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Curso de Licenciatura em Ensino de Física
Seminário 2 de Física Moderna

1. Porque a natureza ondulatória da matéria não e evidente em nossas observações diárias?


O comportamento ondulatório de uma partícula clássica pode ser obtido assumindo – se
𝑚 → ∞ na fórmula de De Broglie? Explique.
A natureza ondulatória da matéria é uma das descobertas fundamentais da física quântica. Ela
sugere que partículas subatômicas, como elétrons e prótons, não possuem apenas uma natureza
de partícula, mas também um comportamento ondulatório. Isso significa que elas podem se
comportar como ondas, que se propagam e interferem entre si, e não apenas como partículas que
têm uma posição e velocidade definidas.
No entanto, essa natureza ondulatória não é evidente em nossas observações diárias porque ela se
manifesta apenas em escalas subatômicas. A mecânica quântica, que descreve o comportamento
das partículas subatômicas, é uma teoria que difere significativamente da mecânica clássica, que
é usada para descrever objetos macroscópicos. Por isso, os efeitos quânticos são em geral
invisíveis no mundo macroscópico.
Quanto à segunda parte da pergunta, não é possível obter um comportamento ondulatório de uma
partícula clássica, mesmo assumindo que sua massa seja infinita. A fórmula de De Broglie, que
relaciona a massa de uma partícula com seu comprimento de onda, é uma consequência direta da
mecânica quântica, e não pode ser aplicada a partículas clássicas. O comportamento ondulatório
é uma característica fundamental das partículas quânticas, e não pode ser reproduzido por
partículas clássicas

2. A difração de eletrões pode ser utilizada para se estudar a estrutura de sólidos cristalinos?
Explique.

Sim, a difração de elétrons pode ser utilizada para se estudar a estrutura de sólidos cristalinos, e
essa técnica é conhecida como Difração de Elétrons por Cristal (DE).
A difração de elétrons é um fenômeno em que um feixe de elétrons incidente em um material
passa através dele e sofre desvio em várias direções devido à interação com a estrutura do
material. Esse desvio resulta na formação de um padrão de difração que pode ser registrado em
um detector, como um filme fotográfico ou um detector eletrônico.

ALEXANDRE GUILUNDO
Em um sólido cristalino, os átomos estão arranjados em uma rede cristalina tridimensional, com
uma disposição regular e periódica de átomos. A difração de elétrons ocorre quando os elétrons
incidentes interagem com essa rede de átomos e sofrem desvio. A intensidade e o padrão de
difração resultantes dependem da estrutura cristalina do material, incluindo o tamanho e a
orientação dos planos cristalinos.
A técnica de DE é especialmente útil para determinar a estrutura cristalina de materiais em
escalas nanométricas, que são difíceis de estudar por outras técnicas, como a difração de raios X.
Além disso, a DE é capaz de fornecer informações sobre a orientação dos cristais em relação à
superfície do material, o que é importante para o estudo de materiais em filmes finos ou
superfícies.
Em resumo, a difração de elétrons é uma técnica poderosa para o estudo da estrutura cristalina de
materiais em escalas nanométricas e para a análise de materiais em filmes finos ou superfícies

3. Afinal de contas o que é um eletrão, uma partícula ou uma onda? Explique.

O elétron é uma partícula subatômica com carga elétrica negativa e massa extremamente
pequena. A dualidade onda-partícula é um conceito importante na física quântica, que sugere que
todas as partículas subatômicas, incluindo elétrons, têm uma natureza tanto de partícula quanto
de onda.
Em certas situações, o elétron pode se comportar como uma onda. Especificamente, o elétron
possui uma propriedade conhecida como comprimento de onda de De Broglie, que está
relacionada à sua massa e velocidade. Quando um elétron é acelerado, ele pode se comportar
como uma onda e sofrer interferência, como acontece na difração de elétrons por um cristal.
Esses fenômenos são descritos pela teoria da mecânica quântica, que é a teoria que descreve o
comportamento das partículas subatômicas.
No entanto, em outras situações, o elétron pode se comportar como uma partícula, com uma
posição definida e uma trajetória determinada. Por exemplo, quando um elétron é detectado em
um detector de elétrons, ele é observado como uma partícula individual, não como uma onda.
Em resumo, o elétron é uma partícula subatômica com carga elétrica negativa e massa
extremamente pequena. De acordo com a teoria da mecânica quântica, ele possui uma natureza
dual, podendo se comportar tanto como partícula quanto como onda, dependendo das condições
experimentais.

