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GRUPO I
PARTE A
Lê o poema.
XXXI
a. b. c. d.
1. recusa das sensações 1. intérprete 1. ouvidos 1. explicação
2. visão do universo 2. observador 2. sentidos 2.exemplificação
3. filosofia de vida 3. crítico 3. olhos 3. metafísica
Parte B
Lê o texto.
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, edição de Maria João Brilhante, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 121-123
NOTA
1
trastes e paramentos (linhas 4 e 5) – mobílias e objetos decorativos.
a. b.
1. ignorar os medos de Madalena 1. “que alegria!”
2. fomentar os receios de Madalena 2. “E fazem muito bem:”
3. apaziguar os terrores de Madalena 3. “Ficamos como vivendo juntos”
4. depreciar os medos de Madalena 4. “Tontinha!”
PARTE C
6. No universo pessoano, Ricardo Reis é considerado o poeta «clássico». Escreve uma breve exposição
sobre o classicismo na poesia deste heterónimo.
A tua exposição deve respeitar as orientações seguintes:
• uma introdução ao tema;
• um desenvolvimento no qual refira duas características temáticas que permitam considerar este
heterónimo como um poeta «clássico», fundamentando as ideias apresentadas em, pelo menos,
um exemplo significativo de cada uma dessas características;
uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
PARTE A – LEITURA
Lê o texto.
É
uma ferida aberta no sentimento Em A Noiva, não há uma cena de guerra ou
europeu. Durante a expansão do sequer de aventura de percurso. Quando
Daesh, na Síria e no Iraque, jovens chegamos lá, já tudo aconteceu. O olhar é-nos
europeus abandonaram as suas emprestado por uma mãe, cujo filho, um jiha-
10 famílias e o seu conforto ocidental para 35 dista europeu, morreu na guerra. Ela tenta
combaterem ao lado dos jihadistas. Ao mesmo agora resgatar o seu corpo e confronta-se com
tempo, partiram também jovens mulheres, as a viúva, também ela europeia, luso-francesa,
chamadas noivas da jihad, prontas a abraçar de jovem mãe de dois filhos e grávida do terceiro.
uma outra forma esta causa horrenda e Filmando no Curdistão iraquiano, com no-
15 criminosa. Tudo isto fazia as manchetes dos 40 tável qualidade fotográfica e enquadramentos
jornais há meia dúzia de anos, mas como, sóbrios, Tréfaut parece ter sempre como
entretanto, aconteceu a pandemia e se prioridade dar-nos um pedaço de realidade,
reinventou a guerra na Ucrânia, parece estar levar-nos ao espaço, num registo quase docu-
muito, muito, lá atrás. Não está. mental (que é nitidamente onde se sente mais
20 Sérgio Tréfaut debruçou-se a fundo so- 45 à vontade), feito de verdade e verosimilhança.
bre este abismo, na tentativa de compreen- Sentimo-nos como se estivéssemos lá. Prontos
der o inexplicável, ir além do choque e tentar a tirar as nossas conclusões ou impressões
mostrar as profundezas insondáveis da alma sobre a indecifrável personagem.
humana. De início, o realizador desenhou Tréfaut recusa explicações simplistas. E não
25 um projeto mais convencional, que quase 50 nos dá nenhuma. Não desenha um monstro
poderia ser confundido com um filme de nem uma vítima. Deparamo-nos apenas com
aventuras. Abandonou a ideia e acabou por uma mulher, angustiada e angustiante, presa
construir um objeto mais inquietante, que entre dois mundos, para a qual não encontra-
reforça e levanta novas perguntas, em vez de mos saída.
30 dar propriamente respostas.
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1. Para completares cada um dos itens 1.1 a 1.5, seleciona a opção correta.
1.1 O filme lançado e realizado por Sérgio Tréfaut retrata uma situação que
A. continua a ferir o sentimento europeu.
B. está bem presente na mente dos franceses.
C. ocorreu com vários jovens portugueses.
D. levou inúmeros jovens europeus à morte.
1.2. Com este filme, o realizador pretendeu
A. compreender o comportamento humano.
B. incomodar e questionar os espectadores.
C. seguir o projeto de um filme de aventuras.
D. desmontar um abismo iniciado há seis anos.
1.3 O argumento do filme baseia-se
A. num conflito bélico ocorrido na Síria.
B. no sofrimento de uma mulher grávida.
C. no desaparecimento de um jovem jihadista.
D. no drama de uma mãe para resgatar o filho.
1.4 A jovem viúva do jihadista morto é
A. curda. C. luso-francesa.
B. sírio-iraquiana. D. paquistanesa.
1.5 O autor do artigo considera que o filme
A. tem um registo dramático.
B. é quase um documentário.
C. não tem qualidade fotográfica.
D. apresenta demasiada ficção.
2. Associa cada um dos segmentos da coluna A ao elemento que na coluna B completa o seu sentido.
Coluna A Coluna B
a. Entre os vocábulos “explicações” e “inexplicável” (l. 4) 1. metafórico.
estabelece-se uma relação de 2. denotativo.
b. As vírgulas usadas na linha 8 justificam-se pois 3. misteriosas.
demarcam uma 4. reaver.
c. A expressão “prontas a abraçar (…) esta causa horrenda 5. oposição.
e criminosa” (ll. 13-15), no contexto, assume um sentido
6. profundas.
d. O adjetivo “insondáveis” (l. 23), nesta situação, significa
7. explicitação.
e. O verbo “resgatar” (l. 36) tem como sinónimo
a. b. c. d. e.
