
impactos nas atividades comerciais e produtivas da Ipiranga e,
consequentemente, de seus clientes.

Deve haver um plano de viagem (‘passage plan’) ou uma passagem


abrangente disponível, cobrindo todo o período de navegação, incluindo as
áreas onde os serviços de um prático serão usados. Este planejamento, deve
incluir, no mínimo, os seguintes itens:

1 Se o empurrador-rebocador tem potência suficiente para controlar o


comboio em todas as circunstâncias previsíveis;

2 Verificar a rota planejada para cenários de risco;

3 Cartas náuticas, lista de luzes, tabelas de marés, aviso aos navegantes para
as rotas pretendidas;

4 Equipe do passadiço qualificada para as rotas pretendidas.

Além do planejamento da viagem, é importante manter uma boa comunicação


visual sobre os riscos envolvidos em nossas operações. Por essa razão, as
balsas-tanque devem estar equipadas com, no mínimo, duas (2) placas de
advertência, com dimensões de 1 metro por 2 metros, fixadas
longitudinalmente, visíveis em ambos os lados e escritas em português e
inglês, comunicando o seguinte:

24 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 03 | GESTÃO DA VIAGEM

PERIGO
DANGER

MANTENHA-SE AFASTADO
KEEP AWAY

RISCO DE EXPLOSÃO
RISK OF EXPLOSION

NÃO FUME
NO SMOKING

NÃO PROVOQUE CENTELHA


NO NOT SPARK

No convés das embarcações, é obrigatório haver demarcação de uma rota de


circulação segura, devidamente identificada e com piso antiderrapante.

Por fim, é muito importante avaliar os itens mínimos antes do início de


qualquer viagem. Portanto, é fundamental consultar o checklist de
pré-viagem, que contém os elementos mínimos de verificação para uma boa
preparação de uma viagem.

CHECKLIST DE PRÉ-VIAGEM

Para as frotas dedicadas em operação de entrega, deve ser seguido o padrão


mínimo de imagem conforme o anexo abaixo.

PADRÃO MÍNIMO DE IMAGEM

3.4 - Transbordo em situação emergencial

Ao verificar a real necessidade de realização de transbordo, a transportadora


deverá comunicar imediatamente a Ipiranga.

Toda operação deverá ser precedida por uma análise de risco, elencando as
medidas de controles adequadas para realização segura do transbordo entre
as balsas envolvidas. Todas as recomendações do procedimento abaixo
deverão ser seguidas. Para realizar a operação, é necessário obter aprovação
formalizada da equipe Ipiranga.

PROCEDIMENTO PARA OPERAÇÃO DE TRANSBORDO

25 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


módulo 4

GESTÃO DO AQUAVIÁRIO
MÓDULO 04 | GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

4.1. - PERFIL DO AQUAVIÁRIO IPIRANGA


4.1.1 - Comportamento e Competência
4.1.2 - Seleção de Aquaviários
4.1.2 - Plano de Desenvolvimento Humano na Organização
4.1.3.1 - Plano de Capacitação Teórico

4.2. - REQUISITOS OPERACIONAIS


4.2.1 - Cadastro de Aquaviários na Ipiranga
4.2.2 - Liberação do Aquaviário para Operação
4.2.3 - Limites Operacionais
MÓDULO 04 | GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

4.1. - PERFIL DO AQUAVIÁRIO IPIRANGA

Um aquaviário Ipiranga precisa respeitar requisitos mínimos que compõem um


perfil de operação no padrão Ipiranga, além do atendimento às exigências legais.

RELAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO LEGAL DO AQUAVIÁRIO

RELAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO
OBRIGATÓRIO RECOMENDADO
LEGAL DO AQUAVIÁRIO
Caderneta de Inscrição e Registro-CIR, vigente e com
categoria compatível, e a etiqueta de dados pessoais
atualizada.

Experiência de 1 (um) ano em transporte de cargas


líquidas inflamáveis e operação de carga e descarga
de balsas-tanque.

Cursos:
- Especial Básico de Navios-Tanque Petroleiro - EBPQ
- Produtos Químico e/ou EFBP - Especial de
Familiarização em Balsa Transportadora de
Petróleo e Derivados.
OBS: Especificamente para os 2 (dois) tripulantes ou
profissionais não tripulantes responsáveis pela
operação de carregamento e descarregamento.

Curso Especial Avançado de Combate à Incêndio - ECIA

Curso Especial de Operações com Cargas Perigosas


no Trabalho Aquaviário – EOCA

Curso Especial Marpol 73/78 - EPOL I (Anexo I)

Curso First Responder OPRC IMO 1

Escolaridade – Ensino fundamental completo.

A transportadora deverá possuir um Manual do Aquaviário que atenda, no


mínimo, ao conteúdo estabelecido no anexo, garantindo fácil acesso e consulta
às políticas, aos códigos e às regras para condução em conjunto com a Ipiranga.

MANUAL DO AQUAVIÁRIO

28 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 04 | GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

4.1.1 - Comportamento e Competência

No cenário atual em que o mundo dos negócios está cada vez mais competitivo, é
essencial que os empresários invistam em seus funcionários, afinal, não se
consegue bons serviços sem profissionais qualificados e capacitados.

Os transportadores devem implementar um processo de recrutamento, seleção,


treinamento e avaliação contínua das competências dos funcionários, atendendo
às necessidades específicas das atividades de navegação e transporte de
combustíveis. Todos os profissionais devem apresentar documentações
comprobatórias de sua experiência, conhecimentos técnicos e critérios de
aptidão relacionados às posições exercidas e responsabilidades necessárias para
manter a integridade das operações.

As avaliações periódicas devem ser realizadas para potencializar o desempenho


do negócio e promover o engajamento na segurança das operações de
transporte. Em consonância com as especificações estratégicas da organização,
a transportadora deverá estabelecer uma matriz de competências (técnicas e
comportamentais) necessárias para sua força de trabalho, visando alcançar os
resultados esperados.

COMPETÊNCIAS

TÉCNICA COMPORTAMENTAL

CONHECIMENTO HABILIDADE ATITUDE

Teorias, conceitos, Capacidade de usar os Iniciativa, execução de


métodos, políticas, conhecimentos e produzir atividade, comunicação
procedimentos, regras, resultados. Habitualmente prévia, interação relacional,
entre outros. adquirido com a comportamento
experiência. adequado.

É imprescindível atender à relação de Atributos x Exigências de contratação da


Ipiranga, melhorando o nível da prestação de serviço em nossas operações e para
os clientes finais.

ATRIBUTOS X EXIGÊNCIAS DE CONTRATAÇÃO

29 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 04 | GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

Alinhada com as melhores práticas de mercado, a Ipiranga apresenta a relação


de exames médicos mínimos para monitoramento a ser conduzido e
registrado pela transportadora. Para algumas localidades, pode ser exigida a
complementação dos exames devido a legislações ou exigências dos órgãos
reguladores locais.

EXAMES MÉDICOS MÍNIMOS PARA MONITORAMENTO DA SAÚDE OCUPACIONAL

4.1.2 - Seleção de Aquaviários

Deve-se desenvolver procedimentos para recrutamento e seleção que sejam


aplicados de acordo com a necessidade da área, levando em consideração as
definições de competências e atributos.

Os procedimentos devem ser revisados sempre que houver uma mudança


legal ou contratual pertinente ou na adequação de boas práticas indicadas
em eventos internos (reuniões ou comitês) ou externos do transportador.

É vedada a contratação de aquaviários sem o cumprimento das exigências


legais necessárias para exercer a função.

4.1.3 - Plano de Desenvolvimento Humano na Organização

4.1.3.1 - Plano de Capacitação Teórico

A transportadora deverá garantir a qualificação de seus colaboradores na


etapa de seleção, bem como a sua capacitação técnica no momento da
contratação. Esses aspectos são especialmente importantes no caso dos
aquaviários responsáveis pelo transporte de produtos perigosos, os quais
deverão atender aos requisitos mínimos de conhecimento para operar na
Ipiranga. O plano de capacitação deve contemplar os requisitos mínimos e
obrigatórios, mas não se restringir a eles.

Recomenda-se, ainda, uma constante atualização do conteúdo


programático, especialmente no que se refere à identificação de atualizações
legais ou normativas, bem como às diretrizes da Ipiranga e às boas práticas
aplicadas ao mercado.
CAPACITAÇÕES MÍNIMAS E OBRIGATÓRIAS

30 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 04 | GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

Recomenda-se ampliar o plano de treinamento para incluir a força de trabalho


administrativa, abordando temáticas voltadas ao atendimento das
necessidades organizacionais. Essa expansão tem como objetivo promover a
qualidade, segurança e agilidade no desenvolvimento das atividades laborais.

A transportadora deverá indicar um método de avaliação dos treinamentos


ministrados à sua força de trabalho, a fim de alcançar um aproveitamento de
85%. Caso não atinja o aproveitamento indicado, o aquaviário deverá ser
submetido a uma nova instrução para absorver o conhecimento não adquirido
anteriormente, seguida por uma nova avaliação.

Os instrutores, internos ou externos, selecionados pelo transportador para


ministrar os treinamentos à sua força de trabalho, devem possuir qualificação
e proficiência no assunto do tema ministrado. Para os treinamentos do
Manual de Excelência, a Ipiranga poderá exigir capacitação complementar
deste público, como Multiplicadores Ipiranga.

A transportadora deverá garantir que todos os aquaviários que atuam na


prestação de serviço para a Ipiranga recebam, no mínimo, os treinamentos
aqui indicados de forma contínua, respeitando os prazos de validade.

Os registros de treinamento deverão ser mantidos pela transportadora,


conforme prazo de validade de cada capacitação.

4.2. - Requisitos Operacionais

4.2.1 - Cadastro de Aquaviários na Ipiranga

A transportadora deverá disponibilizar somente profissionais aquaviários que


atendam aos requisitos de cadastro para operação em conjunto com a
Ipiranga, que são:

31 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 04 | GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

DOCUMENTO / COMPROVAÇÃO

Vigente com categoria compatível e


CIR
a etiqueta de dados pessoais atualizada

Comprovante de entrega de EPIs Conforme registro oficial do transportador

Verificar treinamentos obrigatórios para categoria


Comprovante dos treinamentos operacionais
no anexo CAPACITAÇÃO MÍNIMAS E OBRIGATÓRIAS

Ficha de Registro de Empregado Conforme registro oficial do transportador

Atestado de Saúde Ocupacional – ASO


Conforme registro oficial do transportador
(Exames Médicos Admissional e/ou Periódico)

Eventuais irregularidades cadastrais poderão gerar sanções disciplinares


aos infratores.

4.2.2 - Liberação do Aquaviário para Operação

INGESTÃO DE MEDICAMENTOS CONTROLADOS

Tendo em vista a possibilidade de determinados medicamentos provocarem


efeitos colaterais que afetem o desempenho do profissional que os utiliza,
deve-se observar os seguintes cuidados:

Utilizar somente medicamentos receitados pelo médico;

Informar ao médico sobre a atividade profissional exercida e consultar os


possíveis efeitos colaterais (sono, diminuição de reflexos etc.);

Informar ao médico do trabalho da transportadora sobre o uso de


qualquer medicamento antes de iniciar a atividade, pois poderá haver
restrições/proibições.

32 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 04 | GESTÃO DO AQUAVIÁRIO

RESULTADO CONCLUSÃO / AÇÃO

= 0,00 Negativo / Sem Ação

= Acima de 0,00 Positivo / Aquaviário não pode mais operar pela Ipiranga

Em caso de resultado positivo, com o objetivo de garantir transparência e


eliminar a possibilidade de falso positivo, será necessário repetir o teste
após trinta (30) minutos. O segundo teste deverá ser realizado na presença
de duas testemunhas, seguindo os mesmos procedimentos.
Independentemente da variação dos resultados, sempre será considerado o
resultado do segundo teste, sendo obrigatória a aplicação da Política de
Reconhecimento e Consequências Padrão Ipiranga.

4.2.3 - Limites Operacionais

JORNADA DE TRABALHO

A jornada de trabalho é estabelecida de acordo com a legislação vigente,


respeitando as características e particularidades de cada operação e os
acordos coletivos regionais. Priorizando a preservação da integridade física
e segurança dos aquaviários, a Ipiranga se restringe ao direito de exigir uma
jornada de trabalho mais restritiva, quando necessário.

JORNADA MÍNIMA DO AQUAVIÁRIO

Compete à transportadora:

Observar os limites operacionais vigentes e garantir sua aplicação para


seus funcionários e subcontratados;

Disponibilizar para as operações apenas aquaviários que estejam em


conformidade com a jornada estabelecida;

Armazenar, por pelo menos um ano, comprovantes sobre o cumprimento


da jornada dos aquaviários.

33 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


módulo 5

GESTÃO DO COMBOIO
MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.1 - PADRÕES DE EXIGÊNCIA


5.1.2 - Tabela de Arqueação

5.2 - SEGURANÇA DOS EQUIPAMENTOS


5.2.1 - Itens Obrigatórios de Segurança e Conformidade para todas as Embarcações
5.2.2 - Estrutura do Passadiço e Equipamentos Gerais de Segurança
5.2.3 - Conjunto Balsas-tanque – Empurrador

5.3 - INSPEÇÃO PRÉ-OPERACIONAL


5.3.1 - Escada de Acesso
5.3.2 - Guincho
5.3.3 - Cabos
5.3.4 - Seção de Máquinas e Equipamentos
5.3.5 - Pau de Carga
5.3.6 - Defensas
5.3.7 - Acessório de Convés
5.3.8 - Parada de Emergência
5.3.9 - Kit SOPEP
5.3.10 - Embarcações de Sobrevivência
5.3.11 - Colete Salva-vidas
5.3.12 - Bocas de Visitas
5.3.13 - Luzes de Navegação e Artefatos Pirotécnicos
5.3.14 - Caixa de Primeiro Socorros
5.3.15 - Placa de Aterramento5.3.16- Bridge Navigational Watch Alarm System/BNWAS
5.3.16- Bridge Navigational Watch Alarm System/BNWAS
5.3.17 - Sistema de Alarme de Homem Morto

5.4 - SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO

5.5 - MANUAL DE GESTÃO DA NAVEGAÇÃO

5.6 - COZINHA
5.7 - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
5.7.1 - Carregamento/Descarga Balsa-tanque para Terra
5.7.2 - Documentação da Embarcação
5.7.3 - Etapas de Descarga/Carregamento da Balsa – Balsa-tanque
5.7.3.1 - Atracação
5.7.3.2 - Amarração
5.7.3.3 - Aterramento
5.7.3.4 - Barreira de Contenção
5.7.3.5 - Inspeção
5.7.3.6 - Controle de Qualidade - Balsa-tanque
5.7.3.7 - Apuração de Volume
5.7.3.7.1 - Apuração com Medidores Volumétricos (SKID)
5.7.3.7.2 - Apuração com Medidores Volumétricos (SKID)
5.7.3.8 - Início do Recebimento – Balsa-tanque
5.7.3.9 - Término do Recebimento
5.7.3.10 - Interrupções da Descarga/do Carregamento

5.8 - DESCARGA CAMINHÃO-TANQUE PARA EMBARCAÇÕES


5.8.1 - KIT AMBIENTAL

5.9 - OPERAÇÕES DE BUNKER


5.9.1 - Condições Gerais
5.9.1.1 - Requisitos Mínimos para Empresa Prestadora de Serviço de Transportes
5.9.1.2 - Requisitos Condições Impeditivas para Operação
5.9.1.3 - Operação de carregamento da balsa
5.9.1.4 - Operação

5.10 - OPERAÇÕES “SHIP TO BARGE”


5.10.1 - Recursos
5.10.2 - Pré-operação
5.10.3 - Liberação Inicial
5.10.4 - Posicionamento do Navio/da Balsa
5.10.5 - Conexão do navio/da balsa
5.10.6 - Amostragem do navio/da balsa
5.10.7 - Acompanhamento da operação
5.10.8 - Desconexão do navio/da balsa
5.10.9 - Controle da Operação
5.10.9.1 - Procedimento Básico para Transbordo de Navio para Balsa
5.10.9.1 - Particularidades Operacionais Unidades Ipiranga - Bases e Pool

5.11 - GESTÃO DA MANUTENÇÃO


5.11.1 - Itens Críticos do Plano de Manutenção Preventiva e Preditiva
MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

GESTÃO DO COMBOIO
5.1 - Padrões de Exigência

Todos os equipamentos a serviço da Ipiranga deverão atender aos padrões


mínimos estabelecidos, a fim de garantir uma operação segura e eficiente.
Os critérios que abrangem prazos de inspeções, idade limite, características
físicas e classificação dos equipamentos devem ser descritos em anexo.

