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Redação empresarial

Apresentação
A redação empresarial é fundamental para qualquer organização, seja ela pública, privada ou do
terceiro setor. A elaboração de textos corretos e adequados facilita o entendimento das pessoas
sobre as diretrizes e as políticas organizacionais, além de comunicar informações de forma precisa,
objetiva e com alto grau de compreensão.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer com mais profundidade o estilo de linguagem
da redação empresarial e as principais formas de produção textual no âmbito organizacional. Assim,
será capaz de desenvolver os textos de divulgação mais utilizados dentro das organizações.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Definir o estilo de linguagem da redação empresarial.


• Identificar as principais formas de redação empresarial.
• Desenvolver os textos de divulgação mais utilizados dentro
das organizações.
Infográfico
A redação empresarial é uma das primeiras formas de se estabelecer
um canal de comunicação e informação entre os públicos, por meio de papéis, cartas e outros
documentos. Nesse conjunto de instrumentos de comunicação escrita, destacam-se algumas
formas que são essenciais para o bom desempenho das organizações.

Aproveite para conhecer, no Infográfico, as principais formas de


redação empresarial.
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Conteúdo do livro
A comunicação organizacional enfrenta mudanças profundas, resultado das exigências
provenientes da globalização. E, por essa razão, passou-se a buscar mais produtividade e
efetividade em todas as ações, inclusive na produção textual.

A partir da década de 1980, quando o mercado global aumentou


a concorrência, as empresas precisaram criar novos diferenciais,
em especial no que se refere ao estilo da linguagem corporativa.
Assim, iniciou-se um processo de modernização e racionalização
da redação empresarial.

No capítulo Redação empresarial, da obra Redação aplicada


à comunicação, você vai conhecer o estilo de linguagem da
redação empresarial e suas mudanças ao longo dos anos,
além das principais formas de produção textual corporativa.
Ainda, vai aprender a desenvolver os textos de divulgação
mais utilizados no contexto organizacional.

Boa leitura.
REDAÇÃO
APLICADA À
COMUNICAÇÃO

Juliane do Rocio Juski


Redação empresarial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir o estilo de linguagem da redação empresarial.


 Identificar as principais formas de redação empresarial.
 Desenvolver os textos de divulgação mais utilizados dentro das
organizações.

Introdução
Com o constante avanço tecnológico, o contexto empresarial passou a
exigir cada vez mais o uso da palavra escrita, revolucionando a maneira
como as mensagens são redigidas e recebidas. Com as facilidades ofere-
cidas pelos smartphones e a popularização da internet, nunca se escreveu
tantas mensagens interpessoais e profissionais, incluindo comunicados
e diversos outros gêneros de informativos.
Nesse contexto, dominar as técnicas e conhecer o emprego adequado
da linguagem escrita aplicada à comunicação empresarial é fundamental.
A construção das mensagens organizacionais deve ser transparente,
buscando-se evitar mal-entendidos e ambiguidades. Desse modo, clareza,
coesão e coerência são qualidades essenciais nos textos empresariais,
sendo exigências tanto do mercado globalizado como dos públicos
estratégicos da organização. Esses cuidados com a escrita se aplicam a
todas as formas de redação empresarial.
Neste capítulo, você vai estudar as definições relacionadas à redação
empresarial, bem como verificar as principais formas de redação no
contexto organizacional. Por fim, você vai verificar exemplos de textos
utilizados pelas organizações e como eles podem ser adequados aos
princípios de coesão, coerência, objetividade, clareza, concisão e ade-
quação à norma culta.
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1 Estilo de linguagem do texto empresarial


A comunicação no âmbito das organizações está mais complexa e dinâmica.
Embora ainda exija o uso de uma linguagem formal e adequada ao contexto
corporativo, o estilo de linguagem organizacional se transformou ao longo
dos anos. Gold (2017) apresenta essa modernização do estilo de linguagem do
texto empresarial. Para a autora, desde o início dos anos 2000, houve mudanças
significativas na forma de se comunicar por meio da linguagem escrita dentro
das organizações, e essas transformações são reflexo do avanço da tecnologia
e da internet no contexto organizacional (GOLD, 2017).

As pessoas que já estavam no ambiente corporativo no início de 2000 sabem


que os últimos anos trouxeram muitas mudanças na linguagem, no estilo e até
nos canais de informação dentro de empresas e instituições. Um bom exemplo
é o e-mail, que antes de 2000 só existia na maioria das empresas como um
canal interno de mensagens. A internet expandiu seus domínios de forma tão
ampla que hoje se acessa e-mails corporativos por meio de celulares, algo
impensável há 15 anos (GOLD, 2017, p. 3).

Essa importância da linguagem e do estilo na redação organizacional tam-


bém é apontada por Stacheski (2010), que destaca o papel da comunicação nas
organizações como um processo vital, que funciona no sentido de aprimorar os
sistemas de informação e relacionamento entre a empresa e os seus públicos.

