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CARTA ABERTA IPIRANGA

CARTA LUTZ/LINDEN

Parceiro Transportador Ipiranga,

Damos mais um passo em direção ao futuro com o lançamento do


MOVER, o Programa de Excelência em Transportes da Ipiranga.

Acreditamos que será um marco na forma de como nos


relacionamos com vocês, garantindo a perenidade dos negócios,
qualificando toda a cadeia logística, e atingindo o mais alto nível
de excelência operacional.

O nosso compromisso é garantir um transporte seguro,


preservando a vida e o meio ambiente, através de um sistema
logístico eficiente, levando a imagem e a cultura da Ipiranga pelas
mais diversas estradas, clientes e unidades operacionais,
fomentando o desenvolvimento do nosso país.

Este é o nosso convite, para percorrermos juntos essa jornada.

Sebastião Furquim Bruno Baptista


Vice Presidente de Operação Diretor de Logística

01 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual


MÓDULO 1
LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO

MÓDULO 2
MOVER

MÓDULO 3
GESTÃO DA VIAGEM

MÓDULO 4
GESTÃO DO MOTORISTA

MÓDULO 5
GESTÃO DO VEÍCULO

MÓDULO 6
GESTÃO DA TRANSPORTADORA
LIDERANÇA E MÓDULO 1
COMPROMETIMENTO
DA ALTA DIREÇÃO
MÓDULO 1 | LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO

LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO
MÓDULO 1 | LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO

LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO
A liderança é o ponto de apoio que habilita a qualidade e segurança
das operações de transporte e deve expressar comprometimento
com os valores da sua organização e da Ipiranga.

Entende-se por uma gestão de logística eficiente:

Demonstrar, no exercício de sua liderança, o comprometimento


com seu sistema de gestão, zelar pela vida e segurança das
pessoas, incentivar e garantir a integridade das operações, além
de adotar medidas para gerar as melhorias necessárias para a
obtenção e manutenção do contrato com a Ipiranga;

Ser referência em suas ações, liderando pelo exemplo, visto que


determinados comportamentos são aprendidos por meio da
observação, assim como zelar pela manutenção de um ambiente
de trabalho saudável, limpo e organizado;

Definir os objetivos, as políticas e as normas organizacionais


sendo de alcance a toda força de trabalho;

Estabelecer as estratégias futuras, definir expectativas internas


e fornecer recursos para o bom desempenho operacional,
garantindo a sustentabilidade do negócio;

Desenvolver matriz de responsabilidade para promoção de


Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade e uma operação
logística eficiente;

Comunicar a importância do bom desempenho nas operações e


fomentar o engajamento de toda a equipe com os objetivos
operacionais e de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade.

05 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 1 | LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO

A Ipiranga, comprometida com seus objetivos, estabelece, aos seus


parceiros, as condições obrigatórias para a operação de Transporte,
fundamentadas nas seguintes diretrizes:

Cumprir na íntegra todas as exigências estabelecidas neste Manual;

Respeitar todas as leis, normas e os regulamentos vigentes;

Adotar medidas preventivas com o objetivo de preservar a vida de


seus colaboradores e da sociedade contribuindo para um trânsito
mais seguro;

Manter as boas práticas de conduta e compliance comerciais e


concorrenciais;

Manter os veículos em conformidade com o padrão exigido para a


operação de transporte de produtos perigosos;

Realizar todos os treinamentos exigidos, garantindo sua eficácia;

Implantar um conjunto de normas e regulamentos internos que


possibilitem desempenhar as operações com qualidade, eficiência
e segurança.

Portanto, a liderança da transportadora é a grande responsável por


orquestrar todo o time de colaboradores na busca pela combinação
dos fatores de competitividade, qualificação, estratégia do negócio e
nível de serviço. Desse modo, as ações e condutas serão pautadas
nesses pilares e pavimentarão o caminho da excelência operacional.

06 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 2
MÓDULO 2 |

COMPETITIVIDADE

FIT ESTRATÉGICO

QUALIFICAÇÕES

NÍVEL DE SERVIÇO

AUDITORIA
MÓDULO 2 | MOVER

MOVER é o Programa de Excelência em Transportes da Ipiranga e é a


base sobre a qual construiremos, junto com nossos parceiros
transportadores, um patamar de excelência em performance,
segurança, nível de serviço e sustentabilidade. Para isso, o Programa
será sustentado por quatros pilares, que são: competitividade, fit
estratégico, nível de serviço e qualificação.

Em cada pilar, estarão presentes itens essenciais, os quais serão


medidos por meio de indicadores e cujas pontuações formarão a nota
da transportadora.

O processo de avaliação se dará de forma multicriterial, com pesos


em cada item e condições mínimas para determinação do resultado.

Abaixo, estão dispostos todos os itens de forma resumida, e no anexo


critérios de avaliação do programa, encontra-se todo o memorial
descritivo de cada critério de avaliação e sua devida explicação.

COMPETITIVIDADE

Volume operado com a Ipiranga Participação das operações Ipiranga:


Coleta, Transferência e Entrega
Faturamento Ipiranga
Consumo Ipiranga – Item Bônus
Competitividade nos fluxos
– Benchmark Competitividade em BIDs (precificação
em fluxos) – Item Bônus
Descontos Pontuais
Desconto nos casamentos de
Débitos Vencidos frete Inbound – Item Bônus

FIT ESTRATÉGICO

Mix de frota Padrão Visual da Frota de Entrega

Tamanho de frota Padrão Visual da Frota Fixa – C&T

Dependência Ipiranga Relacionamento Ipiranga - Item Bônus

Idade média da frota Risco Sacado – Item Bônus

Percentual de agregado Regionalização – Item Bônus

09 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 2 | MOVER

QUALIFICAÇÕES

Ocorrências Controláveis Gestão do Equipamento


– Tecnologias
Gestão da Transportadora
– Indicadores de Segurança Sustentabilidade
– Boas Práticas
Gestão da Viagem
Tecnologias Recomendadas
Gestão do Motorista – Boas Práticas

NÍVEL DE SERVIÇO

Performance do Plano Percentual de recusa baseado no oferecido

Disponibilidade (Entrega) Perdas/Sobras

On time Delivery Sequenciamento

On time Shipment Produtividade Frota Fixa Inbound


– Item Bônus
Percentual de aderência
ao cadenciamento NPS – Indicador Ipiranga – Item Bônus

AUDITORIA

Aderência geral na inspeção

Todos os critérios apresentados serão avaliados de acordo com a


planilha no anexo, com os pesos e critérios de pontuação.

A somatória dos pontos da transportadora resultará em uma nota


final. A classificação se dará nas seguintes categorias:

Diamante Ouro Prata Bronze

10 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 2 | MOVER

Diamante – é a transportadora que atende todos os pilares com


excelência e está alinhada com a estratégia da Ipiranga. Nesta
classificação, a transportadora deverá manter seu desempenho,
buscando uma melhoria contínua.

Ouro – é a transportadora que atende a maioria dos pilares com


excelência e necessita de pequenos ajustes para estar alinhada
com a estratégia a longo prazo da Ipiranga. Com esta
classificação, a transportadora deverá ter um plano estratégico
para os itens que faltam e buscar melhoria contínua nos
critérios atendidos.

Prata – é a transportadora que atende alguns pilares com


excelência e necessita de determinados ajustes na organização
para estar alinhada com a estratégia da Ipiranga. Nesse contexto,
a transportadora deverá ter um plano de ação para os pilares que
requerem melhoria, demonstrando soluções em dois (2) meses,
para aprimorar sua classificação.

Bronze – é a transportadora que não atende os pilares com


excelência e necessita de ajustes rápidos e estruturantes para
manter a parceria com a Ipiranga. Com esta classificação, a
transportadora deverá apresentar, de forma rápida, um plano de
ação, com todo o cronograma de melhoria em até dois (2) meses.

É importante destacar que, alguns itens, além de obrigatórios,


deverão atingir uma pontuação mínima para alcançar determinada
classificação, e, em caso de descumprimento desses itens, a posição
geral será reavaliada. Nos critérios de avaliação do programa,
encontra-se a política de reconhecimento e consequências
relacionada ao MOVER.

Cada item terá sua periodicidade de avaliação, sendo de


responsabilidade da transportadora enviar, no prazo correto, as
informações para a avaliação. Caso não responda dentro do período,
a pontuação será zerada neste critério.

11 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 2 | MOVER

Ao final de cada mês, a transportadora receberá as notas atribuídas


para cada critério, de acordo com a periodicidade de avaliação. Com
isso, terá sua classificação parcial definida, e sua classificação final
ocorrerá conforme a pontuação acumulada ao longo dos meses que
pertencem ao ciclo de avaliação vigente. A periodicidade de cada
critério está disposta no anexo critérios de avaliação do programa.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

Vale destacar que a avaliação da transportadora contempla todas as


suas filiais, compondo assim uma única nota.

12 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


GESTÃO MÓDULO 3
DA VIAGEM
MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

3.1. TECNOLOGIAS EMBARCADAS

3.1.1. COMPUTADOR DE BORDO – TELEMETRIA


3.1.2. MONITORAMENTO
3.1.3. ROTOGRAMA
3.1.4. CONTROLE DE VELOCIDADES MÁXIMAS E COMPATÍVEIS
3.1.5. ROTOGRAMA FALADO E CERCAS ELETRÔNICAS
3.1.6. CÂMERAS VEICULARES E FADIGA
3.1.7. OUTRAS TECNOLOGIAS

3.2. PREPARAÇÃO PARA VIAGEM

3.2.1. DOCUMENTAÇÃO E TREINAMENTO


3.2.2. CONDIÇÕES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS
3.2.3. SEGURANÇA DO VEÍCULO E SEUS EQUIPAMENTOS

3.3. CICLO DA VIAGEM

3.3.1. PLANO DE VIAGEM


3.3.2. PROCEDIMENTOS NA UNIDADE OPERACIONAL
3.3.3. VIAGEM
3.3.4. ENTREGA
3.3.5. RETORNO
3.3.6. PROCEDIMENTOS DE ATENDIMENTO AO CLIENTE
3.3.7. COLETA E TRANSFERÊNCIA
MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

3.1. TECNOLOGIAS EMBARCADAS


O uso de tecnologias auxilia o transportador na gestão da operação
e o motorista na melhoria de sua dirigibilidade e tomada de decisão,
sendo fundamental para a prevenção de acidentes de trânsito. O uso
deve ocorrer conforme indicado na tabela abaixo.

TECNOLOGIAS IMPLANTAÇÃO
Computador de bordo - Telemetria Obrigatório
Rotograma falado e cercas eletrônicas Obrigatório
Câmeras veiculares Obrigatório
Avaliação das câmeras por Inteligência Artificial Obrigatório
Câmera de fadiga Obrigatório
Sensor de distância e aproximação Obrigatório
Sensor de cinto de segurança Obrigatório
Alarme sonoro de seta Recomendado
Câmera de ré Recomendado

A implantação das tecnologias deverá seguir um plano de evolução


para garantir a continuidade do negócio e o atendimento mínimo dos
requisitos de segurança da Ipiranga ao longo dos anos.

PLANO DE EVOLUÇÃO

FORNECEDORES HOMOLOGADOS

Deverão ser observadas as determinações para as tecnologias


constantes. As intenções de implantações de tecnologias diferentes
das constantes deverão ser encaminhadas previamente à Ipiranga, no
sentido de consultar uma possível homologação.

A lista de tecnologias homologadas pela Ipiranga encontra-se no anexo.

TECNOLOGIAS HOMOLOGADAS - TODAS

15 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Tão importante quanto possuir as tecnologias é geri-las de forma


adequada e eficiente. Os desvios, quando tratados, evitam
ocorrências e preservam vidas.

A Transportadora deverá manter a gestão e o controle dos desvios


identificados, criando análises e registros dos tratamentos (em
coerência com o seu Plano de Reconhecimento e Consequências),
devendo ser reportados à Ipiranga através do padrão de reporte de
indicadores Ipiranga.

PLANO DE REPORTE DE INDICADORES

Todas as tecnologias exigidas neste Manual deverão respeitar


integralmente as legislações aplicáveis à proteção de dados (LGPD),
com elaboração de Termo de Aceite para uso de dados, imagens e
outras informações coletadas através dos sistemas, sendo necessária a
assinatura do colaborador antes do início da operação para a Ipiranga.

3.1.1. COMPUTADOR DE BORDO – TELEMETRIA

As informações de uma viagem devem ser gerenciadas para suportar


uma tomada de decisão da gestão e garantir a segurança e qualidade
das operações logísticas e, consequentemente, a redução dos custos
de consumo de combustíveis e manutenção, avaliando de forma não
limitante os desvios de reporte obrigatório à Ipiranga.

Os dados gerados pela telemetria poderão ser solicitados de forma


periódica ou contínua para manutenção de uma gestão ativa da sua
viagem, gerindo o perfil de condução dos motoristas, de forma a propor
ações de contingência, controle e mitigação aos riscos identificados.

Independentemente da gestão dos dados pela Ipiranga, a


Transportadora deverá realizar um monitoramento ativo de sua
operação, utilizando inteligência da informação no mapeamento dos
locais com maior frequência de violações e/ou desvios, adotando
medidas para sua correção.

16 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

O veículo monitorado é equipado com um receptor de GPS e


dispositivo de comunicação, o que permite a troca de mensagens
entre o veículo e a central de monitoramento. O sinal ou
posicionamento do veículo deverá ser disponibilizado de forma
on-line, ou a cada período pré-determinado, preferencialmente
segundo a segundo, nunca maior do que dois (2) minutos para
sistema de comunicação via GPRS e não inferior a quinze (15)
minutos para sistema via satélite.

3.1.2. MONITORAMENTO

Deverá ser mantido controle diário dos veículos e motoristas, a fim de


garantir a segurança e produtividade da operação de transporte,
respeitando os limites estabelecidos no Manual e na Lei, quando esta
for mais restritiva.

A utilização da telemetria, das câmeras e demais tecnologias


embarcadas para monitoramento não substitui o uso obrigatório e
legal do cronotacógrafo, podendo ser este dispositivo exigido pela
Ipiranga para fins de auditoria e investigação de ocorrências.

Para a manutenção do monitoramento pela torre de controle Ipiranga,


o envio do sinal e o posicionamento do veículo deverão ser garantidos
através de integrações e espelhamentos de forma perene e constante.

As atividades de monitoramento da operação devem avaliar, no mínimo:

SEGURANÇA: com o cumprimento das regras e dos limites operacionais no


carregamento, no trânsito e no descarregamento.

LOGÍSTICA: com a previsão de chegada e entrega do produto transportado.

A transportadora deve avaliar a frequência e localização de


violações, adotando medidas para sua prevenção, seguindo o seu
Programa de Reconhecimento e Consequências, garantindo a
realização de medidas para prevenir ocorrências em todo o ciclo de
operação do motorista, atuando ativamente nos desvios, aplicando
lições aprendidas, capacitando e reciclando os motoristas para evitar
novas violações e recorrências.

17 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Além do monitoramento de todos os índices de segurança, é


importante o controle da eficiência de direção (consumo, frenagens,
etc.), sendo a transportadora responsável por avaliar o perfil de
direção e dar feedbacks junto aos motoristas.

3.1.3. ROTOGRAMA

As rotas superiores a cem (100) quilômetros de distância deverão ter


seus riscos e suas características avaliadas e repassadas ao
motorista, no sentido de conhecê-las previamente, programar os
tempos das suas paradas para descanso, alimentação e garantia do
cumprimento da jornada de trabalho.

As avaliações devem ser realizadas preferencialmente pelo motorista


monitor, antes da primeira viagem, devendo ser reavaliadas quando
houver mudanças das suas características ou alguma ocorrência na
rota, independentemente da gravidade, sendo necessária a
atualização no mínimo bienalmente.

No momento da avaliação da rota deverá ser contemplado todo o


ciclo do transporte, inclusive com a avaliação do posicionamento do
caminhão, layout das instalações, especificando acessos de entrada e
saída, bem como os locais de descarga dos produtos devendo seguir
os padrões mínimos estabelecidos no Rotograma Padrão Ipiranga.

ROTOGRAMA PADRÃO IPIRANGA

Os Rotogramas deverão ser disponibilizados antes das viagens a todos


os motoristas e sua atualização deverá ocorrer com periodicidade
máxima de 2 anos, em caso de acidentes ou mudança de rotas.