5.1.2 - Tabela de Arqueação

As balsas-tanque devem estar equipadas com uma Tabela de Arqueação em


milímetros dos tanques de carga, emitida por empresa homologada pela
autoridade marítima e pelo INMETRO, dentro do prazo de validade. É
desejável que a tabela também inclua informações sobre correção de Trim e
Banda em metros e volume em litros.

A transportadora é responsável por realizar uma nova arqueação, às


próprias expensas, sempre que forem feitas obras que afetem os tanques ou
em virtude de diferenças sistemáticas na apuração de quantidades. Da
mesma forma, uma nova arqueação deverá ser realizada, também às
expensas da transportadora, quando solicitada pela Inspeção de
Conformidade. Esse documento deve constar na pasta dos equipamentos
em todas as operações.

5.2 - Segurança dos Equipamentos

Toda embarcação deve operar atendendo o tempo de docagem


regulamentado pela NORMAM - 02, que é de dez (10) anos para Balsas e
cinco (5) anos para Empurrador.

5.2.1 - Itens Obrigatórios de Segurança e Conformidade para todas as


Embarcações

As embarcações devem cumprir as especificações estabelecidas na


NORMAM 02 - (Normas da Autoridade Marítima para Embarcações

37 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Empregadas na Navegação Interior), bem como estar em conformidade com


as legislações nacionais e regulamentares. Além disso, é necessário atender às
melhores práticas recomendadas pela Ipiranga. As recomendações e
especificações estão detalhadas no Checklist de Vistoria de Conformidade
Operacional adotado pela Ipiranga.

CHECKLIST DE VISTORIA DE CONFORMIDADE OPERACIONAL

Os critérios e definições descritos abaixo são aplicáveis a todas as


embarcações a serviço da Ipiranga, salvo as especificidades em função da AB
(Arqueação Bruta).

Para os fins deste documento,


define-se como COMBOIO
o conjunto composto por:

Uma ou mais balsas-tanque;

Um empurrador ou rebocador com potência


adequada ao transporte da(s) referida(s)
balsa(s)-tanque na rota determinada, devidamente
atestado pelo Certificado de Capacidade Estática,
com validade de cinco (5) anos.

5.2.2 - Estrutura do Passadiço e Equipamentos Gerais de Segurança

A embarcação como um todo deve estar livre de danos estruturais, como


amolgamentos, manchas de óleo, pontos de corrosão excessiva, ausência
de corrimãos e degraus da escada e bordas cortantes nos suportes. Todas
as pinturas de sinalizações indicativas devem ser legíveis e colocadas nos
locais corretamente.

Ao inspecionar a parte interna de um tanque de carga ou tanque de lastro a


partir do convés, é necessário registrar esse procedimento nos comentários e
mencionar os resultados conforme verificado.

Durante a inspeção, deve-se verificar a existência de vazamentos em tanques


adjacentes ou passagem de válvula. Toda não conformidade identificada deve
ser registrada e corrigida imediatamente antes de qualquer operação.

38 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

A altura de visão no passadiço do empurrador/rebocador deve garantir


visibilidade suficiente da balsa que será empurrada/rebocada.

5.2.3 - Conjunto Balsas-tanque – Empurrador

Todas as balsas sem propulsão deverão operar com um rebocador/empurrador


aprovado para formação do conjunto.

Em caso de substituição de uma das embarcações do conjunto, a nova


embarcação deverá atender aos critérios estabelecidos neste Manual para ser
considerada apta a operar pela Ipiranga.

5.3 - Inspeção Pré-operacional

É imprescindível que todos os tanques da embarcação sejam inspecionados


antes de serem disponibilizados para as suas operações. Os tanques devem
apresentar condições operacionais adequadas, contendo todos os
equipamentos, as tecnologias e os acessórios obrigatórios para a operação, de
modo que a viagem ocorra de forma segura.

5.3.1 - Escada de Acesso

As balsas-tanque devem estar equipadas com uma prancha ou escada com


guarda corpo e rede de proteção no padrão SOLAS, permitindo o acesso
seguro entre o terminal e a balsa-tanque. É recomendável que esse
equipamento seja confeccionado em alumínio.

5.3.2 - Guincho

A embarcação deve ser equipada com um sistema de atracação e reboque de


emergência, que inclua um guincho devidamente identificado com o registro
do fabricante e o tipo de operação correspondente.

Os testes de freio do guincho de atracação devem ser conduzidos de acordo


com os parâmetros de projeto do fabricante. Além disso, é necessário manter os
registros desses procedimentos. É recomendado que as embarcações sejam
equipadas com um sistema de alarme que indique o desenrolamento do cabo.

39 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.3.3 - Cabos

Todos os cabos de amarração, incluindo os sobressalentes a bordo e


equipamentos auxiliares, devem estar em conformidade operacional, sem
desgastes, amassados, compressões e quaisquer outros efeitos que
comprometam a segurança operacional. É necessário inspecionar os cabos de
amarração, registrando devidamente sua condição e data de lubrificação.

No caso de falha nos cabos de atracação principal, o Emergency Towing Wire


deve estar em um local de fácil movimentação. Deve haver uma instrução para
controlar o uso e a substituição dos cabos de amarração. Os cabos de
amarração devem estar devidamente fixados aos bitts, corretamente
sinalizados e enrolados nos tambores, para evitar riscos de tropeços.

Observações:

Os arranjos de enrolamento dos cabos de amarração nos tambores do


guincho devem ser examinados para garantir que estejam de acordo com os
requisitos de projeto do fabricante.

É necessário verificar o estado das placas da bochecha em relação a


desgastes e distorções, os pinos da dobradiça e seus dispositivos de
retenção e a condição do tambor de freio abaixo do revestimento. Além
disso, é preciso verificar se o parafuso nas lonas de freio não está sob tensão
que possa comprometer a segurança.

5.3.4 - Seção de Máquinas e Equipamentos

A praça de máquinas deve ser mantida sempre organizada, iluminada e arejada


para garantir a renovação do ar no ambiente. Todos os espaços devem estar
livres de vazamentos de tubulações e máquinas. As placas do assoalho nos
espaços de máquinas devem estar limpas, sem resíduos de óleo, e desobstruídas
de qualquer maquinário ou equipamento que impeça o acesso seguro.

Todas as tomadas e a fiação elétrica devem ser intrinsecamente seguras e suas


condutividades devem ser testadas regularmente. Caso a embarcação possua
um gerador a diesel de emergência, este deve estar em condições operacionais
satisfatórias, seguindo as mesmas premissas descritas anteriormente.

40 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Caso seja instalado um gerador de emergência, é necessário que haja


combustível suficiente para operar o equipamento por pelo menos dezoito
(18) horas, para ser considerado satisfatório. Além disso, o gerador deve
constar no plano de manutenção da transportadora.

Os quadros principais de distribuição elétrica devem estar protegidos contra


respingos de água.

Todos os painéis elétricos, quadros de distribuição e componentes associados


devem estar identificados.

Observações:

Deve haver tapetes isolantes elétricos - não condutores - no assoalho em


frente a cada quadro de distribuição elétrica e, se for acessível pela parte
traseira, também no assoalho atrás do quadro de distribuição elétrica.

Tapete Isolante Elétrico para Baixa, Média e Alta Tensão (NR10). Principais
características: ter boa flexibilidade e capacidade de absorção de choque,
ser impermeável (não absorver líquidos), ter excelente capacidade de carga
e suportar temperaturas de -20°C a +90°C.

Não é permitida a instalação de bomba portátil de esgoto para drenagem da dala.


Todas as tubulações de porão instaladas devem ter uma válvula de retenção/pé
em cada sucção de porão, a fim de evitar refluxo não intencional através das
tubulações. O alarme de esgotamento da dala deve estar em funcionamento.

Na casa de bombas, o sistema de detecção de gás e os desligamentos dos


ventiladores devem estar operacionais.

Os tanques de combustível devem estar equipados com um sistema de


transbordo (overfill).

Todos os equipamentos rotativos devem estar equipados com protetores


eficazes nos pontos que representam risco à integridade física.

41 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.3.5 - Pau de Carga

As balsas-tanque devem estar equipadas com um “pau de carga” com suas


capacidades devidamente identificadas no equipamento. Essa ferramenta
possibilita o manuseio seguro dos mangotes e flanges utilizados nas
operações de carga e descarga nos terminais. A capacidade mínima sugerida é
de içar até (quinhentos) (500) kg, com um alcance mínimo de até (dez) 10 m
para a movimentação dos mangotes.

5.3.6 - Defensas

De acordo com a declaração de conformidade, os equipamentos a bordo das


balsas-tanque devem ser providos de defensas, as quais devem estar
posicionadas com um afastamento máximo de (cinco) 5 metros entre cada
uma delas.

5.3.7 - Acessório de Convés

As embarcações devem estar equipadas com suportes de fixação no convés


para armazenar os acessórios abaixo prontos para uso imediato:

dois (2) machados;

duas (2) boias com retinidas de 25 metros.

Caso indique uma dotação maior, o Plano de Segurança endossado deverá ser
utilizado como parâmetro, garantindo que a operação ocorra de forma adequada.

5.3.8 - Parada de Emergência

As balsas-tanque devem estar equipadas com um sistema de parada de


emergência das bombas de transferência, que deve ser controlado por um
mecanismo eletromecânico ou mecânico instalado no convés principal das
embarcações, próximo ao “manifold” de descarga.

42 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

É imprescindível que o transportador disponibilize, também, um sistema


remoto de parada (ship box), que ficará a cargo do responsável da Ipiranga
pela descarga.A manutenção e a operacionalidade do sistema são de total
responsabilidade do transportador. As instruções de uso do sistema de
parada de emergência devem estar disponibilizadas perto dos equipamentos.

5.3.9 - Kit SOPEP

Conforme a NORMAN O2, a embarcação deve ser equipada com um kit SOPEP
para eventual emergência com derramamento de óleo no convés.

O kit deve ser composto, no mínimo, pelos seguintes itens:

dez (10) kg de serragem fina;

dez (10) kg de manta absorvente;

dez (10) kg de areia;

duas (2) un. de rodos;

duas (2) un. de pás fabricadas com material que não provoque centelha;

dois (2) pares de botas de borracha de cano longo;

duas (2) un. de luvas de borracha impermeáveis;

quatro (4) un. de baldes plásticos;

duas (2) un. de vassouras;

dez (10) kg de trapo;

cinco (05) kg de estopa;

vinte (20) un. de saco plástico reforçado;

duas (02) un. de tambores de duzentos (200) litros para guarda de material
e para recolhimento dos resíduos oriundos da faina de limpeza;

43 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

vinte (20) litros de produto neutro para limpeza de convés oleoso;

barreira absorvente (conforme dimensões do comboio).

A barreira absorvente complementa o Kit SOPEP para eventuais contenções


de produto que estejam na superfície da água, evitando o desprendimento de
“manchas de óleo” e o agravo de uma situação emergencial. Essa barreira
facilita assim a etapa de absorção dessas pequenas manchas que ficarão junto
ao costado.

5.3.10 - Embarcações de Sobrevivência

O empurrador deve estar equipado com embarcações de sobrevivência


rígidas, como bote orgânico de abandono, aprovadas pela DPC (Diretoria de
Portos e Costa), com capacidade total para 100% do total de pessoas a bordo.
Além disso, o empurrador deve dispor de, no mínimo, duas (2) boias
salva-vidas ou o número mínimo de boias previsto no Plano de Segurança
endossado, prevalecendo o número maior.

Vale lembrar que, caso o Plano de Segurança seja mais rigoroso em suas
exigências, este deverá prevalecer sobre os itens mínimos descritos acima.

5.3.11 - Colete Salva-vidas

No Plano de Segurança, deve ser apresentada e enfatizada a necessidade do uso


de coletes Classe III durante toda a operação destinada na navegação interior.

Na faina de operação de carga e descarga, é importante o uso de coletes de


Classe IV, devido ao seu perfil fabril, adequado para uso por longos períodos
por pessoas envolvidas em trabalhos realizados próximos à borda da
embarcação, do cais ou suspensas por pranchas ou outros dispositivos que
ofereçam risco de queda acidental na água.

5.3.12 - Bocas de Visitas

Os tanques das embarcações devem ter as “Bocas de Visita” equipadas com


junta de material polimérico adequado para os produtos transportados, de
modo a garantir perfeita vedação ao serem fechados.

44 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.3.13 - Luzes de Navegação e Artefatos Pirotécnicos

A embarcação deve estar equipada com todas as luzes exigidas pela legislação
e homologadas, conforme as diretrizes do RIPEAM (Regulamento
Internacional para Evitar Abalroamento no Mar).

Os artefatos pirotécnicos devem ter Certificado de Aprovação emitido pela


DPC (Diretoria de Portos e Costa).

