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PLANO ESTRATÉGICO

PARA DISSEMINAÇÃO DO
BIM
FP/BIM
SUMÁRIO
Introdução
Principais objetivos
Contexto normativo
​Diagnóstico de maturidade
Expansão potencial e desafios
Plano de ação
Plano de monitoramento
Proposta de Plano Estratégico para Disseminação do BIM 3

INTRODUÇÃO
A presente proposta de plano estratégico para a disseminação do Building
Information Modeling (BIM) no Brasil, elaborada pela Frente Parlamentar em Defesa
do Sistema de Modelagem da Informação da Construção (FPBIM), persegue o
objetivo de promover a ampliação do uso da metodologia conhecida pelo acrônimo
BIM no setor construtivo brasileiro e nas obras contratadas pelo poder público no
País.
Através da disseminação do BIM no País, espera-se alcançar:
1. Ganhos de produtividade ao setor de construção civil;
2. Ganhos de qualidade nas obras públicas;
3. Ganhos em sustentabilidade por meio da redução de resíduos sólidos da construção civil e da
ampliação da eficiência energética dos empreendimentos;
4. Melhoria na transparência dos processos licitatórios;
5. Redução dos prazos para a conclusão de obras;
6. Redução de aditivos contratuais de alteração do projeto, de elevação de valor e de prorrogação de
prazo de conclusão e de entrega da obra;
7. Redução dos custos existentes no ciclo de vida dos empreendimentos; e
8. Ampliação do nível de qualificação profissional no setor construtivo.
Proposta de Plano Estratégico para Disseminação do BIM

ESTRUTURA DO PLANO
APRESENTAÇÃO 5 PLANO DE AÇÃO: Disseminação nacional e subnacional do BIM
1 INTRODUÇÃO 5.1 Apoio à digitalização do setor privado
2 O SETOR DA CONSTRUÇÃO 5.2 Estruturação do setor público
2.1 O desenvolvimento socioeconômico 5.3 Normatização, regulamentação e padronização
2.2 Obras públicas
5.4 Ações estratégicas da Frente Parlamentar do BIM
2.2.1 Irregularidades em obras públicas
6 PLANO DE MONITORAMENTO
3 DIGITALIZAÇÃO DO SETOR
7 MATRIZ DE RISCOS
3.1 Introdução do BIM
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
3.2 Conceitos e tecnologias adjacentes
9 BIBLIOGRAFIA
4 DIAGNÓSTICO: o BIM no Brasil
4.1 Marcos Legais
4.2 A maturidade do BIM no Brasil
4.2.1 Engenharia no Brasil
4.2.2 Arquitetura no Brasil
4.3 Resumo dos achados
Proposta de Plano Estratégico para Disseminação do BIM

PRINCIPAIS OBJETIVOS

2. 4.
Procurar, de modo
Promover debates,
1.
contínuo, o
aperfeiçoamento da
3. simpósios, seminários e
Apoiar as instituições outros eventos
Acompanhar a política legislação referente à
interessadas no pertinentes ao exame da
oficial de desenvolvimento tecnologia de modelagem
desenvolvimento de novas política de
do uso de novas de informação, influindo
tecnologias de modelagem desenvolvimento de
tecnologias de modelagem no processo legislativo a
da informação, junto a tecnologias de modelagem
de informação, partir das comissões
todos os Poderes, inclusive de informação.
manifestando-se quanto temáticas na Câmara dos
Deputados; em questões
aos aspectos mais orçamentárias no caso das
importantes de sua entidades públicas;
aplicabilidade;
CONTEXTO
NORMATIVO
● Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021:
Estabelece a adoção preferencial do BIM nas licitações de
obras e serviços de engenharia e arquitetura
• Decreto nº 11.888, de 22 de janeiro de 2024:
Dispõe sobre a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM no
Brasil
• Decreto nº 10.306, de 02 de abril de 2020:
Estabelece a utilização do Building Information Modeling na
execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia
realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração
pública federal

• Nova Indústria Brasil: Plano de Ação para a


Neoindustrialização (2024-2026)
Priorização do BIM nas contratações públicas

• Portaria Conjunta MGI/CGU nº 2, de 08 de


janeiro de 2024:
Estabelece regras e critérios para a análise paramétrica de
orçamentos de obras e serviços de engenharia, permitindo
o uso do BIM
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MATURIDADE DO BIM NO BRASIL


CONSTRUTORAS E INCORPORADORAS
(CENÁRIO CONSTRUTIVO BRASILEIRO, 2023)