Os profissionais responsáveis por essa comunicação devem ater-se à produção


das informações, à sua frequência, ao seu impacto e, principalmente, à busca
para gerar aproximações, interações e relacionamentos entre a empresa e todos
os seus públicos (STACHESKI, 2010, p. 9).

A modernização do estilo de linguagem empresarial, segundo Gold (2017),


vem acontecendo desde a década de 1970, como reflexo de um contexto
econômico voltado para a globalização, resultando em uma disputa mais
competitiva, exigindo das organizações uma nova adaptação ao cenário glo-
bal. Uma das primeiras estratégias adotadas pelas organizações em âmbito
mundial, segundo a autora (GOLD, 2017), foi a eliminação de textos prolixos
e redundantes, dando espaço para textos mais objetivos e com clareza de
informações. Desse modo, dois fatores impactaram decisivamente a redação
de textos empresariais, alterando a linguagem corporativa, sendo eles:
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a) a gestão por qualidade, que exigiu que empresas certificadas discriminas-


sem procedimentos e padrões utilizados em seu dia a dia, esclarecendo
esses processos por meio de uma linguagem clara e sem ambiguidades;
b) a necessidade de estreitar o relacionamento com os públicos estratégicos
e conquistar sua fidelização.

Isso impôs a necessidade de as organizações adotarem uma linguagem


mais acessível e inteligível, ou seja, com mensagens adaptadas à realidade de
cada cliente, possibilitando, assim, a construção de um relacionamento por
meio da empatia e da mútua compreensão, conforme reforçam Gold (2017)
e Stacheski (2010).

De forma bem sintética, pode-se afirmar, categoricamente, que objetividade


e clareza são as características fundamentais do texto pós-década de 1980.
A ausência dessas qualidades afeta diretamente o trabalho nas empresas,
gerando problemas de naturezas diversas (GOLD, 2017, p. 3).

Embora o estilo de linguagem organizacional tenha sofrido mudanças nesse


sentido, Gold (2017) reforça que excesso de objetividade e concisão também
podem gerar resultados desastrosos, e que é preciso equilíbrio e entendimento do
contexto organizacional. O princípio fundamental que rege a redação empresarial
é compreender que o texto redigido se configura por meio de informações corpora-
tivas e, portanto, requer cuidados e posicionamento coerentes com a organização.
Gold (2017) esclarece ainda que a comunicação empresarial, diferente dos
gêneros jornalísticos e literários, tem como princípio fundamental gerar uma
resposta objetiva sobre aquilo que é transmitido — ou seja, o texto de cunho
organizacional tem como objetivo propiciar uma ação. Desse modo, todas as
modalidades de correspondência empresarial que são dirigidas a um cliente,
fornecedor ou colaborador buscam como resultado a resposta daquele público.
Assim, se o cliente, por exemplo, der a resposta que se espera, a mensagem
foi eficaz; caso contrário, é preciso repensar o processo de comunicação. Um
exemplo são os relatórios, que contêm importantes informações e servem
como subsídios para a tomada de decisões. Se forem mal redigidos ou tiverem
excesso de informações, é possível que passem completamente despercebidos
pelo destinatário e que isso prejudique as tomadas de decisões.
Stacheski (2010) também destaca que a comunicação escrita, ou seja, o
resultado das redações organizacionais, quando é elaborada com uma linguagem
correta e adequada para os públicos da empresa, gera uma maior consolidação
das informações, evitando, assim, erros de interpretação ou repasse de informa-
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ções errôneas. Mas, para que esses textos sejam eficazes, é preciso conhecer as
características fundamentais desse tipo específico de produção textual. Quem
indica isso é Gold (2017), ao destacar que o texto empresarial moderno precisa
ser eficaz, e essa eficácia equivale à forma da retórica clássica.
A importância das redações empresariais é subestimada, sendo que elas
se configuram como um importante canal de relacionamento com o cliente
e outros públicos estratégicos. Um e-mail, por exemplo, por mais simples
que seja, pode se configurar como uma arma preciosa de endomarketing e
reforçar a cultura organizacional. “O texto escrito dever ser percebido como
um instrumento relacionado à função estratégica empresarial, intervindo
diretamente em três grandes dimensões: na cultura, no aspecto motivacional
e no aspecto econômico da empresa” (GOLD, 2017, p. 5).

Características do texto empresarial


A mudança cultural aplicada ao estilo de linguagem textual das empresas
se caracteriza por um vocabulário simples e formal e por frases curtas e
de fácil compreensão. É preciso construir textos que contribuam para uma
rápida compreensão da mensagem, evitando o desperdício de tempo e uma
desmotivação progressiva dos leitores, o que poderia resultar em rejeição ou
descaso com a mensagem. Para isso, Gold (2017) estabelece que as redações
empresariais devem se basear em uma linguagem moderna e precisam ser
construídas a partir de seis características básicas, sendo elas:

 objetividade;
 clareza;
 concisão;
 coerência;
 correção gramatical; e
 linguagem adequada.