5.3.14 - Caixa de Primeiro Socorros

De acordo com a NORMAM 02, a caixa de primeiros socorros da embarcação


deve conter os itens obrigatórios conforme as orientações da ANVISA. Na
ausência desses itens, devem ser adotadas as condições previstas na
NORMAM 03, que direciona sobre os itens mínimos exigidos para a caixa de
primeiros socorros. É obrigatório portar, no mínimo, os seguintes itens
obrigatórios na caixa de primeiros socorros:

ITENS DA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

É recomendada a presença de pelo menos um (1) tripulante capacitado para


realizar atendimento preliminar e treinado em técnicas de reanimação.

5.3.15 - Placa de Aterramento

As embarcações devem estar equipadas com placas de aterramento


devidamente fixadas no casco e identificadas, não podendo ser aparafusadas,
pintadas ou apresentar sinais de oxidação que comprometam a
equipotencialização de cargas.

Além disso, devem estar localizadas em ambos os bordos da embarcação, em


pelo menos três (3) pontos, sendo um na “meia-nau” e os outros dois
distribuídos entre a popa e a proa.

45 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.3.16- Bridge Navigational Watch Alarm System/BNWAS

Trata-se de um sistema automático que dispara um alarme caso o oficial de


serviço no passadiço adormeça, fique incapacitado ou ausente por muito
tempo.

5.3.17 - Sistema de Alarme de Homem Morto

Este sistema requer que a pessoa em serviço no passadiço envie


regularmente comunicações ao setor de monitoramento.

5.4 - Sistema de Combate a Incêndio

Para atender às exigências mínimas de capacidade de combate a incêndios em


um comboio, é imprescindível que o empurrador/rebocador esteja equipado
com um canhão de água, localizado no tijupá, e um sistema de tubulação
interligado a uma bomba. Esse sistema deve ser capaz de fornecer água ao
equipamento com capacidade suficiente para projetar um jato de água que
cubra a extensão mínima do comboio.

As balsas-tanque devem estar equipadas com um sistema de redes de


incêndio ao longo de seu convés principal, que permita ser conectado ao
sistema do empurrador/rebocador ou tenha seu próprio sistema de
motobomba (sucção direta caixa-de-mar). Devem, também, conter
mangueiras e esguichos dispostos em locais apropriados, de modo que
atendam todo o sistema.

Todas as válvulas de incêndio, bombas de incêndio, dispositivos de


fechamento de claraboias e caixa-de-mar devem estar identificados e em
pleno funcionamento.

5.5 - Manual de Gestão da Navegação

O Manual do Operador de Navegação e Organização do Passadiço atualizado,


que enumera as funções dos aquaviários responsáveis pelos serviços de
quarto, deve permanecer a bordo. Esse manual também pode ser chamado de
"Familiarização do Passadiço e Procedimentos de Gerenciamento".

46 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

É obrigatória a existência dos seguintes procedimentos neste Manual:

Navegação de alto risco com visibilidade restrita;

Alta densidade de tráfego;

Capacidade de manobra reduzida; e

Outras situações identificadas em estudo e análises de rotas.

Deverá conter, obrigatoriamente, de forma clara, uma indicação de que a


segurança da vida e da embarcação têm precedência sobre todas as
outras considerações.

Pelo menos uma (1) cópia impressa de todos os procedimentos deve estar
disponível no passadiço.

EQUIPAMENTOS MÍNIMOS DO PASSADIÇO DA EMBARCAÇÃO

5.6 - Cozinha

A cozinha, por ser um ambiente gerador de fonte de calor, deve permanecer


inoperante durante as operações de carga/descarga, devido à possibilidade de
existência de atmosfera explosiva no entorno das embarcações.

Ao ser utilizado, o botijão de gás deve estar localizado em uma área externa,
segura e arejada, com suas válvulas protegidas do sol e distantes de fontes
que possam causar ignição. As canalizações utilizadas para a distribuição de
gás devem ter sinalização e proteção adequada contra o calor. No caso de
canalizações flexíveis, estas devem atender às normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Para garantir um ambiente mais seguro, recomenda-se a utilização de


fogão elétrico, adotando as mesmas diretrizes mencionadas
anteriormente neste subitem.

47 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.7 - Procedimentos Operacionais

Esta seção apresenta os requisitos operacionais para cada tipo de operação


Ipiranga mapeada, abrangendo procedimentos, equipamentos mínimos e
demais exigências que interfiram total ou parcialmente no âmbito do
transporte aquaviário.

Destacamos que os itens abaixo são norteadores, cabendo à transportadora


a responsabilidade de desenvolver seu próprio procedimento operacional,
levando em consideração as particularidades do local em que a operação será
realizada e formalizando todas as documentações de forma antecipada à
Ipiranga.

5.7.1 - Carregamento/Descarga Balsa-tanque para Terra

As etapas do processo devem ser seguidas para a realização segura e eficiente


da descarga ou do carregamento descritos neste procedimento.

Os métodos de comunicação entre os envolvidos na programação de descarga


ou carregamento podem ser via:

E-mail;

Telefone;

Rádio.

Os métodos de comunicação devem ser utilizados por todos os responsáveis


pela operação da dependência e do transportador.

A comunicação eficiente entre o transportador e os responsáveis da


dependência assegura que todos tenham conhecimento de todas as etapas
de descarga e carregamento.

A dependência e o transportador devem possuir rádios adequados e em


número suficiente para acompanhar todo o processo de descarga ou
carregamento, bem como para situações de parada emergencial.

48 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Para que o processo ocorra de forma segura e eficiente:

O transportador só deve se aproximar da embarcação com a autorização


da unidade;

É necessário verificar com o supervisor ou maior nível hierárquico da


dependência o espaço no tanque de terra para recebimento do produto a
ser bombeado da balsa-tanque - BT;

A avaliação de espaço em tanque deverá respeitar a altura de segurança,


considerando o posicionamento da câmara espuma do tanque;

É proibida a atracação/permanência de mais de uma embarcação,


Empurrador e BT no Píer/Flutuante da Dependência, independentemente
do período.

Caso o Píer/Flutuante tenha infraestrutura suficiente que permita a


atracação de mais de uma BT, tal particularidade estará descrita nas
particularidades da unidade, considerando ainda que:

A atracação e desatracação deverão ocorrer separadamente;

O calado do local tem que oferecer folga compatível às embarcações que


serão descarregadas ou carregadas.

O cartão dos membros da tripulação deverá ser verificado, de modo a


proibir a permanência de pessoas estranhas no Empurrador, BT e no
Píer/Flutuante;

As áreas de acesso ao Píer/Flutuante, tubovia, BT, manifold e escadas


deverão ser desobstruídas, permitindo a livre circulação de pessoas em
qualquer situação operacional ou de emergência;

Todos os equipamentos existentes para o procedimento de descarga/


carregamento deverão estar em perfeito estado, de modo a não gerar
emissões fugitivas. Do contrário, deverá ser solicitada a devida
manutenção ao setor responsável;

49 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Realizar inspeção visual da BT buscando identificar itens que possam


afetar a segurança da operação, tais como vazamentos, sujeira e tintas nos
pontos de aterramentos, cabo terra com emendas, escadas sem proteção,
flanges tocando partes metálicas etc. Caso seja identificada alguma não
conformidade, a operação só deverá ser iniciada após correção;

Certificar que a motobomba da BT tem vedação tipo selo mecânico. É


vedada a utilização de sistema de vedação através de gaxetas;

Certificar que as partes rotativas das motobombas da BT estejam


identificadas, protegidas e sinalizadas de acordo com a Norma
Regulamentadora - NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas
e Equipamentos;

Certificar que o tubo de descarga dos motores da BT tenha caixa inibidora


de centelhas - descarga molhada;

Manter os mangotes fora de contato com a água;

Garantir que as pressões e vazões máximas de operação das linhas de


recebimento não sejam excedidas;

Garantir que todos os envolvidos no processo estejam aptos quanto aos


treinamentos e exames necessários para realização das atividades e utilizando
corretamente os equipamentos de proteção individual – EPI e demais EPIs que
sejam necessários para acessar a área operacional da dependência.

Cabe ao transportador:

Realizar testes prévios de funcionamento do motor de descarga da BT,


parada de emergência, nível de óleo do conjunto etc., antes da chegada da
BT na dependência;

Informar previamente, à dependência, o procedimento de atracação, para


que o supervisor ou maior nível hierárquico acompanhe todas as etapas de
amarração realizadas pelo transportador;

50 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Garantir que o responsável pela manobra de atracação e amarração da BT


realize visita para inspeção prévia do Píer/Flutuante antes da atracação,
avaliando ainda as condições ideais de amarração;

Garantir que a área que será utilizada para atracação tenha profundidade
suficiente - calado para a realização da atracação do Empurrador e BT;

Disponibilizar Embarcação, Empurrador e BT devidamente legalizados e


em condições seguras de operação e navegabilidade, assim como mão de
obra apta e em número suficiente, com toda documentação necessária
para atendimento aos requisitos legais e requisitos da contratante;

Disponibilizar o checklist da BT, do Empurrador e da Tripulação por meio


dos formulários I-125 - Check-List de Capacitação Balsa Tanque e I-126 -
Check-List de Capacitação Empurrador e Tripulação;

Providenciar a atracação e amarração da embarcação.

I-125 CHECKLIST DE CAPACITAÇÃO BALSA-TANQUE

I-126 CHECKLIST DE CAPACITAÇÃO EMPURRADOR E TRIPULAÇÃO

5.7.2 - Documentação da Embarcação

Toda embarcação em operação deve portar um Prontuário de Documentos


válido, que deve ser disponibilizado para a dependência ou para a Capitania
dos Portos sempre que solicitado.

5.7.3 - Etapas de Descarga/Carregamento da Balsa – Balsa-tanque

5.7.3.1 - Atracação

Mediante autorização do responsável pela descarga na dependência, o


transportador deve se aproximar paralelamente ao ponto de atracação -
berço do Píer/Flutuante, com deslocamento em velocidade reduzida, contra o
vento e contra a corrente;

51 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Deve ser observado o efeito do vento e da corrente na parte de ré da


embarcação. Durante a aproximação, é necessário manter a velocidade
reduzida, máquinas propulsoras ativadas na posição devagar e potência reversa,
buscando o paralelismo da embarcação em relação ao ponto de atracação;

Deve ser realizada a programação dos pontos de amarração antes da


atracação da embarcação, de forma que a amarração ocorra,
preferencialmente, a partir da popa alcançando a proa em seguida. Alinhar
antecipadamente é a melhor maneira para amarração, considerando os
efeitos do vento e da corrente.

5.7.3.2 - Amarração

O posicionamento da embarcação em relação ao berço do Píer/Flutuante deve


ser garantido com a utilização de cabos de amarração - espias, conectando a
embarcação ao Píer/Flutuante em posição permanente, garantindo a
segurança da operação.

Durante a operação, as espias devem permanecer esticadas e devem ser


constantemente monitoradas pelo transportador;

As espias devem ter comprimento suficiente para assegurar que a


embarcação fique posicionada como planejado;

É obrigatória a utilização de espias com laços na sua extremidade ou a


aplicação de voltas (travamento da espia) adequadas para manter a
embarcação posicionada, evitando que as espias deslizem sobre o cabeço
de amarração;

As espias mais usadas são classificadas em lançantes, través e springs;

Nota: Lançantes, tanto através da proa quanto da popa, mantêm a embarcação


posicionada em relação ao berço; os springs mantêm a posição da embarcação
em relação ao seu movimento para vante ou para ré.

52 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Antes do lançamento das espias para amarração, é necessário certificar que a


área em torno do cabeço esteja livre de pessoas, de forma a evitar acidentes;

As espias devem, preferencialmente, ser encapeladas no cabeço através da


alça existente em sua extremidade;

As espias devem ser lançadas da embarcação para o responsável do


transportador em terra, para serem posicionadas nos cabeços existentes
no Píer/Flutuante;

A extremidade da espia deve ser posicionada nos cabeços existentes


através da aplicação da volta falida, objetivando facilitar a desamarração
em caso de emergência;

Se a variação da lâmina d’água ou da maré for significativa, deve-se


considerar um possível afrouxamento das espias para compensar essa
variação. Porém, isso não elimina a necessidade de uma vigilância
constante por parte do responsável do transportador.

POPA BOCA BOMBORDO PROA

LANÇANTE LANÇANTE
DE POPA DE POPA

SPRING SPRING
TRAVÉS TRAVÉS
DE POPA DE POPA
DE PROA DE PROA

BORESTE

Durante a operação de descarga ou carregamento, é permitida a permanência


somente do empurrador atrelado à BT quando evidenciado algum risco à
segurança da operação.

53 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.7.3.3 - Aterramento

Garantindo a segurança operacional, é muito importante realizar o


aterramento adequadamente, desde a seleção do equipamento apropriado
até o seu correto posicionamento.

Após a atracação e amarração, deve-se conectar o cabo terra na placa de


aterramento da BT;

O cabo terra deve ser constituído de uma única peça de condutor, sem
emendas e deformações;

Os terminais/garras devem estar em perfeito estado de limpeza e


conservação e firmemente conectados.

5.7.3.4 - Barreira de Contenção

A barreira de contenção é disponibilizada pela Ipiranga, permanecendo


aplicada em "U" em todo tempo de estada da BT no Píer/ Flutuante, exceto
para gasolina.

O transportador ou a empresa contratada deverá aplicar a barreira de


contenção em toda a circunferência da BT, conforme definido no Plano de
Emergência Individual – PEI da Dependência, de forma a garantir a contenção
de possíveis vazamentos decorrentes da operação de descarga e da utilização
de equipamentos do empurrador e BT.

5.7.3.5 - Inspeção

Toda embarcação em operação deve portar um Prontuário de Documentos


válido, que deve ser disponibilizado para a Ipiranga ou para a Capitania dos
Portos sempre que solicitado.

Aplicar o formulário I-128 - Checklist Descarga de Balsa-tanque;

Preencher o Plano de Descarga (verso do formulário I-128 - Checklist


Descarga de Balsa-tanque);

54 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

CHECKLIST I-128 DESCARGA DE BALSA-TANQUE

Validar e testar os métodos de comunicação (ex: telefone, rádio etc.) entre


a transportadora e a Unidade Operacional Ipiranga;

Verificar se o produto da tubulação, do TQ Terra e do TQ da BT são o mesmo


do programado para descarga e se todas as válvulas de interligação com
outros TQs Terra estão devidamente fechadas e lacradas/trancadas;

Verificar se os TQs boias de flutuação encontram-se vazios;

Verificar se há TQs da BT vazios. Se houver, é necessário controlá-los.

5.7.3.6 - Controle de Qualidade - Balsa-tanque

É de responsabilidade da dependência, com acompanhamento do transportador:

Verificar a presença de água no TQ da BT, utilizando uma trena com


pêndulo com pasta d’água. Essa verificação não se aplica ao TQ de etanol e
óleo combustível. Caso seja constatada a presença de água, o
transportador deve efetuar a drenagem;

Coletar uma amostra corrida de todos os TQs da BT, armazenando-as em


frascos. Caso a BT tenha mais de um TQ com o mesmo produto, poderá ser
coletada uma amostra composta. Fechar os frascos imediatamente após o
seu enchimento.

