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Discente: Caroline Santana Lopes

OS BIOMARCADORES E SUA APLICAÇÃO NA AVALIAÇÃO DA


EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS AMBIENTAIS

A exposição, predominantemente proveniente do ar, água e alimentos, exige uma


análise mais abrangente, considerando os conhecimentos sobre os efeitos na saúde e os
limites de segurança estabelecidos. Nesse sentido, os estudos epidemiológicos e
toxicológicos se tornam fundamentais para definir prioridades e estratégias de
intervenção, visando proteger a população dos riscos associados à exposição. Diante
disso, o objetivo do artigo é explorar a relevância dos biomarcadores e sua aplicação na
avaliação da exposição aos contaminadores químicos, ressaltando a importância da
detecção precoce de exposições perigosas e da monitorização da exposição por meio
dessa ferramenta.

O artigo fala sobre três tipos de biomarcadores, sendo eles de exposição ou dose interna,
de efeito e seus subtipos e de suscetibilidade. Os biomarcadores de exposição estimam a
quantidade interna e a distribuição de uma substância por meio da análise de fluidos
biológicos, como sangue, urina e ar exalado. Essas moléculas conseguem indicar a
quantidade da substância armazenada em compartimentos do organismo ou distribuída
por todo o corpo. A escolha desse biomarcador requer o conhecimento do
comportamento cinético do agente químico e do tempo de permanência da substância no
organismo. Já os biomarcadores de efeito servem como um parâmetro biológico que
reflete a interação da substância química com seus receptores, sendo possível evitar, a
partir da identificação precoce da exposição excessiva, efeitos reversíveis para que não
gerem danos estruturais, prevenindo os efeitos irreversíveis.

Existem outros biomarcadores, ainda em estudo, que o artigo menciona brevemente. Os


de nefrotoxicidade são utilizados como biomarcadores de dano renal, como as proteínas
e enzimas urinárias. Os de hepatoxicidade constitui diversas enzimas, como as
aminotransferases. Os de genotoxicidade incluem as aflatoxinas, hidrocarbonetos,
aminas aromáticas e pesticidas. Os de neurotoxicidade acabam sendo limitados pela
complexidade do sistema nervoso. Entretando, estudos neurofisiológicos,
neurocomportamentais e neuroquímicos buscam detectar precocemente a ação
neurotóxica. Quanto aos biomarcadores de suscetibilidade, estes estão relacionados com
a predisposição genética e a outros fatores que afetam a suscetibilidade do organismo a
substâncias químicas, que podem resultar em doses variadas no sítio crítico,
influenciando a resposta do organismo, assim são capazes de identificar indivíduos com
diferenças genéticas ou adquiridas na suscetibilidade a esses efeitos de exposição.

O artigo oferece uma ampla visão sobre a relevância dos biomarcadores na avaliação da
exposição aos agentes químicos. Essas moléculas são ferramentas cruciais que
proporcionam uma conexão direta entre esses agentes e os potenciais efeitos na saúde.
Sendo assim, a partir dessas informações, é possível afirmar que os biomarcadores são
primordiais no estudo da toxicologia, assim como para direcionar tratamentos e
prognósticos para aqueles que foram acometidos. A compreensão desses indicadores
biológicos é essencial para minimizar riscos e promover ambientes mais saudáveis.

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