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Unidade 2: Raios X – parte 3

Prof. José Alfredo Júnior


Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

Na produção de raios X, temos dois processos fundamentais.

Em um deles os raios X produzidos são chamado de “raios X de


freamento” e no outro são chamados de “raios X característico”.
Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

raios X de Freamento (Bremsstrahlung)

Nesse processo os elétrons incidentes podem perder, de uma vez só, uma fração
considerável de sua energia emitindo um fóton de raios X.

Nesse caso o raio X é criado devido a desaceleração brusca do elétron causada pelo campo
coulombiano do núcleo.
Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

raios X de Freamento (Bremsstrahlung)

A figura mostra dois elétrons incidentes.

O elétron representado pela cor azul,


quando sofre a influência do campo do
núcleo, emite raios X de baixa energia.

O elétron representado pela cor preta


emite raios X de alta energia.

Essa diferença se dá pela forma que o Fonte: http://physicsopenlab.org/2017/08/02/bremsstrahlung-radiation/


núcleo vai influenciar em cada um, ou seja,
no caso do elétron de cor preta, temos uma
influência maior do núcleo fazendo com
que ele perca toda ou quase toda sua
energia cinética e se afastando assim do
núcleo.
Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

Espectro contínuo

O espectro da radiação de freamento é contínuo.


Isso quer dizer que se temos um elétron incidente
com energia de 60 kV, podemos ter raios X variando
de próximo de zero até o valor máximo de 60 kV.

Fonte: Tauhata, L., Salati, I. P. A., Di Prinzio, R., Di Prinzio, M. A. R. R. Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos - 9ª revisão
novembro/2013 - Rio de Janeiro - IRD/CNEN. 345p.
Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

raios X Característico

Esse processo é diferente do processo de freamento, isso porque os


raios X característicos vão depender do tipo de material. Cada elemento
tem um valor de energia de ligação, sendo assim podemos dizer que os
raios X característicos mostram uma assinatura do material.
Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

raios X Característico

Temos um elétron incidente, com energia


suficiente para ionizar o átomo.

Então ele arranca esse elétron da camada k


e cria uma vacância nessa camada, porém
isso não é o normal e o sistema sempre vai
buscar o equilíbrio, sendo assim o elétron
da camada mais externa vai “saltar” para a
camada que ficou com essa vacância e essa
diferença de energia de ligação de uma
camada para outra vai ser emitida em
forma de radiação característica.
Fonte: RADIOLOGIC SCIENCE FOR TECHNOLOGISTS: PHYSICS, BIOLOGY, AND
PROTECTION, ELEVENTH EDITION Copyright© 2017 by Elsevier, Inc. All rights reserved.
Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

raios X Característico

Cada elemento tem um valor de energia de


ligação, por exemplo a energia de ligação
da camada K do tungstênio (W) é de 69,5
keV.
Então para termos radiação característica
do tungstênio o elétron incidente deve ter
energia igual ou maior a essa

Fonte: RADIOLOGIC SCIENCE FOR TECHNOLOGISTS: PHYSICS, BIOLOGY, AND


PROTECTION, ELEVENTH EDITION Copyright© 2017 by Elsevier, Inc. All rights reserved.
Unidade 2: Raios X
Produção de raios X

Espectro raios X Característico

Agora podemos observar a diferença do


espectro de raios X de freamento e o
característico.

Enquanto o de freamento é contínuo, o


característico terá energias bem definidas.

Fonte: RADIOLOGIC SCIENCE FOR TECHNOLOGISTS: PHYSICS, BIOLOGY, AND PROTECTION, ELEVENTH EDITION
Copyright© 2017 by Elsevier, Inc. All rights reserved.
Unidade 2: Raios X
Referências

➢ Física das Radiações / Emico Okuno, Elisabeth Mateus Yoshimura. – São Paulo: Oficina de Textos, 2010
– 1ª Reimpressão 2014.

➢ SALVAJOLI, J., SOUHAMI, L., FARIA, S. Radioterapia em Oncologia. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu,
2013.

➢ RADIOLOGIC SCIENCE FOR TECHNOLOGISTS: PHYSICS, BIOLOGY, AND PROTECTION, ELEVENTH EDITION
Copyright© 2017 by Elsevier, Inc. All rights reserved.

➢ Tauhata, L., Salati, I. P. A., Di Prinzio, R., Di Prinzio, M. A. R. R. Radioproteção e Dosimetria:


Fundamentos - 9ª revisão novembro/2013 - Rio de Janeiro - IRD/CNEN. 345p.
Obrigado!

prof.joseterra@unyleya.edu.br

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