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1. Apresentar o que dispõe o CEM sobre erro médico.

vedado ao m dico:
Art. 1. Causar dano ao paciente, por a o ou omiss o, caracteriz vel como imper cia,
imprud ncia ou neglig ncia.
Par grafo nico. A responsabilidade m dica sempre pessoal e n o pode ser presumida.
Art. 2. Delegar a outros pro ssionais atos ou atribui es exclusivas da pro ss o m dica.
Art. 3. Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento m dico que indicou ou do qual
participou, mesmo quando v rios m dicos tenham assistido o paciente.
Art. 4. Deixar de assumir a responsabilidade de qualquer ato pro ssional que tenha praticado ou
indicado, ainda que solicitado ou consentido pelo paciente ou por seu representante legal.
Art. 5. Assumir responsabilidade por ato m dico que n o praticou ou do qual n o participou.
Art. 6. Atribuir seus insucessos a terceiros e a circunst ncias ocasionais, exceto nos casos em
que isso possa ser devidamente comprovado.
Art. 7. Deixar de atender em setores de urg ncia e emerg ncia, quando for de sua obriga o
faz -lo, expondo a risco a vida de pacientes, mesmo respaldado por decis o majorit ria da
categoria.
Art. 8. Afastar-se de suas atividades pro ssionais, mesmo temporariamente, sem deixar outro
m dico encarregado do atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave.
Art. 9. Deixar de comparecer a plant o em hor rio preestabelecido ou abandon -lo sem a
presen a de substituto, salvo por justo impedimento.
Par grafo nico. Na aus ncia de m dico plantonista substituto, a dire o t cnica do
estabelecimento de sa de deve providenciar a substitui o.
Art. 10. Acumpliciar-se com os que exercem ilegalmente a medicina ou com pro ssionais ou
institui es m dicas nas quais se pratiquem atos il citos.
Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ileg vel, sem a devida identi ca o
de seu n mero de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdi o, bem como
assinar em branco folhas de receitu rios, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos
m dicos.
Art. 12. Deixar de esclarecer o trabalhador sobre as condi es de trabalho que ponham em risco
sua sa de, devendo comunicar o fato aos empregadores respons veis.
Par grafo nico. Se o fato persistir, dever do m dico comunicar o ocorrido s autoridades
competentes e ao Conselho Regional de Medicina.
Art. 13. Deixar de esclarecer o paciente sobre as determinantes sociais, ambientais ou
pro ssionais de sua doen a.
Art. 14. Praticar ou indicar atos m dicos desnecess rios ou proibidos pela legisla o vigente no
Pa s.
Art. 15. Descumprir legisla o espec ca nos casos de transplantes de rg os ou de tecidos,
esteriliza o, fecunda o arti cial, abortamento, manipula o ou terapia gen tica.
§ 1.o No caso de procria o medicamente assistida, a fertiliza o n o deve conduzir
sistematicamente ocorr ncia de embri es supranumer rios.
§ 2.o O m dico n o deve realizar a procria o medicamente assistida com nenhum dos
seguintes objetivos:
I – criar seres humanos geneticamente modi cados;
II – criar embri es para investiga o;





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III – criar embri es com nalidades de escolha de sexo, eugenia ou para originar h bridos ou
quimeras.
§ 3.o Praticar procedimento de procria o medicamente assistida sem que os participantes
estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o m todo.
Art. 16. Intervir sobre o genoma humano com vista sua modi ca o, exceto na terapia g nica,
excluindo-se qualquer a o em c lulas germinativas que resulte na modi ca o gen tica da
descend ncia.
Art. 17. Deixar de cumprir, salvo por motivo justo, as normas emanadas dos Conselhos Federal
e Regionais de Medicina e de atender s suas requisi es administrativas, intima es ou
noti ca es no prazo determinado.
Art. 18. Desobedecer aos ac rd os e s resolu es dos Conselhos Federal e Regionais de
Medicina ou desrespeit -los.
Art. 19. Deixar de assegurar, quando investido em cargo ou fun o de dire o, os direitos dos
m dicos e as demais condi es adequadas para o desempenho tico-pro ssional da medicina.
Art. 20. Permitir que interesses pecuni rios, pol ticos, religiosos ou de quaisquer outras ordens,
do seu empregador ou superior hier rquico ou do nanciador p blico ou privado da assist ncia
sa de inter ram na escolha dos melhores meios de preven o, diagn stico ou tratamento
dispon veis e cienti camente reconhecidos no interesse da sa de do paciente ou da sociedade.
Art. 21. Deixar de colaborar com as autoridades sanit rias ou infringir a legisla o pertinente.