Parte dessas características também é apontada por Lima (2005) com


relação à redação de correspondências oficiais de organizações públicas. “Os
principais requisitos que se impõem na redação oficial são a simplicidade na
estrutura da frase e no vocabulário, a objetividade e a clareza” (LIMA, 2005,
p. 3). O autor destaca que são indispensáveis também as qualidades textuais
de clareza, concisão e correção (LIMA, 2005). Ou seja, as características
da redação de textos oficiais também prevalecem sobre a produção textual
organizacional, englobando organizações públicas e privadas.
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A concisão se refere ao aspecto textual de economia de palavras, ou seja,


buscar expressar o máximo de informações sem repetições ou excesso de
ideias. Para isso, é recomendado organizar e hierarquizar as informações
principais e as informações secundárias que complementem o sentido, evitando
a construção de textos prolixos. Já a objetividade, segundo Gold (2017), é a
característica que se refere às ideias expressas — ou seja, é preciso expor as
ideias principais, sabendo definir as informações relevantes que precisam ser
comunicadas aos leitores. A clareza, de acordo com Lima (2005), diz respeito
à capacidade de aplicação adequada das regras gramaticais e construção de
enunciados de fácil interpretação — ou seja, sem ambiguidades, cacografias,
vícios de linguagem ou erros de sintaxe.
Outra característica defendida por Gold (2017) é a coerência, que diz
respeito à conexão entre as ideias apresentadas no texto; ou seja, a construção
dos enunciados deve seguir uma ordem lógica e com harmonia entre as ideias,
desencadeando as argumentações de forma racional. A linguagem adequada é
outra característica apontada pela autora como fundamental no texto empre-
sarial moderno (GOLD, 2017). “Para que a linguagem de qualquer documento
empresarial seja adequada é preciso levar em conta quem será o destinatário
da mensagem e o assunto a ser tratado” (GOLD, 2017, p. 7).
No cenário atual, o uso do meio eletrônico é mais comum; portanto, é
preciso adaptar a linguagem para um meio que exige agilidade no fluxo de
informações. Mas, segundo Gold (2017), isso não significa utilizar gírias,
jargões ou redigir textos excessivamente informais e descuidados (típicos
do ambiente da internet). Trata-se apenas de construir textos mais objetivos,
coesos e de fácil compreensão.
A última característica fundamental defendida tanto por Gold (2017) quanto
por Lima (2005) é a correção gramatical, que se refere ao uso de formas
adequadas quanto à gramática normativa. Ou seja, é a preocupação com a
concordância, com o uso adequado dos vocábulos e com as regras gramaticais
e ortográficas. Essa preocupação reflete a imagem da empresa, uma vez que
a linguagem funciona como um espelho da qualidade dos produtos e serviços
empresariais.
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Exemplos de carta moderna e carta antiquada


Confira um exemplo de como é a aplicação inadequada e prolixa de uma redação
empresarial.

Confira agora outro exemplo de uso adequado e coerente da linguagem e do estilo


empresarial moderno.

No primeiro exemplo, é possível perceber que a linguagem adotada é composta


por uma escolha de vocábulos complexos, apresentando linguagem prolixa, o que
demanda um esforço extra para sua compreensão. Já o segundo exemplo é o mesmo
conteúdo do primeiro texto, mas redigido de maneira mais objetiva e concisa, o que
facilita a compreensão e a rápida interpretação.
Fonte: Gold (2017, p. 9-10).
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2 Tipos de comunicação dirigida escrita nas


empresas
A aplicação do estilo de linguagem da redação empresarial é observada nos
principais veículos de comunicação, ou, como define Kunsch (2003), nos meios
de comunicação nas organizações. Para a autora, as organizações processam
suas informações atuando como fontes e receptoras no ambiente interno e
externo (KUNSCH, 2003). Ou seja, as organizações tanto produzem textos
dos mais diversos gêneros para se comunicar com os públicos interno e externo
como também recebem textos dos mais variados gêneros oriundos desses
públicos. Por isso, a organização deve desenvolver mecanismos e modelos
de padronização em seus canais de comunicação, por meio de veículos que
sejam capazes de viabilizar esse processo comunicativo e informacional. “As
organizações, para viabilizar a comunicação com os mais diferentes públicos, se
valem de meios ou veículos orais, escritos, pictográficos, escrito-pictográficos,
simbólicos, audiovisuais e telemáticos” (KUNSCH, 2003, p. 87).
De acordo com Cesca (1995), a comunicação dirigida escrita ocorre por
meio de instrumentos que buscam transmitir ou conduzir informações, a partir
do estabelecimento de uma comunicação limitada, orientada e frequente,
direcionada a um número selecionado de pessoas homogêneas e conhecidas.
Segundo a autora, esses veículos podem ser divididos em correspondências,
mala direta, manuais, publicações, relatórios, periódicos, barra de holerite,
quadro de avisos, cartaz, caixa de sugestões etc. (CESCA, 1995).
No âmbito da redação organizacional, nos interessa compreender quais são
os modelos de textos mais utilizados nesse segmento. Como destaca Kunsch
(2003), os meios de comunicação escritos dizem respeito ao material infor-
mativo impresso, incluindo: instruções e ordens, cartas, circulantes, quadro
de avisos, panfletos, boletins, manuais, relatórios, comunicados, jornais e
revistas. Além disso, a autora inclui o segmento dos meios telemáticos, definido
como “[...] a informação que é trabalhada e passada com o uso combinado da
informática e dos meios de telecomunicação. Como exemplo temos a própria
intranet, o correio eletrônico, os terminais de computadores, os telões e tele-
fones celulares” (KUNSCH, 2003, p. 87).
Esses meios de comunicação já foram apontados por Andrade (1993), que
classificou os veículos de comunicação dirigida escrita, ou seja, os gêneros
textuais no âmbito organizacional e destacou a correspondência, a mala direta,
as publicações e os relatórios. Fortes (2003) ampliou o escopo de veículos
de comunicação dirigida escrita, incluindo: informativos, avisos, cartazes,
comunicados de imprensa, encarte, informe de reuniões, insertos em barras,
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manifestos ou declarações públicas, sinalização escrita, teaser, volante, cor-