3.1.4. CONTROLE DE VELOCIDADES MÁXIMAS E COMPATÍVEIS

Toda avaliação de risco da rota deve considerar as velocidades


compatíveis para cada trecho, conforme condições da via, relevo,
trechos urbanos e outras condições de risco para o tráfego dos veículos,
sendo pertinente a demarcação de cercas eletrônicas de velocidade
máxima, adotando no mínimo a avaliação na próxima página:

18 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Trechos em Perímetro Urbano:

Alertas de atenção aos limites de velocidade da via e atenção aos


trechos com grande movimentação de pessoas (ex.: escolas,
igrejas, entre outros);

Rotatórias, com alertas da velocidade e indicação prévia da


intenção de manobra.

Trechos em Rodovias:

Curvas sem sinalização de velocidade ou incompatíveis com as


características do veículo e redução de velocidade;

Aclives acentuados com orientação sobre o uso de marcha


apropriada para suportar a subida;

Trechos de serras ou declives acentuados com a orientação do uso


do freio motor e redução de velocidade;

Rotatórias, com alertas da velocidade e indicação prévia da


intenção de manobra;

Alça de acesso, como ponto de atenção a entrada de veículos na


rodovia;

Locais com alto índice de acidentes rodoviários, principalmente


com veículos de grande porte;

Locais com incidência de roubo de carga/assaltos.

Trechos sem pavimentação:

Velocidade compatível com as condições do piso e transitar


próximo à parte central da estrada.

19 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Em concordância com o limite legal de velocidade e considerando


que a velocidade incompatível está associada à maior parte dos
acidentes graves, a Ipiranga adota limites de velocidade conforme a
matriz de velocidade x via/localidade.

MATRIZ VELOCIDADE X VIA

Destaca-se ainda que:

O limite de velocidade local, estabelecido através da sinalização


vertical, deverá ser respeitado, em caso de menor do que o
estabelecido na matriz;

De acordo com as condições do ambiente (via, trânsito, condições


climáticas, etc.), do motorista (estado de saúde, cansaço,
experiência, etc.) e do veículo (condições de peso, ajuste de freio,
etc.), o motorista deverá ajustar a velocidade, de forma que ele possa
controlar essas ameaças e prevenir a ocorrência de acidentes;

Durante a avaliação de risco da rota, sendo identificado um limite


de velocidade máximo mais restritivo, este deverá ser considerado
para classificação da velocidade.

3.1.5. ROTOGRAMA FALADO E CERCAS ELETRÔNICAS

Em interação com o computador de bordo, o rotograma falado


deve instruir o motorista através de mensagens de voz ou alertas
sonoros (buzzer) sobre o seu trajeto e alertá-lo quanto aos riscos
existentes em determinados locais da rota (cercas eletrônicas) para
a segurança da operação de transporte e sua melhor
condução, de forma complementar ao estudo do Rotograma
realizado e instruído pelo Motorista Monitor.

Todas as coordenadas, polígonos e arquivos de georreferenciamento


gerados nas construções das cercas e rotogramas, deverão ser
disponibilizados à Torre de Controle da Ipiranga, garantindo o

20 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

aperfeiçoamento de sua gestão Logística e de Segurança. Sendo as


posições dos clientes Ipiranga e suas Unidades Operacionais
considerados e incluídos nestes compartilhamentos.

A periodicidade de revisão seguirá a orientação descrita no item


Rotograma.

3.1.6. CÂMERAS VEICULARES E FADIGA

Os caminhões a serviço da Ipiranga devem possuir no mínimo quatro


(4) câmeras veiculares. Duas (2) devem estar localizadas nas laterais
do caminhão, de forma a visualizar as válvulas de descarga dos
compartimentos e uma boa parte do cenário de trânsito aos lados
dos caminhões; duas (2) internas na cabine, sendo uma (1) fixada na
coluna do caminhão tanque, ao lado do carona, de forma a visualizar
as ações do motorista; e outra uma (1) de forma a visualizar o trânsito
à frente do veículo.

Câmera Área sugerida


de cabine para câmera
de fadiga
Câmera frontal
Câmera Câmera
lateral lateral

21 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

De forma complementar, deverão ser instaladas câmeras de fadiga.


Elas deverão estar localizadas na parte interna da cabine, de modo
que registrem a face do motorista, avaliando de forma ativa os sinais
de fadiga parametrizados no sistema. Recomendamos o uso de
tecnologia de monitoramento on-line conectado à telemetria, com
possibilidade de intervenção durante a viagem.

Os sistemas de monitoramento por câmeras deverão seguir os


padrões de instalação do fabricante, garantindo proteção quanto ao
risco de incêndio, e serem instalados de forma que sua alimentação
seja vinculada à chave geral do caminhão, impossibilitando o registro
de imagens com a chave geral desligada.

Os limites de armazenamento das imagens e os critérios de proteção


contra furtos e violações das imagens deverão ser atendidos
conforme abaixo:

Identificação de paradas de funcionamentos de antenas, câmeras


e módulos embarcados;

Identificação de interrupções contínuas de captação de imagens;

Possuir sistema que impeça violação (edição ou exclusão) por


pessoas não autorizadas no sistema do veículo.

Para garantir uma gestão eficiente das câmeras, as Transportadoras


deverão realizar a implantação de sistema de Inteligência Artificial,
capaz de identificar de forma autônoma os desvios e vícios de
condução das imagens geradas, atendendo ao Plano de Indicadores
de Desvios.

A transmissão das imagens poderá ser realizada de forma off-line


exclusivamente para câmeras veiculares (coleta via Wi-fi ou por
memória expansiva) ou de forma on-line (tecnologias móveis).

22 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

A coleta das imagens das câmeras deverá ser realizada no limite


máximo de sete (7) dias, independentemente do tipo de operação,
garantindo a integridade de 100% dos vídeos.

As imagens captadas devem conter data e hora, identificação da


placa do veículo, velocidade do momento e, preferencialmente, as
coordenadas geográficas da posição.

A transportadora deverá garantir a armazenagem em suas


instalações de todas as imagens geradas nos veículos por período
mínimo de um (1) mês.

Na hipótese de acidentes/incidentes que tenham gerado danos à


Ipiranga e/ou a terceiros, qualquer tipo de conduta criminosa ou que
constitua falta grave de acordo com a legislação trabalhista, as
imagens deverão ser guardadas pelo período mínimo de cinco (5)
anos pela transportadora.

Sempre que solicitadas pela Ipiranga, as imagens deverão ser


disponibilizadas em até vinte e quatro (24) horas.

O Transportador deve manter uma estrutura de monitoramento em


todos os momentos em que sua frota estiver operando, para garantir
que mensagens e/ou perda de sinal sejam devidamente tratadas.

Na ausência da tecnologia de inteligência artificial para avaliação das


imagens das câmeras, deverá ser realizada avaliação de todos os
motoristas no mínimo uma (1) vez ao mês conforme procedimento
interno da transportadora.

Na identificação de não conformidade, deverá tratá-la através da sua


Política de Reconhecimento e Consequência e arquivar todo o
processo durante o período mínimo de dois (2) anos para inspeção
em auditorias da Ipiranga.

23 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

A avaliação das imagens objetiva identificar e avaliar:

O perfeito posicionamento e funcionamento dos equipamentos


(ângulo das câmeras e captação das imagens);

A utilização de equipamentos de comunicação durante a direção


(celular, rádio px, etc.);

A não utilização de cinto de segurança;

A presença de carona no veículo;

A condução agressiva com indícios do uso de álcool e/ou drogas;

Os comportamentos na direção, principalmente quanto ao excesso


de velocidade (incluindo cercas eletrônicas) e freadas bruscas;

Os comportamentos para a parada em local não autorizado;

As condições de dirigibilidade quando no estouro da jornada de


trabalho;

O cumprimento dos procedimentos de início de viagem e de


descarga do produto transportado;

As hipóteses e causas dos acidentes;

Sinais de fadiga e sono.

3.1.7. OUTRAS TECNOLOGIAS

Em busca de constante evolução e garantia de um trânsito mais


seguro, é obrigatório, para os transportadores Ipiranga, a implantação
de sensor de distância e aproximação, instalação de sensor de cinto de
segurança, alarme sonoro de seta e câmera de ré. Recomenda-se que
os sensores sigam as mesmas tecnologias já embarcadas.

24 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Todo o sistema de sensores passará por calibração periódica


conforme fabricante ou, no mínimo, de forma anual, adotando o que
for mais restritivo.

Na identificação de não conformidades, deverão ser geridas e


tratadas através da Política de Reconhecimento e Consequência da
Transportadora.

3.2. PREPARAÇÃO PARA VIAGEM

O planejamento e controle da operação de transporte, conforme


exemplificado no fluxo abaixo, é responsabilidade da Transportadora e
deve ser gerenciado para minimizar impactos nas atividades comerciais
e produtivas da Ipiranga e, consequentemente, de seus clientes.

A Transportadora deverá dispor as operações de transporte somente


a motoristas habilitados, capacitados, motivados, com plenas
condições físicas e psicológicas para interagir com educação e
cortesia com as pessoas, cumprindo a jornada de trabalho, o zelo
com o veículo e os demais equipamentos, respeitando e cumprindo
as regras de trânsito e normas operacionais estabelecidas.

3.2.1. DOCUMENTAÇÃO E TREINAMENTO

Para a disponibilização do motorista e veículo, a equipe de


programação da Transportadora e a da Ipiranga devem garantir que
as documentações estejam regulares e em conformidade legal, e de
posse dos motoristas em cada viagem conforme relação mínima,
sendo apresentados de forma organizada, para fiscalização, auditoria
ou avaliação da Ipiranga ou órgãos reguladores e de fiscalização.

25 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA VIAGEM

Em relação aos treinamentos, os motoristas devem seguir a matriz de


capacitação relacionada abaixo:

MATRIZ DE CAPACITAÇÃO DE TREINAMENTOS

3.2.2. CONDIÇÕES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS

A Transportadora deve dispor de meios de comunicação para


interação entre o motorista e a equipe de programação, a fim de que
informações pertinentes às condições de saúde e bem-estar possam
ser apuradas e ações de prevenção adotadas.

Quando necessária uma intervenção, as informações devem ser


compartilhadas com a equipe de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e
Qualidade, sendo gerados registros das ações para posterior
avaliação em reuniões e comitês.

Demanda de Programar
Carregamento/Descarga Motorista
Documentação Motorista em
Motorista
do Motorista Boas Condições
Disponível?
Regular? de Saúde?

Regularizar Selecionar
Documentação Outro Motorista

A Transportadora deverá realizar trimestralmente avaliação de fadiga,


sono, estresse ou outra que julge pertinente, sendo essas avaliações
adicionais ao atestado de saúde ocupacional (ASO), garantindo sua
rastreabilidade e disseminação junto aos colaboradores.

LIMITES OPERACIONAIS DO MOTORISTA

26 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

3.2.3. SEGURANÇA DO VEÍCULO E SEUS EQUIPAMENTOS

A equipe de programação deve garantir, antes de programar, que o


veículo e seus equipamentos se encontram em perfeitas condições
de segurança para realizar a viagem. Por isso, se faz necessária a
integração das informações da inspeção e manutenção da frota em
sistema informatizado. Tais ações devem fazer parte da estratégia
de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade da
Transportadora no que tange à prevenção de acidentes, ser
documentadas e multiplicadas entre os colaboradores.

Demanda de Programar
Carregamento/Descarga o Veículo
Documentação Inspeção
Manutenção
do Veículo Veicular
Regular?
Regular? Regular?

Regularizar Reparar Não Realizar


Documentação Conformidade manutenção

3.3. CICLO DA VIAGEM

Após a avaliação das condições dos motoristas e veículos, garantindo


um transporte mais seguro e eficaz, a Transportadora dá início a
programação da viagem, processo com interface constante e
essencial para o bom desempenho logístico da Ipiranga.

3.3.1. PLANO DE VIAGEM

No planejamento da viagem,
é realizada a consolidação de
informações pertinentes à
operação de transporte e sua
divulgação ao motorista,
para que adote uma conduta
em conformidade com as
orientações estabelecidas.

27 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

É necessário realizar avaliação de condições de trânsito e clima, além


do estudo e cumprimento do Rotograma e layout de descarga em
qualquer processo de descarga em cliente, incluído o atendimento
pleno à cadência de clientes estabelecido pela Ipiranga.

O plano de viagem poderá ser informatizado e as informações de


origem, locais de parada, previsão de chegada (dia e hora) e destino
devem estar adequadas e ser de pleno conhecimento e domínio por
parte do motorista.

3.3.2. PROCEDIMENTOS NA UNIDADE OPERACIONAL

Toda a operação realizada pelo motorista nas Unidades Ipiranga


deverá seguir o que está descrito nos capítulos abaixo referenciados
do Manual de Operações Ipiranga.

CARREGAMENTO MODAL RODOVIÁRIO

DESCARGA MODAL RODOVIÁRIO

Os treinamentos de carregamento e descarga são específicos de


cada Unidade Operacional Ipiranga, visto que os motoristas precisam
conhecer todas as particularidades do local em que estarão inseridos:
rotas de fuga, ações de emergência, layout da planta, análises de
segurança da tarefa e instruções de trabalho, e é função do time de
Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade da Transportadora
disseminar os procedimentos anexos acima previamente e registrar
lista de presença.

CUIDADOS NA DISTRIBUIÇÃO DA CARGA

A má distribuição de carga é uma ameaça à segurança das operações


de transporte, visto que acidentes associados a essa causa têm
normalmente consequências graves.

28 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Essa ameaça está relacionada com a concentração de carga na


parte traseira da carreta, o que ocorre quando se transita com os
compartimentos traseiros cheios e com os dianteiros vazios. Isso
faz com que a direção fique muito leve nos veículos rígidos e
provoque a perda de tração em veículos articulados, aumentando
a possibilidade de efeito “L” /ocorrência de acidentes.

Ao receber a programação, a Transportadora deverá assegurar


que o motorista carregue o caminhão, de forma que as entregas
sejam realizadas, descarregando-se os compartimentos traseiros
antes dos demais.

Não é recomendável que o caminhão tanque realize a operação de


transporte com o tanque de carga com capacidade parcial, ou
seja, pela metade. Caso haja devolução parcial da carga, o
motorista deve contatar a transportadora para evitar trafegar com
concentração de peso na traseira. Será necessário alterar a viagem
e, em alguns casos, retardar a entrega para outros clientes.

3.3.3. VIAGEM

Durante a viagem, deve ser realizado o monitoramento da


operação de transporte, a fim de identificar e corrigir desvios de
procedimentos e violações das regras operacionais e garantir o
controle da operação.

É terminantemente proibido dar carona a qualquer pessoa, em


qualquer parte do trajeto, por qualquer motivo.

O acompanhamento de cabine somente poderá ser realizado por


motorista monitor quando a serviço, para avaliação da viagem,
avaliação de rota, elaboração de rotograma, treinamento prático,
dentre outros motivos similares. Outras pessoas (funcionários da
Ipiranga ou da transportadora) somente poderão viajar junto com
o motorista se estiverem a serviço e devidamente autorizadas pela
gestão da transportadora. O registro da autorização deve estar
presente no relatório de viagem.

29 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

3.3.4. ENTREGA

O processo logístico das entregas deverá seguir


conforme determinam as áreas de contratação (Transportes)
e execução (Programação de entrega e Torre de Controle).
Com isso, a transportadora deverá seguir conforme itens do
anexo Processo logístico de Entrega, conforme resumo abaixo:

PROCESSO LOGÍSTICO DE ENTREGA

Definição da frota cativa; Monitoramento e desvios;

Espelhamento; Descargas;

Escalonamento da frota; Previsão de retorno;

Apresentação para carregamento; Capacidade de atendimento;

Sequenciamento das entregas; Comunicação e previsão.