2. Apresentar o que dispõe o Código Civil e o Código Penal sobre erro pro ssional.
Código Civil - LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

DOS ATOS ILÍCITOS

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu m econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, ca obrigado a
repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especi cados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a


duração provável da vida da vítima.


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Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao m da convalescença, além de algum
outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou
pro ssão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao m da convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e
paga de uma só vez.

Art. 951. O disposto nos Arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por
aquele que, no exercício de atividade pro ssional, por negligência, imprudência ou imperícia,
causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.

C digo Penal
Art. 18. Diz-se o crime: (...);
II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprud ncia, neglig ncia ou imper cia.
Art. 61. S o circunst ncias que sempre agravam a pena, quando n o constituem ou quali cam o
crime: (...)
II – ter o agente cometido o crime: (...)
g) com abuso de poder ou viola o de dever inerente a cargo, of cio, minist rio ou pro ss o; (...)
Art. 121. Matar algu m:
Pena – reclus o, de seis a vinte anos. (...).
§ 3.o Se o homic dio culposo:
Pena – deten o, de um a tr s anos.
§ 4.o No homic dio culposo, a pena aumentada de 1/3 (um ter o), se o crime resulta de
inobserv ncia de regra t cnica de pro ss o, arte ou of cio, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro v tima, n o procura diminuir as consequ ncias do seu ato, ou foge para evitar
pris o em agrante. Sendo doloso o homic dio, a pena aumentada de 1/3 (um ter o) se o crime
praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

3. Apresentar os elementos indispensáveis para a caracterização do erro médico


apontando aqueles que precisam ser de nidos pericialmente.

Para caracterizar um erro médico, vários elementos devem ser considerados e, em muitos casos,
precisam ser de nidos por meio de avaliação pericial. Alguns desses elementos indispensáveis
incluem:

• Padrão de Cuidado: É necessário estabelecer o padrão de cuidado esperado para a


situação especí ca. Isso envolve determinar o que um médico razoável e prudente faria
nas mesmas circunstâncias, com base em práticas médicas aceitas e evidências
cientí cas.
• Desvio do Padrão de Cuidado: O próximo passo é determinar se houve um desvio do
padrão de cuidado estabelecido. Isso signi ca avaliar se o médico agiu de maneira


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diferente do que seria esperado de um pro ssional quali cado em circunstâncias
semelhantes.
• Causalidade: É necessário estabelecer uma ligação causal entre o erro médico e o dano
sofrido pelo paciente. Em outras palavras, é preciso demonstrar que o erro médico foi a
causa direta ou contribuinte para o dano.
• Dano ao Paciente: Deve-se avaliar a extensão do dano sofrido pelo paciente como
resultado do erro médico. Isso pode incluir danos físicos, emocionais, nanceiros ou outros
prejuízos relacionados à saúde.
• Relação de Causa e Efeito: É fundamental estabelecer uma relação direta entre o erro
médico e o dano sofrido pelo paciente, demonstrando que o dano não teria ocorrido na
ausência do erro.
• Evidências Documentais e Testemunhais: As evidências documentais, como registros
médicos, exames, relatórios e anotações, bem como depoimentos de testemunhas, podem
ser cruciais para a caracterização do erro médico.
• Avaliação por Peritos: Em muitos casos, é necessário o parecer de peritos médicos para
avaliar os elementos acima e determinar se ocorreu um erro médico. Os peritos podem ser
chamados para revisar o caso, analisar as evidências disponíveis e fornecer uma opinião
especializada sobre o assunto.

Em resumo, a caracterização do erro médico geralmente requer uma análise cuidadosa de


múltiplos elementos, muitas vezes realizada por meio de avaliação pericial, para determinar se
houve um desvio do padrão de cuidado aceitável e se esse desvio causou dano ao paciente.