respondências, carta, cartão-postal, circular, memorando, ofício, telegrama,
fax, publicações internas, newsletter, relatórios, balanços sociais, manuais,
e-mails, intranet, entre outros.
Em meio a um número imenso de gêneros textuais empresariais, cabe
destacar as principais formas de redação empresarial, ou seja, aquelas que são
mais comumente utilizadas no dia a dia profissional. No intuito de auxiliar
nessa compreensão dos gêneros textuais corporativos, vamos apresentar uma
classificação baseada no meio de divulgação e no formato do gênero textual

Correspondências
De acordo com Fortes (2003), as correspondências são um gênero de documen-
tos regidos por normas de redação e de apresentação que podem ou não ser
intermediadas pelos correios. Entre as correspondências intermediadas pelos
correios, estão: mala-direta, cartões postais, cartas, circular ou telegrama. Já
entre as correspondências sem a necessidade de envio pelos correios, podem
ser destacados: memorandos, ofícios, relatórios e balanços sociais.
O memorando é um documento que expressa instruções breves e precisas.
Conforme destaca Fortes (2003, p. 260), esse tipo de documento se caracteriza
por uma “escrita para dar e confirmar ordens, e cobrar resultados”. Já Cesca
(1995) define o memorando como um tipo de correspondência informal,
dirigida apenas ao público interno. Nesse sentido, o memorando pode ser
compreendido como um comunicado interno, uma vez que apresenta orien-
tações objetivas e diretas a determinados públicos. Sua redação deve ser
clara, coesa, concisa e objetiva, pois ela almeja comunicar algo e gerar ações
como resultado. Cesca (1995) destaca ainda que o memorando é, entre todas
as correspondências, a mais largamente utilizada no contexto eletrônico das
organizações, devido à sua simplicidade e fácil adaptação ao ambiente digital.
Já o ofício, como esclarece Fortes (2003), é uma correspondência específica
dos órgãos públicos destinada aos seus grupos de interesse, com o intuito de
prover relacionamentos; no entanto, denota sentido de burocratização. Por se
tratar de um documento oficial e atrelado aos órgãos públicos, a redação textual
de ofícios se caracteriza por uma linguagem mais formal e pela utilização de
pronomes de tratamento específicos, como Vossa Excelência ou Excelentíssimo
Sr. Nesse sentido, é fundamental conhecer os protocolos de nomenclatura e
tratamento do destinatário dos ofícios.
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Por fim, a circular, segundo Cesca (1995), é um tipo de comunicação direta


destinada a vários públicos. Esse tipo de correspondência pode caracterizar-
-se pela escrita mais abrangente e genérica, com estética e bloco compactos.

Informativos
Podemos classificar como informativos todos os tipos de textos que buscam
informar ou comunicar algo. Conforme estabelece Fortes (2003), os informati-
vos consistem em um formato de comunicação exata que se esgota assim que é
emitida; ou seja, é um texto enxuto, objetivo e que busca informar os públicos
de forma direta. Como resultado, não se espera uma resposta do leitor, mas
o seu entendimento e a interpretação adequada do que foi divulgado. Nessa
categoria, podemos incluir informativos, avisos, comunicados, informes de
reuniões, entre outros tipos de textos com características similares.

Entre os gêneros textuais informativos, podemos incluir uma categoria específica: os


comunicados de imprensa. São textos produzidos em formato de matéria jornalística
que se destinam exclusivamente à imprensa. São exemplos dessas produções textuais:
releases, manifestos, declarações públicas ou carta aberta, notas de esclarecimento
e position paper.