82% 50%
30%
compatibilização recursos financeiros
Em 2023, 64% das execução da obra
47%
construtoras e 66% 23% falta de cultura corporativa
detalhamento do projeto planejamento
incorporadoras 33%
60% 19% equipe descapacitada
informaram já ter acuidade de quantitativos orçamentação 29%
contratado ou 50% 9% falta de programa de
trabalhado em melhoria do planejamento continuidade de inovação
simulações
projetos BIM. 35% 23%
7%
redução de desperdício alta complexidade de
manutenção e gestão
implementação
USOS DO BIM
A ADOÇÃO DO BIM Baixa complexidade:
MOTIVAÇÕES PARA A
SEGUE TRAJETÓRIA
ADOÇÃO DO BIM compatibilização de BARREIRAS À
CRESCENTE* projetos, extração de INOVAÇÃO
quantitativos e
coordenação de projetos
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MATURIDADE DO BIM NO BRASIL


SETOR PRIVADO
ENGENHARIA

58,5%
93,9% 70,3%
inovar e se diferenciar projeto taxa de abandono
dos engenheiros 80,2% dos adotantes
52,8% 67,5%
melhorar produtividade
planejamento
falta de recursos
26,6% 49,0%
exigência para construção 18,8%
financiamento ou Incertezas sobre o
26,2% processo de adoção
participação em projeto
operação
MOTIVAÇÕES
PARA
MOTIVAÇÃO PARA USOS DO BIM MATURIDADE
ABANDONO DO
ADOTAR O BIM
ADOTAR O ADOÇÃO DO BIM (baixa complexidade) (níveis 1 e 2)
PROCESSO DE
ADOÇÃO
BIM
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MATURIDADE DO BIM NO BRASIL


SETOR PRIVADO
ARQUITETURA

75,1% 95,6% 91,6%


melhorar produtividade projeto taxa de abandono
52,1% dos arquitetos 78,9% dos adotantes
71,2%
inovar e se diferenciar planejamento
falta de recursos
19,4% 38,7%
exigência para construção 19,2%
financiamento ou 16,0% Incertezas sobre o
participação em projeto operação processo de adoção

MOTIVAÇÕES
PARA
MOTIVAÇÃO PARA
USOS DO BIM MATURIDADE
ABANDONO DO
ADOTAR O BIM
ADOTAR O ADOÇÃO DO BIM
(baixa complexidade) (níveis 1 e 2)
PROCESSO DE
ADOÇÃO
BIM
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EXPANSÃO POTENCIAL DA ADOÇÃO DO BIM E DESAFIOS PERSISTENTES


Gráfico 1: Transformação digital da indústria da construção realizada e projetada para os próximos anos.

Gráfico 2: Principais entraves à adoção do BIM pelas empresas do setor.


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“ O CRESCIMENTO DO SETOR DEVERÁ SER LIDERADO


PELA INOVAÇÃO E PELO GERENCIAMENTO DA FORÇA
DE TRABALHO, ORIENTANDO-SE PARA AS NECESSÁRIAS
ADOÇÃO E DIFUSÃO DE TECNOLOGIA.

(BUGHIN et al., 2019) ”


DESAFIOS PARA A INCORPORAÇÃO DE INOVAÇÕES 12

Principal fonte dos investimentos são os


recursos da própria empresa (83%).
O acesso a crédito segue consistindo em
um importante gargalo para o
desenvolvimento setorial.

A maior parte das empresas


(72%) realiza investimentos
baixos e moderados
em inovação e apenas 26%
delas dedicam recursos a
investimentos altos –
concentrados nas mega
empresas.
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ENTRAVES À DISSEMINAÇÃO NOS SETORES PÚBLICO E PRIVADO

SETOR PÚBLICO SETOR PRIVADO


Falta de conhecimento interno e incertezas sobre o processo de Falta de experiência técnica dos projetistas na metodologia e
implementação; necessidade de treinamento dos profissionais envolvidos no projeto;

Falta de estruturação interna; O alto custo dos investimentos (aquisição de hardware e software,
capacitações e treinamentos, consultorias de implementação e
Necessidade de capacitação de gestores e agentes públicos;
reestruturação dos processos interno) – investimento médio entre R$
Financiamento ainda insuficiente;
300 mil e R$ 2 milhões – e dificuldade de acesso a crédito;
Resistência à mudança;
Dificuldade para encontrar projetistas em BIM;
Legislação e Contratação Pública: a legislação atual não detalha os Necessidade de mudança nos processos e na cultura já consolidados
requisitos específicos para o uso do BIM em projetos públicos, o que pelas empresas;
desencoraja sua adoção. Incertezas sobre o processo de implementação.
PLANO DE AÇÃO
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FRENTES DE AÇÃO