Antes da execução dos procedimentos de descarga, a


Transportadora deve avaliar previamente os riscos, layout e demais
orientações obrigatórias nas instalações do cliente conforme
formulário.
ROTOGRAMA PADRÃO IPIRANGA

Já nas instalações do cliente, a Transportadora deverá garantir que os


motoristas realizem os procedimentos em conformidade com as
instruções técnicas para a preservação de riscos de acidente,
conforme formulário.
MANUAL DE DESCARGA

Se houver algum item em desacordo e que seja impeditivo no


momento da descarga, a Transportadora deverá relatar a situação à
Ipiranga, que dará a tratativa as não conformidades identificadas, a fim
de acompanhar suas regularizações, bem como o plano de ação,
dentro do Programa de identificação de riscos e desvios operacionais.
PROGRAMA DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS E DESVIOS OPERACIONAIS

30 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

DESTINAÇÃO E DEVOLUÇÃO DOS LACRES

A Transportadora deverá assegurar que todos os lacres de segurança


utilizados no transporte de produtos da Ipiranga sejam
obrigatoriamente devolvidos em nossas dependências.

Para os casos de coleta e transferência, os lacres deverão ser


destinados à Unidade Operacional de destino e, nos casos de entrega,
à Unidade Operacional que disponibilizou o lacre.

Caso o cliente solicite amostra testemunha do produto, o lacre deverá


ficar dentro do envelope da amostra. Nessa hipótese, ou em qualquer
outra que o cliente fique com o lacre, a Transportadora deverá solicitar,
do referido cliente, a emissão de uma declaração, de próprio punho,
manifestando essa situação, contendo as seguintes informações:

Número da nota fiscal;

Cor do lacre;

Motivo da não devolução do lacre;

Responsabilização da destinação final adequada ao lacre.

COMPROVANTE DE ENTREGA

Ao finalizar a entrega do produto, o motorista deverá obrigatoriamente:

Solicitar ao cliente o correto preenchimento do canhoto;

Receber e armazenar o canhoto, conferindo os registros de


entrega (carimbo e a assinatura do recebedor), e entregá-lo à
equipe administrativa da Transportadora, pois o pagamento do
frete depende da entrega do canhoto à Unidade Operacional
expedidora da carga.

31 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

3.3.5. RETORNO

O compromisso com a segurança na operação deve ser constante,


tanto na ida quanto em sua volta. Destaca-se a responsabilidade da
Transportadora e a importância de seguir os procedimentos de
segurança mesmo com o veículo vazio, uma vez que existem riscos
potenciais que podem comprometer a vida, o patrimônio e a imagem.
Os desvios de condução e qualquer evento acidental deve ser tratado
e reportado, mesmo com o caminhão vazio.

A Ipiranga estabelece o cumprimento das regras de segurança, dos


limites operacionais e de velocidade para todos os agentes envolvidos
em sua operação de transporte.

É de responsabilidade da transportadora informar a previsão de


retorno do caminhão para a próxima programação.

3.3.6. PROCEDIMENTOS DE ATENDIMENTO AO CLIENTE

A Transportadora deve garantir que os seus motoristas cumpram, na


íntegra, todos os procedimentos operacionais e de segurança, estejam
uniformizados, identificados com o crachá, fazendo uso de EPI
completo em boas condições, com o CA válido e possuam
apresentação e postura exemplar, além de toda a conformidade e boa
apresentação do caminhão tanque e de seus equipamentos acessórios.

Caso seja necessário, será solicitado apoio na investigação de


reclamações ou desvios:

32 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Denúncias de direção não defensiva do veículo;

Desvios de procedimentos no momento da descarga do produto;

Denúncias da não comunicação de ocorrências;

Falta do produto no momento da descarga.

A Transportadora deve estabelecer um canal de comunicação para


recebimento de denúncias oriundas do comportamento de seus
colaboradores e subcontratados, além de atender todas as
reclamações e não conformidades provenientes do Programa de
identificação de riscos e desvios operacionais.

PROGRAMA DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS E DESVIOS OPERACIONAIS

3.3.7. COLETA E TRANSFERÊNCIA

As viagens na operação Inbound poderão ser:

Coletas – quando a origem é uma usina ou terminal (porto,


refinaria);

Transferências - quando a origem é uma base Ipiranga.

O processo logístico Coleta e Transferência deverá seguir


conforme determinam as áreas de Transportes e execução (Gestão
de Estoques e Torre de Controle). Diante disso, a transportadora
deverá seguir todos os itens do Anexo - Processo logístico de
Coleta/Transferência, conforme resumo abaixo:

PROCESSO LOGÍSTICO DE COLETA E TRANSFERÊNCIA

33 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Cadastramento de Placas Agendamento


(Pré-viagem); de Carregamento;

Espelhamento (Pré-viagem); Carregamento;

Treinamentos/Checklist Agendamento
(Pré-viagem); de Descarga;

Programação Descarga;
Coleta/Transferência;
Desvios.
Aceite da Programação;

A Transportadora é responsável:

Pela garantia que os veículos ofertados estão previamente


cadastrados para operação Ipiranga;

Com todos os documentos em dia (veículo e motorista);

Treinamentos exigidos pela Ipiranga e unidade operacional.

Pelo devido espelhamento do veículo para a Torre de Controle


Ipiranga, com tecnologia homologada e antena atualizada;

Pela garantia do padrão de segurança de todos os veículos -


sujeitos à reprovação no checklist em caso de descumprimento de
itens impeditivos para carregamento e descarga nas unidades
operacionais (e passível de bloqueio do veículo para operações
Ipiranga);

Pela realização de agendamentos de carga, com data/hora


conforme necessidade informada pela Programação Ipiranga para
garantia do abastecimento das unidades operacionais;

34 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 3 | GESTÃO DA VIAGEM

Pelo devido cumprimento dos carregamentos (em relação ao


agendamento) com o tipo de veículo necessário para realização do
volume especificado;

Pela realização do agendamento de descarga após o


carregamento na origem, considerando o horário de
funcionamento da base de destino;

Pelo cumprimento de chegada no destino no horário e data


agendados, garantindo o abastecimento conforme necessidade
Ipiranga;

Pela devida resposta ao time de desvios na apuração de


ocorrências durante a viagem.

35 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


GESTÃO DO MÓDULO 4

MOTORISTA
MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

4.1. PERFIL DO MOTORISTA IPIRANGA


4.1.1. COMPORTAMENTO E COMPETÊNCIA
4.1.2. SELEÇÃO DE MOTORISTAS
4.1.3. PLANO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
NA ORGANIZAÇÃO PLANO DE CAPACITAÇÃO TEÓRICO

4.2. REQUISITOS OPERACIONAIS


4.2.1. CADASTRO DE MOTORISTAS NA IPIRANGA
4.2.2. LIBERAÇÃO DO MOTORISTA PARA OPERAÇÃO
4.2.3. LIMITES OPERACIONAIS

4.3. MOTORISTA MONITOR


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

4.1. PERFIL DO MOTORISTA IPIRANGA

Um motorista Ipiranga precisa respeitar requisitos mínimos


necessários que compõem um perfil de condução no Padrão
Ipiranga, além do atendimento às exigências legais.

RELAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO LEGAL MOTORISTAS

A Transportadora deverá possuir um Manual do Motorista que


deve atender minimamente o conteúdo estabelecido no anexo,
garantindo fácil acesso e consulta às políticas, aos códigos e às
regras para a condução junto à Ipiranga.

MANUAL DO MOTORISTA

4.1.1. COMPORTAMENTO E COMPETÊNCIA

No cenário corporativo atual, em que o mundo dos negócios está


cada vez mais competitivo, é essencial que os empresários
invistam em seus funcionários, afinal, não se consegue bons
serviços sem profissionais qualificados e capacitados.

Os transportadores devem possuir um processo de recrutamento,


seleção, treinamento e avaliação contínua das competências dos
funcionários, atendendo às necessidades específicas das atividades
de transporte de combustíveis. Todos os profissionais devem
possuir documentações sobre a experiência, os conhecimentos
técnicos e critérios de aptidão para as posições exercidas e com
responsabilidades designadas à integridade das operações.

As avaliações periódicas devem ser realizadas, com o objetivo de


potencializar o desempenho do negócio e dos interesses das
pessoas, através do estímulo ao engajamento da pauta da
segurança nas operações de transporte. Em alinhamento com as
especificações estratégicas da organização, a transportadora
deverá estabelecer uma matriz de competências (técnicas e
comportamentais) necessárias à sua força de trabalho, com o
objetivo de alcançar os resultados esperados.

38 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

É imprescindível o atendimento à relação de Atributos x Exigências


de contratação da Ipiranga, prospectando uma melhoria no nível da
prestação de serviço em nossas operações e para os clientes finais.

ATRIBUTOS X EXIGÊNCIAS DE CONTRATAÇÃO

Alinhada com as melhores práticas de mercado, a Ipiranga apresenta


a relação de exames médicos mínimos para monitoramento a ser
conduzido e registrado pela transportadora. Para algumas
localidades pode ser exigido complementação dos exames devido a
legislações ou exigências dos órgãos reguladores locais.

EXAMES MÉDICOS MÍNIMOS PARA MONITORAMENTO


DA SAÚDE OCUPACIONAL

A transportadora deve aplicar o questionário no que tange a


condições de descanso e fadiga, trimestralmente, em 100% dos
condutores, controlar os dados e propor ações para prevenção a
acidentes no que tange a fadiga e sono, conforme anexos.

QUESTIONÁRIOS SONO E CRONOTIPO

4.1.2. SELEÇÃO DE MOTORISTAS

Procedimentos devem ser desenvolvidos para recrutamento e


seleção, aplicados de acordo com a necessidade da área e
incorporando as definições de competências e atributos.

39 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

A revisão do procedimento deve ocorrer sempre que houver uma


mudança legal/contratual pertinente ou na adequação de boas
práticas indicadas em eventos internos do transportador (reuniões ou
comitês) ou externos da Ipiranga.

É vedada a contratação de motoristas com a CNH suspensa ou


cassada, assim como a quarteirização do serviço.

Uma das etapas do processo de seleção e contratação é a avaliação


do conhecimento e das habilidades práticas do candidato ao volante
de um veículo, de acordo com sua categoria, sendo obrigatória a
aplicação de Teste Prático e Admissional Ipiranga, a ser conduzido
pelo Motorista Monitor.

TESTE PRÁTICO E ADMISSIONAL

O candidato deve obter um mínimo de 85% de aproveitamento para


seguir no processo de admissão, e o plano de ação deve ser adotado
pelo transportador para que o candidato evolua nos itens
identificados como não conformes.

Na contratação de motoristas com experiências em veículo


biarticulado não comprovadas através dos documentos citados na
tabela de qualificações e critérios mínimos de contratação prevista
neste item ou para promoção de motorista da transportadora para
veículo biarticulado, a transportadora deverá buscar formação de
condutores em instituições de ensino reconhecidas para capacitação
na categoria referida.

QUALIFICAÇÃO E CRITÉRIOS MÍNIMOS

40 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

4.1.3. PLANO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO


NA ORGANIZAÇÃO PLANO DE CAPACITAÇÃO TEÓRICO

A transportadora deverá garantir a qualificação de seus


colaboradores através da etapa de seleção e a sua capacitação
técnica quando na contratação, em especial dos motoristas de
produtos perigosos, que deverão atender os requisitos mínimos de
conhecimento para operação na Ipiranga. No plano de capacitação
mínimos e obrigatórios, não sendo restrito a estes, recomenda-se a
atualização no conteúdo programático quando na identificação de
atualização legal ou normativa, indicação da Ipiranga ou de boa
prática aplicada ao mercado.

CAPACITAÇÃO MÍNIMA E OBRIGATÓRIA

Recomenda-se ampliar o plano de treinamento a força de trabalho


administrativa com temáticas voltadas ao atendimento das
necessidades organizacionais, visando à qualidade, segurança e
agilidade no desenvolvimento das atividades laborais.

A transportadora deverá indicar um método de avaliação dos


treinamentos ministrados a sua força de trabalho, a fim de que o
aproveitamento seja de 85%. Caso não seja cumprido o
aproveitamento indicado, o motorista deverá ser submetido a uma
nova instrução para que haja absorção do conhecimento não
adquirido anteriormente e realizada nova avaliação.

Os instrutores internos ou externos selecionados pelo transportador


para ministrar os treinamentos a sua força de trabalho devem possuir
qualificação e proficiência no assunto do tema ministrado. Os
treinamentos devem ser programados (cronograma) e devem ser
gerados registros de sua realização, com informações sobre o tema,
o período e duração (data/hora), instrutor (certificado de
qualificação ou número de identificação da classe profissional e dos
participantes (nome e função). Caso o plano de treinamento do
transportador consolide as temáticas apresentadas na tabela acima,

41 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

o transportador deverá disponibilizar o programa pedagógico dos


treinamentos para avaliação da equipe de auditoria da Ipiranga ou
outra por ela contratada.

A Transportadora deve garantir que todos os motoristas que atuam


na prestação de serviço para Ipiranga recebam, no mínimo, os
treinamentos indicados de forma contínua e respeitando os prazos de
validade.

Os registros de treinamento devem ser mantidos pela transportadora


conforme prazo de validade de cada capacitação.

PLANO DE CAPACITAÇÃO PRÁTICO

Após a aprovação em todos os treinamentos teóricos definidos por


este Manual, o motorista deverá passar por um acompanhamento
prático, realizado presencialmente por profissional com experiência
em operação do mesmo tipo de veículo ou motorista monitor,
contemplando todas as etapas da operação:

ENTREGA: A transportadora deverá realizar, no mínimo, cinco (5)


viagens (carregamento, trajeto e descarga).

COLETA E TRANSFERÊNCIA: A transportadora deverá realizar, no


mínimo, três (3) viagens ou cinco (5) dias de acompanhamento.

Para aprovação, o resultado deverá ser superior a 85%. Caso o


motorista não atinja essa pontuação, todo o processo deverá ser
iniciado novamente.

4.2. REQUISITOS OPERACIONAIS

4.2.1. CADASTRO DE MOTORISTAS NA IPIRANGA

A Transportadora somente deverá disponibilizar motoristas para


operação na Ipiranga que atendam aos pré-requisitos de cadastro:

42 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

DOCUMENTO / COMPROVAÇÃO
CNH válida e com categoria compatível com o veículo a ser
conduzido (original)

Curso CVTPP (MOPP) válido

Registro de todos os treinamentos obrigatórios


(NR20, NR35 e carregamento/descarga)

Equipamentos de proteção individual para a atividade


e em bom estado de conservação

Crachá de identificação

Uniforme de algodão sem bolso na camisa e/ou partes


metálicas e calça comprida

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA (NÍVEL DE SERVIÇO)

Eventuais irregularidades cadastrais poderão gerar sanções


disciplinares aos infratores.

4.2.2. LIBERAÇÃO DO MOTORISTA PARA OPERAÇÃO

VALIDAÇÃO DA NÃO INGESTÃO DE MEDICAMENTO

Em função da possibilidade de alguns medicamentos provocarem


efeitos colaterais que afetem o desempenho profissional da pessoa
que os utilizam, devem-se observar os seguintes cuidados:

Somente utilizar medicamentos receitados pelo médico;

Informar o médico sobre a atividade profissional exercida e consultar


sobre possíveis efeitos colaterais (sono, diminuição de reflexos etc.);

Dar ciência ao médico do trabalho da Transportadora sobre o uso de


qualquer medicamento antes de iniciar a atividade, pois poderá haver
restrições/proibições.

43 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

AVALIAÇÃO DE USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS

A Transportadora deve medir o nível de álcool e substâncias


entorpecentes presente no sangue dos motoristas através de exames
clínicos, testes rápidos ou aparelhos, como etilômetros (bafômetro). É
obrigatório a realização de política, procedimento e treinamento
específico para sua aplicação.

Os equipamentos utilizados para avaliação do uso destas substâncias


deverão ser calibrados e aprovados pelo INMETRO.

Durante a entrada e operações de carregamento e descarga, as


Unidades Operacionais poderão solicitar aos motoristas que se
submetam a avaliações de sua capacidade laborativa, através de
etilômetros e outros testes definidos pela Ipiranga.

RESULTADO CONCLUSÃO / AÇÃO


= 0,00 Negativo / Sem Ação

= Acima de 0,00 Positivo / Motorista não pode mais rodar pela Ipiranga

Em caso de resultado positivo, de modo a obter o resultado com toda


a transparência possível, e eliminar possibilidade de falso positivo,
será necessário repetir o teste, aguardando trinta (30) minutos, e
realizá-lo na presença de duas testemunhas, obedecendo aos
mesmos procedimentos. Qualquer que seja a variação dos resultados,
sempre será considerado o resultado do segundo (2º) teste, sendo
obrigatória a aplicação da Política de Reconhecimento e
Consequências Padrão Ipiranga.