Publicações e periódicos
Os periódicos são publicações que têm a finalidade de transmitir informações
aos públicos das empresas, e seu objetivo é comunicar e engajar esses públicos
nos projetos e nas ações da empresa. Nessa categoria, pode-se incluir alma-
naques, boletins, newsletter, folhetim, revista, jornal, jornal mural, relatórios,
balanços sociais, entre outros.
Na atualidade, os periódicos mais utilizados no contexto organizacional
são as newsletters. A newsletter é definida por Fortes (2003, p. 263) como
uma “publicação técnica destinada aos grupos de interesse, que projeta um
conceito dinâmico à empresa, ao arrolar as modificações, os dados econômicos,
os êxitos da companhia e a equivalente repercussão para os públicos”. Já para
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Cesca (1995), as newsletters são publicações sofisticadas da empresa para um


determinado público de interesse. Esse veículo, na atualidade, possui ampla
aplicabilidade no contexto eletrônico.
Cabe destacar também que o estilo de linguagem utilizado nos textos de
periódicos organizacionais deve seguir as características já apontadas por
Gold (2017) — ou seja, é preciso redigir textos objetivos, coesos e coerentes,
com clareza, concisão e correção gramatical. Há espaços para a criatividade
e a redação de textos envolventes, que apresentem uma maneira diferente de
chamar a atenção do leitor. Porém, é preciso considerar que as informações
devem estar claras, de fácil acesso e interpretação para os leitores, e que a
mensagem deve ser construída com o intuito de informar.
Há, ainda, as revistas ou jornais internos, que possuem projetos editoriais
específicos para cada empresa. Com relação ao estilo e à linguagem textual,
assim como os releases, os textos redigidos para esses veículos de comunica-
ção se assemelham ao jornalismo, ou seja, apresentam uma linguagem mais
impessoal, mostrando informações com base em fontes ou entrevistas, dados
relevantes e de interesse dos públicos.
No segmento de publicações corporativas, podemos incluir, ainda, os
manuais, que, embora não possuam uma periodicidade, têm formato de pu-
blicações mais extensas e estruturadas. De acordo com Fortes (2003), os
manuais podem ser definidos como compilados de noções essenciais, políticas
e preceitos da empresa. São considerados veículos de comunicação dirigida
escrita em apoio aos diferentes departamentos da organização, estabelecendo
o diálogo e respeitando os interesses dos públicos.
Portanto, os manuais são cartilhas ou documentos que reúnem informações,
direcionamentos e orientações dos mais diversos tipos. Há manuais de redação
e estilo, que padronizam a editoração de materiais institucionais, por exemplo,
e manuais de identidade visual, que orientam as aplicações de marca, logotipo
e orientações gráficas. Podemos incluir, ainda, os manuais de instruções, os
manuais de recursos humanos, como orientação para os novos colaboradores,
os manuais de normas técnicas e, até mesmo, os regulamentos.

Gêneros textuais digitais


De acordo com Cesca (2004), a comunicação eletrônica transformou grande
parte da comunicação escrita das empresas, desde os tradicionais memoran-
dos, ofícios e circulares, que atualmente são enviados por meio de mensagem
eletrônica. E, com o avanço cada vez mais crescente das novas tecnologias,
as modalidades de textos utilizados no ambiente digital ganharam grande
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visibilidade; entre elas, estão: e-mail, site, blog, redes sociais, aplicativos de
mensagem instantânea, entre outras.
O correio eletrônico ou e-mail, segundo Gold (2017), é um dos canais de
informação mais utilizados na atualidade. Essa informação é reiterada por
Flatley, Rentz e Lentz (2015), que caracterizam o e-mail como um dos avanços
mais interessantes da história da comunicação empresarial, já que passou a ser
a principal modalidade de comunicação nas empresas, ultrapassando, inclusive,
o uso de telefones. Esse instrumento dinamiza a comunicação empresarial e se
configura como um canal de comunicação ágil e eficaz. No entanto, é preciso
se atentar ao uso adequado dessa ferramenta de comunicação.
O e-mail se tornou uma fonte de credibilidade e assumiu status de docu-
mento empresarial; portanto, tem sido usado como canal preferencial para a
troca de informações e comunicados de tomadas de decisão. Ele se difere,
por exemplo, das trocas de mensagens por aplicativos como WhatsApp, que
ainda não se configuram como canais formais de comunicação, no sentido
de documentar e respaldar as informações divulgadas pela organização —
embora o uso desses aplicativos venha ganhando cada vez mais força no
segmento corporativo.
O site é um conjunto de páginas na internet que reúne informações organi-
zadas e distribuídas por meio de um servidor. No ambiente empresarial, os sites
são como apresentações institucionais, que contam a história da organização
e apontam sua missão, sua visão e seus valores. Além disso, apresentam os
produtos e serviços da organização, os contatos e outras informações que
sejam de interesse público, como relatórios e afins.
Já as redes sociais podem ser definidas como sites ou canais de relaciona-
mento entre os usuários; entre os mais populares estão Facebook, MySpace,
Instagram, Twitter e LinkedIn. Os sites de relacionamento estão cada vez
mais populares e, no contexto organizacional, são usados como canal de
comunicação entre a empresa e os seus públicos. São também empregados
como um meio de promover produtos, formar redes de relações com outros
profissionais, responder com agilidade questionamentos de clientes, colabo-
radores e parceiros de negócios, além de apresentar um meio de informar a
sociedade em geral.
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3 Redação empresarial: passo a passo no