4. Apresentar as modalidades de culpa de acordo com o CEM.

O Código de Ética Médica (CEM) no Brasil não especi ca categorias de culpa de forma direta,
como em um código penal, por exemplo. No entanto, ele estabelece princípios éticos que são
aplicáveis em casos de erro médico ou conduta inadequada. A culpabilidade pode ser inferida a
partir da violação desses princípios éticos. Algumas das modalidades de culpa que podem ser
consideradas à luz do Código de Ética Médica incluem:

• Imprudência: Refere-se à falta de cautela, diligência ou precaução por parte do médico no


exercício de sua prática. Isso pode ocorrer quando um médico age sem considerar
adequadamente os riscos envolvidos ou não toma as precauções necessárias para evitar
danos ao paciente.
• Negligência: Refere-se à omissão do médico em cumprir com seus deveres pro ssionais.
Isso pode incluir a falha em fornecer cuidados adequados, não realizar os procedimentos
necessários ou não acompanhar devidamente o estado do paciente.
• Imperícia: Refere-se à falta de habilidade ou competência técnica por parte do médico.
Isso pode ocorrer quando um médico realiza um procedimento para o qual não está
devidamente treinado ou não possui a expertise necessária, resultando em danos ao
paciente.
• Inobservância de Princípios Éticos: Refere-se à violação de princípios éticos
fundamentais estabelecidos no Código de Ética Médica, como a preservação da vida, a
con dencialidade, a honestidade, entre outros. Isso pode incluir condutas antiéticas, como
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falta de respeito à autonomia do paciente, violação de sigilo médico, ou falta de
transparência sobre erros médicos.

É importante ressaltar que a avaliação da culpa em casos de erro médico geralmente envolve
uma análise detalhada das circunstâncias especí cas do caso, incluindo o padrão de cuidado
esperado, a conduta do médico e os danos causados ao paciente. Em muitos casos, a
determinação da culpa é realizada por meio de processos legais, com base em evidências e
pareceres de especialistas. O Código de Ética Médica fornece diretrizes gerais sobre conduta
ética, mas a responsabilização por erros médicos pode ocorrer tanto no âmbito ético quanto no
âmbito legal.

5. Situar o "erro médico" no espectro dos "resultados adversos"

O "erro médico" pode ser considerado uma das várias categorias de "resultados adversos" na
prática médica.

Os resultados adversos referem-se a qualquer resultado indesejado que ocorre como


consequência de uma intervenção médica, seja ela um tratamento, um procedimento cirúrgico,
um diagnóstico ou qualquer outra ação relacionada à saúde.

Dentro do espectro dos resultados adversos, o "erro médico" é uma categoria especí ca que se
refere a uma ação incorreta ou inadequada por parte de um pro ssional de saúde durante o
cuidado do paciente. Isso pode incluir diagnósticos incorretos, prescrições inadequadas, erros
durante procedimentos cirúrgicos, falhas na comunicação entre pro ssionais de saúde, entre
outros.

Além do erro médico, outros tipos de resultados adversos na prática médica podem incluir:

• Complicações Esperadas: Resultados adversos que são conhecidos e aceitos como


possíveis consequências de uma intervenção médica legítima. Por exemplo, complicações
após uma cirurgia são consideradas complicações esperadas.
• Eventos Adversos Preveníveis: São resultados adversos que poderiam ter sido evitados
com medidas de segurança adequadas. Isso pode incluir erros de medicação, infecções
hospitalares e quedas de pacientes.
• Eventos Adversos Não Preveníveis: São resultados adversos que ocorrem apesar de
todos os esforços adequados para preveni-los. Por exemplo, uma reação alérgica
imprevisível a um medicamento pode ser considerada um evento adverso não prevenível.
• Danos Iatrogênicos: Refere-se a danos causados ao paciente como resultado direto da
intervenção médica, mesmo que a intervenção tenha sido realizada corretamente. Por
exemplo, danos causados por efeitos colaterais de medicamentos.

O "erro médico" é considerado uma preocupação particularmente séria porque pode resultar em
danos signi cativos aos pacientes e à sua con ança no sistema de saúde. Portanto, é crucial
que os pro ssionais de saúde estejam cientes dos riscos e trabalhem para prevenir erros
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médicos sempre que possível, adotando práticas seguras, comunicação e caz e aprendizado
contínuo.