4.2.3. LIMITES OPERACIONAIS

JORNADA DE TRABALHO

A jornada de trabalho é estabelecida de acordo com a legislação


vigente, respeitando as características e particularidades de cada
operação, priorizando a preservação da integridade física e

44 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

segurança do motorista. A Ipiranga se restringe ao direito de exigir


uma jornada mais limitada.

LIMITES OPERACIONAIS DO MOTORISTA

Compete à Transportadora:

Observar os limites operacionais vigentes e garantir sua


aplicação para seus funcionários e subcontratados;

Disponibilizar para as operações apenas motoristas que


estejam em conformidade com jornada estabelecida;

Providenciar a substituição do motorista quando necessário e


informar antecipadamente as partes interessadas da Ipiranga
sobre a substituição;

Armazenar, por pelo menos um ano, comprovantes sobre o


cumprimento da jornada dos motoristas.

USO DE EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO

Equipamentos de comunicação, como rádios e celulares, não


podem ser utilizados pelo motorista em operação. A sua utilização
só poderá ocorrer se o caminhão estiver estacionado de forma
segura. A proibição se estende ao uso do aparelho no modo
viva-voz, bluetooth e fone de ouvido.

A Transportadora deverá garantir que seus motoristas estejam


cientes da presente proibição, promover a conscientização sobre
o tema e aplicar medidas conforme Política de Reconhecimento e
Consequências Padrão Ipiranga.

PROIBIÇÃO DE CARONAS

É terminantemente proibido dar carona nos caminhões que estão


em atividades operacionais para a Ipiranga, salvo as exceções:

45 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

Motorista em treinamento, desde que esteja habilitado, portando


os respectivos EPIs e utilizando o cinto de segurança. É obrigatório
dispor no painel do veículo, no lado da carona, a informação de
que o motorista se encontra em treinamento. É importante
atentar-se para não ampliar o ponto cego no veículo;

Trabalhos de manutenção do veículo, acompanhado por técnicos


para a verificação do funcionamento.

AUSÊNCIA DO CINTO DE SEGURANÇA

É obrigatória a utilização do cinto de segurança de três pontos retrátil


nos Caminhões Tanque a serviço da Ipiranga, independentemente do
trajeto ou da distância a ser percorrida. A comunicação aos
motoristas deve ser formal, alertando para as medidas disciplinares a
que se sujeitam no caso de não utilização.

O cinto de segurança deverá estar ajustado ao corpo, não sendo


permitida a utilização de dispositivos que impeçam seu recolhimento
e, consequentemente, diminuam sua eficácia, tais como grampos,
pregos, entre outros.

O cinto deve ser verificado periodicamente (estado da faixa e


travamento do mecanismo). Em caso de acidente, todo o conjunto do
cinto de segurança (mecanismo e faixa) deve ser substituído, em
virtude de deformações resultantes de sua atuação.

OBJETOS SOLTOS

Não poderá haver ferramentas ou objetos pessoais espalhados. O


lugar do kit de ferramentas e materiais de apoio à operação (balde,
cachimbo da descarga selada, dentre outros) são as caixas
localizadas na parte externa do caminhão. Compete ao transportador
garantir que essas caixas estejam em boas condições de uso.

46 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

Caso seja necessário, a Ipiranga solicitará o apoio da Transportadora


na investigação de reclamações ou desvios detectados, além da
obrigatoriedade de monitoramento constante por câmeras.

4.3. MOTORISTA MONITOR

É obrigatória a implantação de Motoristas Monitores na proporção de


um (1) para cada sessenta (60) motoristas. A seleção deste
profissional deve atender os seguintes critérios:

Ter perfil de liderança e habilidade de transferir conhecimento e


aplicar treinamentos;

Ter, no mínimo, dois anos de trabalho atuando com cargas perigosas;

Ter habilitação “E”, porém exercer somente a função de monitor;

Ter histórico de bom comportamento e boa performance de


segurança;

Ser reconhecido pela equipe como um bom exemplo, inclusive na


condução das operações, com responsabilidade social;

Não ter se envolvido em qualquer tipo de acidente controlável nos


últimos doze (12) meses;

Realizar intervenções diante de não conformidades;

Recomenda-se ter ensino médio completo.

O motorista monitor é responsável pela disseminação da cultura de


Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade em toda a
Transportadora, mas principalmente aos Motoristas, e sua
responsabilidade complementar é:

47 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 4 | GESTÃO DO MOTORISTA

Treinamento prático operacional e direção;

Auxílio no processo de investigação de ocorrências;

Apoio nos treinamentos do Programa Rota de Excelência Ipiranga;

Avaliação das Rotas e layout dos clientes (descarga).

Este profissional deve ser avaliado constantemente para confirmar


que os critérios de seleção do motorista continuam sendo atendidos.

48 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


GESTÃO MÓDULO 5
DO VEÍCULO
MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1. PADRÕES DE EXIGÊNCIA

5.1.1. IDADE DA FROTA


5.1.2. PERCENTUAL DE FROTA PRÓPRIA
5.1.3. EQUIPAMENTOS
5.1.4. SIMBOLOGIA DE PRODUTOS PERIGOSOS - RÓTULOS DE RISCO,
PAINÉIS DE SEGURANÇA
E TELEFONES DE EMERGÊNCIA
5.1.5. FAIXAS REFLETIVAS
5.1.6. ADESIVO – PROIBIÇÃO DE CARONA
5.1.7. CAPACIDADE DOS COMPARTIMENTOS
5.1.8. PROTEÇÃO LATERAL E TRASEIRA
5.1.9. PROTEÇÃO SUPERIOR (GUARDA-CORPO ARTICULADO)
5.1.10. PROTEÇÃO CONTRA TOMBAMENTO
5.1.11. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
5.1.12. ATERRAMENTO
5.1.13. ATERRAMENTO PERMISSIVO
5.1.14. SISTEMA DE PREVENÇÃO DE DERRAMES - SENSOR OVERFILL
5.1.15. PISOS ANTIDERRAPANTES
5.1.16. DISPOSITIVO DE ALÍVIO DE PRESSÃO E VÁCUO
5.1.17. TAMPA DE INSPEÇÃO
5.1.18. SETAS SOLDADAS OU LACRADAS
5.1.19. BOMBA DE DESCARGA (EIXO CARDAN)
5.1.20. MANGOTES E PORTA-MANGOTES
5.1.21. DESCARGA SELADA
5.1.22. VÁLVULA DE DESCARGA
5.1.23. VÁLVULA DE FUNDO
5.1.24. BALDE DE ALUMÍNIO
5.1.25. AUSÊNCIA DE VAZAMENTOS
MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1.26. MOTORIZAÇÃO DOS VEÍCULOS


5.1.27. TESTE DE FUMAÇA
5.1.28. EXTINTORES DE INCÊNDIO
5.1.29. PNEUS
5.1.30. FREIOS
5.1.31. CONJUNTO ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS
5.1.32. SUSPENSOR DE EIXO
5.1.33. CALÇOS
5.1.34. PONTOS PARA LACRAÇÃO
5.1.35. PAINEL SOLAR

5.2. PADRÃO DE MANIFESTAÇÃO VISUAL IPIRANGA

5.3. GESTÃO DA MANUTENÇÃO

5.3.1. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS VEÍCULOS


5.3.2. DESGASEIFICAÇÃO DO CAMINHÃO TANQUE
5.3.3. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA VEICULAR
MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1. PADRÕES DE EXIGÊNCIA

5.1.1. IDADE DA FROTA

Cavalo Mecânico, Truck, Semirreboque ou Tanque


Idade média menor ou igual a dez (10) anos de fabricação.

A idade do veículo deve ser contabilizada da seguinte forma: A data


de vencimento é primeiro (1º) de janeiro do ano em que completam
onze (11) anos.

5.1.2. PERCENTUAL DE FROTA PRÓPRIA

A transportadora deverá possuir, a serviço da Ipiranga, a maioria ou


a totalidade da sua frota como própria (cavalos mecânicos/
semirreboques/tanques) considerando o percentual mínimo
tolerável conforme anexo.

PLANO DE EVOLUÇÃO DA FROTA PRÓPRIA

A relação de propriedade do equipamento se encontra estabelecida


no CRLV/CRLV-e do veículo. Nos casos de aluguel, se a gestão do
equipamento estiver sob responsabilidade da transportadora (ex:
motorista próprio contratado, acompanhamento e gerenciamento do
plano de manutenção, entre outros), esse equipamento será
considerado frota própria.

No caso de subcontratação, a transportadora deverá possuir


contratos específicos, porém torna-se igualmente responsável pelos
controles de manutenção e condições legais/operacionais do veículo.

5.1.3. EQUIPAMENTOS

Tecnologia Embarcada: Os veículos a serviço da Ipiranga deverão


atender aos equipamentos descritos neste Manual, seguindo as
exigências da sua gestão e o processo de evolução de sua
implantação, conforme descrito no Capítulo Gestão de Viagens.

52 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

GESTÃO DE VIAGENS

Cronotacógrafo: Todos os caminhões devem estar equipados com o


Cronotacógrafo.

O equipamento deve atender as especificações técnicas para que


seja emitido o certificado de verificação do tacógrafo (CVT) pelo
Inmetro, estando funcional, com o disco ou fita diagrama de
tacógrafo suficientes para registro total das informações
pertinentes à jornada de trabalho e ser ligado diretamente à bateria
do caminhão tanque, de forma que o acionamento da chave geral
não interrompa seu funcionamento.

É terminantemente proibida a circulação de veículos sem o


disco/fita, com o aparelho defeituoso ou certificado vencido.

Proteção da Bateria: A bateria deve estar contida em caixa metálica


ou de material sintético e seus pólos isolados da tampa da caixa por
um lençol de borracha ou outro material isolante elétrico, que não
absorva umidade e esteja em bom estado de conservação.

Nos casos de caminhões equipados com caixas de proteção de fibra


de vidro, não é necessária a utilização do lençol isolante.

Chave Geral Blindada: Deve ser instalada do lado de fora da cabine,


o mais próximo possível da bateria, a uma distância que impeça o
contato acidental do motorista com a tubulação de descarga.

Não deve conter derivações em sua conexão com a bateria, sendo


permitida a instalação de equipamentos fora do seu acionamento
para garantir monitoramento do veículo e controle legal
(cronotacógrafo). A Ipiranga apresenta em anexo a relação de
equipamentos com esta permissão, sendo os demais de controle
obrigatório pela chave geral.

EQUIPAMENTOS INSTALADOS FORA DA CHAVE GERAL

53 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Deve-se ter identificação externa quanto ao posicionamento da


chave, “L” se ligado e “D” se desligado.

Destaca-se que é proibida a operação de carregamento e descarga


em Unidades Operacionais da Ipiranga se a chave geral não seguir as
recomendações acima.

Cinto de segurança: Devem estar instalados cintos de segurança de


três pontos retrátil em ambos os assentos.

Para-brisa: Deve estar perfeitamente fixado, permitindo perfeita


visibilidade, seguir os padrões estabelecidos pelo Contran e não deve
possuir trincas ou adesivos que impeçam ou interfiram na visibilidade
do motorista.

Limpadores de para-brisa: Deve ser verificado o bom funcionamento


dos limpadores, com palhetas íntegras e esguicho de água.

Sistema de iluminação: Faróis, lanternas, pisca alerta e luzes


direcionais, de freio e ré, devem estar funcionando perfeitamente, não
devendo ter trincas nas lentes, e devem estar corretamente fixadas,
assim como não possuir resíduo líquido em seu interior.

Espelhos retrovisores: Devem ser do tipo de ampla visão (ponto


cego), sem trincas e garantir visibilidade máxima ao condutor, sendo
instalados em ambos os lados.

Espelho lateral e frontal para ponto cego: É recomendável a


instalação de espelhos laterais e frontais para ponto para auxílio em
manobra e visualização de pontos cegos, seguindo características
dos espelhos retrovisores.

Triângulo de sinalização: Deve estar presente em cada veículo. Visa


garantir a sinalização adequada no caso de parada do veículo em vias
públicas.

54 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Alarme sonoro de ré: Os veículos devem ser dotados de alarme


sonoro para alertar sobre a realização de manobras em marcha à ré.

Sua instalação deve estar de acordo com os padrões de


isolamento exigidos para as instalações elétricas de caminhão
tanque e devem ser instaladas na parte traseira dos veículos.

Alarme sonoro de seta: Os veículos devem ser dotados de alarme


sonoro de seta, através do mesmo sistema do alarme de ré.

5.1.4. SIMBOLOGIA DE PRODUTOS PERIGOSOS -


RÓTULOS DE RISCO, PAINÉIS DE SEGURANÇA
E TELEFONES DE EMERGÊNCIA

A simbologia de produtos perigosos deverá atender todas as


legislações relativas ao tema, bem como suas especificações
técnicas de formato, quantidade, suporte, cor, e garantir que
tenham dispositivos de proteção (porta-placas e/ou protetores de
plástico ou borracha) para evitar arestas cortantes, além da devida
fixação, integridade e legibilidade.

Os rótulos de risco e painéis de segurança só poderão ser


removidos quando os tanques e/ou compartimentos estiverem
vazios e descontaminados.

Caso seja transportado mais de um produto, deverá ser


apresentado o número referente ao maior grau de risco.

Para veículos articulados, devem ser considerados dois tanques.


Dessa forma, a sinalização deverá estar presente inclusive entre os
tanques.

Telefones de emergência: Todos os equipamentos devem possuir


números de telefone de emergência da transportadora. Os
caminhões tanque com padrão Ipiranga deverão ter, além do
telefone de emergência da transportadora, o de emergência
Ipiranga: 0800 056 2023.

55 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1.5. FAIXAS REFLETIVAS

As faixas refletivas devem seguir as leis, 50mm


respeitando locais, cores, dimensões e
tolerância, determinados nos 150 mm 150 mm
regulamentos do Contran, para Cavalo
Mecânico, tanques e para-choque.
Para a frota de entrega, as faixas refletivas devem, sempre que
possível, não sobrepor o símbolo e a logomarca “Ipiranga”.

5.1.6. ADESIVO – PROIBIÇÃO DE CARONA

Deverá ser instalado, em local visível na


cabine do caminhão, adesivo com a frase
“PROIBIDO CARONA”, de preferência no
lado direto do para-brisa, com dimensões
máximas de 250 mm X 150 mm, fora do
campo de visão do condutor.

5.1.7. CAPACIDADE DOS COMPARTIMENTOS

A capacidade dos compartimentos devem ser demarcadas nas


laterais do cofre de expansão, junto às bocas de enchimento e
próximo às conexões de descarga.

Para caminhões de óleos combustíveis, a capacidade deve ser


marcada na extremidade dianteira das laterais do cofre de expansão.
Deverá estar indicada a correspondência de cada tubulação de
descarga com seu respectivo compartimento.

56 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Os equipamentos contratados pela Ipiranga para entrega deverão


possuir compartimentos múltiplos de 5 m³.

5.1.8. PROTEÇÃO LATERAL E TRASEIRA

Os veículos devem dispor de grades laterais de proteção


anti-atropelamento que impeçam a projeção de pedestres, ciclistas
ou motociclistas sob o caminhão tanque e protejam as tubulações de
descarga.

5.1.9. PROTEÇÃO SUPERIOR


(GUARDA-CORPO ARTICULADO)

Os tanques da frota de entrega deverão possuir proteção superior,


guarda-corpo retrátil manual ou pneumático e seu projeto estrutural
deverá ser assinado por profissional habilitado e com ART registrada
em órgão competente, atendendo especificações das Normas
Regulamentadoras.

O travessão superior do guarda-corpo articulado deverá atender


obrigatoriamente a altura mínima 0,8m. A Ipiranga recomenda os
padrões construtivos mínimos abaixo:

Travessão superior a 1,2 m de altura e resistência à carga horizontal


de 90 kgf/m, sendo que a deflexão máxima não deve ser superior
a 0,076 m.

Travessão intermediário a 0,7 m de altura e resistência à carga


horizontal de 66 kgf/m.

Rodapé com altura mínima de 0,15 m rente à superfície e


resistência à carga horizontal de 22 kgf/m.

Para os veículos que realizam operações de coleta e transferência,


esse item é desejável.