desenvolvimento de textos
Ao produzir um texto, o primeiro aspecto dessa produção se refere à forma
estrutural de escrevê-lo — ou seja, é preciso selecionar o formato e o estilo de
linguagem que serão adotados em sua produção. Segundo Stacheski (2010),
esses diferentes formatos textuais são denominados gêneros textuais e repre-
sentam sua estrutura, organização e linguagem.
Nesse sentido, a comunicação escrita de uma organização pode assumir
diferentes formatos, mas todos eles vão refletir a imagem e o posicionamento
da empresa. Por isso, segundo Stacheski (2010), é essencial realizar a produção
textual dessas informações com atenção e cuidado. “A redação administrativa
deve primar pela concisão e precisão vocabular. A preocupação principal do
escritor deve ser com a informação e o receptor” (STACHESKI, 2010, p. 42).
Por isso, recomenda-se o uso de denotação, de palavras simples e conhecidas,
de textos sem adjetivação excessiva ou muitos advérbios, bem como evitar o
uso de estrangeirismo ou conjunções impertinentes. Outra recomendação da
autora é evitar o uso de gírias ou de linguagem prolixa (STACHESKI, 2010).
Para a produção de texto empresarial como cartas, circulares, memoran-
dos, ofícios, requerimentos e telegramas, Stacheski (2010) aponta algumas
orientações, descritas a seguir.

 Incluir cabeçalho com a identificação da organização.


 Usar vocativo, nos casos de correspondências direcionadas a alguém
ou a algum setor.
 As correspondências devem utilizar um padrão de texto conciso, com
coerência e clareza.
 Ter atenção ao uso da norma culta.
 Evitar gírias, jargões, estrangeirismos ou linguagem rebuscada.
 O objetivo é informar, portanto, as informações devem ser objetivas
e precisas.
 Verificar a possibilidade de simplificar o texto, evitando expressões
longas como: “No decorrer de todo o ano”, “Segue anexo a esta”, “Na
expectativa de” etc.
 Ao finalizar a correspondência, deve-se utilizar um fechamento, com
expressões como: “atenciosamente”, “com respeito e atenção”, “sau-
dações”, “cordialmente”, “aguardamos o seu retorno”, “apreciaremos
sua resposta” etc.
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Vejamos na prática como a aplicação dos princípios fundamentais de coesão,


coerência, clareza, concisão e adequação à norma culta são essenciais para a
compreensão de uma mensagem.

Comunicado 1
“Tendem a ter os teclados de pessoas hirsutas, às
quais não podemos impedir que assim o sejam,
folículos capilares depositados sobre si, o que
demanda que elas sejam conspícuas na solicitação
telefônica de reparos” (BOTELHO, 2010, p. 39).

Verifica-se nesse comunicado que a mensagem transmitida é de difícil


compreensão por dois fatores primordiais: falta de clareza e falta de objetividade
na mensagem. Além disso, a linguagem rebuscada faz com que a informação
principal não fique evidente. De acordo com Botelho (2010), outros problemas
apresentados pelo enunciado são: escolha de frases longas, orações em ordem
indireta e palavras prolixas, o que gera ambiguidades. Confira a sugestão do
autor para melhorar o comunicado.

Comunicado 2
“Prezados,
O acúmulo de cabelos em teclados de
microcomputadores pode causar defeitos. Solicitem
apoio da equipe de manutenção, para limpeza,
pelo ramal 5555” (BOTELHO, 2010, p. 39).

As alterações na escolha da linguagem, a eliminação de palavras difíceis


e que não integram o vocabulário diário das pessoas, bem como a construção
das frases em ordem direta, com sujeito, verbo e predicado, auxiliam na rá-
pida compreensão da mensagem, tornando-a mais clara. Outro aspecto que é
fundamental na produção textual das empresas é concisão, conforme destaca
Botelho (2010); a clareza, a concisão e a objetividade andam lado a lado para a
construção de textos empresariais mais efetivos. Isso porque as pessoas estão
cada vez mais ocupadas, e escrever uma mensagem que se atente a esses prin-
cípios é de bom-tom em qualquer situação profissional, seja em documentos,
relatórios e até em mensagens eletrônicas, como e-mail ou WhatsApp.
Vejamos a seguir o exemplo de um e-mail que pode acabar sendo ignorado
ou acarretar inúmeros problemas de comunicação dentro da empresa.
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E-mail 1
Olá!
Temos conversado muito sobre todas as características
peculiares dos nossos representantes, que são logicamente
diferentes entre si, e chegamos a um ponto em que será
necessário reunir todos para um levantamento final de
expectativas e em conjunto definirmos uma estratégia
para que todos falemos a mesma linguagem, em benefício
dos nossos clientes e até do público interno, porque
todos sabemos que o cliente interno é tão importante
quanto o cliente externo (BOTELHO, 2010, p. 40).