6- Explicar o que signi ca dizer que a responsabilidade médica é sempre pessoal e não
pode ser presumida.

Dizer que a responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida signi ca que,
em questões de ética e legalidade, a responsabilidade por ações ou omissões relacionadas à
prática médica recai sobre o indivíduo especí co que tomou a decisão ou realizou a ação, e não
sobre uma entidade genérica, como uma instituição de saúde ou um grupo de pro ssionais.

Essa a rmação enfatiza que cada médico é pessoalmente responsável por suas ações e
decisões no cuidado dos pacientes. Em outras palavras, a responsabilidade médica não pode ser
transferida automaticamente para outra pessoa ou entidade, nem pode ser presumida sem uma
análise especí ca do caso.

Isso implica que, em casos de erro médico ou conduta inadequada, é necessário investigar
individualmente o papel de cada pro ssional de saúde envolvido para determinar se houve
negligência, imprudência, imperícia ou outra forma de violação dos padrões éticos e legais.

Essa abordagem visa garantir que a responsabilidade seja atribuída de forma justa e precisa,
levando em consideração as circunstâncias especí cas de cada caso. Também serve como um
incentivo para que os médicos mantenham altos padrões de prática pro ssional e ética, sabendo
que são pessoalmente responsáveis por suas ações e decisões no cuidado aos pacientes.

7- Responder se há necessidade de dano concreto para responsabilizar eticamente o


médico.

A necessidade de dano concreto para responsabilizar eticamente um médico pode variar


dependendo do contexto e dos princípios éticos em questão. Em muitos casos, a ética médica
considera a possibilidade de responsabilização mesmo na ausência de dano concreto,
especialmente se a conduta do médico representar uma violação grave dos princípios éticos ou
do padrão de cuidado esperado.

Por exemplo, o médico pode ser responsabilizado ética e pro ssionalmente se for determinado
que ele agiu com imprudência, negligência ou imperícia, independentemente de ter causado
dano direto ao paciente. Se suas ações colocarem em risco a saúde ou a segurança do
paciente, isso pode ser considerado uma violação ética, mesmo que nenhum dano seja
observado imediatamente.

A responsabilidade ética do médico também pode ser avaliada com base na conformidade com
os padrões de conduta pro ssional estabelecidos. Se um médico violar os princípios éticos,
mesmo que não haja dano direto ao paciente, ele ainda pode ser considerado responsável
perante as normas pro ssionais e éticas.
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No entanto, é importante observar que a existência de dano concreto muitas vezes desempenha
um papel crucial em processos disciplinares, processos judiciais ou outras formas de
responsabilização legal. O dano pode ser utilizado como evidência da gravidade da conduta
inadequada e das consequências negativas para o paciente.

Em resumo, embora o dano concreto possa ser relevante em alguns aspectos da


responsabilização médica, a ética médica também considera a possibilidade de
responsabilização com base na conduta do médico e na conformidade com os padrões éticos,
independentemente da presença de dano direto ao paciente.

8. De nir "erro médico". "erro médico de diagnóstico" e "erro médico de conduta".

Erro Médico
Um erro médico ocorre quando um pro ssional comete um engano ou falha durante o cuidado de
um paciente.
Isso pode incluir diagnósticos incorretos, erros de medicação, complicações durante
procedimentos cirúrgicos, falhas na comunicação entre pro ssionais de saúde, entre outros.
O erro médico pode resultar em danos físicos, emocionais, nanceiros ou outros prejuízos para o
paciente.

Erro Médico de Diagnóstico


Ocorre quando um pro ssional falha em identi car corretamente uma condição médica ou em
realizar um diagnóstico preciso do problema de saúde do paciente. Isso pode resultar em
tratamentos inadequados, atrasos no tratamento adequado ou até mesmo na ausência de
tratamento, o que pode levar a complicações ou agravamento da condição do paciente.
Os erros de diagnóstico podem ser causados por uma variedade de fatores, incluindo falta de
experiência, falha em realizar os testes adequados, interpretação inadequada de sintomas.