5.7.3.7 - Apuração de Volume

5.7.3.7.1 - Apuração com Medidores Volumétricos (SKID)

Caso a dependência tenha um medidor volumétrico no ponto de recebimento


(Píer/Flutuante), as operações de recebimento devem ocorrer conforme os
requisitos listados abaixo:

Após as análises de qualidade, a operação só deve ser iniciada após


verificar se o medidor está zerado para realizar toda a descarga e
contabilização do volume da BT pelo equipamento;

55 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Após a descarga da BT, certificar que os mangotes foram esgotados e não


ficou vestígio de produto no compartimento da BT;

Efetuar a leitura do medidor e registrar os volumes apurados;

Após a conversão dos volumes registrados no medidor, confrontar com o


volume da NF e calcular a variação em trânsito. A conversão do volume a
20°C deve ser realizada considerando a temperatura do termômetro de
linha PT100;

O volume recebido é o apurado pelo medidor volumétrico.

Caso a apuração do volume ambiente ocorra por meio do TQ Terra, as operações


de recebimento devem ocorrer conforme os requisitos listados abaixo:

Antes de iniciar o bombeio, garantir que as linhas estejam completamente


cheias com o produto especificado para a operação, desde o TQ Terra até o
Píer/Flutuante;

Certificar que as válvulas de saída do TQ Terra recebedor até o


Píer/Flutuante estejam fechadas e lacradas;

Efetuar a medição inicial do TQ Terra, registrando o resultado;

Após a conclusão do bombeio, o transportador, acompanhado de um


responsável pela unidade operacional, deve:

Certificar que as linhas estejam completamente cheias com o produto


especificado para a operação, desde o TQ Terra até o Píer/Flutuante;

Efetuar a medição final do TQ Terra, registrando o resultado;

O volume recebido será a diferença entre a medição inicial e final do TQ Terra.

56 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.7.3.8 - Início do Recebimento – Balsa-tanque

Após a realização de todas as etapas de preparação para a operação nas


Unidades Ipiranga, incluindo o preparo da avaliação da metodologia de
apuração, para o início do recebimento, deve-se ainda:

Posicionar baldes/aparas de alumínio devidamente aterrados embaixo de


todas as conexões e flanges, garantindo a contenção de possíveis
vazamentos;

Conectar o mangote à BT, garantindo o aperto de todos os parafusos


do flange;

Certificar a ausência de vazamentos em conexões, flanges, linhas e demais


equipamentos da BT e do Píer/Flutuante;

Abrir as válvulas da tubulação de descarga juntamente com o mangote;

Ligar o conjunto motobomba;

Garantir que a descarga inicie em baixa vazão com aumento gradativo até
atingir a vazão ideal da dependência;

Manter as escotilhas das bocas de visitas e bocas de medição entreabertas


durante toda a descarga, apoiadas sobre parafusos ou calços, de modo a
permitir a entrada de ar, diminuir as perdas por evaporação e isolar o
produto das intempéries;

Caso seja detectado algum vazamento, é necessário paralisar a operação;

Observar o tempo de esvaziamento da BT, verificando se o nível do


produto está diminuindo e se não há anormalidades.

57 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.7.3.9 - Término do Recebimento

É responsabilidade do transportador, acompanhado de um responsável pela


dependência, realizar as seguintes avaliações:

Se os TQs da BT operados na descarga estão isentos de


produto remanescente;

Se os TQs que estavam vazios antes da descarga continuam vazios;

Se os TQs boias estão isentos de produtos;

Se os TQs de combustível do empurrador registram a mesma medição anterior


à descarga (nos casos em que o empurrador permaneceu atrelado à BT);

Se todas as válvulas utilizadas na operação de descarga foram


devidamente fechadas e travadas.

É de responsabilidade do transportador:

Desligar a motobomba da BT;

Fechar as válvulas dos TQs e manifold da BT;

Desconectar o mangote da BT e inserir o flange cego;

Retirar o cabo de aterramento na saída da BT do Píer/Flutuante;

Retirar a barreira de contenção (nesse caso, a responsabilidade também


pode ser direcionada à empresa contratada);

Retirar a BT do Píer/Flutuante.

Quando a descarga do produto for concluída:

Caso a apuração do volume ocorra pelo TQ Terra, é necessário aguardar a


estabilização do produto para apuração final do volume recebido, deixando
em repouso por um período mínimo de:

58 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

uma hora (1h) para derivados e biocombustíveis;

duas horas (2h) para óleo combustível.

As medições devem ser acompanhadas pelas partes interessadas na


operação (transportador e dependência) para garantir a dupla checagem;

Utilizar as medições para realizar os cálculos dos volumes recebidos a


temperatura ambiente e a 20°C;

Verificar a presença de água no TQ Terra após o recebimento (exceto TQ de


etanol e óleo combustível);

Se for constatada a presença de água, o transportador deve realizar a


drenagem, apurando o volume pela medição do TQ e subtraindo o volume
de água do volume recebido;

Liberar o TQ após comprovar que o produto recebido está de acordo com


as especificações de comercialização estabelecidas pela ANP.

5.7.3.10 - Interrupções da Descarga/do Carregamento

É proibida a realização de descarga e carregamento desacompanhada. Caso


seja necessária a interrupção da descarga/do carregamento, os seguintes
procedimentos devem ser realizados:

Fechar a válvula da BT;

Fechar a válvula da tubulação do Píer/Flutuante;

Desligar o conjunto motobomba.

As paradas normais das operações de recebimento são caracterizadas


quando, por motivos previstos e não emergenciais, as operações são
temporariamente suspensas. Nesses casos:

Quando o recebimento da BT for interrompido por qualquer motivo


mecânico, a tripulação deverá comunicar ao responsável pela dependência,
para que as providências cabíveis sejam tomadas;

59 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

As paradas devem ser comunicadas com a maior antecedência possível


a todos os envolvidos nos processos;

Todas as energias não essenciais para a segurança da área deverão


ser desligadas.

PROCEDIMENTO DE DESCARREGAMENTO BALSA-TANQUE - MANOP

5.8 - Descarga Caminhão-tanque para Embarcações

Os processos expostos se aplicam a qualquer abastecimento de embarcações


em áreas portuárias, estaleiros, terminais fluviais e clientes marítimos.

As instruções são válidas para embarcações de pequeno, médio e grande


porte, nacionais e estrangeiras.

ÁREAS CLASSIFICADAS PARA LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

As áreas classificadas para líquidos inflamáveis são todos os locais nos quais
há uma atmosfera explosiva ou sua ocorrência é provável. Essas áreas são
classificadas de acordo com as Normas Técnicas ABNT NBR IEC 60079-10-1
(classificação de áreas contendo gases inflamáveis).

ZONA 0 - Atmosfera explosiva presente.

ZONA 1 - Atmosfera explosiva tem probabilidade de ocorrer operação


normal do equipamento.

ZONA 2 - Atmosfera explosiva não é provável de ocorrer (se ocorrer, será


por um período curto).

60 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

ZONA 01

R= 1,5M

R= 1,5M R= 1,5M

R= 1,5M
ZONA 02
ZONA 02
Vista lateral da área de descarga

Operação com combustíveis líquidos - Recebimento de produto

Este manual inclui um anexo que contém um checklist de pré-operação para a


descarga de caminhões-tanque em embarcação.

CHECKLIST OPERACIONAL: ABASTECIMENTO DA EMBARCAÇÃO

5.8.1 - KIT AMBIENTAL

Para essa operação, a embarcação deve estar equipada com o Kit SOPEP,
conforme exigido pela NORMAM 02, descrita neste manual no item 5.3.9.
Além disso, o CT deve estar equipado com o Kit SOPEP conforme descrito no
Mover Rodoviário.

CONJUNTO ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA

Nota: O mangote deve ser conectado primeiro ao bocal de descarga da


embarcação e, somente depois, ao bocal de descarga do caminhão-tanque.

61 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

ATENÇÃO - INTERROMPA IMEDIATAMENTE A DESCARGA:

Se aparecerem manchas de óleo ao redor da BT.

Se notar a passagem de produtos entre os tanques ou para o tanque-boia.

Se notar vazamentos em conexões, mangotes, válvulas, bombas etc.

Se ocorrer mudança nas condições previamente verificadas,


que coloquem em risco a operação.

Se ocorrer queda ou aumento da pressão de bombeio prevista.

5.9 - Operações de Bunker

Este documento estabelece as condições requeridas para execução e controle


operacional das movimentações de “bunker”.

“Bunker” são todos os combustíveis ou lubrificantes armazenados e


utilizados para as operações de embarcação. A operação de transferência de
um caminhão-tanque ou barcaça para abastecimento de uma embarcação é
denominada “bunkering”.

As operações poderão ocorrer em áreas portuárias, abrigadas,


semi-abrigadas ou mar aberto, com a embarcação ancorada e por meio de
caminhão-tanque, barcaça e outras embarcações.

Importante: O procedimento específico, elaborado pelo parceiro, e demais


documentos obrigatórios para realização da operação devem ser
apresentados à Ipiranga com antecedência.

5.9.1 - Condições Gerais

Todas as operações devem atender aos requisitos deste manual e às demais


condições estabelecidas neste documento. As operações devem ocorrer
apenas quando a embarcação estiver situada no interior de um cerco de
barreiras de contenção e um material adicional de resposta a vazamentos
estiver disponível;

62 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

A operação noturna não é recomendada; se for realizada, deve ser


acompanhada de medidas de controle adicionais;

A Ipiranga ou o cliente pode contratar, às suas próprias expensas, uma


empresa inspetora para verificar todas as fases da operação de fornecimento.
A empresa inspetora, quando contratada pela Ipiranga, deverá cumprir
integralmente as orientações deste documento;

As contabilizações de volume serão realizadas por meio de medidor


volumétrico homologado pelo órgão responsável pela apuração das
diferenças dos volumes de carga e descarga (perdas ou sobras em trânsito);

PROCEDIMENTO DE PERDAS E SOBRAS

O tratamento de discrepâncias na qualidade e quantidade de produto


fornecido entre a embarcação recebedora e o fornecedor externo deverá
estar previsto em contrato;

Antes da operação, é imprescindível que sejam realizadas todas as etapas


conforme o anexo abaixo.

PRÉ-OPERAÇÃO DE BUNKER

Embarcações internacionais deverão estar equipadas com as devidas


documentações para operação em Águas Jurisdicionais Brasileiras – AJB.

5.9.1.1 - Requisitos Mínimos para Empresa Prestadora


de Serviço de Transportes

Toda contratada deve atender aos requisitos descritos conforme o anexo a seguir.

REQUISITOS MÍNIMOS PARA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO


DE TRANSPORTE PARA OPERAÇÃO DE BUNKER

63 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.9.1.2 - Requisitos Condições Impeditivas para Operação

Condições climáticas adversas;

Tripulação incompleta de acordo com CTS da embarcação;

Indícios de vazamento na balsa-tanque ou embarcação do cliente;

Avarias e equipamentos sem condições de funcionamento;

Não realização do cerco preventivo;

Não haver mangotes e conexões para atendimento


à embarcação do cliente.

5.9.1.3 - Operação de carregamento da balsa

As operações de carregamento realizadas a partir da unidade operacional da


Ipiranga devem seguir as diretrizes estabelecidas neste Manual e os
procedimentos específicos de cada unidade.

Para as demais operações realizadas a partir de outros terminais, deve-se


seguir as instruções listadas abaixo, iniciando pela formalização documental:

a) carta inicial;

b) documento de medição da barcaça;

c) documento de mediação do tanque-terra;

d) checklist de verificação de segurança operacional;

e) carta protesto, quando aplicável;

f) certificados de análise de produto.

64 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

A transportadora deve manter todos os documentos citados disponíveis nas


embarcações, entregando, ao representante da embarcação recebedora, uma
cópia de todos os documentos devidamente assinados. Qualquer
irregularidade que afete a operação deve ser registrada em Carta Protesto
pela transportadora. Caso o representante pela embarcação se recuse a
receber a Carta Protesto, esta deve ser assinada por duas testemunhas,
devidamente identificadas.

CARTA PROTESTO

5.9.1.4 - Operação

Certificar que o carregamento seja iniciado em baixa vazão com aumento


gradativo até atingir a vazão ideal, conforme indicado no Plano de Carga.
Durante toda a operação, é necessário monitorar a superfície da água para
detectar um possível vazamento de óleo.

Todas as amostras coletadas durante os processos devem ser assinadas e


carimbadas pelas partes (terminal/inspetor/EBN). É crucial lembrar de coletar
a amostra MARPOL, pois, de acordo com a regra dezoito (18) do anexo VI da
MARPOL, a amostra estatutária é a única que representa fidedignamente o
combustível recebido. Também vale destacar que a regra apenas menciona
critérios de qualidade, coleta de amostras e de entrega do combustível a
bordo. Uma vez que é estatutária, a amostra somente pode ser analisada por
duas partes: Flag State ou Port State.

As amostras que podem ser utilizadas por órgãos fiscalizadores para possíveis
verificações devem seguir as regras cabíveis do anexo VI da MARPOL. Para
diferenciar as diversas amostras de combustível, a regra dois (2) do anexo VI da
MARPOL, aprovada pela MEPC-74, estabelece os três (3) tipos de amostras,
que são: “MARPOL delivered sample”, “in-use sample”, e “onboard sample”.

Os procedimentos utilizados para coleta são os recomendados pela IMO (tanto


para o combustível recebido como para o combustível em uso) e o descrito na
norma ISO 4259:2017 (Petroleum and related products – Precision of
measurement methods and results).

65 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

O método mais comumente utilizado para se obter uma amostra


representativa do combustível nas operações de “bunkering” é por meio de
um dispositivo de recolha de amostras por gotejamento. Para realizar este
procedimento , as etapas a serem adotadas são as seguintes:

Efetuar medição final do tanque de terra após a transferência;

Quantificar e comparar o tanque de terra com a barcaça;

Desconectar e liberar a barcaça para navegar.

5.10 - Operações “Ship To Barge”

Este material tem o intuito de exemplificar os principais elementos para a


realização de operação “Ship to Barge”, apresentando os itens obrigatórios
para cada etapa. Como norteadora, a transportadora deverá desenvolver seu
próprio procedimento operacional, levando em consideração as
particularidades do local em que a operação será realizada.

O procedimento e os demais documentos obrigatórios para realização da


operação devem ser apresentados à Ipiranga com antecedência.

5.10.1 - Recursos

Os recursos de pessoal e material para o início das operações programadas


devem estar disponíveis antes da atracação dos navios, de modo a agilizar a
operação de transbordo entre o navio e a balsa.

5.10.2 - Pré-operação

Antes da operação, é imprescindível que sejam realizadas todas as etapas


conforme o anexo a seguir.