57 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1.10. PROTEÇÃO CONTRA TOMBAMENTO

Conforme regulamentação do Inmetro, a parte superior do tanque


deve possuir dispositivo de proteção contra tombamento com
resistência para evitar danos na estrutura da boca de visita, válvulas
de alívio, pressão e vácuo, entre outros acessórios.

5.1.11. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A fiação elétrica deve estar com o isolamento perfeito e, na área do


tanque, contida em dutos metálicos ou de PVC encapsulada (rígido
ou flexível fornecido pelo fabricante do semirreboque ou do cavalo
mecânico).

As emendas são permitidas somente nas caixas de passagem.

As lentes e caixas das lanternas não devem apresentar trincas, devem


estar corretamente fixadas e 100% íntegras.

5.1.12. ATERRAMENTO

Cabo terra: Deve permitir perfeita continuidade elétrica, ser isento de


emenda, estar adequadamente fixado às garras e revestido com
plástico transparente.

Pontos para aterramento: Devem ser de latão ou de cobre, soldados


diretamente ao tanque e instalados de ambos os lados. Esses
dispositivos devem permitir perfeita continuidade elétrica entre o
tanque e a terra. Para tal, devem estar isentos de oxidação e de tinta.

58 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Ligação tanque-chassi: Para garantir a condutividade elétrica e evitar


eletricidade estática entre o tanque e o chassi, estas estruturas
devem estar interligadas entre si eletricamente, por meio de
cordoalha de cobre, distribuindo as cargas ao conectar o cabo terra
da unidade ou do cliente, devendo estar sem graxa, tinta ou emenda
e em boas condições.

5.1.13. ATERRAMENTO PERMISSIVO

É importante que o caminhão seja equipado com o plug de conexão


compatível, sendo os sistemas de aterramentos permissíveis
vinculados aos sistemas de prevenção de derrames, como
equipamentos de overfill nas Unidades Operacionais Ipiranga.

5.1.14. SISTEMA DE PREVENÇÃO DE DERRAMES -


SENSOR OVERFILL

Para carregamentos no modo Bottom Loading, faz-se necessário o


equipamento overfill do próprio caminhão.

Para funcionar corretamente, o equipamento deve ter seu sensor


verticalmente posicionado acima da seta, respeitando a variação de
distância entre 2 cm e 3 cm.

Os sistemas de overfill e aterramento dos semirreboques do bitrem


ou rodotrem deverão estar ligados em série.

É terminantemente proibido realizar bypass do sensor overfill,


podendo o motorista e a transportadora sofrer sanções conforme
Política de Reconhecimento e Consequência.

Deverão ser realizados testes de


funcionamento dos sensores a cada 6
meses, com equipamento adequado para
este fim, conforme exemplo ao lado:

59 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Nas Unidades Operacionais, a periodicidade de realização do teste é


a cada 6 meses na renovação do checklist.

Se, no momento da verificação com o monitor, não for apresentado o


número total de compartimentos de cada tanque, não será permitido
o carregamento na modalidade Bottom Loading.

5.1.15. PISOS ANTIDERRAPANTES

Passadiço: Os passadiços devem ser do tipo antiderrapantes, com


faixa de quarenta (40) centímetros (mínimo) de largura, devem ser
aplicados lateralmente e na parte superior do cofre de expansão e em
toda a extensão do tanque, garantindo a estabilidade do motorista,
do operador e dos demais envolvidos no processo.

Escada de acesso ao tanque e a cabine: Todos os degraus devem


possuir características antiderrapantes, tanto do lado do motorista
como do passageiro.

5.1.16. DISPOSITIVO DE ALÍVIO DE PRESSÃO E VÁCUO

Cada compartimento do tanque do caminhão deve possuir um


dispositivo de alívio de pressão e vácuo que atenda as regulações do
Inmetro.

60 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1.17. TAMPA DE INSPEÇÃO

Os tanques deverão ter tampas de inspeção de fornecedores


homologados pelo Inmetro, para certificar a correta funcionalidade
do equipamento, seguindo sempre a recomendação dos fabricantes
dos tanques quanto à sua instalação, manutenção e uso,
proporcionando a segurança necessária para a operação de
transporte após o carregamento do produto.

O transportador deverá atentar-se à avaliação preditiva e preventiva


para substituição dos acessórios de funcionamento, tais como
gaxetas, pinos, parafusos e molas, quando aplicável.

5.1.18. SETAS SOLDADAS OU LACRADAS

As setas dos compartimentos, quando não


soldadas, deverão ser lacradas pelo Inmetro.
As posições e o número do selo devem estar
registrados no Certificado de Aferição
(incluindo tanques multisetas).

5.1.19. BOMBA DE DESCARGA (EIXO CARDAN)

Quando da utilização de bomba para descargas, esta deverá


ser instalada acoplada ao câmbio através do eixo cardan, devendo
ser à prova de explosão, com mancais deslizantes em buchas,
engrenagem em bronze e selos mecânicos e vedações em Viton.

A bomba deverá ser provida de dispositivo para alívio de pressão


(interno ou externo) durante a operação, de forma a evitar que uma
eventual elevação da pressão cause a ruptura do mangote ou de
algum componente da própria bomba.

As descargas com a utilização de bomba cardan somente podem


ocorrer se o produto a ser descarregado for Diesel, seguindo as
diretrizes em anexo.
ITENS MÍNIMOS E MANUTENÇÃO DA BOMBA CARDAN

61 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

No caso de carga ou descarga de Gasolinas e Etanol, devem ser


pneumáticas.

5.1.20. MANGOTES E PORTA-MANGOTES

Os mangotes
Os paradescarga
mangotes para descargadevem
devem serserdede
3” ou
3” ou 4”
4” com
com continuidade
continuidade elétrica,
elétrica, sendo
sendo
mandatório ponteira de 4”.

O comprimento mínimo é de cinco (5)


metros e suas demais características
construtivas devem estar em conformidade
com as Normas Brasileiras.

Os mangotes devem possuir identificação


que possibilite rastreamento e possuir plano
de manutenção para os testes abaixo:

Estanqueidade ou pressão: a cada seis (6) meses;

Continuidade elétrica: a cada doze (12) meses.

É proibido o transporte de mangotes amarrados em cima do


semirreboque.

Não é recomendada a utilização de conexão entre mangotes. Caso


ocorra, deverá ser garantida a contenção em todas as uniões.

5.1.21. DESCARGA SELADA

Os caminhões-tanque devem estar equipados com um (1) “joelho” ou


“cachimbo” de descarga selada de 4” com visor de fluxo, para
garantir que a descarga seja realizada de forma segura.

62 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1.22. VÁLVULA DE DESCARGA

Na extremidade da tubulação de saída,


deve existir uma válvula de descarga de
fecho rápido, que deve ser capaz de conter
o produto dentro da tubulação em casos de
não conformidades com a válvula de fundo.

Caso os caminhões sejam Bottom Loading,


os adaptadores de descarga deverão ser
fabricados de acordo com a Norma API de
referência.

É obrigatório que os equipamentos disponibilizados para a entrega


tenham válvulas e adaptadores que possuam visor de fluxo.

5.1.23. VÁLVULA DE FUNDO

Cada compartimento do tanque deve


possuir uma válvula de fundo de
fechamento rápido, instalada dentro do
tanque.

A solda desta válvula deve ser fragilizada de


forma a quebrar-se quando submetida a
esforço, sem que o produto contido no
tanque seja liberado e/ou derramado.

A válvula de fundo dos caminhões tanque que transportam óleo


combustível e dispõem de sistema de aquecimento (maçarico) deve
ser a do tipo “Y”, evitando o endurecimento do produto e,
consequentemente, a formação de rolha.

Deverá ser contemplado no plano de manutenção, a verificação da


integridade das válvulas de fundo, dos parafusos, das vedações, das
soldas dos flanges, entre outros componentes.

63 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1.24. BALDE DE ALUMÍNIO

O balde deve ser fabricado em alumínio e dotado


de cabo de aterramento com garra, que deverá
estar íntegro e sem emenda. Caso possua
cobertura plástica, esta deverá ser transparente.

É obrigatório o porte de, ao menos, um (1) balde de alumínio para


caminhão tanque dedicado à entrega e, ao menos, dois (2) para a
coleta e transferência.

É proibida a utilização de balde de plástico.

5.1.25. AUSÊNCIA DE VAZAMENTOS

Deverá ser garantida a integridade dos tanques, das válvulas, das


conexões e dos demais componentes do caminhão tanque antes do
ingresso nas unidades operacionais e clientes Ipiranga.

5.1.26. MOTORIZAÇÃO DOS VEÍCULOS

Os veículos a combustão, com tanque adicional de combustível para


alimentação do motor, devem atender à legislação vigente quanto à
sua instalação, fixação e homologação.

64 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

A entrada de veículos movidos a gás (GLP, GNV ou outros) dentro


das Unidades Operacionais da Ipiranga ou de seus parceiros
comerciais poderá ocorrer somente após apresentar ao time de
Segurança Logística da Ipiranga análise preliminar de risco do
veículo, bem como os registros legais emitidos pelo Detran e Inmetro
com a indicação do combustível adicionado.

Outras modalidades de energia alternativas deverão ser


apresentadas previamente à Ipiranga, para avaliação dos riscos
operacionais.

5.1.27. TESTE DE FUMAÇA

Os veículos devem atender às especificações legais para manter a


qualidade do ar na atmosfera e redução dos gases poluidores e
tóxicos, sendo necessário atender as orientações do fabricante para
uso de Arla 32.

O Transportador deve verificar semestralmente 100% dos


poluentes da frota, através do teste de opacidade realizado com a
inspeção do CIV e complementarmente pela Escala de Ringelmann,
conforme preconiza a legislação.

5.1.28. EXTINTORES DE INCÊNDIO

Além do extintor do Truck ou Cavalo Mecânico fixado na cabine, os


semirreboques devem portar dois (2) extintores de pó químico seco,
com capacidade extintora mínima de 4-A:30-B:C ou 30-B:C,
respeitando as premissas dos fabricantes e do corpo de bombeiro
local, e sua integridade (lacração, pressão e selo) e validade devem
estar em conformidade para utilização em um eventual sinistro.

É proibido o uso de cadeados ou qualquer forma que dificulte a


retirada e utilização imediata dos extintores. No entanto, como boa
prática, recomenda-se que a parte onde se encontra o selo do
Inmetro esteja protegida contra intempéries.

65 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Os extintores devem ser fixados um de cada lado e posicionados em


locais de fácil acesso.

5.1.29. PNEUS

Todos os pneus devem estar em bom estado, atendendo o que


determina a legislação vigente, com seu padrão mínimo de
manutenção apresentado.

PLANO DE MANUTENÇÃO - ITENS CRÍTICOS

A transportadora deve possuir controle de pneus, preferencialmente


informatizado, que contemple km percorrido, vida útil, medição
mensal de sulco, marcação, histórico de vida, recapagens realizadas e
posição.

A manutenção, quando terceirizada, deverá ser realizada por


recapadoras credenciadas por fabricantes de pneus e a
transportadora deve ter acesso a essa informação.

5.1.30. FREIOS

A manutenção do sistema de freio deverá ser realizada por


profissional capacitado e com nível de conhecimento suficiente para
utilizar as ferramentas e executar os procedimentos necessários, em
conformidade com as orientações do fabricante.

A Ipiranga recomenda a utilização de caminhões com sistemas de


freio do tipo EBS (Eletronic Brake System), aumentando a
confiabilidade durante as frenagens.

66 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.1.31. CONJUNTO ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS

Todos os veículos a serviço da Ipiranga deverão conter itens de porte


obrigatório para atendimento a emergências no transporte, conforme
o conjunto atendimento a emergências.

CONJUNTO A ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS

5.1.32. SUSPENSOR DE EIXO

Deverá ser instalada uma proteção


metálica que impeça a perfuração do
tanque em caso de rompimento da
bolsa do suspensor do eixo ou
disfuncionalidade do grampo.

5.1.33. CALÇOS

A Transportadora deverá possuir quatro (4) calços que garantam a


segurança ao estacionar o equipamento, sendo dois (2) Kits com as
seguintes especificações:

Material de borracha de alta durabilidade;

Dimensões de 10 cm x 15 cm x 20 cm;

Deve possuir rampa côncava.

5.1.34. PONTOS PARA LACRAÇÃO

Os seguintes elementos devem ser lacrados a fim de ter sua


rastreabilidade garantida: bocas de visita com válvulas “vent”, bujão,
válvula de segurança e da bomba e filtro racor.

Após o carregamento nas Unidades Operacionais da Ipiranga, os


motoristas devem realizar a lacração conforme orientação na próxima
página:

67 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Carregamento Top Loading: Nas bocas de enchimento e nas válvulas


de fecho rápido (uma de cada lado).

Carregamento Bottom Loading: No comando pneumático, assim


como nas válvulas de fecho rápido (uma de cada lado). A lacração
das bocas de enchimento fica restrita à orientação de cada Unidade
Operacional.

Todo o sistema de acionamento da válvula de fundo deve ser soldado


ou inviolável, de forma que impossibilite o desmonte e,
consequentemente, a retirada do produto.

Caso o caminhão tanque possua boca de ventilação (exigida para


caminhão tanque de único compartimento e com bocas antigas pelo
Inmetro), estes bocais deverão estar devidamente lacrados e seguir a
construção conforme RTQ7.

5.1.35. PAINEL SOLAR

Os cavalos mecânicos com painéis solares estão homologados nas


operações da Ipiranga, contudo o sistema deverá possuir um laudo
técnico e ART elaborados por profissional devidamente qualificado
pelo CREA para tal, atendendo todas as especificações presentes na
Ficha Técnica de Painel Solar.

FICHA TÉCNICA DO PAINEL SOLAR

Qualquer equipamento que não esteja dentro dos padrões


estabelecidos deve ser identificado e comunicado imediatamente ao
time de Segurança da Ipiranga.

5.2. PADRÃO DE MANIFESTAÇÃO


VISUAL IPIRANGA

As Transportadoras devem atender o padrão de identidade visual


para Frota de Entrega conforme anexo abaixo:
PADRÃO DE MANIFESTAÇÃO VISUAL IPIRANGA

68 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Para a manifestação visual da frota de coleta e transferência, deverá


ser o padrão de cores e a identidade visual da Transportadora
contratada pela Ipiranga, independentemente de a sua frota ser
própria ou subcontratada.

5.3. GESTÃO DA MANUTENÇÃO

A transportadora deverá possuir programa de manutenção


preventiva informatizado, contemplando todos os veículos da frota,
utilizando oficina própria ou especializada para a execução dos
serviços e considerando os seguintes itens obrigatórios:

Serviços de manutenção realizados conforme descrição do


Capítulo de Avaliação de Prestadores de Serviço de Manutenção
em Gestão de Transportadora;

Definição da manutenção por tempo ou km rodado;

Registros rastreáveis através de ordens de serviços;

Integração das informações junto à Ipiranga (equipes de


programação de entrega e gestão de estoque/frota fixa).

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA (NÍVEL DE SERVIÇO)

É proibida a parada para manutenção de veículo carregado com


produtos comercializados da Ipiranga.

A Ipiranga traz como referência mínima, e não restritiva, os tipos de


manutenção nos veículos e seus equipamentos:

CORRETIVA: efetuada após a ocorrência de uma falha, pane,


quebra ou falta e destinada a recolocar um item em condições
requeridas à segurança da operação;

69 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

PREDITIVA: aquela que indica as condições reais de


funcionamento das máquinas com base em dados que informam
os seus desgastes ou processo de degradação, tendo a tecnologia
como aliada para geração e interpretação correta dos dados;

PREVENTIVA: efetuada em intervalos predeterminados pelo


fabricante e destinada a reduzir a probabilidade de falha, pane,
quebra ou falta e degradação do funcionamento de peças,
sistemas e equipamentos.

A transportadora deverá dispor de meios e métodos para que o


motorista possa, diariamente, detectar falhas no funcionamento do
veículo e seus equipamentos e reportar o problema à equipe técnica
de manutenção, seguindo um planejamento contínuo da sua frota.