Erro Médico de Conduta


Refere-se a uma falha do pro ssional de saúde em seguir os padrões aceitáveis de conduta
pro ssional durante o cuidado do paciente. Isso pode incluir negligência, imprudência, imperícia
ou violação de princípios éticos.
Por exemplo, um médico pode ser considerado culpado de erro médico de conduta se não
fornecer cuidados adequados a um paciente, não seguir protocolos estabelecidos ou não
comunicar informações importantes ao paciente. Esse tipo de erro médico pode resultar em
danos ao paciente e é frequentemente avaliado por especialistas e autoridades reguladoras para
determinar a responsabilidade e possíveis consequências legais ou disciplinares.
Essas de nições destacam a importância da precisão, diligência e ética na prática médica,
visando prevenir erros médicos e garantir o melhor cuidado possível para os pacientes.

9. Explicar quando um "erro médico de diagnóstico" é considerado um "erro médico de


conduta"

Um "erro médico de diagnóstico" pode ser considerado um "erro médico de conduta" quando a
falha no diagnóstico é resultado direto de uma conduta inadequada. Em outras palavras, o
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médico não apenas falhou em identi car corretamente a condição médica do paciente, mas
também agiu de maneira negligente, imprudente ou incompetente ao fazê-lo.

Algumas situações em que um "erro médico de diagnóstico" pode ser classi cado como um "erro
médico de conduta":

• Falta de Exame Adequado: Se um médico não solicita os exames ou testes apropriados


para investigar os sintomas apresentados pelo paciente, isso pode ser considerado uma
conduta inadequada. Por exemplo, se um paciente relata sintomas de dor torácica, mas o
médico não pede um eletrocardiograma para descartar problemas cardíacos, isso pode ser
considerado uma falha na conduta pro ssional.
• Interpretação Inadequada de Sintomas: Se um médico interpreta erroneamente os
sintomas apresentados pelo paciente ou não reconhece sinais importantes que indicariam
uma condição médica especí ca, isso pode ser considerado uma falha na conduta. Por
exemplo, se um paciente apresenta sintomas que sugerem câncer, mas o médico descarta
esses sintomas como algo benigno sem realizar exames adicionais, isso pode ser
considerado negligência na conduta médica.
• Falta de Acompanhamento Adequado: Se um médico não realiza um acompanhamento
adequado para monitorar a progressão dos sintomas ou não reavalia o diagnóstico quando
novas informações estão disponíveis, isso pode ser considerado uma falha na conduta
pro ssional. Por exemplo, se um paciente não melhora com o tratamento prescrito e o
médico não reavalia o diagnóstico ou o plano de tratamento, isso pode ser considerado
uma imperícia na conduta médica.

Em resumo, um "erro médico de diagnóstico" se torna um "erro médico de conduta" quando a


falha no diagnóstico é resultado de uma conduta inadequada por parte do pro ssional de saúde,
como falta de exames adequados, interpretação incorreta de sintomas ou falta de
acompanhamento adequado do paciente. Esses erros podem ser considerados violações dos
padrões éticos e pro ssionais da prática médica e podem ter sérias consequências para a saúde
do paciente.

10. Explicar o que signi ca as expressões "imperícia", "negligência" e "imprudência".

São termos comumente usados para descrever diferentes tipos de conduta inadequada que
podem ocorrer na prática médica.

Imperícia

Refere-se à falta de habilidade ou competência técnica na execução de uma determinada tarefa


ou procedimento. Isso pode incluir a incapacidade de realizar adequadamente um procedimento
cirúrgico, diagnosticar uma condição médica, prescrever o tratamento adequado.

Imperícia é quando o pro ssional de saúde não possui o conhecimento ou a habilidade


necessária para realizar uma determinada atividade com o padrão de cuidado esperado.
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Negligência

Quando ocorre falha em cumprir com seus deveres pro ssionais de cuidado e atenção devido a
um paciente. Isso pode incluir a omissão de cuidados necessários, a falta de acompanhamento
adequado do paciente, a não realização de exames ou testes relevantes.

Negligência é quando o pro ssional de saúde não age conforme o padrão de cuidado esperado,
omitindo-se de realizar ações que seriam esperadas de um pro ssional competente na mesma
situação.