PRÉ-OPERAÇÃO SHIP TO BARGE

66 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.10.3 - Liberação Inicial

A liberação do navio deverá ser realizada por um técnico responsável pela


operação, o qual deverá verificar os itens listados no anexo a seguir.

LIBERAÇÃO DE OPERAÇÃO SHIP TO BARGE

5.10.4 - Posicionamento do Navio/da Balsa

No momento do posicionamento do navio/da balsa, não havendo nenhuma


restrição física devido a outro(a) navio/balsa atracado(a) ou outro obstáculo
qualquer, o manifold do navio/da balsa deverá ficar em posição favorável em
relação aos mangotes, que já deverão estar conectados. É necessário prestar
atenção em relação ao número de mangotes requeridos, considerando a
influência das marés, bem como a mudança da condição do navio/da balsa, que
pode ficar mais alto(a) ou mais baixo(a) durante a operação devido à carga ou
descarga de produto.

Afaste-se dos cabos de amarração durante a manobra de atracação;

Monitore com atenção redobrada, mantendo a sala de controle sempre


informada sobre a aproximação e movimentação de outros(as)
navios/balsas próximos(as) durante a operação. Mantenha todos da equipe
dispostos no navio/na balsa, informados e seguros durante a aproximação
de embarcações próximas e durante a operação. Se for necessário, desça
da embarcação enquanto o(a) outro(a) navio/balsa se movimenta.

5.10.5 - Conexão do navio/da balsa

Antes da conexão, deverão ser avaliados e registrados os itens do checklist. A


faina de conexão é feita normalmente utilizando o equipamento de içamento
do próprio navio (guindaste ou pau de carga), de acordo com o número de
mangotes que deverão ser conectados às linhas em terra e a bordo.

Durante a conexão, é necessário verificar com atenção todos os itens do


checklist de liberação inicial.

67 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.10.6 - Amostragem do navio/da balsa

A amostragem deverá ser feita observando a orientação do operador do


cliente/da balsa, que indicará os tanques a serem amostrados e informará o
número de amostras a serem colhidas de cada um dos tanques e o produto
que será amostrado. Durante a amostragem, é necessário seguir todas as
etapas apontadas no checklist.

CHECKLIST AMOSTRAGEM DO NAVIO/DA BALSA

5.10.7 - Acompanhamento da operação

Durante a operação, deverão ser avaliados e registrados os itens do checklist. É


necessário fazer a coleta de amostras de tempos em tempos, a tomada de
densidade e de temperatura do produto, quando solicitado pelo cliente, e a leitura
da pressão de operação por meio de manômetro. Além disso, é preciso registrar,
no “Formulário de Controle de pressão/temperatura/densidade”, a observação
das condições dos mangotes e do navio/da balsa em relação à amarração.

5.10.8 - Desconexão do navio/da balsa

Deverão ser avaliados e registrados os itens do check-list. Assim como na


conexão, na desconexão também é utilizado o guindaste ou “pau de carga” do
navio/da balsa. Durante a desconexão do último mangote, é encerrada a
contagem da estadia do navio/da balsa na faina de desconexão. Observe:

Ao subir no(a) navio/balsa, identifique a pessoa que irá operar o pau de


carga e informe quem da equipe de terra dará as instruções de manuseio;

Verifique se os mangotes estão bem presos e com cabos adequados na


amurada do navio;

Providencie a drenagem dos mangotes (o volume contido em mangote de


seis (6) polegadas é de dezoito (18) litros por metro, ou seja, um mangote
de seis (6) polegadas e dez (10) metros de comprimento contém cento e
oitenta (180) litros de produto e um mangote de seis (6) polegadas e
quinze (15) metros de comprimento contém duzentos e setenta (270)
litros de produto).

68 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

Na liberação inicial da balsa, deve ser avaliada a necessidade de deixar


espaço em um dos tanques da balsa de, pelo menos, quinhentos (500) litros
para receber o produto que será drenado na desconexão do mangote;

Imediatamente após o término da operação do navio/da balsa, deverá ser


recolhido todo o material e ferramentas utilizadas, de forma que não fique
nenhum vestígio da operação realizada.

5.10.9 - Controle da Operação

5.10.9.1 - Procedimento Básico para Transbordo de Navio para Balsa

1 O procedimento contempla a operação de descarga de navios de claros


para balsas-tanque a contrabordo dos navios.

2 Durante a operação, é necessário observar as condições das variáveis


operacionais. Caso ocorram situações em que o comportamento das
variáveis não seja condizente com os parâmetros estabelecidos na carta
inicial com o navio (surtos de pressão e/ou vazão, falta de energia elétrica,
paradas inesperadas das bombas, diferenças entre volumes calculados), ou
ainda recebimento de informação de possíveis vazamentos nas linhas,
mangotes ou em situações de emergência, as operações deverão ser
IMEDIATAMENTE INTERROMPIDAS. O reinício da operação só deve
acontecer se a situação retornar à normalidade.

3 A operação deve ser assistida integralmente. No início da operação, é


necessário observar o comportamento das variáveis até sua estabilização.
As variáveis devem ser observadas também quando o sistema estiver em
repouso, após a descarga.

4 Se ocorrer falha nos esquemas de comunicação acertados entre expedidor


e recebedor, as operações deverão ser paralisadas e só reiniciadas quando
as comunicações entre as partes forem restabelecidas.

5 As operações só poderão ser iniciadas após a emissão, pelo recebedor, do


“Pronto a Operar”, do navio e da balsa. O “Pronto a Operar” é válido por uma
hora a partir de sua emissão. Em caso de interrupção por período superior
a uma hora, para a retomada do bombeamento, deve ser emitido um novo
“Pronto a Operar”.

69 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

6 Em caso de ocorrências anormais relacionadas à segurança e ao meio


ambiente, as operações deverão ser imediatamente paralisadas e o
alinhamento operacional deverá ser desfeito, tanto pelo recebedor quanto
pelo expedidor, até que as ocorrências sejam investigadas e o potencial de
risco seja reduzido.

7 O limite geográfico de responsabilidades entre o expedidor e o recebedor


será o manifold de bordo.

Todos os critérios de monitoramento, acompanhamento da operação navio


para balsa, liberação final, procedimentos laboratoriais, referências para
Quantificação de Volumes e Medições e Controle devem seguir as etapas
descritas no anexo.

CONTROLE DA OPERAÇÃO

5.10.9.1 - Particularidades Operacionais Unidades Ipiranga - Bases e Pool

Este manual estabelece diretrizes e procedimentos fundamentais que as


transportadoras, prestadoras de serviços da Ipiranga, devem seguir como
requisito mínimo. As transportadoras têm a responsabilidade de utilizar este
documento como referência para orientar suas operações no âmbito do
transporte fluvial.

As informações contidas neste manual destinam-se a suplementar, nunca


substituir ou alterar qualquer tipo de legislação, instrução, orientação ou
publicação oficial, nacional ou internacional. Dessa forma, não deve ser levada
em consideração qualquer determinação que contrarie qualquer um dos itens
supracitados, contudo poderá ser mais restritivo.

PARTICULARIDADES DAS UNIDADES

Base de Manaus Pool de Macapá Base de Santarém

Base de Barcarena e VDC Base de Munguba Base de Itaituba

Base de Porto Velho Base de Belém Pool de Miritituba

70 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.11 - Gestão da Manutenção

A transportadora deverá possuir um programa de manutenção preventiva


informatizado, contemplando todos os equipamentos da frota. Além disso,
deverá utilizar estaleiro próprio ou especializado para a execução dos
serviços, considerando os seguintes itens obrigatórios:

Serviços de manutenção realizados conforme descrição do Capítulo de


Avaliação de Prestadores de Serviço de Manutenção em Gestão de
Transportadora;

Registros rastreáveis através de ordens de serviços.

Nota: É proibida a parada para manutenção de embarcações carregadas


com produtos comercializados pela Ipiranga.

A Ipiranga estabelece como referência mínima, e não restritiva, os tipos de


manutenção nos comboios e seus equipamentos:

CORRETIVA: manutenção efetuada após a ocorrência de uma falha, pane,


quebra ou falta e destinada a restaurar um item às condições requeridas para
garantir a segurança da operação.

PREDITIVA: manutenção que utiliza dados para identificar as condições reais


de funcionamento das máquinas, levando em consideração informações sobre
desgaste ou processo de degradação. Essa abordagem utiliza a tecnologia como
aliada para coletar, gerar e interpretar corretamente os dados.

PREVENTIVA: manutenção efetuada em intervalos predeterminados pelo


fabricante para reduzir a probabilidade de falha, pane, quebra ou degradação
do funcionamento de peças, sistemas e equipamentos.

71 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 05 | GESTÃO DO COMBOIO

5.11.1 - Itens Críticos do Plano de Manutenção Preventiva e Preditiva

A manutenção preventiva é uma abordagem que se concentra no planejamento


e na execução de atividades previstas para prevenir falhas e manter o bom
funcionamento dos equipamentos. A manutenção preditiva é baseada no
monitoramento em tempo real e na análise de dados históricos para prever se
um equipamento está propenso a apresentar problemas futuros, utilizando
parâmetros desejados para aquele equipamento específico.

Como exemplos de manutenção preventiva, podemos citar:

Revisões periódicas de equipamentos e máquinas;

Lubrificações de rotina;

Planos de aferição e calibração de instrumentos.

Como exemplos de manutenção preditiva, podemos citar:

Estudo de vibrações;

Inspeções e vistorias periódicas dos equipamentos;

Análise dos óleos;

Análise do estado das superfícies;

Análise estrutural.

Com base no exposto, apresentamos, nos anexos, os itens mínimos relacionados


às manutenções preventivas e preditivas de Empurradores/Rebocadores e
Balsas/Tanques. Esses itens servem como um guia de referência para a
estruturação do plano de manutenção do Transportador.

ITENS CRÍTICOS DO PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA/PREDITIVA - PMP/BALSAS-TANQUE

ITENS CRÍTICOS MÍNIMOS DO PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA/PREDITIVA


- PMPP/EMPURRADOR/REBOCADOR

72 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


módulo 6

GESTÃO DA
TRANSPORTADORA
MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1 - GESTÃO DA TRANSPORTADORA


6.1.1 - Planejamento, Políticas e Regras Organizacionais
6.1.2 - Políticas e Regras Operacionais
6.1.3 - Recursos
6.1.4 - Indicadores de Desempenho de Segurança
6.1.5 - Comitês
6.1.6 - Política de Reconhecimento e Consequência
6.1.7 - Gerenciamento de Mudança
6.1.8 - Avaliação de Prestadores de Serviços de Manutenção
6.1.9 - Canais e Ferramentas de Comunicação

6.2 - REQUISITOS LEGAIS


6.2.1 - Leis, Regulamentos e Documentações

6.3 - CULTURA ORGANIZACIONAL E SUSTENTABILIDADE


6.3.1 - Cultura de Segurança e Clima
6.3.2 - Sustentabilidade
6.3.3 - Avaliação de Desempenho
6.3.4 - Programa de Segurança

6.4 - COMUNICAÇÃO, ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE OCORRÊNCIAS


6.4.1 - Gerenciamento de Ocorrências
6.4.2 - Treinamento
6.4.3 - Plano de Atendimento a Emergência
6.4.4 - Simulado de Emergência
6.4.5 - Plano de Comunicação
6.4.6 - Relatório da Ocorrência
6.4.7 - Processo de Investigação
6.4.8 - Conclusão da Ocorrência
6.5 - GESTÃO DE SUBCONTRATADOS
6.5.1 - Padrões Mínimos para Contratação
6.5.2 - Novos Subcontratados
6.5.3 - Subcontratados Ativos
6.5.4 - Perdas e Sobras

6.6 - SEGURANÇA PRIVADA SUPLEMENTAR

6.7 - AUDITORIA
6.7.1 - Requisitos
6.7.2 - Homologação - Novas Transportadoras
6.7.3 - Periódico - Transportadoras Contratadas
6.7.4 - Reavaliação - Transportadoras Contratadas
6.7.5 - Auditoria Interna
6.7.6 - Plataforma Aquaviária
6.7.7 - Formulário de Avaliação

6.8 - VETTING
MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1 - Gestão da Transportadora

6.1.1 - Planejamento, Políticas e Regras Organizacionais

O planejamento estratégico deve representar os interesses da organização por


meio dos pilares missão, visão e valores, que serão base para o desdobramento
e a construção da matriz de indicadores de performance.

No planejamento estabelecido, deve ser realizada uma análise de cenários, com


o objetivo de conhecer as potencialidades e vulnerabilidades da organização e
indicar medidas para a sustentabilidade do negócio.

As políticas e normas organizacionais deverão ser estabelecidas,


documentadas, atualizadas e divulgadas a toda a força de trabalho.

6.1.2 - Políticas e Regras Operacionais

A transportadora deverá estabelecer, documentar, atualizar e divulgar, à força


de trabalho, as políticas que norteiam as questões de Ética Organizacional,
Compliance, Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional, Meio Ambiente,
Segurança Aquaviária e Qualidade.

As políticas deverão ser estabelecidas com direcionadores estratégicos que


abranjam uma ampla gama de temas, não se limitando aos exemplos
mencionados na próxima página:

76 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Realização do trabalho com segurança e melhoria contínua;

Realização do trabalho com qualidade das práticas operacionais;

Manutenção da saúde da força de trabalho;

Sustentabilidade;

Código de ética e compliance.

Assim como as políticas, as regras estabelecidas devem servir de base para a


gestão traçar indicadores de desempenho da operação.

6.1.3 - Recursos

É dever da Alta Direção:

Conhecer os riscos da operação sob sua responsabilidade e disponibilizar recursos


físicos, materiais, humanos e financeiros para a execução de suas atividades, a fim
de atender em harmonia os interesses organizacionais e contratuais;

Estabelecer e validar o planejamento orçamentário da organização com


projeção mínima de um ano;

Validar o planejamento orçamentário anual para o setor de SSMAQ que


contemple também, e não somente, programas de incentivo e
desenvolvimento da cultura de segurança e desempenho da segurança da
operação de transporte;

Garantir a gestão dos recursos humanos para o melhor desempenho da


estratégia organizacional e do contrato com a Ipiranga.

A provisão dos recursos deve ser realizada para atender todas as exigências
legais para conformidade da operação e do Manual de Excelência:

77 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1.4 - Indicadores de Desempenho de Segurança

A alta direção deve estabelecer e/ou validar indicadores de desempenho


para monitoramento da estratégia organizacional e cumprimento de
requisitos contratuais.

Os indicadores devem ser definidos com metas objetivas, mensuráveis e


buscar estabelecer correlações que permitam avaliar o nível de exposição e
vulnerabilidade real da operação.

O transportador deverá atender, minimamente, ao Plano de Reporte de


Indicadores da Ipiranga, conforme periodicidade estabelecida em cada item
presente no Módulo 2.

