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Subunidade 2.2
Nome Ano Turma N.o
GRUPO I
Disponível para audição em
ORALIDADE
Ouve atentamente um excerto radiofónico de uma entrevista feita à realizadora italiana Sabina Fedeli
sobre o filme Anne Frank – vidas paralelas.
https://tiny.auladigital.leya.com/C8nxc
1. Assinala com um X, nos itens 1.1 a 1.4, a opção que completa corretamente cada afirmação.
1.2 A certa altura, usa-se a expressão «dar murros no estômago» com o sentido de
(A) magoar fisicamente.
(B) chocar através de imagens.
(C) adotar uma atitude defensiva.
1.4 Um dos principais objetivos que esteve na base da realização do filme foi
(A) dar visibilidade e voz a uma história verdadeira e atual.
(B) incentivar a manifestação de revolta face às injustiças.
(C) promover o esquecimento de um momento trágico da História.
LEITURA
Texto A
2. Assinala com um X todas as adaptações da obra O diário de Anne Frank referidas no texto.
(A) musical
(B) documentário
(C) peça de teatro
(D) banda desenhada
(E) filme de animação
Texto B
Parece que passaram anos desde domingo de manhã. Aconteceu tanta coisa que é como se, de
repente, o mundo se tivesse voltado de pernas para o ar. Mas, como podes ver, Kitty, ainda estou
5 viva, e isso é o principal, diz o Papá. Estou viva, realmente, mas não me perguntes onde ou como.
Provavelmente não compreendes uma única palavra do que te estou a dizer hoje, por isso vou
começar por te contar o que aconteceu no domingo à tarde.
Às três horas (Hello1 tinha saído mas regressaria, supostamente, mais tarde), a campainha da
porta tocou. Eu não a ouvi, uma vez que estava na varanda, a ler preguiçosamente ao sol. Um pouco
10 depois, Margot apareceu à porta da cozinha, com um ar muito agitado.
– O Papá recebeu uma convocatória das SS2 – murmurou. – A mamã foi falar com o Sr. van
Daan.
(O Sr. van Daan é sócio do Papá e um bom amigo.)
Eu fiquei atordoada. Uma convocatória: toda a gente sabe o que isso significa. Visões de campos
15 de concentração e celas solitárias passaram-me pela mente. Como podíamos deixar o Papá partir
para um destino desses?
– Claro que ele não vai – declarou Margot, enquanto esperávamos pela Mamã na sala. – A Mamã
foi perguntar ao Sr. van Daan se podemos mudar-nos para o nosso esconderijo amanhã. Os van
Daans vão connosco. Seremos sete, no total – depois ficámos em silêncio. Não conseguíamos falar.
20 O pensamento do Papá a visitar alguém no hospital judaico, completamente ignorante do que estava
a acontecer, a longa espera pela Mamã, o calor, o suspense – tudo isto nos reduziu ao silêncio.
Subitamente a campainha da porta tocou novamente.
– É Hello – disse eu.
– Não abras a porta! – exclamou Margot para me impedir. Mas não era necessário, uma vez que
25 ouvimos a Mamã e o Sr. van Daan, lá em baixo, a falar com Hello, e depois entraram os dois e
fecharam a porta. […] Mandaram-nos sair às duas da sala, pois o Sr. van Daan queria falar a sós
com a Mamã.
Quando estávamos sentadas no nosso quarto, Margot disse-me que a convocatória não era para
o Papá, mas sim para ela. Com este segundo choque, comecei a chorar. Margot tem dezasseis anos–
30 segundo parece, querem mandar embora, sozinhas, as raparigas da idade dela. Mas graças a Deus
que ela não vai; foi a Mamã que o disse, e devia ser isso que o Papá queria dizer quando falou em
irmos para um esconderijo. Esconderijo… onde nos poderíamos esconder? No campo? Numa casa?
Numa cabana? Quando, onde, como?... Estas eram perguntas que eu não podia fazer, mas que não
me saíam da cabeça.
35 Margot e eu começámos a arrumar os nossos pertences mais importantes numa mala da escola.
A primeira coisa que enfiei foi este diário, e depois frisadores de cabelo, lenços, livros da escola, um
pente e algumas cartas velhas. Preocupada com o pensamento de ir para um esconderijo, enfiei as
coisas mais loucas na mala, mas não me arrependo. As recordações significam mais para mim do
que os vestidos.
Anne Frank, O Diário de Anne Frank, Lisboa, Livros do Brasil, 2022, pp. 35-36.
5. De entre as opções abaixo apresentadas, seleciona todas as que permitem afirmar que o narrador é
uma das personagens da ação narrada.
(A) «estou» (linha 5)
(B) «me» (linha 5)
(C) «tinha saído» (linha 8)
(D) «fiquei» (linha 14)
(E) «significam» (linha 38)
6.1 Refere dois comportamentos de Anne que mostram que esta se encontra com receio do que
poderá acontecer.
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8. Interpreta o sentido da frase «As recordações significam mais para mim do que os vestidos» (linhas
38-39).
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Ilse Losa, O mundo em que vivi, Porto, Porto Editora, 2021, pp. 76-77.
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GRAMÁTICA
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a. b. c. d. e. f.
(A) Os livros tinham sido arrumados por Anne numa mala da escola.
(B) Os livros foram arrumados por Anne numa mala da escola.
(C) Os livros terão sido arrumados por Anne numa mala da escola.
(D) Os livros são arrumados numa mala da escola por Anne.
ESCRITA
Escreve uma página de diário sob o ponto de vista de Anne Frank, a partir da observação da imagem
abaixo, na qual surgem Anne Frank e Peter van Daan no sótão do «esconderijo».
Ari Folman e David Polonsky, O diário de Anne Frank – Diário gráfico, Porto, Porto Editora, 2018, p. 110.
Redige um texto bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras.
O teu texto deve incluir:
data;
marcas de 1.a pessoa;
registo de experiências pessoais e a partilha de sentimentos/emoções.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.
FIM
COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1 1.2 1.3 1.4
I 12
3 3 3 3
1. 1.2 1.3 2. 3. 4. 5. 6.1 7. 8. 9.
II 43
3 3 3 3 4 3 3 4 6 5 6
1. 2. 3. 4. a. 4. b. 5. 6.
III 20
6 6 2 1 1 2 2
IV Item único 25
TOTAL 100