PLANO DE MANUTENÇÃO - ITENS CRÍTICOS

5.3.1. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS VEÍCULOS

A Transportadora deve manter os veículos em condições de limpeza


(externa) e higienização (interna), em conformidade com os padrões
aceitáveis, mantendo as regras sanitárias adequadas a um ambiente
de trabalho no interior da cabine, inclusive referente à organização,
sem permitir objetos soltos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA (FIT ESTRATÉGICO)

70 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

5.3.2. DESGASEIFICAÇÃO DO CAMINHÃO TANQUE

A Transportadora, sempre que necessário, deverá realizar a


desgaseificação dos equipamentos tanques com empresa certificada
pelo Inmetro, devendo manter em arquivo o comprovante dos
serviços realizados pelo período de dois (2) anos.

Para produtos com alta probabilidade de contaminação, a


Transportadora deverá garantir a limpeza dos tanques antes de novo
carregamento.

5.3.3. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA VEICULAR

A Transportadora deve disponibilizar, para a Ipiranga, veículos em boas


condições mecânicas e de segurança, no pleno atendimento aos
requisitos legais, normativos, complementares e contratuais, conforme
requerido em registro de inspeção/checklist, e, quando necessário,
providenciar a imediata correção dos itens não conformes.

A Inspeção de Segurança Veicular, aqui também identificada como


Checklist, deverá ser realizada pelo(s):

Representante(s) da Ipiranga: na inspeção de aprovação da


operação do veículo para operação ou na avaliação de
regularidade periódica;

CL IPIRANGA I-212

PRÉ CHECK DE CARREGAMENTO

Motorista(s): diariamente, com o objetivo de realizar registros


necessários aos problemas identificados antes, durante ou depois
da operação de transporte, carregamento ou descarregamento
dos produtos comercializados pela Ipiranga. Na identificação de
não conformidade, deve ser realizada comunicação e correção
imediata do item não conforme.
INSPEÇÃO DIÁRIA

71 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 5 | GESTÃO DO VEÍCULO

Mecânico(s) da(s) Transportadora(s): de acordo com as


especificações do fabricante (km percorrido ou período/tempo)
ou após identificação de alguma não conformidade no veículo e
seus equipamentos, sendo necessária uma avaliação técnica para
reparo ou orientação;

Representante(s) da(s) Transportadora(s): no mínimo,


semestralmente, com o objetivo de identificar a regularidade e
assertividade dos registros realizados pelos motoristas e validar o
caminhão e seus equipamentos para uma operação segura.

O transportador deve se certificar de que o motorista possui


informações e conhecimentos suficientes para realizar a inspeção de
segurança veicular no caminhão tanque, assim como os procedimentos
necessários caso seja identificada alguma não conformidade.

Inspeção para Inspeção


Operação Diária
IPIRANGA MOTORISTA

Inspeção Semenstral
Inspeção de
TRANSPORTADOR
Manutenção
Inspeção Regular MECÂNICO
da IPIRANGA

Preventiva
Inspeção de Segurança da Frota

Adequação Contratual

Inspeção de Rotina

A disponibilização de veículos sem boas condições de operação e


segurança poderá implicar em penalizações contratuais ao
transportador.

72 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


GESTÃO DA MÓDULO 6
TRANSPORTADORA
MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1. POLÍTICAS E GESTÃO

6.1.1. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL


6.1.2. POLÍTICAS E REGRAS OPERACIONAIS
6.1.3. RECURSOS
6.1.4. INDICADORES DE DESEMPENHO DE SEGURANÇA
6.1.5. COMITÊS
6.1.6. POLÍTICA DE RECONHECIMENTO E CONSEQUÊNCIAS
6.1.7. GERENCIAMENTO DE MUDANÇA
6.1.8. AVALIAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
6.1.9. CANAIS E FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

6.2. REQUISITOS LEGAIS

6.2.1. LEIS, REGULAMENTOS E DOCUMENTAÇÕES


6.2.2. CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO RISCO

6.3. CULTURA ORGANIZACIONAL E SUSTENTABILIDADE

6.3.1. CULTURA DE SEGURANÇA E CLIMA


6.3.2. SUSTENTABILIDADE
6.3.3. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
6.3.4. PROGRAMAS DE SEGURANÇA
MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.4. COMUNICAÇÃO, ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO


DE OCORRÊNCIAS

6.4.1. GERENCIAMENTO DE OCORRÊNCIAS


6.4.2. TREINAMENTO
6.4.3. PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA
6.4.4. SIMULADO DE EMERGÊNCIA
6.4.5. PLANO DE COMUNICAÇÃO
6.4.6. RELATÓRIO DA OCORRÊNCIA
6.4.7. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO
6.4.8. CONCLUSÃO DA OCORRÊNCIA

6.5. GESTÃO DE SUBCONTRATADOS

6.5.1. PADRÕES MÍNIMOS PARA CONTRATAÇÃO


6.5.2. NOVOS SUBCONTRATADOS
6.5.3. SUBCONTRATADOS ATIVOS

6.6. AUDITORIA

6.6.1. REQUISITOS
6.6.2. HOMOLOGAÇÃO – NOVAS TRANSPORTADORAS
6.6.3. PERIÓDICO – TRANSPORTADORAS CONTRATADAS
6.6.4. REAVALIAÇÃO – TRANSPORTADORAS CONTRATADAS
6.6.5. AUDITORIA INTERNA
6.6.6. PLATAFORMA 360º
6.6.7. FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO
MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1. POLÍTICAS E GESTÃO

6.1.1. PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL

O planejamento estratégico deve representar os interesses da


organização através da missão, visão e valores, que serão base para o
desdobramento e a construção da matriz de indicadores de
performance.

No planejamento estabelecido, deverá ser realizada uma análise de


cenários com o objetivo de conhecer as potencialidades e
vulnerabilidades da organização e devem ser indicadas medidas para
a sustentabilidade do negócio.

As políticas e normas organizacionais deverão ser estabelecidas,


documentadas, atualizadas e divulgadas para toda a força de trabalho.

6.1.2. POLÍTICAS E REGRAS OPERACIONAIS

A Transportadora deverá estabelecer, documentar, atualizar e divulgar


para a força de trabalho, as Políticas que norteiam as questões de
Ética Organizacional, Compliance, Segurança do Trabalho, Saúde
Ocupacional, Meio Ambiente, Segurança Viária e Qualidade.

As políticas deverão possuir direcionadores estratégicos com


abrangência não limitada aos temas na próxima página:

76 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Realização do trabalho com segurança e melhoria contínua;

Realização do trabalho com qualidade das práticas operacionais;

Manutenção da saúde da força de trabalho;

Sustentabilidade;

Código de ética e compliance;

Condução do veículo respeitando os princípios legais da direção


defensiva.

Assim como as políticas, as regras devem ser base para a gestão e


traçar indicadores de desempenho da operação.

REGRAS
Uso de EPIs e cinto de segurança
Tempo de direção
Elementos de Segurança Condução noturna
Paradas de descanso
Interstício entre jornadas
Jornada de Trabalho
Velocidades máximas autorizadas no trecho
Velocidade compatível com as características
do veículo e trecho
Velocidade
Registros de ponto (horas trabalhadas)
Registro de informações operacionais
Práticas Trabalhistas
Não fumar
Não ingerir bebidas alcoólicas
Condutas Não consumir drogas
Adotar princípios de direção defensiva
Procedimentos operacionais: carona, subir e
Profissionalismo descer da cabine, uso de telefone celular
Atenção e disciplina na realização dos
procedimentos operacionais
Satisfação do Cliente
Atender expectativas

77 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1.3. RECURSOS

A Alta Direção deve:

Conhecer os riscos da operação sob sua responsabilidade e


garantir recursos humanos, físicos, materiais e financeiros para a
execução de suas atividades, a fim de atender em harmonia os
interesses organizacionais e contratuais;

Estabelecer e validar o planejamento orçamentário da organização


com projeção mínima de um ano;

Validar o planejamento orçamentário anual para o setor de Saúde,


Segurança, Meio Ambiente e Qualidadeque contemple também, e não
somente, programas de incentivo e desenvolvimento da cultura de
segurança e desempenho da segurança da operação de transporte;

Garantir a gestão dos recursos humanos para o melhor desempenho


da estratégia organizacional e do contrato com a Ipiranga.

A provisão dos recursos deve ser realizada para atender todas as


exigências legais para conformidade da operação e do Manual.

6.1.4. INDICADORES DE DESEMPENHO DE SEGURANÇA

A Alta Direção deve estabelecer e/ou validar indicadores de


desempenho para monitoramento da estratégia organizacional e
cumprimento de requisitos contratuais.

78 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Os indicadores devem possuir metas objetivas, mensuráveis e buscar


obter correlação para que sejam avaliados o nível de exposição e a
vulnerabilidade real da operação.

O Transportador deverá atender minimamente ao Plano de Reporte


de Indicadores da Ipiranga, conforme periodicidade estabelecida em
cada item.

As metas devem ser determinadas em conformidade com os


objetivos estratégicos e as expectativas para a implantação e
manutenção de uma operação segura.

O método utilizado pela organização para medir o desempenho


(indicadores) deve ser documentado.

PESOS - CRITÉRIO E PILARES

6.1.5. COMITÊS

Os Comitês são as reuniões realizadas por uma equipe


multidisciplinar com o intuito de avaliar os desempenhos de
segurança e meio ambiente e resultado da Transportadora, com
indicadores que avaliem a gestão de segurança (motoristas, viagens
e veículos) e indicadores de performance (nível de serviço,
produtividade, competitividade e estratégia do negócio).

Os Comitês devem ser realizados de forma contínua, com


periodicidade mensal no seu formato regular e sempre de forma
emergencial na incidência de um evento crítico na operação, ou seja,
quando houver um acidente de alta gravidade ou alto potencial.

79 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Os comitês realizados mensalmente podem ser concomitantes com


as reuniões de resultado, porém devem possuir pauta específica para
tratar dos assuntos pertinentes à segurança operacional, seja na
revisão ou na inovação de processos e atividades voltadas à Saúde,
Segurança, Meio Ambiente e Qualidade.

Para cada reunião do comitê, deve ser gerado um registro das ações
deliberadas com identificação de participantes, responsabilidades e
prazos para posterior avaliação do status de conclusão das ações
propostas e sua eficácia.

80 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1.6. POLÍTICA DE RECONHECIMENTO E CONSEQUÊNCIAS

São as ações a serem monitoradas para reconhecimento ou aplicação


de medida disciplinar atrelados a uma Política de Reconhecimento e
Consequências, incorporando no mínimo o modelo de procedimento
apresentado no link abaixo, aderente ao modelo padrão da Ipiranga.

POLÍTICA DE RECONHECIMENTO E CONSEQUÊNCIAS

Em um período não inferior a 12 meses, todas as infrações e


atividades para reconhecimento deverão ser zeradas. As medidas
disciplinares deverão ser classificadas por gravidade, sendo: Leve,
Média, Grave e Regra de Ouro.

ATIVIDADE FREQUÊNCIAS GRAVIDADE RISCO MEDIDA/AÇÃO ARMAZENAMENTO

Proibição para 1 1 Baixo Advertência Verbal Arquivo


utilização de 2 2 físico/digital
equipamentos Advertência Escrita
… 3 Médio
de comunicação Suspensão Pasta do
durante direção 9 4 Funcionário
e descarga. 10 5 Alto Demissão

O procedimento definido pela Transportadora deverá ser de pleno


conhecimento de todos os profissionais, sendo obrigatória a sua
divulgação em treinamento de integração.

Os registros gerados neste processo deverão ser armazenados, com a


assinatura do infrator ou de testemunhas, caso o primeiro se negue a
assinar. Tais registros poderão ser solicitados pelas equipes da
Ipiranga ou designados para validação do cumprimento do processo
legal e minimização de risco jurídico, quando aplicável.

As equipes das Unidades Operacionais serão os responsáveis pela


identificação e aplicação das penalidades definidas na Política de
Reconhecimento e Consequências da Ipiranga.

81 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1.7. GERENCIAMENTO DE MUDANÇA

As mudanças fazem parte de qualquer negócio, da formação até a


maturação, sendo caracterizadas por qualquer alteração, permanente
ou temporária, de uma situação existente. Tais mudanças devem ser
realizadas com métodos, critérios e constantes avaliações, a fim de
não comprometer a segurança e qualidade da operação de
transporte e, consequentemente, o nível de serviço oferecido.

As mudanças realizadas em processos/procedimentos, tecnologias,


serviços, pessoas, funções, instalações e equipamentos, que possam
impactar direta ou indiretamente a saúde, a segurança, o meio
ambiente e a eficiência operacional, devem ser precedidas de análises
sistemáticas do processo atual e da mudança. A análise deve ser
realizada com maior detalhamento possível do processo, incluindo o
motivo da mudança, etapas necessárias, áreas e pessoas envolvidas.

Na incidência da mudança causar impacto no nível de serviço


oferecido, a Transportadora deverá informar a Ipiranga sobre o
objetivo das medidas adotadas e as prováveis consequências. A
Ipiranga, por sua vez, poderá conceder suporte neste processo, em
harmonia com os seus interesses.

CONTATOS IPIRANGA

São exemplos de mudanças:

De pessoal (operacional ou administrativo)


Para a substituição do motorista, motorista monitor, programador,
supervisor, entre outros e a transferência de habilidade ou
conhecimento dos processos organizacionais envolventes à
operação da Ipiranga.

Dos pontos de fornecimento/locais de carregamento


Para o conhecimento do motorista quanto à localização e quanto
aos procedimentos a serem adotados na unidade operacional.

82 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Dos procedimentos operacionais


Para as medidas preventivas transmitidas em eventos
pós-acidentes, especialmente lições aprendidas, incorporando, se
necessário, orientações específicas nas rotinas de integração
e reciclagem.

Da rota de entrega
Para a identificação dos pontos críticos da rota e implantação de
cercas eletrônicas de velocidade nos locais em que as paradas são
permitidas.

Do local da entrega
Para a avaliação de risco dos locais de descarga (entregas),
identificação dos pontos de acesso e adoção das medidas de
prevenção necessárias. O motorista deverá ser informado dos
riscos presentes no local e adotar as medidas de prevenção
necessárias. A equipe de segurança logística da Ipiranga deverá
ser comunicada quando da identificação dos riscos para que
medidas preventivas sejam adotadas pelo cliente consumidor.

Do tipo de equipamento e configuração do veículo (truck,


bitruck, vanderléia, bitrem, rodotrem, entre outros)
Para a incorporação de um implemento rodoviário diferente na
operação de transporte, seja pelo porte (altura, largura,
comprimento, capacidade de carga, articulação) ou tecnologias
em dispositivos mecânicos, embarcada ou outras que exijam o
pleno conhecimento dos motoristas para conduzir o veículo e
manter o mais alto padrão de segurança.

Do fornecedor de equipamentos e serviços (pneus, bombas,


manutenção, atendimento a emergência, entre outros)
Para o ressuprimento de peças, equipamentos e/ou serviços
necessários para a manutenção da frota e da segurança da operação
de transporte, devendo dispor de planejamento necessário para
garantia da disponibilidade e execução dos serviços.

83 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

De contrato, em decorrência do nível de exigências estabelecido


Para a mudança de contrato, desde a avaliação das especificações
contratuais até as medidas de controle necessárias para
adequação às novas demandas e, consequentemente, a garantia
da satisfação do cliente com o nível de serviço (qualidade e
segurança da operação de transporte).

De unidade administrativa, garagem, entre outros


Para a mudança do ambiente laboral, da avaliação dos riscos,
comunicação e das ações de melhorias necessárias ao ambiente.

De sistemas de tecnologia para otimização e controle da


operação de transporte (tecnologias embarcadas, torre de
controle, entre outros)
Para avaliação da capacidade técnica de atendimento às
necessidades internas, do desempenho e nível de atendimento ao
mercado, da garantia de capacitação da equipe, suporte,
capilaridade de recursos técnicos e janela de agendamento para
realizar manutenção.

Da incorporação de outros clientes/negócios


Para a associação de outros parceiros ao negócio (sociedade),
das condições econômicas da parceria, do nível de hierarquia e
tomada de decisão, da interação entre as pessoas no ambiente
organizacional – cultura de segurança, do alinhamento estratégico
e operacional para atendimento ao contrato com a Ipiranga.

De parceiros comerciais/subcontratação
Para o processo de habilitação, avaliação das condições e
capacidades técnicas de suprir as demandas, da especificação do
contrato firmado e seus requisitos de controle, do nível de serviço
acordado, da avaliação de desempenho, renovação e sanções
contratuais, como notificações, multas e rescisão contratual.