1. ator 1. guerra 1. documentário 1. efeitos 1. leitor
2. colaborador 2. realidade 2. romance 2. fantasia 2. narrador
3. realizador 3. paisagem 3. reportagem 3. veracidade 3. espectador
1. Para completares cada um dos itens 1.1 a 1.5, selecione a opção correta.
1.1 Os “que” utilizados nas linhas 2 e 25
A. são conjunções subordinativas nas duas situações.
B. são pronomes relativos nas duas ocorrências.
C. são, respetivamente, um pronome relativo e uma conjunção subordinativa.
D. são, respetivamente, uma conjunção subordinativa e um pronome relativo.
1.2 O segmento sublinhado na frase “Ao mesmo tempo, partiram também jovens mulheres (…)
prontas a abraçar de uma outra forma esta causa horrenda e criminosa” (ll. 11-14) exemplifica a
modalidade
A. apreciativa.
B. epistémica com valor de probabilidade.
C. deôntica com valor de obrigação.
D. epistémica com valor de certeza.
1.3 O constituinte sublinhado em “Ela tenta agora resgatar o seu corpo” (ll. 35-36) contribui para
assegurar a coesão textual gramatical
A. referencial. C. interfrásica.
B. frásica. D. temporal.
1.4 O pronome pessoal presente em “levar-nos” (l. 43) desempenha a função sintática de
A. predicativo do sujeito. C. complemento indireto.
B. complemento direto. D. complemento oblíquo.
1.5 A frase “Tréfaut recusa explicações simplistas” (l. 49) configura um ato ilocutório
A. expressivo. C. assertivo.
B. diretivo. D. declarativo.
2. Classifica as orações.
a. "que aderiu ao Estado Islâmico” (ll. 2-3)
b. “para combaterem ao lado dos jihadistas” (ll. 10-11)
c. “cujo filho, um jihadista europeu, morreu na guerra” (ll. 34 -35)
FIM
Questão 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 2.a 2.b 2.c 3.a 3.b Total
Cotação 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 200
Correção
GRUPO I – PARTE A
1. Na 1.a estrofe o sujeito poético apresenta a atitude que, por vezes, assume, perante os elementos naturais,
e que contradizem a sua conceção do mundo e da natureza, dado que atribui sentidos metafóricos às flores
e aos rios. Por isso, na segunda estrofe, demonstra a necessidade de justificar esse tipo de comportamento,
contrário à sua filosofia de vida, revelando que, se o faz, é para que os “homens falsos” percebam que
esses elementos naturais existem apenas. Por isso,a segunda estrofe funciona como uma justificação para
as afirmações apresentadas na primeira.
2. Para o sujeito poético, os “homens falsos” são aqueles que não captam a realidade apenas com os sentidos
e tentam atribuir ao que visionam sentidos ocultos, sentidos que as coisas não têm, porque não se limitam
exclusivamente a ver. E se, algumas vezes, o “eu” lírico vê para além do visível é só porque escreve para
aqueles que, habitualmente, atribuem outros sentidos àquilo que apenas existe, e ele quer que o
compreendam.
3. a. 3; b. 1; c. 2; d. 1
PARTE B
4.Madalena e Maria reagem de modo diferente à decisão de se instalarem na casa “que pega com S. Paulo”.
Efetivamente, Madalena, em quem é visível o terror e a ansiedade, manifesta a sua relutância em relação
à decisão anunciada por Manuel, quando percebe que se trata da casa onde, no passado, habitara com
o primeiro marido, D. João de Portugal, terror esse que é visível no recurso a frases interrogativas –
“Qual?... a que foi?… a que pega com S. Paulo?...” – e no uso de uma frase exclamativa – “Jesus me
valha!”. Pelo contrário, Maria, ao levantar-se pulando e ao desejar que tal mudança aconteça (“Tomara-
me eu já lá!”), mostra o seu entusiasmo pueril e o seu espírito de aventura.
Concluindo, mãe e filha têm reações antagónicas, pois a mudança de casa tem significados diferentes
para cada uma.
5. a) 3.; b) 4.
PARTE C
6. Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
‒ a presença do (neo)paganismo, patente, por exemplo, na referência aos deuses mitológicos/ao barqueiro
da morte (Caronte)/ao Fado/às Moiras;
‒ o recurso a símbolos clássicos como o rio (representando o fluir da vida e a passagem do tempo) e as flores
(símbolo da efemeridade da vida/da beleza perecível/dos prazeres simples);
‒ a influência da filosofia estoico-epicurista, evidente, por exemplo, na aceitação do Destino/na recusa de
emoções fortes/na vivência de prazeres simples e moderados/na busca da tranquilidade
GRUPO II – PARTE A
Versão 1 Versão 2
1. 1.1 A 1.2 B 1.3 D 1.4 C 1.5 B 1. 1.1 C 1.2 A 1.3 B 1.4 A 1.5 D
2. a. 5; b. 7; c. 1; d. 3; e. 4 2. a. 5; b. 7; c. 1; d. 3; e. 4
3. a. 3; b. 2; c. 1; d. 3; e. 3 3. a. 3; b. 2; c. 1; d. 3; e. 3
4. C–E–A–B–D 4. C–E–A–B–D
PARTE B
Versão 1 Versão 2
1. 1.1 B 1.2 A 1.3 A 1.4 B 1.5 C 1. 1.1 D 1.2 C 1.3 B 1.4 D 1.5 A
2. a. oração subordinada adjetiva relativa 2. a. oração subordinada adjetiva relativa
restritiva; restritiva;
b. oração subordinada adverbial final; b. oração subordinada adverbial final;
c. oração subordinada adjetiva relativa c. oração subordinada adjetiva relativa
explicativa explicativa
3. a. predicativo do sujeito; 3. a. predicativo do sujeito;
b. complemento agente da passiva b. complemento agente da passiva