Embora o texto utilize de forma adequada as regras gramaticais e a norma


culta da língua, além de coesão e coerência, ele não é objetivo nem conciso.
Ou seja, há um excesso de palavras que acabam por confundir o leitor, fazendo
com que, ao fim da mensagem, ele não consiga interpretar qual é, afinal, a
resposta pretendida. Assim como destaca Botelho (2010), nesse exemplo, é
possível identificar a escolha de uma linguagem cansativa e tediosa, em uma
mensagem que detalha poucos aspectos importantes para o leitor, reforçando
desnecessariamente algo que já foi dito e não evidenciando a informação
principal, que, nesse caso, é convocar uma reunião com os representantes.
O texto ficaria mais compreensível se fosse redigido da seguinte forma
(BOTELHO, 2010):

E-mail 2
Olá!
A empresa precisa unificar a estratégia de comunicação
dos representantes com os nossos clientes internos
e externos. Por isso, convocamos uma reunião para
a próxima sexta-feira, às 15h, em nossa matriz.
Att.,
Fulano de Tal

No segundo modelo, é possível verificar que a linguagem escolhida é mais


direta. Além disso, a construção da mensagem é baseada nas premissas de
concisão, clareza, objetividade, coesão e coerência, além de atenção à norma
culta da língua. Isso facilita a compreensão da mensagem de forma eficaz e
deixa evidente a ação que deve ser tomada com a mensagem: a marcação de
uma reunião em determinada data, horário e local.
Redação empresarial 15

Esses exemplos demonstram a importância dos princípios de coesão, coe-


rência, objetividade, clareza, concisão e adequação à norma culta nas diversas
formas textuais empresariais. O conhecimento do estilo de linguagem ade-
quado ao contexto organizacional é fundamental para a atuação de qualquer
profissional. É importante também destacar que o texto se constitui como uma
das principais ferramentas de trabalho dos profissionais de comunicação; daí
a importância da competência textual e do respeito aos princípios textuais
tratados neste capítulo.

ANDRADE, C. T. de S. Para entender relações públicas. 4. ed. São Paulo: Loyola, 1993.
BOTELHO, J. M. Redação empresarial sem mistérios: como escrever textos para realizar
suas metas. São Paulo: Editora Gente, 2010.
CESCA, C. G. G. Comunicação dirigida escrita na empresa: teoria e prática. 3. ed. São
Paulo: Summus, 1995.
CESCA, C. G. C. Comunicação eletrônica: as transformações nas organizações. Revista
FAMECOS, Porto Alegre, v. 11, n. 25, p. 168-173, dez. 2004. Disponível em: http://revis-
taseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/3294/2552. Acesso
em: 21 abr. 2020.
FLATLEY, M.; RENTZ, K.; LENTZ, P. Comunicação empresarial. 2. ed. Porto Alegre: AMGH,
2015.
FORTES, W. G. Relações públicas: processos, funções, tecnologia e estratégias. 2. ed.
São Paulo: Summus, 2003.
GOLD, M. Redação empresarial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
KUNSCH, M. M. K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 5. ed.
São Paulo: Summus, 2003.
LIMA, A. O. Manual de redação oficial: teoria, modelos e exercícios. 2. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005.
STACHESKI, D. R. Comunicação empresarial e correspondência. Curitiba: IESDE Brasil
S.A., 2010.
16 Redação empresarial

Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Dica do professor
No âmbito da oralidade, a linguagem coloquial e cotidiana é comum
no ambiente das organizações, mas, ao redigir textos institucionais, essa linguagem não é adequada
e, como resultado, pode gerar confusões de interpretação. Nesses casos, é recomendado o uso
da linguagem formal.

No entanto, o estilo de linguagem adotado nas redações empresariais vem se alterando ao longo
dos anos. Observa-se um processo de modernização nessas produções textuais e opções mais
criativas
de se comunicar.

Nesta Dica do Professor, veja as definições e as diferenças entre o


estilo formal e informal da língua escrita no contexto das organizações.

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Exercícios

1) Os últimos anos trouxeram muitas mudanças na linguagem, no estilo e no formato de se


comunicar dentro das organizações. Esse processo de modernização de estilo e linguagem
das correspondências empresariais teve início com o fenômeno da globalização e,
consequentemente, o aumento da competitividade entre empresas. Como reflexo dessa
nova exigência, passou-se a utilizar a eliminação de explicações excessivas e de
redundâncias, como uma estratégia inteligente, dando espaço para uma produção textual
diferenciada e moderna.

Sobre o estilo e a linguagem da redação empresarial, assinale a alternativa correta:

A) As organizações não devem modernizar o estilo de seus textos, a fim de se tornarem mais
transparentes.

B) As pessoas dentro das organizações têm capacidade e grande interesse para ler textos
complexos.

C) As mensagens com falta de clareza auxiliam na compreensão do destinatário e do emissor.

D) As mensagens escritas modernas são produções textuais que visam à objetividade, à clareza e
à concisão.

E) As mensagens mal escritas são resultado de produções textuais com objetividade, concisão e
coerência.

2) A redação empresarial pode ser considerada uma importante estratégia de gestão,


principalmente no contexto de um mercado globalizado e cada vez mais exigente. A partir da
ampla abertura dos canais de comunicação corporativa ao redor do globo, as empresas que
adotam linguagem e estilo linguístico corretos e adequados, adaptando-se de acordo com os
cenários, tendem a ser protagonistas e a se destacar no mercado.