84 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.1.8. AVALIAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS DE


MANUTENÇÃO

A Transportadora deverá garantir que seus prestadores e


fornecedores estejam capacitados para prestação de serviços de
manutenção através de procedimentos e auditorias. Tal processo tem
por objetivo monitorar e garantir a qualidade nos serviços realizados
pelos terceiros, desqualificando-os quando não atenderem às
expectativas estabelecidas pela Transportadora e ao cumprimento de
requisitos de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade e de
questões legais.

Itens mínimos para procedimento e avaliação:

A empresa deve possuir estrutura para execução dos


serviços, atendendo as normas, legislações trabalhistas,
compliance, Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade;

Os profissionais devem possuir capacitação e/ou qualificação para


a execução dos serviços;

Garantir que o serviço executado está em conformidade com o


programa de manutenção do Transportador.

Requisitos Avaliação de Saúde, Monitoramento do Avaliação da


Técnicos Segurança, Meio Ambiente e Desempenho dos Manutenção dos
Qualidade para Homologação Prestadores de Serviços Prestadores de Serviços
dos Prestadores de Serviços

6.1.9. CANAIS E FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

A comunicação é um fator importante para a implantação ou


manutenção da cultura de segurança a um nível em que a força de
trabalho esteja consciente do seu papel e, ao executar suas
atividades, preze pela segurança e qualidade de suas ações.

85 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A Alta Liderança e o corpo técnico da Transportadora devem garantir


que toda a informação seja transmitida aos envolvidos nas operações
Ipiranga.

Identificação Riscos
Informação Melhoria Contínua
Padronização
Comunicação Alta Liderança Compartilhamento
Ipiranga Corpo Técnico com envolvidos

Gestão da informação

FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Todas as ferramentas compartilhadas através dos nossos canais de


comunicação estarão disponíveis para download na Plataforma 360o,
na aba “MATERIAL PARA DOWNLOAD”.

PLATAFORMA 360O

6.2. REQUISITOS LEGAIS

6.2.1. LEIS, REGULAMENTOS E DOCUMENTAÇÕES

A Transportadora deverá controlar todas as suas licenças,


autorizações ou outros documentos legais pertencentes à sua
instalação, dos veículos, das cargas transportadas e dos motoristas
(próprios e subcontratados), além de quaisquer outras licenças locais
regulamentares exigidas pelas autoridades de quaisquer esferas da
federação (federal, estadual, municipal) cuja abrangência da
operação de transporte é designada.

Havendo conflito entre a legislação e os requisitos estabelecidos no


Manual de Transportes, prevalecerá o mais restritivo.

86 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

No link abaixo, estão relacionadas as documentações mínimas que a


Transportadora deverá possuir.

LEIS, REGULAMENTOS E DOCUMENTAÇÕES (OPERAÇÃO E TRABALHISTA)

6.2.2. CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO RISCO

A Ipiranga tem como premissa básica, em todas as operações que


realiza, o mapeamento e gerenciamento dos riscos para a
manutenção da segurança nas suas atividades.

A exposição da força de trabalho ao


risco requer, por parte da
Transportadora, a implantação de
medidas preventivas eficazes para
identificação e correção, como a APR.

As medidas de prevenção e controle


dos riscos nas operações de
transporte devem estar em
regularidade com as orientações
normativas e ser adotadas conforme
sequência ao lado:

Equipamentos de Proteção Individual - EPI

O uso do EPI é uma exigência legal em toda operação de


movimentação de produtos líquidos inflamáveis. Assim sendo, a
Ipiranga estabelece que seja de responsabilidade da Transportadora:

Adquirir o EPI adequado a toda atividade desenvolvida por ela;

Exigir o uso e a aplicabilidade do EPI;

Fornecer, à sua força de trabalho (administrativa, operacional e


subcontratada), apenas EPIs que possuam o Certificado de
Aprovação (CA) impresso, legível e válido;

87 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Orientar e treinar a sua força de trabalho (administrativa,


operacional e subcontratada) quanto ao uso adequado, à guarda e
conservação do EPI;

Substituir imediatamente o EPI quando estiver danificado ou for


extraviado/perdido;

Orientar quanto à higienização e manutenção periódica do EPI.

Os seguintes EPIs são de porte obrigatório para as atividades de


carregamento e descarga nas Unidades Operacionais Ipiranga:

Luva nitrílica ou PVC;

Óculos de segurança de ampla visão com proteção contra


partículas volantes multidirecionais (líquidos);

Capacete com jugular (classe A) nas cores verde ou marrom;

Calçado de segurança sem componentes metálicos;

Cinto de segurança do tipo paraquedista.

EPIS HOMOLOGADOS

Os EPIs devem ser utilizados em conformidade com as orientações


técnicas e seguir as recomendações dos fabricantes.

Uniforme

Apesar de não ser considerado um EPI, o uniforme deve seguir as


seguintes recomendações:

Sem bolsos, para evitar queda de materiais sobre o tanque ou no


produto;

88 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A camisa deverá ser de manga longa e com fechamento realizado


através de botões frontais;

Deve ser lavado regularmente e de maneira adequada para não


provocar desgastes no tecido;

Nenhuma peça do uniforme poderá possuir material sintético em


sua composição (inclusive agasalhos, blusas, meias e toucas);

Nenhuma peça poderá conter partes metálicas.

6.3. CULTURA ORGANIZACIONAL E


SUSTENTABILIDADE

6.3.1. CULTURA DE SEGURANÇA E CLIMA

A relação entre pessoas em um ambiente de trabalho forma a cultura


organizacional. Para que o Transportador evolua no desenvolvimento
das ações de segurança, deve ser realizada uma avaliação do nível da
cultura de segurança, a fim de suportar o planejamento da gestão de
Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade, assim como a
avaliação do clima organizacional, que indicará o grau de satisfação
da força de trabalho com a organização.

As necessidades pessoais são fatores que influenciam diretamente as


ações do dia a dia e, consequentemente, a motivação. Conhecer os
pontos de fragilidade possibilita, à Alta Direção, direcionar esforços para
o aumento da produtividade e qualidade no ambiente de trabalho.

A tabela abaixo dispõe a periodicidade das avaliações:

AVALIAÇÕES PERIODICIDADE

Pesquisa de Clima Organizacional A cada 2 anos

Cultura de Segurança A cada 3 anos

89 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Recomenda-se que as avaliações sejam realizadas em períodos


diferentes e seus resultados sejam utilizados no planejamento
estratégico, indicando os pontos fortes e fracos da organização, para
implementar uma iniciativa de desenvolvimento comportamental,
focando na prevenção e na melhoria contínua. Esse processo deve ser
educativo, com vistas a estimular a percepção dos riscos e reduzir
comportamentos inadequados.

6.3.2. SUSTENTABILIDADE

Boas Práticas ESG

A atuação com base nos princípios ESG representa um conjunto de


padrões, decisões e práticas voltadas para os aspectos ambientais,
sociais e de governança do negócio.

Tais medidas são pautadas, principalmente, em minimizar os


impactos ao meio ambiente, assumir compromissos perante a
responsabilidade social da companhia e adotar boas práticas
administrativas.

A Ipiranga apresenta o compromisso com práticas de negócios


sustentáveis em contribuição as boas práticas de ESG conforme
apresentado abaixo em sua Política de Sustentabilidade.

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

A atividade de transportes possui alto potencial de geração de


impactos socioambientais. A fim de maximizar os aspectos positivos
e minimizar os efeitos negativos do negócio, se faz necessário alinhar
a operação com os conceitos de logística sustentável, considerando a
adoção de medidas mitigadoras, preventivas e de remediação para os
impactos negativos relacionados tanto aos atributos ambientais
quanto sociais.

90 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Com isso, é recomendável que a Transportadora adote em seu


sistema de gestão de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade
uma visão estratégica de sustentabilidade, com pontos de destaque
conforme abaixo:

Boas práticas para o gerenciamento de resíduos sólidos e


consumo consciente dos recursos energéticos e hídricos;

Manutenção de programas de controle ambiental voltados para


água, energia e resíduos;

Criação e manutenção de programas e ações sociais com a


comunidade do entorno;

Implementação de práticas de eficiência logística voltadas não só


para a ótica do custo e do nível de serviço, mas também para os
aspectos ambientais;

Liderança comprometida e engajada em aplicar os princípios de


governança corporativa: transparência, equidade e prestação de
contas;

Responsabilidade corporativa relativa ao cuidado em manter a


sustentabilidade do negócio, principalmente como a empresa se
relaciona com o capital humano e ambiental em diferentes esferas;

Participação e engajamento nos programas e nas campanhas de


sustentabilidade da Ipiranga e nos demais dos quais a empresa é
signatária. Por exemplo: Saúde na estrada (dedicado ao cuidado
da saúde e do bem-estar dos caminhoneiros), Programa na mão
certa (pacto empresarial contra exploração sexual de crianças e
adolescentes nas rodovias brasileiras) e demais programas que
venham a existir.

Plano de Gerenciamento de Resíduos

A Transportadora deverá dispor de um Plano de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos em atendimento à Política Nacional de Resíduos.

91 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

No cumprimento das atividades relacionadas no plano, a


Transportadora deverá se atentar às responsabilidades contratuais com
seus fornecedores e/ou prestadores de serviço e definir procedimentos
padrão para manipular, armazenar, transportar e descartar
corretamente todo resíduo gerado em suas atividades operacionais.

6.3.3. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Pautada nas premissas de gestão de pessoas, a organização deve


estabelecer critérios para monitorar o desempenho de sua força de
trabalho com abrangência ao cumprimento dos limites e procedimentos
operacionais, de atendimento logístico e ao cliente e à segurança.

Os resultados obtidos na avaliação devem balizar o reconhecimento


ou a recompensa do desempenho laboral da força de trabalho. Para
isso, deve-se considerar a forma como os resultados estão sendo
gerados, se as atitudes e os comportamentos estão adequados aos
valores organizacionais.

POLÍTICA DE
RECONHECIMENTO
DE CONSEQUÊNCIAS

6.3.4. PROGRAMAS DE SEGURANÇA

Define padrões de gerenciamento da Ipiranga perante o serviço


oferecido pelas Transportadoras e tem como principal objetivo
prevenir a vida, o meio ambiente, a imagem e o patrimônio.

92 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Os Programas visam fortalecer a cultura de segurança das


Transportadoras contratadas e suas subcontratadas e promover a
melhoria contínua da operação logística da Ipiranga, sendo divididos
em dois pilares:

Programa de Reconhecimento para responsável pela Segurança


do Transportador
O representante técnico é o guardião das boas condutas e dos
bons comportamentos de todos os agentes envolvidos na
operação de transporte, sendo o responsável por auxiliar a
Transportadora nas rotinas e na transmissão de informações junto
à Ipiranga.

Programa de reconhecimento para Motoristas


É o principal agente envolvido na operação de transporte, sendo
responsável direto pela execução das atividades com segurança,
eficiência e qualidade.

Ao cumprir as atividades do programa que será divulgado


anualmente pela Ipiranga, os participantes serão classificados e
poderão ter o reconhecimento pelo bom desempenho de suas
atividades.

A participação dos motoristas e designação do responsável pela


Segurança é obrigatória.

PROGRAMAS DE SEGURANÇA IPIRANGA

6.4. COMUNICAÇÃO, ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE


OCORRÊNCIAS

6.4.1. GERENCIAMENTO DE OCORRÊNCIAS

O gerenciamento de ocorrência é essencial para a melhoria logística


das operações de transporte.

93 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

É obrigatório que qualquer ocorrência, independentemente de sua


natureza e gravidade, seja reportada à Ipiranga dentro dos prazos
estabelecidos neste Manual.

A Transportadora deverá possuir uma matriz de responsabilidades


estabelecida conforme abaixo:

AGENTE AÇÃO

Zelar pela segurança do local da ocorrência;

Sinalizar o local para minimizar aproximação e o


Motorista envolvimento de terceiros e seguir as orientações do
PET/PAE;

Comunicar imediatamente os representantes da


Transportadora, a autoridade policial e a equipe de socorro.

Dar assistência ao motorista quanto às medidas necessárias


para minimizar danos e riscos no local da ocorrência;

Acionar recursos necessários para a contenção do risco;

Instaurar o gerenciamento de crise;

Agendar a reunião do comitê de segurança emergencial e


convidar representantes da segurança logística da Ipiranga
para participação;
Coordenador
Principal do Plano Emitir comunicados sobre o status da ocorrência para a
Ipiranga;

Manter-se informado do andamento das ações da equipe de


atendimento emergencial;

Conhecer toda a operação de resgate, participar, tomar


decisões e autorizar ações que visem à rápida resposta e o
bom andamento da ocorrência.

Possui as mesmas atribuições do Coordenador Principal do


Coordenador Plano. No entanto, somente entrará em ação nos casos em
Substituto do Plano que o Coordenador Principal do Plano estiver incomunicável.

Ser ponto focal da Transportadora no local da ocorrência;

Assessorar a coordenação nas informações para a melhor


Representante tomada de decisão;
de Apoio
Coletar informações para análise no comitê de segurança
emergencial.

Consolidar as informações do evento para análise do comitê


de segurança emergencial;
Equipe de Suporte da
Transportadora Auxiliar o coordenador do plano nas tarefas necessárias de
comunicação, mobilização, aquisição, contratação, entre
outras atividades pertinentes ao gerenciamento de crise de
acordo com a demanda indicada.

94 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.4.2. TREINAMENTO

O plano de treinamento da Transportadora deverá ser atendido em


conformidade com o Manual de Transportes, com instruções bem
definidas, abrangendo todas as consequências de um processo de
emergência.

MATRIZ DE TREINAMENTOS

6.4.3. PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA

É de fundamental importância que a Transportadora possua um plano


estruturado para atendimento a situações de emergência envolvendo
sua frota e instalações. Este plano deve contemplar, no mínimo, as
seguintes situações:

Acidentes de trânsito
(atropelamento/colisão/tombamento/outros);

Derrame/Vazamento de produto (origem/trânsito/destino);

Incêndio/Explosão;

Acidentes pessoais;

Ocorrências em instalações
(prédio administrativo/garagem/outros).

O uso adequado deste plano deverá resultar na identificação de


riscos existentes e potenciais, no processo de transporte de produtos
e na implantação de procedimentos de resposta a emergências, além
de mitigar as consequências de acidentes.

Vale ressaltar que o porte do PAE no veículo é obrigatório em alguns


estados.

95 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.4.4. SIMULADO DE EMERGÊNCIA

As Transportadoras contratadas pela Ipiranga devem possuir um


Plano de Emergências (PAE/PET) documentado e revisado
anualmente, que deve cobrir eventos tanto administrativos quanto
operacionais.

O simulado visa assegurar que todas as ações necessárias à proteção


da vida, da comunidade, do meio ambiente e dos ativos da
Transportadora sejam tomadas com agilidade e assertividade em
uma emergência.

O exercício deve ser programado para ocorrer de acordo com o


critério exposto abaixo:

PORTE PERIODICIDADE PARTICIPAÇÃO

Pequeno/Médio Anual Equipe Interna / Terceirizada

Grande Bienal Órgãos Externos (Polícia, Bombeiros etc)

Observação: Entende-se como evento de pequeno porte aqueles


realizados no pátio da garagem da Transportadora. Já os de grande
porte são aqueles realizados em vias públicas com a participação de
outras equipes externas da Transportadora.

O exercício do simulado deve ser programado e conter:

Cronograma (controle de datas de treinamentos e simulados);

Contatos atualizados dos responsáveis do plano e participantes


externos;

Relatório do exercício do simulado e dos treinamentos;

Registro das reuniões pós-simulados;

96 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Planos de implementação de melhorias gerados após simulados e


baseados nas lições aprendidas;

Cronograma para realização de revisões e atualizações.


Simular as Hipóteses Acidentais
indicadas que PAE/PET, como:

Acidente com potencial de vazamento.

Acidente com vazamento.

Acidente com incêndio e/ou explosão.

Veículos com problemas em vias públicas (desejável).

Roubos, vandalismos ou problemas relacionados


à segurança patrimonial (desejável).