As metas devem ser determinadas em conformidade com os objetivos


estratégicos e as expectativas para a implantação e manutenção de uma
operação segura.

Esse processo deverá ser conduzido de acordo com um método que deverá
ser documentado.

PLANO DE REPORTE DE INDICADORES

78 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A participação da alta direção é fundamental no processo, pois ela deve estar


plenamente informada sobre as reuniões mensais de resultados, conhecer
todas as informações relevantes e avaliar o desempenho alcançado. Além
disso, a alta direção tem a responsabilidade de definir e validar, em conjunto
com a equipe, a revisão das metas estabelecidas. As reuniões devem ser
programadas, ter um cronograma e uma pauta predefinidos, além de serem
devidamente registradas.

As ações de melhoria indicadas na reunião devem ser registradas em um plano


de ação, no qual sejam definidos os responsáveis por cada ação e os prazos
estabelecidos para sua realização. As ações de melhoria deverão ser
monitoradas em reuniões subsequentes, a fim de acompanhar o status de
cada uma e garantir recursos necessários para sua conclusão e eficácia.

6.1.5 - Comitês

Os comitês são as reuniões realizadas por uma equipe multidisciplinar com o


intuito de avaliar os desempenhos de segurança e meio ambiente e o
resultado da transportadora, por meio de indicadores que avaliem a gestão de
segurança (aquaviários, comboios e rotas) e a performance (nível de serviço,
competitividade e estratégia do negócio).

Os comitês devem ser realizados de forma contínua, mensalmente, no seu


formato regular e, de forma emergencial, sempre que ocorrer um evento crítico
na operação, como um acidente de alta gravidade ou alto potencial de risco.

79 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Os comitês regulares, que devem ocorrer mensalmente, podem ser realizados


concomitantemente às reuniões de resultado. Porém, é fundamental que os
comitês tenham uma pauta específica para tratar dos assuntos relacionados à
segurança operacional, seja na revisão ou inovação de processos, e às
atividades voltadas para saúde, segurança, meio ambiente e qualidade.

Para cada reunião do comitê, deve ser gerado um registro das ações
deliberadas, contendo a identificação dos participantes, as responsabilidades
atribuídas e os prazos estabelecidos. Esse registro permite a posterior
avaliação do status de conclusão das ações propostas e de sua eficácia.

6.1.6 - Política de Reconhecimento e Consequência

As ações devem ser monitoradas para possibilitar o reconhecimento ou a


aplicação de medida disciplinar, em conformidade com a Política de
Reconhecimento e Consequências da Ipiranga, que deve incorporar, no
mínimo, o modelo de procedimento apresentado abaixo, alinhado às
Diretrizes de Segurança da Ipiranga.

POLÍTICA DE RECONHECIMENTO E CONSEQUÊNCIAS

80 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Em um período não inferior a doze (12) meses, todas as infrações e atividades


sujeitas a reconhecimento deverão ser zeradas. As medidas disciplinares
deverão ser classificadas de acordo com sua gravidade, sendo categorizadas
como Leve, Média, Grave e Regra de Ouro.

O procedimento definido pela transportadora deverá ser amplamente


conhecido por todos os profissionais, sendo obrigatória sua divulgação
durante o treinamento de integração. Este documento deverá reforçar que as
medidas disciplinares são utilizadas para corrigir condutas que não estão em
conformidade com as normas da empresa, com ênfase no aspecto educativo
vinculado à aplicação de qualquer consequência. Também deve haver
momentos reservados para o reconhecimento das boas práticas.

Os registros gerados nesse processo deverão ser armazenados, contendo a


assinatura do colaborador ou, caso este se negue a assinar, de testemunhas.
Esses registros poderão ser solicitados pelas equipes da Ipiranga ou
designados para validação do cumprimento do processo legal e minimização
de risco jurídico, quando aplicável.

A Ipiranga reforça que a identificação e aplicação das medidas disciplinares


serão realizadas diretamente pelas equipes em suas Unidades Operacionais,
de acordo com as penalidades definidas em sua Diretriz de Segurança.

6.1.7 - Gerenciamento de Mudança

As mudanças fazem parte de qualquer negócio, desde a formação até a


maturação, sendo caracterizadas por qualquer alteração, permanente ou
temporária, de uma situação existente. É essencial que as mudanças sejam
conduzidas de acordo com métodos, critérios e avaliações constantes, de
modo a não comprometer a segurança e qualidade da operação de transporte
e, consequentemente, o nível de serviço oferecido.

81 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

As mudanças que envolvem processos/procedimentos, tecnologias, serviços,


pessoas, funções, instalações e equipamentos, e que possam impactar direta
ou indiretamente a saúde, a segurança, o meio ambiente e a eficiência
operacional, devem ser precedidas por análises sistemáticas do processo
atual e da mudança proposta. Essas análises devem ser realizadas com o
máximo de detalhamento possível, abrangendo o motivo da mudança, as
etapas necessárias, as áreas e as pessoas envolvidas.

Os resultados das análises de mudança devem ser documentados e aprovados


pela alta direção.

Caso a mudança impacte o nível de serviço oferecido, a transportadora deverá


informar a Ipiranga sobre o objetivo das medidas adotadas e as prováveis
consequências. A Ipiranga, por sua vez, poderá conceder suporte à
transportadora nesse processo, alinhando seus interesses.

CONTATOS IPIRANGA

São exemplos de necessidade de gerenciamento de mudanças:

a) De pessoal (operacional ou administrativo)


Para a substituição do aquaviário, programador, supervisor etc. e a
transferência de habilidade ou conhecimento dos processos
organizacionais envolvendo a operação da Ipiranga.

b) Dos pontos de fornecimento/locais de carregamento


Para o conhecimento do comandante, imediato, aquaviário em relação à
localização e aos procedimentos a serem adotados na unidade operacional.

c) Dos procedimentos operacionais


Para as medidas preventivas transmitidas em eventos pós-acidentes,
especialmente lições aprendidas, incorporando, se necessário,
orientações específicas nas rotinas de integração e reciclagem.

82 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

d) Da rota de entrega
Para a identificação dos pontos críticos da rota e implantação de períodos
de verão amazônico.

e) De contrato, em decorrência do nível de exigências estabelecido


Para a mudança de contrato, desde a avaliação das especificações
contratuais até as medidas de controle necessárias para adequação às
novas demandas e, consequentemente, a garantia da satisfação do cliente
com o nível de serviço (qualidade e segurança da operação de transporte).

f) De unidade administrativa, dentre outros


Para a mudança do ambiente laboral, avaliação dos riscos, comunicação e
ações de melhorias necessárias para o ambiente.

g) De sistemas de tecnologia para otimização e controle da operação de


transporte (tecnologias embarcadas, torre de controle, dentre outros)
Para a avaliação da capacidade técnica de atendimento às necessidades
internas, do desempenho e nível de atendimento ao mercado, da garantia
de capacitação da equipe, suporte, capilaridade de recursos técnicos e
janela de agendamento para realizar manutenção.

h) Da incorporação de outros clientes/negócios


Para a associação de outros parceiros ao negócio (sociedade), as condições
econômicas da parceria, do nível de hierarquia e da tomada de decisão, da
interação entre as pessoas no ambiente organizacional – cultura de
segurança –, do alinhamento estratégico e operacional para atendimento ao
contrato com a Ipiranga.

i) De parceiros comerciais/subcontratação
Para esta mudança específica, a Ipiranga deverá ser consultada
previamente, pois o transportador poderá infringir um acordo comercial
definido entre as partes. Nesse contexto, é importante considerar o
processo de habilitação, a avaliação das condições e capacidades técnicas
de suprir as demandas, a especificação do contrato firmado e seus
requisitos de controle, o nível de serviço acordado, a avaliação de
desempenho, a renovação e as sanções contratuais, como notificações,
multas e rescisão contratual.

83 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1.8 - Avaliação de Prestadores de Serviços de Manutenção

A Transportadora deverá garantir que seus prestadores e fornecedores


estejam capacitados para prestação de serviços de manutenção através de
procedimentos e auditorias. Tal processo tem por objetivo monitorar e
garantir a qualidade nos serviços realizados pelos terceiros,
desqualificando-os quando não atenderem às expectativas estabelecidas
pela Transportadora e ao cumprimento de requisitos de Saúde, Segurança,
Meio Ambiente e Qualidade e de questões legais

Itens mínimos para procedimento e avaliação:

A empresa deve possuir estrutura para execução dos serviços atendendo


as normas, legislações trabalhistas, compliance, saúde, segurança, meio
ambiente e qualidade;

Os profissionais devem possuir capacitação e/ou qualificação para a


execução dos serviços;

Garantir que o serviço executado está em conformidade com o programa de


manutenção do Transportador.

Requisitos Avaliação de Saúde, Segurança, Monitoramento do Avaliação da


Técnicos Meio Ambiente e Qualidade Desempenho dos Manutenção dos
para Homologação dos Prestadores de Prestadores de
Prestadores de Serviços Serviços Serviços

6.1.9 - Canais e Ferramentas de Comunicação

A comunicação é um fator importante para a implantação ou manutenção da


cultura de segurança em um nível em que a força de trabalho esteja
consciente do seu papel e, ao executar suas atividades, preze pela segurança
e qualidade de suas ações.

84 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A alta liderança e o corpo técnico da transportadora devem garantir que toda


informação seja transmitida aos envolvidos nas operações Ipiranga.

Identificação Riscos
Informação Melhoria Contínua
Padronização
Comunicação Alta Liderança Compartilhamento
Ipiranga Corpo Técnico com envolvidos

Gestão da informação

FERRAMENTAS

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Todas as ferramentas compartilhadas em nossos canais de comunicação


estarão disponíveis para download na aba “MATERIAL PARA DOWNLOAD” da
Plataforma Fluvial.

ACESSO À PLATAFORMA AQUAVIÁRIA

6.2 - Requisitos Legais

6.2.1 - Leis, Regulamentos e Documentações

A transportadora deve manter o controle de todas as licenças, autorizações e


outros documentos legais relacionados à sua instalação, aos comboios
utilizados e às cargas transportadas. Além disso, é necessário gerenciar as
licenças dos aquaviários envolvidos nas operações, sejam eles próprios da
empresa ou subcontratados. Também é responsabilidade da transportadora
obter quaisquer outras licenças regulatórias locais exigidas pelas autoridades
em todas as esferas da federação (federal, estadual, municipal) que sejam
aplicáveis à operação de transporte.

85 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Havendo conflito entre a legislação e os requisitos estabelecidos no Manual


de Excelência, prevalecerá o mais restritivo.

No link abaixo, estão relacionadas as documentações mínimas que a


transportadora deverá possuir.

LEIS, REGULAMENTOS E DOCUMENTAÇÕES (OPERAÇÃO E TRABALHISTA)

CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO RISCO

A Ipiranga tem como premissa básica, em todas as operações que realiza, o


mapeamento e gerenciamento dos riscos para a manutenção da segurança
nas suas atividades.

A exposição da força de trabalho ao risco requer, por parte da transportadora,


a implantação de medidas preventivas eficazes para identificação e correção,
como a APR (Análise de Preliminar de Risco).

As medidas de prevenção e controle dos riscos nas operações de transporte


devem estar em regularidade com as orientações normativas e devem ser
adotadas conforme a sequência abaixo:

86 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

a) Equipamentos de Proteção Individual – EPI

O uso do EPI é uma exigência legal (regulamentada pela NR 06) em toda


operação de movimentação de produtos líquidos inflamáveis. Assim sendo, a
Ipiranga estabelece que seja de responsabilidade da transportadora:

Adquirir o EPI adequado para toda atividade que desenvolver;

Exigir o uso e a aplicabilidade do EPI;

Fornecer, à sua força de trabalho (administrativa, operacional e


subcontratada), apenas EPIs com Certificado de Aprovação (CA) impresso,
legível e válido;

Orientar e treinar a sua força de trabalho (administrativa, operacional e


subcontratada) quanto ao uso adequado, à guarda e à conservação do EPI;

Substituir imediatamente o EPI quando este estiver danificado ou for


extraviado/perdido;

Orientar quanto à higienização e manutenção periódica do EPI.

Os seguintes EPIs são de porte obrigatório para as atividades de


carregamento e descarga nas Unidades Operacionais Ipiranga:

Luva nitrílica ou PVC;

Óculos de segurança de ampla visão com proteção contra partículas


volantes multidirecionais (líquidos);

Capacete com para jugular (classe A);

Calçado de segurança sem componentes metálicos;

Colete salva-vidas.

EPIs RECOMENDADOS

87 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Os EPIs deverão ser utilizados conforme as orientações técnicas e


recomendações dos fabricantes.

b) Uniforme

Apesar de não ser considerado um EPI, o uniforme deve seguir as seguintes


recomendações:

Sem bolsos, para evitar queda de materiais sobre o tanque ou no produto;

A parte superior deve ser composta por uma camisa de manga longa com
botões frontais ou um macacão.

Deve ser lavado regularmente e de maneira adequada, de modo a não


provocar desgastes no tecido;

As peças não devem ter uma composição de material sintético superior a


30%, para garantir a proteção contra a geração de eletricidade estática;

Nenhuma peça deve conter partes metálicas.

6.3 - Cultura Organizacional e Sustentabilidade

6.3.1 - Cultura de Segurança e Clima

A relação entre as pessoas em um ambiente de trabalho desempenha um


papel fundamental na formação da cultura organizacional. Para promover a
evolução das ações de segurança, o transportador deve realizar uma avaliação
do nível da cultura de segurança, que fornecerá insights importantes para o
planejamento da gestão, principalmente relacionados aos temas de saúde,
segurança, meio ambiente e qualidade. Além disso, é importante realizar uma
avaliação do clima organizacional, que indicará o grau de satisfação da força
de trabalho com a organização.

88 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

As necessidades pessoais influenciam diretamente as ações do dia a dia e,


consequentemente, a motivação dos colaboradores. Por esse motivo,
conhecer e compreender os pontos de fragilidade possibilita, à alta direção,
direcionar esforços visando ao aumento da produtividade e qualidade no
ambiente de trabalho.

A tabela abaixo dispõe sobre a periodicidade das avaliações:

AVALIAÇÕES PERIODICIDADE

Pesquisa de Clima Organizacional A cada 2 anos

Cultura de Segurança A cada 3 anos

Recomenda-se que as avaliações acima sejam realizadas em períodos diferentes


e seus resultados sejam utilizados no planejamento estratégico da organização,
indicando os pontos fortes e fracos. Com isso, é possível implementar uma
iniciativa para o desenvolvimento comportamental, focando na prevenção e
melhoria contínua. Esse processo deve ser educativo, estimulando a percepção
dos riscos para reduzir comportamentos inadequados.

6.3.2 - Sustentabilidade

Boas Práticas ESG


A atuação com base nos princípios ESG (Environmental, Social and
Governance) representa um conjunto de padrões, decisões e práticas
voltados para os aspectos ambientais, sociais e de governança do negócio.