Sobre a escolha dos estilos de linguagem no âmbito das organizações, assinale a alternativa
correta:

A) O texto corporativo não pode ser considerado um instrumento de endomarketing.

B) Objetividade e frases rebuscadas são características de textos organizacionais.

C) A eficácia de um texto não depende da correção gramatical e ortográfica.


D) A linguagem informal em um texto corporativo é mais moderna e facilita a compreensão das
mensagens.

E) O vocabulário utilizado em um texto corporativo depende do público da mensagem.

3) Para se comunicar e divulgar suas informações, as organizações desenvolvem mecanismos e


modelos de padronização em seus canais de comunicação, valendo-se de veículos ou
instrumentos de comunicação orais, escritos, gráficos, audiovisuais e até mesmo virtuais.
Nesse sentido, a redação empresarial está, normalmente, ligada aos instrumentos de
comunicação escritos.

Sobre as principais formas de redação empregada nas empresas, assinale a alternativa


correta:

A) Em um relatório, convém adotar um estilo linguístico mais culto, como a linguagem literária.

B) Em qualquer texto corporativo, deve-se seguir as normas gramaticais e ortográficas vigentes.

C) No ofício, por se tratar de um documento interdepartamental, convém o uso da linguagem


informal.

D) No e-mail entre colegas de setor ou departamento, deve-se utilizar uma linguagem informal
com gírias e afins.

E) Em um memorando, a correção gramatical não é tão importante quanto o conteúdo das


informações.

4) Determinadas possibilidades de comunicação entre a organização e seus públicos requerem


a adoção de parâmetros escritos que normatizem as políticas e as diretrizes organizacionais
para todos os grupos envolvidos. Essa documentação deve ser redigida de forma objetiva e
clara, para que não deixe dúvidas ou ambiguidades de interpretação, facilitando sua
aplicabilidade.

Esse trecho está se referindo a qual instrumento de comunicação?

A) Memorando.

B) Ofício.

C) Regulamento.

D) Manual.
E) Requerimento.

5) O comunicado está entre os textos de divulgação mais utilizados no contexto


organizacional. Ele se caracteriza como uma comunicação curta, de caráter oficial, que
apresenta informações, resoluções ou indicações da empresa. Normalmente, é fixado em
locais especiais no interior das organizações, para atrair a atenção dos colaboradores e
disseminar seu conteúdo.

Das opções a seguir, assinale aquela que apresenta corretamente um comunicado com
linguagem empresarial moderna:

A) COMUNICADO 1: Comunicamos, através deste, que os clientes reclamaram de esperar.


Estão indo para a concorrência. O país está passando por dificuldades, por isso o almoço será
às 11h e às 12h. Alguns irão às 11h e outros às 12h. Isso começará a partir do mês de março.

B) COMUNICADO 2: A fim de evitar que ocorra prejuízo no atendimento, comunicamos a todos


os funcionários que, a partir do mês de março, teremos dois horários de almoço: o primeiro às
11h e o segundo às 12h. Os funcionários poderão escolher seu horário, mantendo o cuidado
de não deixar o departamento desfalcado para o atendimento aos clientes.

C) COMUNICADO 3: Comunicamos a vós que, a partir de março, por motivos de produtividade


e obedecendo à vossa política de qualidade, tereis dois horários de almoço e não podeis
deixar setores vazios, como vem ocorrendo. Assim, alguns sairão para almoçar às 11h e
outros sairão às 12h.

D) COMUNICADO 4: Comunicamos a todos os funcionários que por motivo de produtividade e


obediência a nossa política de qualidade, a partir de março teremos dois horários de almoço,
não podendo mais os setores ficarem vazios, como vem ocorrendo, e muitas vezes os clientes
chegam e ficam horas esperando por atendimento. Assim, um grupo sairá às 11h e outro às
12h.

E) COMUNICADO 5: Fala, galera! Tá rolando muita reclamação da clientela por demora no


atendimento na hora do rango, e isso está causando o maior caô com a diretoria. Para
melhorar o esquema dessa parada, uns parças irão sair às 11h pro almoço, já o resto espera a
galera voltar e sai depois, às 12h.
Na prática
A redação empresarial é um importante recurso de divulgação e promoção das organizações. Mas,
para que exerça a função de
informar e angariar uma opinião pública favorável, é preciso que
ela seja adaptável aos diferentes contextos e públicos.

Na Prática, acompanhe uma situação em que a adequação da linguagem e dos formatos textuais
mais frequentes dentro das organizações fez toda a diferença para a construção da imagem
organizacional.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Produção de conteúdo para as mídias sociais


Produzir textos para as mídias sociais exige o desenvolvimento de algumas habilidades. Assista a
este vídeo para entender que habilidades são essas.

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Erros na redação empresarial


Neste vídeo, você poderá ver esclarecimentos de alguns erros comuns encontrados na redação
empresarial. Aproveite.

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