Imprudência

Refere-se a uma conduta irresponsável ou descuidada que coloca em risco a saúde ou a


segurança do paciente. Isso pode incluir a realização de ações arriscadas ou perigosas sem
considerar adequadamente as consequências, a falha em seguir protocolos estabelecidos ou
tomar precauções adequadas.

Imprudência é quando age de maneira irresponsável, ignorando os riscos conhecidos ou agindo


de forma descuidada.

11. Apresentar a interpretação de Genival Veloso de França acerca da "imperícia", da


"negligência" e da "imprudência" na classi cação dos erros médicos.

Genival Veloso de França, um renomado médico e jurista brasileiro, contribuiu signi cativamente
para o entendimento e a classi cação dos erros médicos. Segundo sua interpretação

Imperícia

França de ne a imperícia como a falta de conhecimento técnico-cientí co necessário para a


realização de determinado ato médico. Isso envolve a incapacidade do pro ssional de saúde em
aplicar adequadamente os conhecimentos teóricos e práticos exigidos em sua área de atuação.
Por exemplo, um médico que realiza um procedimento cirúrgico sem a habilidade técnica
necessária seria considerado imperito.

Negligência

Refere-se à omissão de atos que deveriam ser realizados por um pro ssional de saúde
competente. Isso pode incluir a falta de atenção devida ao paciente, a não realização de exames
necessários, a não prescrição de tratamentos apropriados. A negligência ocorre quando um
pro ssional de saúde falha em cumprir com seus deveres e obrigações para com o paciente,
resultando em danos ou riscos à sua saúde.
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Imprudência

A realização de um ato médico de forma precipitada, temerária ou descuidada, sem a devida


precaução ou consideração pelas consequências. Isso pode incluir a realização de
procedimentos arriscados sem a devida avaliação dos riscos, a prescrição de tratamentos sem
considerar adequadamente as condições do paciente. A imprudência envolve a tomada de
decisões precipitadas ou descuidadas que podem colocar em risco a saúde ou a segurança do
paciente.

12. De nir se o erro médico é conceitualmente culposo ou se há erro médico doloso.

O erro médico é geralmente considerado um conceito culposo, o que signi ca que ele ocorre
devido à negligência, imprudência ou imperícia por parte do pro ssional de saúde. Nesse
contexto, o erro médico não é intencional, mas sim resultado de uma falha no cumprimento do
padrão de cuidado esperado ou da conduta pro ssional adequada.

Por outro lado, um erro médico doloso implicaria que o pro ssional de saúde agiu
intencionalmente para prejudicar o paciente ou com pleno conhecimento de que sua conduta
causaria dano. No entanto, é extremamente raro e altamente improvável que um médico ou
qualquer outro pro ssional de saúde cometa um erro médico de forma intencional, uma vez que
vai contra os princípios éticos e morais fundamentais da pro ssão médica.

Portanto, na prática e na legislação relacionada à responsabilidade médica, os erros médicos são


amplamente considerados culposos, envolvendo a negligência, a imprudência ou a imperícia do
pro ssional de saúde, e não dolosos. Isso não isenta o pro ssional de responsabilidade pelos
danos causados, mas re ete a natureza não intencional e não maliciosa da maioria dos erros
médicos.

13. Apontar as infrações cometidas no caso dos estudantes que atendiam sem supervisão,
quais as implicações ético-legais para cada um dos envolvidos e a que instâncias devem
ser encaminhadas as diferentes denúncias.

Exercício Ilegal da Medicina: Se os estudantes estavam realizando práticas médicas sem


supervisão adequada de um pro ssional licenciado, isso pode ser considerado exercício ilegal da
medicina. Isso viola as leis e regulamentos que exigem que apenas pro ssionais de saúde
licenciados realizem procedimentos médicos.

Violação do Código de Ética Médica: Os estudantes podem ter violado várias disposições do
Código de Ética Médica, incluindo a obrigação de praticar dentro dos limites de sua competência,
garantir a supervisão adequada durante procedimentos médicos, e respeitar os direitos e a
segurança dos pacientes.

Responsabilidade Civil: Se os pacientes sofreram danos como resultado dos procedimentos


realizados pelos estudantes sem supervisão adequada, os estudantes podem ser
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responsabilizados civilmente pelos danos causados. Isso pode envolver indenização nanceira
para os pacientes afetados.