Essas medidas são essenciais para a organização minimizar os impactos


ao meio ambiente, assumir responsabilidades sociais e adotar boas
práticas administrativas.

A Ipiranga demonstra seu compromisso com práticas de negócios


sustentáveis e contribui para a promoção de boas práticas de ESG, conforme
apresentado abaixo na Política de Sustentabilidade.

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

89 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A atividade de transportes, especialmente no âmbito da navegação,


apresenta um alto potencial de impactos socioambientais. A fim de maximizar
os aspectos positivos e minimizar os efeitos negativos do negócio, é
necessário alinhar a operação aos conceitos de logística sustentável,
considerando a adoção de medidas mitigadoras, preventivas e de remediação
para os possíveis impactos adversos, tanto em relação aos aspectos
ambientais quanto sociais.

Com isso, é recomendável que a transportadora adote em seu sistema de


gestão de SSMAQ uma visão estratégica de sustentabilidade, com pontos de
destaque conforme descrito abaixo:

Boas práticas para o gerenciamento de resíduos sólidos e o consumo


consciente dos recursos energéticos e hídricos;

Manutenção de programas de controle ambiental voltados para água,


energia e resíduos;

Criação e manutenção de programas e ações sociais voltados para a


comunidade local;

Implementação de práticas de eficiência logística voltadas não só para a


ótica do custo e do nível de serviço, mas também para os aspectos
ambientais;

Liderança comprometida e engajada em aplicar os princípios de


governança corporativa: transparência, equidade e prestação de contas;

Responsabilidade corporativa em relação à sustentabilidade do negócio,


principalmente no que diz respeito às interações com o capital humano e
ambiental em diferentes esferas;

Participação e engajamento em programas e campanhas de


sustentabilidade da Ipiranga, assim como em iniciativas das quais a
empresa é signatária, como o Programa na mão certa (pacto empresarial
contra a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias
brasileiras), e demais programas que venham a existir.

90 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Plano de Gerenciamento de Resíduos

A transportadora deverá ter um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos


em conformidade com a Política Nacional de Resíduos (Lei n° 12.305/10).

No cumprimento das atividades estabelecidas no plano, a transportadora


deverá se atentar às responsabilidades contratuais com seus fornecedores
e/ou prestadores de serviço e definir procedimentos padrão para manipular,
armazenar, transportar e descartar corretamente todo resíduo gerado em
suas atividades operacionais.

6.3.3 - Avaliação de Desempenho

Com base nas premissas de gestão de pessoas, a organização deve


estabelecer critérios para monitorar o desempenho de sua força de trabalho,
incluindo o cumprimento dos limites e procedimentos operacionais, de
atendimento logístico e ao cliente e à segurança.

Os resultados obtidos na avaliação devem ser utilizados como base para o


reconhecimento ou a recompensa do desempenho laboral da força de
trabalho. Para isso, deve-se considerar não apenas a forma como os
resultados estão sendo gerados, mas também se as atitudes e os
comportamentos estão adequados aos valores organizacionais.

POLÍTICA DE
RECONHECIMENTO
DE CONSEQUÊNCIAS

91 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.3.4 - Programa de Segurança

Define padrões de gerenciamento da Ipiranga em relação ao serviço prestado


pelas transportadoras, tendo como principal objetivo a prevenção de riscos
para a vida, o meio ambiente, a imagem e o patrimônio.

Os programas implementados visam fortalecer a cultura de segurança das


transportadoras contratadas e subcontratadas e promover a melhoria
contínua da operação logística da Ipiranga. Os programas são divididos em
dois pilares:

a) Programa de reconhecimento para responsável pela segurança


O representante técnico desempenha um papel fundamental como guardião
das boas condutas e comportamentos de todos os agentes envolvidos na
operação de transporte, sendo responsável por auxiliar a transportadora nas
rotinas e na transmissão de informações junto com a Ipiranga.

b) Programa de reconhecimento para aquaviários


O profissional aquaviário é o principal agente envolvido na operação de
transporte, sendo responsável direto pela execução das atividades com
segurança, eficiência e qualidade.

Ao cumprir as atividades do programa que será divulgado anualmente pela


Ipiranga, os participantes serão classificados e poderão ser reconhecidos pelo
bom desempenho de suas atividades.

PROGRAMAS DE RECONHECIMENTO DA IPIRANGA

A participação dos aquaviários e a designação do agente de segurança


são obrigatórias.

6.4 - Comunicação, Análise e Investigação de Ocorrências

6.4.1 - Gerenciamento de Ocorrências

O gerenciamento de ocorrências é essencial para a melhoria logística das


operações de transporte.

92 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

É obrigatório que qualquer ocorrência, independentemente de sua natureza e


gravidade, seja reportada à Ipiranga, respeitando os prazos estabelecidos
neste Manual.

A transportadora deverá ter uma matriz de responsabilidades estabelecida


conforme descrito abaixo:

AGENTE AÇÃO

Zelar pela segurança do local da ocorrência;

Sinalizar o local para minimizar o risco de aproximação e o


Aquaviário e envolvimento de terceiros e seguir as orientações do PET/PAE/PEI;
Tripulação
Comunicar o ocorrido, imediatamente, aos representantes da
transportadora, à autoridade policial e à equipe de socorro.

Fornecer assistência ao aquaviário quanto às medidas


necessárias para minimizar danos e riscos no local da ocorrência;

Acionar recursos necessários para a contenção do risco;

Instaurar o gerenciamento de crise;

Agendar a reunião do comitê de segurança emergencial e


convidar representantes da segurança logística da Ipiranga para
participarem da reunião;
Coordenador
Principal do Plano Emitir comunicados sobre o status da ocorrência à Ipiranga;

Manter-se informado a respeito do andamento das ações da


equipe de atendimento emergencial;

Conhecer toda a operação de resgate, participar, tomar decisões


e autorizar ações que visem à rápida resposta e ao bom
andamento da ocorrência.

Coordenador Tem as mesmas atribuições do Coordenador Principal do Plano,


entrando em ação somente nos casos em que o Coordenador
Substituto do Plano Principal do Plano estiver incomunicável.

Ser ponto focal da transportadora no local da ocorrência;

Representante Assessorar a coordenação em relação às informações do evento


para favorecer a melhor tomada de decisão;
de Apoio
Coletar informações para análise no comitê de
segurança emergencial.

Consolidar as informações do evento para análise do comitê de


segurança emergencial;
Equipe de Suporte da
Auxiliar o Coordenador do Plano nas tarefas necessárias de
Transportadora comunicação, mobilização, aquisição, contratação, dentre outras
atividades pertinentes ao gerenciamento de crise, de acordo
com a demanda indicada.

93 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.4.2 - Treinamento

O plano de treinamento da transportadora deverá ser elaborado e executado


em conformidade com o Manual de Excelência, contendo instruções bem
definidas que abordem todas as consequências de um processo de emergência.

MATRIZ DE TREINAMENTOS

6.4.3 - Plano de Atendimento a Emergência

É de fundamental importância que a transportadora tenha um plano


estruturado para o atendimento a emergências envolvendo suas
embarcações (frota) e instalações. Nesse plano, deve constar uma lista de
hospitais, números de telefone de emergência e a relação das pessoas e
outras empresas que devem ser notificadas diante de uma emergência.

Deverá ser elaborado um fluxograma claro que apresente os procedimentos a


serem seguidos em escala de prioridade, incluindo a designação das pessoas
responsáveis por executá-los. Esse fluxograma permitirá que os empregados
e subcontratados compreendam as etapas a serem seguidas.

Tendo em vista a possibilidade de ocorrência de consequências significativas,


como incêndios, vazamentos e outros eventos acidentais, levando em conta a
probabilidade de tais incidentes, foram identificados os principais eventos
acidentais relacionados às operações de transporte fluvial. Esse plano deve
abranger, no mínimo, as seguintes situações:

Incêndio ou explosão em uma embarcação-tanque carregada ou vazia;

Vazamento e/ou derrame do produto transportado em


embarcações-tanque com potencial de gerar explosão, incêndio ou
poluição ambiental;

Operações de entregas em clientes;

Acidente com embarcação-tanque (colisão, encalhe, naufrágio etc.) que


ofereça riscos às pessoas ou ao meio ambiente.

94 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


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6.4.4 - Simulado de Emergência

As transportadoras contratadas pela Ipiranga devem ter um Plano de


Emergências (PAE/PET/PEI), que deverá ser documentado e revisado
anualmente. Esse plano deve abranger tanto eventos administrativos
quanto operacionais.

O simulado tem como objetivo garantir que todas as ações necessárias para
proteger a vida, a comunidade, o meio ambiente e os ativos da transportadora
sejam realizadas com agilidade e assertividade em situações emergenciais.

O exercício deve ser programado para ocorrer de acordo com os critérios


expostos abaixo:

PORTE PERIODICIDADE PARTICIPAÇÃO

Pequeno/Médio Anual Equipe Interna / Terceirizada

Grande Bienal Órgãos Externos (Polícia, Bombeiros etc)

Observação: Considera-se como evento de pequeno porte aqueles realizados


nas instalações administrativas ou em píer próprio da transportadora. Os
eventos de grande porte, por sua vez, são aqueles realizados durante a
navegação ou em operações que envolvem a participação de equipes externas
à transportadora.

O exercício do simulado deve conter os seguintes elementos:

Cronograma (controle de datas de treinamentos e simulados);

Contatos atualizados dos responsáveis pelo plano


e participantes externos;

Relatório do exercício do simulado e dos treinamentos;

Registro das reuniões após os simulados;

95 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


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Planos de implementação de melhorias gerados após os simulados e


baseados nas lições aprendidas;

Cronograma para realização de revisões e atualizações.

Simular as Hipóteses Acidentais


indicadas que PAE/PET, como:

Acidente com potencial de vazamento.

Acidente com vazamento.

Acidente com incêndio e/ou explosão.

Veículos com problemas em vias públicas (desejável).

Roubos, vandalismos ou problemas relacionados


à segurança patrimonial (desejável).

PROGRAMAÇÃO
SIMULADO DE SIMULAR SIMULAR SIMULAR
DO SIMULADO DE
EMERGÊNCIA COMUNICAÇÃO MOBILIZAÇÃO PROCEDIMENTOS
EMERGÊNCIA

DIVULGAR RESULTADOS EMITIR RELATÓRIO


MONITORAR AVALIAR
DO SIMULADO DE DO SIMULADO DE
PLANO DE AÇÃO PROCEDIMENTOS
EMERGÊNCIA EMERGÊNCIA

6.4.5 - Plano de Comunicação

A comunicação durante situações de emergência deve ser formalizada e


amplamente conhecida por toda a equipe, garantindo a assertividade na
tomada de decisão. A transportadora deverá garantir a gestão da comunicação
reativa e proativa de todos os níveis sinalizados na pirâmide abaixo:

1 Ocorrências Graves

REATIVO
10 Ocorrências Médias

20 Ocorrências Leves

600 Quase Acidentes

Condições
PROATIVO

Comportamento

96 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A transportadora deverá realizar a gestão e o controle de desvios,


observações comportamentais e quase acidentes, encaminhando esses
dados para a Ipiranga sempre que solicitado.

Após validação das informações da ocorrência de uma emergência, é


necessário dar seguimento ao fluxo de comunicação e acionar, de forma
imediata, todas as partes interessadas (os representantes internos da
transportadora, os órgãos públicos, a gerenciadora de risco/seguradora e a
Ipiranga) e realizar os registros necessários para posterior análise no comitê
de segurança emergencial.

Em um evento que envolva a marca da Ipiranga, o transportador ou seus


representantes, quando questionados por profissionais da imprensa, devem
evitar conceder entrevistas e confirmar especulações sobre as causas dos
eventos, tanto para a imprensa quanto para o público em geral. Essa orientação
deve ser amplamente comunicada aos aquaviários e representantes da
transportadora quando estiverem realizando atendimento in loco.

O time de Comunicação Institucional da Ipiranga tratará as informações


diretamente com a imprensa.

As ações e os meios de comunicação de todos os tipos de ocorrências estão


disponíveis no link abaixo.

MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DE OCORRÊNCIAS X COMUNICAÇÃO

É imprescindível a impressão e fixação da tabela em um quadro de aviso


da transportadora e nas embarcações, sendo esse item de composição
da auditoria.

No ato da comunicação das ocorrências nos canais oficiais da Ipiranga, é


obrigatório o preenchimento do formulário na próxima página.

97 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

ITENS PRAZO
Imagens da ocorrência 48 horas

Registros da jornada de trabalho do aquaviário 24 horas

Último resultado do teste de bafômetro 24 horas

A partir do recebimento da comunicação, a Ipiranga iniciará o monitoramento


do cenário juntamente com a transportadora, envolvendo as partes
interessadas. Conforme o progresso das medidas adotadas, a Ipiranga
reserva-se o direito de reclassificar a ocorrência, levando em consideração o
potencial de agravamento dos danos.

A Transportadora será comunicada sobre o prazo para a finalização de


relatórios e apresentações necessárias para a análise e investigação, os quais
serão formalizados pela Ipiranga. Além disso, a transportadora deverá
participar da reunião de análise e investigação, que poderá ser realizada de
forma virtual ou presencial, conforme definido pela Ipiranga.

Para toda e qualquer ocorrência, deverá ser elaborado um Plano de Ação que
trate a causa raiz do incidente, garantindo a eficácia das medidas adotadas. O
Plano de Ação será avaliado pela Ipiranga.

Quando solicitado, a transportadora deverá apresentar as lições aprendidas


da ocorrência em webinars, visando evitar novos incidentes e contribuir para
o aprimoramento das operações de transporte.

6.4.6 - Relatório da Ocorrência

A emissão do relatório deverá seguir os prazos indicados na tabela abaixo, de


acordo com a classificação da ocorrência.

CLASSE DA OCORRÊNCIA MATERIAL PRAZO DE ENTREGA

BAIXA RELATÓRIO PRELIMINAR 07 dias

RELATÓRIO PRELIMINAR 07 dias


MÉDIA RELATÓRIO FINAL 15 dias

RELATÓRIO PRELIMINAR 07 dias


ALTA RELATÓRIO FINAL 30 dias

Legenda: Relatório de ocorrência x prazo de entrega.

98 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


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Nos casos de ocorrências classificadas como de alta gravidade, a


transportadora deverá comparecer à matriz da Ipiranga, situada no Rio de
Janeiro/RJ, no local e horário agendados para apresentação do relatório
posterior ao acidente.

APRESENTAÇÃO POSTERIOR A ACIDENTES

A transportadora deverá manter arquivados os registros de seus acidentes


por, no mínimo, cinco (5) anos.

6.4.7 - Processo de Investigação

A etapa de investigação tem como objetivo registrar dados e fatos sobre o


evento, a fim de analisar sua contribuição para a ocorrência.