NORMATIZAÇÃO, AÇÕES
APOIO À ESTRUTURAÇÃO REGULAMENTAÇÃO E ESTRATÉGICAS DA
DIGITALIZAÇÃO DO DO SETOR PADRONIZAÇÃO PARA FRENTE
SETOR PRIVADO PÚBLICO A IMPLANTAÇÃO DO PARLAMENTAR DO
BIM BIM
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PLANO DE AÇÃO
DESAFIOS

1.
Promover o avanço tecnológico 4.
e a padronização dos processos Promover a estruturação do setor
do setor construtivo. Estimular 2. público para as necessidades
Ampliar a qualificação da específicas das contratações em
a adoção de práticas de gestão
mão de obra do setor da BIM, fomentando o cumprimento
atualizadas, a racionalização
construção e capacitá-la dos objetivos da Estratégia BIM
dos métodos e dos processos e
para o trabalho em BIM; BR pelos órgãos e entidades
a inovação na indústria da
construção; públicas brasileiras. Promover o 5.
aperfeiçoamento contínuo da Aperfeiçoar o ambiente
3. legislação referente ao BIM; regulatório e a normatização
para a implantação do BIM
Reduzir o impacto ambiental do
no País e avançar na
setor da construção através dos
padronização dos trabalhos e
usos do BIM.
processos BIM.
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PLANO DE AÇÃO
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NÍVEL ESTRATÉGICO

1. Aperfeiçoamento da legislação (lei nº 14.133/21 e decreto nº 10.306/20);


2. Criação de Núcleos e Laboratórios BIM em nível subnacional;
3. Criação de Salas BIM nos Conselhos, Universidades e Institutos Federais;
4. Busca de apoio ministerial e institucional para atender as demandas orçamentárias de estruturação do setor
público;
5. Busca de apoio e ministerial e institucional para atender as demandas orçamentárias necessárias à estruturação
do setor privado para a implantação do BIM;
6. Incentivo à atualização do corpo docente dos cursos de engenharia e arquitetura das universidades brasileiras;
7. Inclusão do ensino de competências BIM na grade curricular dos cursos de engenharia e arquitetura;
8. Incentivo à capacitação da mão de obra do setor construtivo, especialmente no que tange ao desenvolvimento
de conhecimento e habilidades necessários ao trabalho em BIM;
9. Fomento ao desenvolvimento de projetos referenciais completos em BIM.
10. Fomento à edição de decretos estaduais e municipais que tornem a adoção do BIM obrigatória nas contratações
públicas e estabeleçam projetos piloto para a sua adoção, vinculando órgãos e entidades.
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INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS E PARCERIAS ESTRATÉGICAS


CEF – Caixa Econômica Federal
FINEP – Agência Financiadora de Estudos e Projetos
ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
CNI – Confederação Nacional da Indústria
EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
SENAI – Serviço Brasileiro de Aprendizagem Industrial
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas
SINDUSCON – Sindicato da Indústria da Construção Civil
EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial

MGI – Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos


MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
MEC – Ministério da Educação
MIDR – Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional
MCID – Ministério das Cidades
MMA – Ministério do Meio Ambiente

+ Entidades Acadêmicas e outras


PLANO DE MONITORAMENTO
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1. Incentivar a efetiva e adequada alimentação de plataformas sobre dados de obras públicas brasileiras já
existentes, como o Cadastro Integrado de Projetos de Investimento estabelecido pelo decreto nº
10.496/2020.
2. Fomentar o desenvolvimento de Matriz de Maturidade BIM pelas entidades e órgãos públicos que
tenham dado início ao seu processo de implantação.
3. Sugerir ao TCU que informe, no FISCOBRAS, quantas/quais as obras auditadas foram desenvolvidas em
BIM como forma de avaliar os ganhos de eficiência na gestão das obras através da metodologia.
4. Em parceria com as universidades, criar um Observatório BIM – plataforma para o engajamento do
ecossistema do BIM no Brasil, a divulgação e o monitoramento das iniciativas da Estratégia BIM BR,
engajando instituições públicas e privadas.
5. Incentivar a divulgação de dados regionalizados sobre a adoção e a maturidade da metodologia no
Brasil, como meio de reduzir as atuais assimetrias regionais. Pugnar pela realização de pesquisas de alcance
estadual.
6. Desenvolver plataforma que permita o registro e a geração de indicadores de acordo com os resultados
obtidos com as ações ora propostas.
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CONCLUSÃO
Encerra-se esta proposta com a certeza tanto da essencialidade da
metodologia de gestão da informação da construção (BIM) para a
eficientização da Indústria da Construção Civil e da gestão das obras
públicas no País, quanto da plausibilidade do caminho ora proposto para
a realização dos objetivos de difusão traçados no bojo da Estratégia BIM
BR.

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