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4. Observa-se a difração dos raios X num cristal cuja constante de rede cristalina 𝑑 = 2,8 ∙
10−8 𝑐𝑚. Determine a energia e o impulso dos fotões de raios x, se a primeira reflexão
tem lugar quando o ângulo de incidência e 𝜃 = 74 °.

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5. O espaçamento planar em um cristal de cloreto de potássio é 𝑑 = 3,14𝐴0 . Compare o
angulo de reflexão de Bragg de primeira ordem, por esses planos, de eletrões com energia
cinética 40𝐾𝑒𝑉 com o de fotões com energia de 40𝐾𝑒𝑉. 𝑔

6. Determine o comprimento de onda de De Broglie para:


a) Um corpo de massa 𝑚 = 1𝑔 que se move com a velocidade 𝑣 = 10𝑚/𝑠.
b) Um eletrão, acelerado num campo eléctrico com a diferença de potencial 𝑈 = 100𝑉.
Resp a) 7 ∙ 10−32 𝑚 𝑏) 1.22

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7. Determine a energia e o impulso de:
a) Um fotão de comprimento de onda 𝜆 = 0,1𝑛𝑚.
b) Um electrão cujo comprimento de onda de De Broglie tem o mesmo valor.
Resp: 𝐸𝛾 = 12,4𝑘𝑒𝑉 ; 𝑝𝛾 = 6,6 ∙ 10−24 ; 𝐸𝑒 = 154𝑒𝑉 , 𝑝𝑒 = 6,6 ∙ 10−24

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8. Determine o numero de onda K e o comprimento de onda de De Broglie dum electrão
não relativisto com a energia cinética 𝐸𝑐 = 240𝑒𝑉. Resp: 0,079𝑛𝑚.

9. O comprimento de onda da emissão espectral amarela do sódio é 𝜆 = 5890𝐴𝑂 . Com que


energia cinética um eletrão teria o mesmo comprimento de onda de De Broglie?

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10. Determine a incerteza na medida da velocidade de uma partícula quando a incerteza na
medida de sua posição é aproximadamente igual ao seu comprimento de onda de De
𝑣
Broglie. Resp: ∆𝑣 = .
2𝜋

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11. Usando a ideia de De Broglie que uma micropartícula livre não relativista pode ser
comparada com uma onda plana na forma 𝜓 = 𝑎𝑒 −𝑖(𝜔𝑡−𝑘𝑥) . Deduza a equação de
Sch𝑟𝑜̈ dinger para o caso unidimensional.

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12. Considere um eletrão confinado em uma caixa unidimensional de paredes refletoras de
largura igual a 𝐿 = 10−10 𝑚 (de tamanho de um átomo típico). Determine uma expressão
para a energia cinética do eletrão na caixa. Qual e o primeiro nível energético deste
sistema?

13. Admita que um eletrão em uma caixa de 𝐿 = 10−10 𝑚 esteja no estado n 𝑛 = 2 e que
decaia para o estado de energia mais baixo, emitindo um fotão. Qual seria o comprimento
de onda deste fotão?

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14. Suponha que uma partícula de energia E esteja confinada num poço potencial como
mostra a figura. No interior do poço a energia potencial 𝑈1 (é uma quantidade negativa
neste problema).
𝑑2𝜓
a) Qual é da partícula no interior do posso?
𝑑𝑥 2
b) Quais são as energias 𝐸𝑛 ?
15. Uma partícula esta no estado principal num poço potencial retangular de comprimento l
de paredes refletoras (0 < 𝑥 < 𝑙 ) determine a probabilidade de encontrar – se a partícula
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na região 𝑙<𝑥< 𝑙.
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