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I. Estrutura
A intriga principal d’Os Maias consiste nos amores incestuosos de Carlos da Maia e de Maria
Eduarda. Ela é precedida por uma intriga secundária – os amores de Pedro da Maia com Maria
Monforte e o fim dessa relação. Apresentam-se seguidamente os momentos essenciais de ambas as
intrigas, encadeados por relações de causalidade.
• Pedro da Maia vê pela primeira • Carlos da Maia vê pela primeira vez Maria Eduarda
vez Maria Monforte (Capítulo VI).
(Capítulo I).
• Carlos da Maia visita Rosa, a filha de Maria Eduarda, que está
• Pedro da Maia namora Maria doente (Capítulo IX).
Monforte (Capítulo I).
• Carlos conhece – finalmente – Maria Eduarda (Capítulo XI).
• Pedro casa-se com Maria
• Declaração de amor de Carlos da Maia a Maria Eduarda
Monforte (Capítulo I).
(Capítulo XII).
• Maria Monforte foge com o
• Consumação do incesto – inconsciente (Capítulo XIII).
amante (Capítulo II).
• Encontro de Maria Eduarda com Guimarães (Capítulo XV).
• Pedro da Maia suicida-se (Capítulo
II).
• Revelações de Guimarães a Ega (Capítulo XVI).
No intervalo destes acontecimentos, o espaço romanesco é preenchido por momentos de pausa que
correspondem aos quadros ou aos episódios de maior ou de menor dimensão, nos quais se encontra a
representação social e a crítica de costumes.
Texto e tabela elaborados com base em Carlos Reis, Introdução ao estudo d’Os Maias, 7ª edição,
Coimbra, Almedina, 2006, pp. 84-90
II. O tempo
N’Os Maias, considera-se o tempo da história, isto é, o tempo cronologicamente mensurável, em que
decorre a ação (os episódios de representação social e as intrigas) e o tempo do discurso, isto é, o
conjunto de processos e técnicas de que o discurso se serve para contar a história.
Os Maias: tempo
Tempo da
Tempo do discurso Capítulo
história
1875
(presente) . Início da narrativa – o Ramalhete. I