PROGRAMAÇÃO
SIMULADO DE SIMULAR SIMULAR SIMULAR
DO SIMULADO DE
EMERGÊNCIA COMUNICAÇÃO MOBILIZAÇÃO PROCEDIMENTOS
EMERGÊNCIA

DIVULGAR RESULTADOS EMITIR RELATÓRIO


MONITORAR AVALIAR
DO SIMULADO DE DO SIMULADO DE
PLANO DE AÇÃO PROCEDIMENTOS
EMERGÊNCIA EMERGÊNCIA

6.4.5. PLANO DE COMUNICAÇÃO

A comunicação nos momentos de emergência deve estar formalizada


e ser de pleno conhecimento de toda a equipe, garantindo a
assertividade na tomada de decisão. A Transportadora deverá garantir
a gestão da comunicação reativa e proativa de todos os níveis
sinalizados na pirâmide abaixo:

1 Ocorrências Graves

REATIVO
10 Ocorrências Médias

20 Ocorrências Leves

600 Quase Acidentes

Condições
PROATIVO

Comportamento

97 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A Transportadora deverá realizar a gestão e o controle de desvios,


observações comportamentais e quase acidentes, encaminhando
esses dados para a Ipiranga sempre que solicitado.

Após validação das informações da ocorrência de uma emergência, é


necessário dar seguimento no fluxo de comunicação e acionar, de
forma imediata, todas as partes interessadas (representantes internos
da Transportadora, órgãos públicos, gerenciadora de
risco/seguradora e Ipiranga) e realizar os registros necessários para
posterior análise no comitê de segurança emergencial.

Em um evento que envolva a marca da Ipiranga, o Transportador ou


seus representantes, quando indagados por profissionais da
imprensa, devem evitar conceder entrevistas e confirmar
especulações de causas dos eventos da imprensa ou populares. Essa
orientação deve ser ampliada aos motoristas e representantes da
Transportadora quando em atendimento in loco.

O time de Comunicação Institucional da Ipiranga tratará as


informações diretamente com a imprensa.

As ações e os meios de comunicação de todos os tipos de


ocorrências estão associados no link abaixo.

MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DE OCORRÊNCIAS X COMUNICAÇÃO

É imprescindível a impressão e fixação da matriz em quadro de aviso


da Transportadora, sendo esse item de composição da auditoria.

No ato da comunicação das ocorrências nos canais oficiais da


Ipiranga, é obrigatório o preenchimento do formulário abaixo.

FORMULÁRIO DE OCORRÊNCIAS NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

98 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Após a transmissão do padrão de informações inicial junto à Ipiranga,


torna-se necessário atualizar continuamente as condições do local da
ocorrência, as equipes envolvidas e atividades desenvolvidas até a
liberação da área pelos órgãos policiais e de meio ambiente ou outro
quando pertinente.

A Ipiranga estabelece que, após a comunicação, a Transportadora


siga os prazos definidos na tabela abaixo:

ITENS PRAZO

Imagens da ocorrência 24 horas

Registros da Jornada de Trabalho do Motorista: Tacógrafo ou Relatório de Telemetria 24 horas

Registros da Velocidade do Veículo: Tacógrafo ou Relatório de Telemetria 24 horas

Último Resultado do Teste de Bafômetro 24 horas

A Ipiranga, a partir da recepção da comunicação, passará a monitorar


o cenário junto à Transportadora, envolvendo partes interessadas e,
de acordo com o avanço das tratativas, poderá reclassificar a
ocorrência, considerando o potencial de agravo dos danos.

A Transportadora será comunicada sobre o prazo para finalização de


relatórios e apresentações necessárias para análise e investigação,
que serão formalizados pela Ipiranga, bem como deverá participar da
reunião de análise e investigação, que poderá ocorrer de forma virtual
ou presencial, ficando à critério da Ipiranga essa definição.

Para toda e qualquer ocorrência, deverá ser elaborado Plano de Ação


que trate a causa raíz da ocorrência, devendo ser verificada a eficácia
das ações. O plano de ação será avaliado pela Ipiranga.

Quando solicitado, a Transportadora deverá apresentar em


webinares as lições aprendidas com a ocorrência, no sentido de
evitar novos casos e contribuir com as operações de transportes.

99 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.4.6. RELATÓRIO DA OCORRÊNCIA

A emissão do relatório deverá seguir os prazos indicados na tabela


abaixo, de acordo com a classificação da ocorrência.

CLASSE DA OCORRÊNCIA MATERIAL PRAZO DE ENTREGA

BAIXA RELATÓRIO PRELIMINAR 07 dias

RELATÓRIO PRELIMINAR 07 dias


MÉDIA RELATÓRIO FINAL 15 dias

RELATÓRIO PRELIMINAR 07 dias


ALTA RELATÓRIO FINAL 30 dias

FORMULÁRIO DE OCORRÊNCIAS NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Nos casos de ocorrências classificadas como alta gravidade, a


Transportadora deverá comparecer à Matriz da Ipiranga, situada no
Rio de Janeiro/RJ, no local e horário agendado para apresentação do
relatório posterior ao acidente.

APRESENTAÇÃO POSTERIOR AO ACIDENTE

A Transportadora deve manter arquivados os registros de seus


acidentes por, no mínimo, cinco (5) anos.

6.4.7. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO

A etapa de investigação visa registrar dados e fatos sobre o evento,


para que estes possam ser analisados quanto à sua contribuição para
a ocorrência.

No momento da investigação do evento, serão avaliados o


detalhamento e a validade das informações padrão divulgadas e
recebidas, conforme na próxima página.

100 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Na investigação, deve-se obter


informações sobre:

Condições do local (condições


climáticas e de visibilidade,
características, traçado e
condições do trecho percorrido,
condições das sinalizações,
trajetória do veículo ou produto
vazado, áreas impactadas, histórico
de eventos na região, marcas,
vestígios, resíduos, entre outros);

Condições do motorista no
momento que antecedeu o evento
(jornada, estado de saúde,
condições psicológicas,
alimentação, alcoolemia, consumo
de drogas, entre outros);

Condições do veículo (regularidade na manutenção,


equipamentos em conformidade de uso, entre outros);

Controle operacional (regularidade nos dispositivos de alerta,


prevenção e monitoramento da frota, etc.);

Registros complementares, como imagens fotográficas e vídeos


do local, relatórios de dispositivos tecnológicos (ex.: telemetria,
câmeras, etc.), além do relato de testemunhas e outros envolvidos.

Quando a ocorrência for classificada como grave, a Transportadora


deverá contratar imediatamente uma perícia técnica de acidente de
trânsito conforme sua escolha, podendo a Ipiranga, a qualquer
momento, indicar ou contratar a sua própria perícia para a ocorrência.

101 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Os custos associados a essa perícia complementar poderão ser


arcados pela Transportadora, conforme avaliação da Ipiranga.

No processo de análise e investigação da ocorrência, devem ser


aplicadas metodologias para análise das causas raízes e causas
contribuintes, como 5W2H ou Ishikawa.

6.4.8. CONCLUSÃO DA OCORRÊNCIA

Com a finalização, entrega e apresentação do relatório final da


ocorrência e plano de ação de correção e prevenção à reincidência, a
Transportadora deverá monitorar a efetividade e eficácia das ações de
controle estabelecidas em conjunto com a Ipiranga.

As lições aprendidas deverão ser amplamente divulgadas pela


Transportadora para seus funcionários, próprios e subcontratados, e para
a Ipiranga, que acompanhará se as ações propostas estão de acordo,
bem como se são efetivas ao longo do prazo proposto.

CLASSE DA OCORRÊNCIA MATERIAL PRAZO DE ENTREGA

Formulário de ocorrências 7 dias


BAIXA no transporte rodoviário

Formulário de ocorrências 7 dias


MÉDIA
no transporte rodoviário

Formulário de ocorrências 7 dias


no transporte rodoviário
ALTA
Apresentação posterior 30 dias
ao acidente

6.5. GESTÃO DE SUBCONTRATADOS

6.5.1. PADRÕES MÍNIMOS PARA CONTRATAÇÃO

As regras para subcontratação devem seguir as premissas do Capítulo


Gestão de Veículos, com a mesma evolução para uma operação
predominantemente própria.

102 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Todo Transportador contratado deverá informar a relação de placas,


bem como o relação de todos os Subcontratados conforme primeiro
(1º) item processo logístico de entrega.

PROCESSO LOGÍSTICO DE ENTREGA

É importante ressaltar que, para que haja a aprovação da Ipiranga na


contratação, deverão ser observadas todas as exigências descritas no
Manual de Transportes e no contrato com a Ipiranga.

A formalização da contratação deve se dar através de Contrato de


Subcontratação, contendo, no mínimo, todos os requisitos legais e as
políticas da Ipiranga.

Também devem ser consideradas no contrato especificações como a


permissão da verificação da ingestão de álcool através do teste do
bafômetro, de drogas através de teste toxicológico, das avaliações das
imagens das câmeras embarcadas e da Política de Reconhecimento e
Consequências implantadas pela contratada aos motoristas.

A Transportadora deverá gerar histórico dos processos operacionais


realizados pela subcontratada, a fim de medir o nível de serviço
prestado, abrangendo a logística, segurança e qualidade da operação
de transporte.

Na identificação de uma violação, desvio ou acidente na operação,


deve ser aplicada uma advertência contratual ou até mesmo a
suspensão do contrato de subcontratação, a depender da gravidade
e/ou exposição ocasionada. Tais critérios de advertência contratual
deverão ser de pleno conhecimento e consentimento entre as partes.

A Ipiranga só aceita a contratação de subcontratados que sejam


pessoas jurídicas. É vedada a quarteirização da operação de
transporte subcontratada.

PLANO DE EVOLUÇÃO DE FROTA PRÓPRIA

103 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.5.2. NOVOS SUBCONTRATADOS

A Transportadora deve garantir que o subcontratado atenda


integralmente às exigências para o transporte de produtos perigosos,
à regulamentação da profissão dos motoristas e aos padrões
estabelecidos no Manual de Transportes, em um processo similar à
homologação Ipiranga. Recomenda-se a contratação de auditor
externo nesse processo.

As evidências de atendimento deverão ser formalizadas através de


inspeções realizadas pelo Transportador, de forma periódica, a fim de
avaliar o atendimento aos requisitos mínimos exigidos pela Ipiranga
para a prestação de serviço no transporte de combustíveis.

A Transportadora deverá comunicar sempre que houver utilização de


equipamentos subcontratados em operações emergenciais.

6.5.3. SUBCONTRATADOS ATIVOS

Para garantir que as políticas, os processos e procedimentos


estabelecidos no Manual de Transportes serão cumpridos, deverá ser
realizada pela Transportadora, anualmente, a inspeção nos
subcontratados. Esse processo será avaliado pela Ipiranga durante a
auditoria.

As não conformidades encontradas farão parte de um plano de ação


de melhoria, o qual deverá ser integralmente cumprido pela
subcontratada e verificado pelo contratante.

A Transportadora deverá ter os seguintes controles efetivos sobre os


seus subcontratados:

Possuir um processo estruturado para a contratação;

Avaliar periodicamente os processos operacionais e


administrativos dos subcontratados;

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MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

Garantir que todos os motoristas dos subcontratados participem e


cumpram a matriz de treinamentos;

Gerenciar de forma consistente toda a documentação dos


motoristas e dos veículos;

Realizar a gestão dos desvios de todos os motoristas, bem como


aplicação da Política de Reconhecimento e Consequência;

Garantir que os subcontratados possuam contrato com empresas


de atendimento a emergência;

Gerenciar mensalmente os desempenhos de eficiência, nível de


serviço e Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade dos
Subcontratados e reportá-los à Ipiranga de forma consolidada no
Padrão de Indicadores.

PLANO DE REPORTE DE INDICADORES

6.6. AUDITORIA

A auditoria será conduzida pela Ipiranga ou por Consultoria


homologada.

A Transportadora será comunicada por e-mail, com quinze


(15) dias de antecedência, para sua realização.
Devem participar do processo de avaliação:
Alta Direção e/ou seus representantes;

Gerentes, Chefes, Supervisores de Operação e Supervisores de


Manutenção;

Responsáveis pela Gestão de Segurança da Transportadora


(quando houver);

Motoristas.

105 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

A falta de algumas das partes não impedirá que a auditoria seja realizada
na data programada pela Ipiranga ou Consultoria homologada.

6.6.1. REQUISITOS

Os requisitos elencados pela Ipiranga são extraídos deste Manual e


seus anexos, além de boas práticas de mercado que visam garantir
mais segurança e qualidade nas operações de transporte de
combustíveis.

Os requisitos aplicáveis à auditoria no período/ciclo de avaliação


serão disponibilizados em canais específicos de comunicação entre
Ipiranga e Transportadora.

Os itens avaliados nas auditorias serão


classificados de acordo com o seu nível de
criticidade, conforme apresentado ao lado:

Salientamos que, independentemente da


criticidade, todos os itens são de cunho
obrigatório.

O pleno cumprimento do que está descrito


no Manual possibilita, ao avaliado, obter
êxito neste processo.

Os registros das informações apuradas em auditorias e do plano de ação


são disponibilizados na Plataforma 360o.

A Transportadora deverá realizar a adequação das não conformidades e


dos pontos de melhorias no período pré-determinado para cada ação.

Deve-se ter atenção aos registros solicitados e inseridos na Plataforma


360o para serem validados, a fim de evitar o retrabalho, uma vez que a
Transportadora poderá ser penalizada por prática indevida.

106 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.6.2. HOMOLOGAÇÃO – NOVAS TRANSPORTADORAS

É determinante, para o sucesso nos resultados, que a Transportadora


realize uma autoavaliação para verificar a aderência no atendimento
aos requisitos mínimos exigidos pela Ipiranga para a prestação de
serviço no transporte de combustíveis. Essa autoavaliação será
analisada em auditoria, com desempenho não menor que 85% dos
100% requeridos.

Nas auditorias de homologação, o agendamento da inspeção, bem


como seu custo, ficará a cargo de cada Transportadora.

6.6.3. PERIÓDICO – TRANSPORTADORAS CONTRATADAS

Para garantir que as políticas, os processos e procedimentos


estabelecidos no Manual estão sendo cumpridos pelos prestadores de
serviço, será realizada auditoria nas Transportadoras periodicamente.

Para a manutenção da prestação de serviço, é obrigatório que as


Transportadoras da Ipiranga tenham uma aderência de 85% dos 100%
requeridos na auditoria.

No ciclo periódico das auditorias, a Transportadora não terá nenhum


custo financeiro, ficará a cargo da Ipiranga fazer o pagamento junto à
Consultoria homologada.

6.6.4. REAVALIAÇÃO – TRANSPORTADORAS CONTRATADAS

Caso tenha aderência inferior a 85% dos 100% requeridos na auditoria


anual, a Transportadora deverá fazer uma nova auditoria de reavaliação,
para que não haja sanções comerciais na prestação do serviço.

Será dado o período de 3 meses para adequação do plano de ação


proposto e 1 mês para agendamento da nova inspeção.

Nas auditorias de reavaliação, o agendamento, bem como seu custo,


ficará a cargo de cada Transportadora.

107 | Manual de Transportes | Índice geral do Manual Índice do Módulo


MÓDULO 6 | GESTÃO DA TRANSPORTADORA

6.6.5. AUDITORIA INTERNA

A Transportadora deverá adotar em seu sistema de gestão uma


autoavaliação das especificações do Manual.

O resultado da autoavaliação poderá ser verificado pela Ipiranga ou


por Consultoria homologada, com o objetivo de identificar o grau de
maturidade da Transportadora em avaliar seus processos internos,
objetivando a melhoria contínua de sua operação de transporte e
segurança viária.

O resultado da auditoria deverá ser exposto em um relatório com um


plano de ação gerado pelo representante da Transportadora, seja este
próprio ou terceirizado.

Devem ser estabelecidos, para as ações do plano de ação,


responsáveis e prazo para conclusão. Os status das ações devem ser
monitorados pelo comitê regular ou em reuniões mensais, estando em
aderência ao sistema de gestão implantado na Transportadora, até que
todas as ações do plano sejam finalizadas.

6.6.6. PLATAFORMA 360o

O acesso a Plataforma 360o é o portal onde constam os campos para


cadastro de motoristas, cadastro de caminhões, verificação de
resultados das auditorias, acompanhamento/preenchimento do plano
de ação e repositório de comunicados da Ipiranga.

PLATAFORMA 360O

6.6.7. FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO

Todos os requisitos das auditorias, seja de homologação, anual ou de


reavaliação, estão descritos no link abaixo.

FORMULÁRIO DE AUDITORIA

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