Responsabilidade Penal: Em casos graves de exercício ilegal da medicina ou negligência grave


que resulte em danos graves aos pacientes, os estudantes podem enfrentar processos criminais
e possíveis penalidades legais, como multas ou até mesmo prisão, dependendo das leis e
regulamentos locais.

Responsabilidade Institucional: As instituições de ensino médico ou os hospitais onde os


estudantes estavam realizando os atendimentos podem enfrentar responsabilidade por falha em
fornecer a supervisão adequada ou em cumprir as regulamentações pertinentes. Isso pode
resultar em sanções administrativas, como multas ou restrições de licença.

As diferentes denúncias relacionadas a esse caso devem ser encaminhadas às autoridades


apropriadas de acordo com a natureza especí ca das infrações e as leis e regulamentos locais.
Isso pode incluir:

• Conselho Regional de Medicina (CRM): Para denúncias relacionadas à prática médica e


violações do Código de Ética Médica.
• Polícia e Ministério Público: Para denúncias de exercício ilegal da medicina ou
negligência grave que possam constituir crime.
• Agências reguladoras de saúde: Para denúncias relacionadas a violações de
regulamentos de saúde e segurança do paciente.
• Instituições de ensino e hospitais: Para denúncias de falhas na supervisão ou no
cumprimento das regulamentações relacionadas à prática clínica de estudantes.

É importante que as denúncias sejam tratadas de forma adequada e transparente, visando


proteger os pacientes, garantir a responsabilização pelos erros cometidos e promover a
integridade e a qualidade da prática médica.

14. Descrever qual deve ser a conduta de um médico nas passagens de plantão.

Comunicação Efetiva: O médico que está saindo do plantão deve fornecer um relatório claro e
completo sobre o estado dos pacientes aos colegas que estão assumindo o plantão. Isso inclui
informações sobre diagnósticos, tratamentos em andamento, resultados de exames, planos de
cuidados e quaisquer questões importantes que exijam atenção imediata.

Documentação Adequada: É essencial que todas as informações relevantes sobre os pacientes


sejam registradas de forma precisa e completa nos prontuários médicos. Isso ajuda a garantir
que os cuidados sejam contínuos e que os próximos médicos tenham acesso a todas as
informações necessárias para tomar decisões informadas sobre o tratamento.

Priorização de Casos Críticos: Durante a passagem de plantão, é importante identi car e


priorizar os pacientes com condições médicas críticas ou instáveis, garantindo que recebam
atenção imediata e cuidados adequados.
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Resposta a Emergências: O médico que assume o plantão deve estar ciente de como lidar com
emergências médicas e estar preparado para agir rapidamente em caso de necessidade. Isso
pode incluir a familiarização com os protocolos de emergência da instituição, a localização e o
acesso aos equipamentos e recursos necessários, e a prontidão para chamar ajuda adicional, se
necessário.

Colaboração e Trabalho em Equipe: Durante as passagens de plantão, é fundamental manter


uma comunicação aberta e colaborativa entre os membros da equipe de saúde. Isso inclui
médicos, enfermeiros, técnicos e outros pro ssionais de saúde, que devem trabalhar juntos para
garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.

Atualização sobre Mudanças e Novidades: O médico que está saindo do plantão deve
informar os colegas sobre quaisquer mudanças recentes no protocolo de tratamento, novas
diretrizes ou descobertas relevantes que possam impactar os cuidados aos pacientes.

Autoavaliação e Feedback: Após a passagem de plantão, os médicos devem realizar uma


autoavaliação para identi car pontos fortes e áreas de melhoria em sua prática. Além disso, o
feedback construtivo entre os membros da equipe pode ajudar a identi car oportunidades de
aprimoramento e promover uma cultura de segurança e melhoria contínua.

Em resumo, a conduta adequada de um médico durante as passagens de plantão envolve


comunicação efetiva, documentação precisa, priorização de casos críticos, resposta a
emergências, colaboração em equipe, atualização sobre mudanças e novidades, e autoavaliação
constante. Essas práticas são essenciais para garantir a segurança e a qualidade do cuidado aos
pacientes em todas as fases do tratamento médico.
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