Durante a investigação do evento, será realizado o detalhamento e a validação


das informações padrão divulgadas e recebidas, conforme descrito abaixo.

Na investigação, deve-se obter informações necessárias sobre:

Condições do local, incluindo as condições climáticas e de visibilidade, as


características e o traçado da navegação, o estado das sinalizações, a
presença de produto vazado, as áreas impactadas, o histórico de eventos na
região, as marcas, os vestígios, os resíduos, entre outros aspectos relevantes;

Condições dos aquaviários no momento que antecedeu o evento, levando


em consideração diversos aspectos, como a jornada de trabalho, o estado
de saúde, as condições psicológicas, a alimentação, a alcoolemia, o
consumo de drogas, entre outros fatores relevantes;

Condições do comboio, considerando a regularidade na manutenção, a


conformidade dos equipamentos em uso, entre outros aspectos relevantes;

99 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Controle operacional, incluindo a regularidade dos dispositivos de alerta,


prevenção e monitoramento da frota, entre outros aspectos relevantes);

Registros complementares, como imagens fotográficas e vídeos do local,


relatórios de dispositivos tecnológicos (como telemetria e câmeras) e
depoimentos de testemunhas e outros envolvidos.

No processo de análise e investigação da ocorrência, devem ser aplicadas


metodologias para análise das causas raízes e causas contribuintes do
evento, como a 5W2H (What, Why, When, Where, Who, How, How much) ou o
Diagrama de Ishikawa (também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito
ou Diagrama de Espinha de Peixe).

6.4.8 - Conclusão da Ocorrência

Com a finalização, entrega e apresentação do relatório final da ocorrência e do


plano de ação de correção e prevenção de novas ocorrências, a
transportadora deverá monitorar a efetividade e eficácia das ações de
controle estabelecidas em conjunto com a Ipiranga.

As lições aprendidas deverão ser amplamente divulgadas pela transportadora


tanto para os seus funcionários próprios quanto para os subcontratados, além
de compartilhadas com a Ipiranga, que acompanhará se as ações propostas
estão de acordo e verificará sua efetividade ao longo do prazo estabelecido.

6.5 - Gestão de Subcontratados

Toda subcontratação para as operações da Ipiranga deverá ser previamente


aprovada e seguir todos os critérios previstos neste Manual. Destacamos
abaixo os processos específicos para garantir boas práticas na subcontratação.

6.5.1 - Padrões Mínimos para Contratação

As regras para subcontratação devem estar alinhadas às premissas


estabelecidas no Capítulo Gestão de Comboios, seguindo a mesma evolução
para uma operação predominantemente própria.

100 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Todo transportador contratado deverá fornecer uma lista de equipamentos


utilizados, bem como a relação de todos os subcontratados, conforme
estabelecido no primeiro (1°) item do processo logístico de entrega.

É importante ressaltar que a aprovação da Ipiranga na contratação do


transportador está condicionada ao cumprimento de todas as exigências
estabelecidas no Manual de Transportes e no contrato firmado com a Ipiranga.

A formalização da contratação deve ocorrer por meio de um Contrato de


Subcontratação, que deve abranger, no mínimo, todos os requisitos legais e as
políticas da Ipiranga.

Além das demais responsabilidades expressamente previstas em Instrumento


Contratual e neste Manual, o transportador assume as seguintes obrigações:

Planejar, conduzir e executar os serviços, cumprindo integralmente as


disposições contratuais e as diretrizes estabelecidas neste Manual e
obedecendo, rigorosamente, os prazos estabelecidos, as especificações
técnicas, a legislação ambiental e a legislação de segurança do trabalho.

Quanto aos seguros, o transportador assume a responsabilidade de


providenciar e manter em vigor, por sua própria conta, em companhia
seguradora de idoneidade reconhecida, todos os seguros exigidos por lei,
além dos de responsabilidade civil, ambiental, pessoal, equipamentos e
embarcações utilizados na execução dos serviços. Esses seguros devem ter
validade desde a data de início dos serviços até seu encerramento. O
transportador compromete-se a apresentar, à Ipiranga, as apólices de
seguros atualizadas, sendo que o descumprimento desta obrigação poderá
resultar na rescisão da relação contratual estabelecida entre as partes.

Também devem ser incluídas, no contrato, as especificações relacionadas à


permissão para verificar a ingestão de álcool por meio do teste do bafômetro
e o uso de drogas por meio de teste toxicológico, além das avaliações da
Política de Reconhecimento e Consequências implementada pela contratada
aos aquaviários.

101 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A transportadora deverá gerar um histórico dos processos operacionais realizados


pela subcontratada, a fim de medir o nível de serviço prestado, englobando
aspectos logísticos, de segurança e qualidade da operação de transporte.

A Ipiranga permite apenas a contratação de subcontratados que sejam


pessoas jurídicas. É vedada a prática de quarteirização na operação de
transporte subcontratada.

6.5.2 - Novos Subcontratados

A transportadora deve garantir que o subcontratado cumpra, integralmente, as


exigências para o transporte de produtos perigosos, a regulamentação da
profissão dos aquaviários e os padrões estabelecidos no Manual de Transportes,
seguindo um processo similar à homologação da Ipiranga. Recomenda-se a
contratação de um auditor externo para auxiliar nesse processo.

As evidências de atendimento deverão ser formalizadas por meio de


inspeções realizadas pelo transportador, de forma periódica, a fim de avaliar o
atendimento aos requisitos mínimos exigidos pela Ipiranga para a prestação
de serviço no transporte de combustíveis.

Observando as normas da Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e


Gás Natural (ANP) e dos demais órgãos disciplinadores do transporte fluvial,
o transportador poderá, excepcionalmente, para complementar a sua frota,
utilizar balsas-tanque de outras transportadoras, pelas quais assumirá total
responsabilidade legal.

O vínculo jurídico estabelecido entre a transportadora e a subcontratada não


cria qualquer relação contratual direta com a Ipiranga. A responsabilidade
pelo cumprimento adequado e pontual dos serviços contratados recai
exclusivamente sobre a transportadora, conforme os termos do contrato
estabelecido entre as partes.

A transportadora deverá comunicar a Ipiranga sempre que forem utilizados


equipamentos subcontratados em operações emergenciais.

102 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.5.3 - Subcontratados Ativos

Para garantir que as políticas, os processos e os procedimentos estabelecidos


no Manual de Transportes serão cumpridos, a Transportadora deverá realizar,
anualmente, a inspeção nos subcontratados. Esse processo será avaliado pela
Ipiranga durante a auditoria.

As não conformidades identificadas deverão ser incluídas em um plano de


ação de melhoria, que deverá ser integralmente cumprido pela subcontratada
e verificado pelo contratante.

A transportadora deverá ter os seguintes controles efetivos sobre os seus


subcontratados:

Ter um processo estruturado para a contratação;

Avaliar, periodicamente, os processos operacionais e administrativos dos


subcontratados;

Garantir que todos os aquaviários dos subcontratados cumpram a matriz


de treinamentos e participem dos eventos pertinentes;

Gerenciar, de forma consistente, toda a documentação dos aquaviários e


os equipamentos;

Gerir os desvios de todos os aquaviários e aplicar a Política de


Reconhecimento e Consequências;

Garantir que os subcontratados tenham um contrato firmado com


empresas de atendimento a emergência;

Avaliar, mensalmente, os desempenhos de eficiência, nível de serviço,


saúde, segurança, meio ambiente e qualidade dos subcontratados e
reportá-los à Ipiranga, de forma consolidada no Padrão de Indicadores.

103 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.5.4 - Perdas e Sobras

O transportador deverá acompanhar todo o processo de carregamento das


balsas-tanque em sua origem, verificando o volume carregado. No destino, os
lacres serão conferidos e o representante do transportador acompanhará o
processo de descarga, garantindo as medições de volumes
correspondentes.As contabilizações serão realizadas por meio de um medidor
volumétrico homologado pelo órgão responsável pela apuração das
diferenças dos volumes de carga e descarga (perdas ou sobras em trânsito).

Deve ser priorizado o uso do mesmo método de medição tanto na origem


quanto no destino. Caso não seja possível, é necessário realizar uma dupla
checagem, utilizando a medição do tanque/medidor volumétrico. O
procedimento deverá ser seguido conforme descrito no anexo abaixo.

PROCEDIMENTOS DE PERDAS E SOBRAS

6.6 - Segurança Privada Suplementar

Na contratação de escolta armada, o transportador pode consultar o Manual


de Boas Práticas do Instituto de Combustível Legal (ICL). O manual não
substitui nem altera as disposições normativas vigentes nem as orientações
emitidas pelas autoridades competentes, as quais devem sempre orientar a
atividade de segurança patrimonial. O Manual de Boas Práticas do ICL pode
ser consultado no no link abaixo.

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ICL

6.7 - Auditoria

A auditoria será conduzida pela Ipiranga ou por uma consultoria homologada.


A transportadora será comunicada por e-mail, com quinze (15) dias de
antecedência, para sua realização.

104 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Devem participar do processo de avaliação:

Alta direção e/ou seus representantes;

Gerentes, Chefes, Supervisores de Operação e


Supervisores de Manutenção;

Responsáveis pela Gestão de Segurança da Transportadora


(quando houver);

Aquaviários.

A ausência de alguma das partes não impedirá a realização da auditoria na


data programada pela Ipiranga ou pela consultoria homologada.

6.7.1 - Requisitos

Os requisitos estabelecidos pela Ipiranga são derivados deste Manual e seus


anexos, assim como de boas práticas de mercado que visam garantir mais
segurança e qualidade nas operações de transporte de combustíveis.

Os requisitos aplicáveis à auditoria no período/ciclo de avaliação serão


disponibilizados em canais específicos de comunicação entre a Ipiranga e
a transportadora.

Salientamos que, independentemente de sua criticidade, todos os itens


mencionados são de caráter obrigatório.

O cumprimento integral do que está estabelecido no Manual é essencial para


que o avaliado obtenha êxito neste processo.

Os registros das informações apuradas em auditorias e do plano de ação são


disponibilizados ao transportador.

A transportadora deverá realizar a correção das não conformidades e a


implementação das melhorias dentro do prazo determinado para cada ação.

105 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.7.2 - Homologação - Novas Transportadoras

É determinante, para o sucesso nos resultados, que a transportadora realize


uma autoavaliação para verificar sua conformidade em relação ao
atendimento dos requisitos mínimos exigidos pela Ipiranga para a prestação
de serviço no transporte de combustíveis. Essa autoavaliação será analisada
em auditoria, sendo necessário um desempenho mínimo de 85% em relação
aos 100% exigidos.

Nas auditorias de homologação, o agendamento da inspeção, bem como seu


custo, ficará a cargo de cada transportadora.

6.7.3 - Periódico - Transportadoras Contratadas

Para garantir que as políticas, os processos e os procedimentos estabelecidos


no Manual estão sendo cumpridos pelos prestadores de serviço, será realizada
auditoria nas transportadoras periodicamente.

Para garantir a continuidade da prestação de serviço, é obrigatório que as


transportadoras da Ipiranga atinjam uma aderência de, no mínimo, 85% em
relação aos 100% exigidos na auditoria.

Durante o ciclo periódico das auditorias, a transportadora não terá nenhum


ônus financeiro, uma vez que os custos serão integralmente cobertos pela
Ipiranga e a consultoria homologada.

6.7.4 - Reavaliação - Transportadoras Contratadas

Caso atinja aderência inferior a 85% em relação aos 100% exigidos na


auditoria periódica, a transportadora deverá realizar uma nova auditoria de
reavaliação, visando corrigir as não conformidades identificadas, para evitar
sanções comerciais na prestação do serviço.

Será concedido um prazo de três (3) meses para que a transportadora efetue
as devidas adequações conforme o plano de ação proposto, além de um (1)
mês para agendar a realização da nova inspeção.

106 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Nas auditorias de reavaliação, os custos ficarão a cargo de cada


transportadora. O agendamento da auditoria dependerá da programação da
Ipiranga, considerando as auditorias mapeadas para o ciclo vigente.

6.7.5 - Auditoria Interna

A transportadora deverá adotar, em seu sistema de gestão, uma


autoavaliação das especificações do Manual.

O resultado da autoavaliação poderá ser verificado pela Ipiranga ou por uma


consultoria homologada, com o objetivo de identificar o grau de maturidade
da transportadora ao avaliar seus processos internos. Essa medida visa à
melhoria contínua da operação de transporte e à segurança da navegação.

O resultado da auditoria deverá ser exposto em um relatório, que deve incluir


um plano de ação elaborado pelo representante da transportadora, seja ele
um funcionário próprio ou um profissional terceirizado.

Para as ações do plano de ação, é fundamental atribuir responsáveis e


estabelecer prazos de conclusão. O andamento das ações deve ser monitorado
pelo comitê regular ou em reuniões mensais, de acordo com o sistema de
gestão implementado na transportadora, até que todas sejam finalizadas.

6.7.6 - Plataforma Aquaviária

A Plataforma Aquaviária é o portal no qual constam os campos para o cadastro


dos aquaviários, registro de equipamentos, consulta aos resultados das
auditorias, acompanhamento/preenchimento do plano de ação, além de ser
um repositório de comunicados da Ipiranga.

PLATAFORMA

6.7.7 - Formulário de Avaliação

Todos os requisitos das auditorias, seja de homologação, anual ou de


reavaliação, estão descritos no link abaixo.

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO

107 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 06 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.8 - Vetting

As inspeções de vetting são realizadas por um inspetor OCIMF (Oil Companies


International Marine Forum) e, após sua conclusão, são processadas pelo MTA
do Brasil. Uma vez aprovadas, as inspeções têm validade de um (1) ano.

Os inspetores SIRE utilizam uma lista de verificação (checklist) específica


para cada tipo de embarcação, de acordo com o programa SIRE (Ship
Inspection Report). Esse programa abrange uma série de protocolos,
incluindo os protocolos BIRE (Relatórios de Inspeção de Barcaças), que são
aplicados no processo de inspeção.

A transportadora deve gerir todas as etapas do processo de solicitação ou


renovação do vetting, solicitando em tempo hábil, à Ipiranga, o agendamento,
conforme o modelo de preparação, inspeção, avaliação e plano de ação abaixo.

Vetting

Inspeção e
Preparação Resultado
Plano de Ação

Cadastro BIRE

Documentos Vetting
Agenda Plano de
Validação
Disponibilidade Ação
Reprovada

A Ipiranga poderá exigir o Vetting em suas operações. Atualmente, em alguns


contratos em Pool, terceiros, portos e operações específicas, como
bunkering, o Vetting é uma condição essencial para os equipamentos que
operam nessas instalações.

Todos os materiais de apoio para realizar o cadastro no sistema OCIMF e obter


acesso ao checklist constam no link abaixo.

LINKS E DOCUMENTOS PARA VETTING

108 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo

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